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- A HERDEIRA ESQUECIDA
- Capítulo 392 - 392 Fujam Juntos 392 Fujam Juntos Você precisa ver um médico
392: Fujam Juntos 392: Fujam Juntos “Você precisa ver um médico?” Lauren perguntou, seus olhos se estreitando em direção a George, que estava sentado à sua frente no pequeno escritório, parecendo mais um cachorrinho perdido do que sua habitual postura composta.
“E por que eu precisaria?” George perguntou, fingindo desinteresse.
“Você tem agido estranhamente nas últimas duas semanas. Mal consigo te reconhecer. Tem certeza de que está tudo bem?”
“O que te faz pensar que eu não estou bem?”
“Primeiro você apareceu na festa de jantar com uma garota que ninguém conhecia de Adão e depois a largou para perseguir aquela mulher sinistra de jaleco médico a noite toda. E como sempre, eu tive que limpar a sua bagunça. Então, perguntarei novamente, o que está acontecendo de verdade?”
“Não está acontecendo nada, Ren.”
“Sério? Então explique por que eu não coloquei meus olhos em você nem ouvi falar de você desde aquela noite. Onde você esteve nas últimas duas semanas?”
“Ah, isso? Algo surgiu e tomou a maior parte do meu tempo.”
“E a Dolly? Você está enredado com ela agora? Eu pensei que você estava de olho em mim. Como você pode rebaixar-se tanto a ponto de namorar minha inimiga?”
“Com ciúmes, Ren? Admite logo… você se importa comigo tanto quanto eu me importo com você. Por que não fugimos juntos?” George provocou com um sorriso que imediatamente irritou Lauren.
“Corta essa, George. Não estou brincando.”
“Eu também não.”
Lauren suspirou desamparada. Como ela acabou com um primo assim? “Para começar, eu não te amo. Você é meu primo… o que eu menos suporto. E em segundo lugar…”
“Seu noivo idiota finalmente decidiu recuperar a memória e você logo estará pulando a vassoura com ele, certo?” George interrompeu, com um sorriso nos lábios.
Ele adorava ver como o rosto de Lauren ficava vermelho de raiva, especialmente quando ele distorcia as coisas do jeito que acabara de fazer.
Ela não era a única pessoa que podia ser má. Como ela ousa mentir que o odiava mais que tudo?
Ela teria se agarrado a ele durante todos esses anos se o odiasse como ela fazia parecer? Ou ajudado ele a se livrar daquelas garotas nauseantes que nunca o deixavam em paz?
Ou estaria tão preocupada e furiosa com seu desaparecimento de duas semanas, o qual ele não podia revelar o motivo pelo bem dela por enquanto?
Não o amar? Ela estava claramente mentindo descaradamente.
Antes que Lauren pudesse retrucar, George recostou-se na cadeira, um brilho astuto em seus olhos. “Vamos lá, Ren. Passamos por tanta coisa para você fingir desse jeito. Eu sempre estive lá por você, mesmo quando ninguém mais estava, você não pode dizer que não ama alguém tão dedicado, bonito e bem-sucedido como eu,” ele se gabou, finalmente fazendo um sorriso surgir no rosto zangado de Lauren.
Lauren cruzou os braços, tentando manter sua postura de irritação, mas falhou miseravelmente.
“Você é meu primo, George. Eu não tenho que fingir me importar quando eu claramente me importo, feliz agora?”
O sorriso de George se alargou. “Ah, então você se importa, hein? Você sempre me apoiou, mas e se eu quiser mais do que apenas sua preocupação? E se eu quiser você ao meu lado de verdade, não apenas como família?”
“Não exagere, George,” Lauren avisou, sua voz carregada de irritação. “Eu tenho minha própria vida para organizar, e ela não inclui fugir com você. E não mudemos o assunto, a Dolly não é minha amiga, e eu não consigo entender por que você está se envolvendo com ela. Qual é o seu jogo?”
