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- A HERDEIRA ESQUECIDA
- Capítulo 395 - 395 Eu pensei que éramos amigos 395 Eu pensei que éramos
395: Eu pensei que éramos amigos? 395: Eu pensei que éramos amigos? A expressão de Steffan se tornou fria enquanto ele encarava Dolly. “Então você sabia que eu era o noivo da Lauren antes de eu perder minha memória?” ele repetiu, sua voz tensa de incredulidade.
A compostura de Dolly desmoronou instantaneamente. “Eu… Eu … Eu não queria arriscar desencadear uma recaída, até o Dr. Sullivan tinha a mesma opinião de que você deveria lembrar das coisas naturalmente sem forçar nada ” Dolly gaguejou, “então eu pensei que era o melhor…”
“Em outras palavras, você sabia,” Steffan interrompeu, sua voz pingando com desprezo.
“Você sabia o tempo todo que eu estava apaixonado pela Lauren, que eu planejava me casar com ela, e mesmo assim você escondeu isso de mim? Você tentou me convencer que eu estava cometendo um erro agora quando eu disse que queria pedi-la em casamento? Que tipo de amigo você se revelou,” ele disse amargamente.
“Não foi inteiramente minha decisão… Estávamos esperando até que você estivesse forte o suficiente para lidar com isso, para te contar a verdade,”
Steffan riu, um som áspero que cortou Dolly como uma faca. “A verdade? Você, mais do que ninguém, como neurocirurgião deveria saber melhor. Quando exatamente você achou que seria o momento certo para me contar, ou você sequer planejava me contar algum dia?”
A respiração de Dolly falhou, e ela procurou no rosto de Steffan um vislumbre de compreensão, mas tudo que encontrou foi completa decepção.
“Steffan, por favor,” ela sussurrou, sua voz falhando enquanto estendia a mão, mas não conseguiu diminuir a distância entre eles. “Você tem que acreditar em mim…”
Steffan deu um passo para trás, sua voz medida, mas fria. “Dolly, se você quer alguma chance de salvar o que resta da nossa amizade, sugiro que mantenha sua distância.”
As palavras de Steffan cortaram seu último fio de esperança e sua mão caiu flácida ao lado do corpo.
Ela abriu a boca para argumentar ou até mesmo implorar para ele, mas sua expressão resoluta secou as palavras em sua garganta.
“Eu só estava tentando te proteger,” ela finalmente estourou quando não pôde mais suportar o silencioso desprezo. Ela tentou recuperar sua compostura, mas ainda assim, foi incapaz de esconder o desespero em seus olhos. “Mas eu acho que falhei e agora é tarde demais…”
“Tarde demais para quê? Para cravar suas garras nele?” Lauren interrompeu, seu tom ácido conforme se movia para o lado de Steffan, entrelaçando seu braço no dele.
Seu nariz se enrugou em desgosto, “Quando você vai parar com isso, Dolly?” Ela perguntou. “Steffan sabe o que ele quer, e é a mim. Você precisa recuar.”
“Nunca, sua vadia ardilosa!” Dolly explodiu de repente, sua voz ecoando na sala e pegando Lauren e Steffan desprevenidos.
“Eu não vou desistir do Steffan! O que te faz pensar que você pode simplesmente aparecer do nada e reivindicá-lo? Eu o conheço há anos, estive ao lado dele quando ninguém mais estava. Eu o conheço melhor do que ninguém!”
O sorriso de Lauren se alargou, mas seus olhos escureceram. “Que tipo de amiga luta contra o que faz seu suposto amigo feliz?”
Os olhos de Dolly brilharam, sua voz subindo em desafio. “Eu quero a felicidade dele mais do que qualquer coisa! E eu sei que posso dá-la a ele, porque eu o amo!”
Ela apontou para Lauren, sua mão tremendo. “Você não espera que eu simplesmente fique parada e deixe outra pessoa levá-lo de mim!”
A expressão de Steffan congelou, incredulidade gravada em cada linha de seu rosto enquanto as palavras de Dolly pairavam no ar como uma bomba que acabara de ser detonada.
