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- A HERDEIRA ESQUECIDA
- Capítulo 390 - 390 Somente Um Jeito de Provar Quem é Minha Namorada de
390: Somente Um Jeito de Provar Quem é Minha Namorada de Verdade 390: Somente Um Jeito de Provar Quem é Minha Namorada de Verdade “Oh, esta é Dolly Thompson, uma neurocirurgiã no Hospital Medstar,” disse Nathan, de modo fluente, completamente alheio, ou melhor, escolhendo ignorar a tensão entre Dolly e George. “A perfeita definição de beleza e inteligência, você não acha?” ele adicionou, com um gentil aperto na cintura de Dolly.
“E a cereja no topo do bolo é que ela é meu par para esta noite,” ele se gabou.
George acenou em reconhecimento, sua expressão educada, porém distante.
“Parece que me encontrei com a Dra. Thompson em algumas ocasiões,” disse George casualmente, “e devo dizer que ela leva seu trabalho com uma dedicação obstinada que me deixou impressionado.”
“Isso mesmo. Eu estava dizendo à Dolly o quanto admiro o trabalho dos médicos,” disse Nathan, orgulhosamente.
Ao menos desta vez ele tinha conseguido alguém digna de ser mostrada, ao invés daquelas sanguessugas preguiçosas com quem ele costumava sair.
“Sim, especialmente aqueles em áreas de alta pressão como a da Dra. Thompson… eles fazem tudo ao seu alcance para fazer seus pacientes se sentirem confortáveis e cuidados.”
Os olhos de Dolly se aguçaram levemente ao comentário, mas ela manteve sua expressão neutra. “É um campo exigente, mas é gratificante. Vemos muitas coisas e, claro, aprendemos muito também.”
“Concordo plenamente com você. É definitivamente útil quando lidamos com situações inesperadas, devo dizer,” George adicionou, seu tom casual, embora ele temperasse as palavras com um subtítulo.
Nathan concordou, aparentemente alheio à corrente subjacente da conversa. “Isso mesmo. A ética de trabalho da Dolly é incomparável. Eu a vi realizar milagres na sala de cirurgia. Ela é realmente algo especial.”
Ele lançou um sorriso orgulhoso para Dolly, que o retribuiu com um aceno apertado e educado, embora George não tenha perdido a maneira como seus dedos batiam ritmicamente contra sua bolsa, um pequeno, mas revelador sinal de seu desconforto.
“Situações inesperadas parecem fazer parte do trabalho,” respondeu Dolly, sua voz fria e medida. “Mas essa é a natureza do nosso campo. Você nunca sabe o que vem a seguir, então você tem que estar pronto para qualquer coisa.”
George manteve seu olhar, deixando o momento se estender apenas o suficiente para deixar claro que ele não estava falando apenas sobre emergências médicas.
“A prontidão é tudo. Especialmente quando as coisas não saem como planejado. É tudo sobre manter a compostura sob pressão.”
Os olhos de Dolly se estreitaram levemente, seu sorriso não chegava aos olhos. Ela parecia perceber que George estava escavando, tentando encontrar algo por baixo da superfície de suas trocas educadas. “Verdade. Mas eu acho que é isso que separa aqueles que prosperam daqueles que não, não é?”
Ela não precisava adivinhar que tinha algo a ver com sua proximidade com George.
Ele estava cuidando de Lauren? Ele não estava apaixonado por Lauren e deveria estar feliz que alguém estivesse pavimentando o caminho para ele?
“Exatamente,” George concordou, mantendo seu tom leve, mas seus olhos aguçados. “É tudo sobre como você lida com as curvas inesperadas.”
Nathan, ainda alegremente alheio, riu e deu um tapinha no ombro de George. “Bem, parece que você tem a mentalidade de um cirurgião também! Talvez você tenha perdido sua vocação, hein?”
George deu uma risada suave, embora seus olhos permanecessem fixos em Dolly. “Ah, estou bastante contente onde estou. Mas tenho que admitir, acho fascinante como algumas pessoas navegam por suas crises… especialmente quando as coisas saem do script.”
O sorriso de Dolly se endureceu um pouco. “É tudo sobre manter a cabeça no lugar,” ela disse, sua voz cortante. “Não importa quão imprevisível seja a situação.”