“Sem jogo, Ren. Estou apenas explorando opções,” George disse com uma expressão séria que fez Lauren começar a suar frio. Ela pensou que George estava brincando inicialmente, mas parece que ela estava errada.
“Opções? Com ela? Por quê, George? Você está brincando com fogo. E eu não estou disposta a ser arrastada para qualquer confusão que você esteja criando.”
George levantou-se, com uma expressão ainda mais séria. “Talvez não seja uma confusão, Ren. Talvez seja eu finalmente tomando minhas próprias decisões, sem todos os outros ditando o que eu deveria fazer. Inclusive você.”
Lauren olhou para ele, surpresa com sua súbita mudança de comportamento. Por um momento, ela viu além das brincadeiras para a verdadeira frustração que fervilhava por baixo da superfície.
“Tudo bem, George. Faça o que quiser. Só não espere que eu recoja os pedaços quando tudo desmoronar,” Lauren disse, agora com um tom mais frio.
O sorriso de George desapareceu, substituído por uma determinação em sua mandíbula. “Eu não pediria isso a você, Ren. Felizmente desta vez, eu consegui alguém que me ajudará a reunir esses pedaços caídos. Então fique tranquila, eu não vou procurar você.”
Sem dizer mais uma palavra, George virou-se e saiu do escritório, deixando Lauren lá, lidando com a súbita inquietação que se instalou em seu peito.
George com Dolly? Como assim? Que feitiço ela lançou sobre ele? Primeiro foi Steffan e agora George?
Não, ela não ia deixar aquela bruxa fazer o que quisesse com George. George era bom demais para ser enredado por essa cabra intrigante.
Ela tinha certeza de que George não estava em seu juízo perfeito ao concordar em começar algo com Dolly, conhecendo o tipo de pessoa que ela era. Ela tinha que quebrar qualquer feitiço que ela tivesse lançado sobre ele. Era o mínimo que ela podia fazer para ajudar George.
Mais uma vez e pela enésima vez, ela ainda teria que limpar a bagunça dele. Mas desta vez era mais complicado do que os outros e ela se perguntava como faria isso.
Ela se sentou novamente em sua mesa, passando a mão pelo cabelo em frustração.
Enquanto tentava se refocar em seu trabalho, seu telefone vibrou com uma mensagem de Steffan. Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios apesar de si mesma.
“Estou livre à tarde, que tal almoçarmos?”
“Estarei aí num instante. Me dê uns… digamos… trinta minutos para terminar as coisas aqui,” ela respondeu por mensagem.
“Ou devo ir te buscar? Devo chegar aí justamente quando você terminar o seu trabalho?”
“Não, vou encontrá-lo no hospital,” Lauren digitou rapidamente.
Ela precisava resolver algumas coisas de uma vez por todas, talvez indo lá ela teria uma pista de como fazer isso, então era melhor aproveitar essa oportunidade para tanto.
“Tudo bem, estarei esperando,” a resposta de Steffan chegou ao seu telefone.
Após terminar o que estava fazendo, ela instruiu Horatio a ficar de olho em tudo e saiu.
Depois do retorno deles da sede do Barista Royale, onde tinham ido em uma excursão de uma semana, as coisas estavam bastante agitadas, pois a popularidade que receberam do concurso também causou uma explosão nos negócios.
Atualmente, eles estavam trabalhando na abertura de uma loja maior, já que este lugar já não era suficiente para hospedar os clientes que lotavam a pequena loja todos os dias.
Mas isso seria após a audiência no tribunal, que estava marcada para daqui a uma semana.
Ela mal podia esperar para ver o diabo que queria acabar com sua vida prematuramente.
Se ela tivesse morrido naquela época, como ela teria se tornado tão popular e se tornado um nome conhecido na boca de todo entusiasta de café.
Mas graças a Deus por Steffan, que a salvou.
Ela parou brevemente no semáforo e, quando conseguiu passar pelo tráfego e chegou ao hospital, já passava das 14h.