Essa foi a segunda grande surpresa que ele recebeu no espaço de cinco minutos e enquanto ele ainda tentava processar a primeira, essa, que era mais dolorosa do que a primeira, foi cruelmente entregue a ele.
“Dolly,” ele finalmente disse, sua voz baixa e cheia de incredulidade. “O que você está dizendo?”
Dolly deu um passo mais perto, seus olhos implorando. “Estou dizendo que eu te amo, Steffan.”
Steffan recuou como se o espaço entre eles de repente tivesse se tornado muito próximo. Ele não acreditava que ela repetiria isso.
Dolly sempre foi a única amiga mulher confiável em sua vida… a que não jogava jogos, que não tinha segundas intenções.
Ele a deixou entrar exatamente porque ela não era como as outras, porque ela não estava tentando usá-lo ou torcer sua amizade para algo mais. E agora ela estava lá, dizendo que o amava. Como isso era possível? É definitivamente a piada do século.
“Você está apaixonada por mim?” ele repetiu, como se dizê-lo em voz alta o tornasse menos absurdo.
Quando ele viu sua cabeça balançar para cima e para baixo, seu coração afundou.
“Dolly, eu… eu não entendo,” ele disse, balançando a cabeça como se tentasse limpar a névoa de confusão que turvava seus pensamentos.
“Eu pensei que éramos amigos. Eu nunca…” ele parou, procurando em seu rosto algum sinal de que tudo isso fosse um erro, que ele tinha ouvido errado.
Mas não havia como confundir a maneira como ela o olhava, olhos repletos de anseio que ele de alguma forma tinha sido cego todos esses anos.
Ela não estava brincando. Isso não era alguma pegadinha equivocada. Ela quis dizer cada palavra.
“Sim, Steffan,” Dolly disse suavemente, mergulhando seu coração que afundava em uma miséria ainda mais profunda. “Eu sempre estive apaixonada por você. Eu não pretendia que isso acontecesse, mas aconteceu.”
“Há quanto tempo?” ele perguntou de repente em uma voz fria cortada pela nitidez que fez Dolly estremecer. “Há quanto tempo você se sente assim?”
“Steffan, não é…”
“Há quanto tempo, Dolly?” ele pressionou impacientemente. “Nossa amizade foi toda uma mentira? Você estava apenas esperando o momento certo para… para transformar isso em algo mais?”
Dolly estremeceu, seu rosto se contorcendo com a acusação em seu tom. “Steffan, não é assim…”
“Então o que é?” ele a cortou bruscamente
A mente de Steffan acelerou, imagens de sua amizade passando diante de seus olhos. Cada risada, cada momento compartilhado, cada vez que ele confidenciou a ela sobre como achava repugnantes as investidas daquelas outras mulheres sem hesitação. Tudo tinha sido uma mentira?
Ela estaria silenciosamente ansiando por algo mais enquanto ele estava felizmente desavisado? O pensamento fez seu estômago revirar.
Os olhos de Dolly se encheram de lágrimas, e ela estendeu a mão, mas Steffan instintivamente recuou, colocando um abismo entre eles que era tanto físico quanto emocional.
Ele podia ver a dor em seu rosto, mas tudo que sentia era raiva. Raiva dela por perturbar o equilíbrio de sua amizade e raiva de si mesmo por não ter visto isso antes.
“Steffan, por favor,” Dolly implorou. “Eu não planejei isso. Eu só… não pude evitar como me senti.”
Steffan riu amargamente, o som áspero e frio. “Eu te deixei entrar, Dolly. Eu te deixei se aproximar porque pensei que você entendia que o que eu queria era uma amizade pura… nada mais. Foi por isso que te mantive por perto.”
“Como você pôde fazer isso?” Steffan repetiu em uma voz preenchida de traição. “Você tem mentido para mim todo esse tempo?”
Os olhos de Dolly se arregalaram, seu rosto desmoronando enquanto ela balançava a cabeça. “Não, Steffan, eu nunca menti para você! Eu só não te contei porque não queria te perder. Eu não queria arruinar o que tínhamos.”
“O que tínhamos?” Steffan riu, o som frio e amargo. “O que exatamente tínhamos, Dolly? Uma amizade? Ou era apenas um jogo para você? Uma maneira de se aproximar e fazer sua jogada?