Os olhos de George moveram-se brevemente para Isabella, que vinha observando a troca com crescente desconforto.
Era claro que ela queria dissipar a tensão, mas George ainda não estava pronto para recuar. Não quando as rachaduras começavam a aparecer.
“Falando em imprevisível,” George continuou, seu olhar voltando para Dolly, “eu tenho um amigo próximo que foi vítima de um casamento bastante caótico há pouco tempo. Foi um grande transtorno, as coisas não saíram exatamente como planejado.”
Nathan, ainda ignorando a subcorrente, deu de ombros. “Casamentos podem ser loucos assim. As pessoas ficam agitadas com as menores coisas.”
‘De novo não!’ resmungou Isabella. ‘Por que George está tão fixado naquele maldito casamento? Qual é o ponto dele exatamente?’
“Sim, mas de novo, às vezes são os convidados inesperados que causam mais problemas.” O sorriso de George era fino, quase predatório. “E às vezes não são sobre os convidados, porém, mas as intenções que eles trazem consigo.”
Por um breve segundo, a máscara de Dolly deslizou enquanto um lampejo de algo semelhante ao medo passava por seu rosto antes dela rapidamente se recompor, sua expressão voltando à neutralidade.
George fez uma nota mental do deslize, sabendo que estava se aproximando do que buscava.
Isabella, percebendo que a conversa estava beirando a incivilidade, finalmente interveio. “Talvez devêssemos tomar algo? Estou um pouco desidratada.”
Ela não sabia por quê, mas poderia apostar sua vida que George e Dolly pareciam ter algum assunto pendente antes de agora e a Guerra Fria entre eles estava ficando sufocante.
“Ótima ideia,” George concordou, voltando de forma suave para sua persona charmosa. “Vamos pegar algo para brindar, que tal?”
À medida que se afastavam de Dolly e Nathan, George não pôde deixar de sentir o prazer da vitória se apertando em seu peito. Ele havia encontrado a brecha na armadura de Dolly e agora era apenas uma questão de tempo até ele ampliá-la.
Enquanto isso, do outro lado da sala, Lauren cutucou Steffan. “Você convidou sua ‘namorada’ para te encontrar aqui?”
Os olhos de Steffan escureceram, embora ele tivesse avistado Dolly assim que ela chegou. “Você vai desistir disso algum dia?”
Lauren deu de ombros, fingindo inocência. “Desistir de quê?”
Steffan suspirou, sua expressão tornando-se resignada. “Só há uma maneira de provar para você quem é minha verdadeira namorada.” Antes que Lauren pudesse retrucar, ele se inclinou e capturou seus lábios em um beijo fervoroso, alheio aos suspiros chocados que ecoavam ao redor deles.
Os olhos de Lauren se arregalaram surpresos, seu corpo endureceu com a intimidade inesperada. Ela mal conseguiu processar o beijo, sua mente girando.
Do outro lado da sala, Dolly olhou para cima justo quando viu a cena. Seu aperto na bolsa se intensificou, seus nós dos dedos embranquecendo.
Como Steffan poderia beijar Lauren tão abertamente? Apesar de todos os seus esforços para chamar sua atenção, ele continuava firmemente leal a Lauren mesmo sem qualquer memória de seu passado compartilhado.
O estômago de Dolly se contorceu com raiva e frustração. Ela tinha feito de tudo ao seu alcance para se aproximar de Steffan, e ainda assim, lá estava ele, ainda enredado com Lauren.
A visão deles trancados em um beijo doía mais do que ela gostaria de admitir.
Nathan, ainda ao lado dela, notou a mudança no semblante de Dolly e lhe lançou um olhar preocupado. “Você está bem?”
Dolly forçou um sorriso, embora seus olhos permanecessem fixos em Steffan e Lauren. “Sim, tudo bem,” ela mentiu, mas por dentro, estava fervendo de raiva.
Se Steffan ia continuar tão teimosamente devotado a Lauren, então ela teria que repensar sua abordagem, e desta vez, não cometeria erros.
“Você pode me dar licença, preciso fazer uma ligação?” Ela se virou para Nathan com um de seus sorrisos mais encantadores que tornava difícil para Nathan dizer não.
“Claro, vá em frente. Estarei aqui te esperando.”
George viu Dolly se apressar para sair do salão e seguiu o mesmo caminho cerca de cinco minutos depois.