389: Sapato Mocassim 389: Sapato Mocassim A expressão de Isabella mudou instantaneamente, rejeitando a sugestão. “Não, você não pode.”

“Por que não?” O tom de George era leve, mas havia um desafio em seus olhos. “Se Benita e a Srta. Desamparada foram bem-vindas, por que eu não posso ser?”

Isabella franziu a testa levemente. “Srta. Desamparada?”

“Sim,” George disse com um tom de deboche. “Sabe, a segunda desocupada que ficou na sua casa.”

“Ah, você quer dizer a Dolly?” Isabella deixou escapar, e então se corrigiu. “E só para você saber, ela não é uma desocupada, ela é médica em um dos melhores hospitais da cidade.”

George sentiu um triunfo invadir seu ser. Ele agora tinha um nome e uma profissão — Dolly, uma médica.

As peças do quebra-cabeça estavam lentamente se encaixando. Mas antes que pudesse saborear o momento, uma sensação estranha zumbiu em sua mente, fazendo-o congelar no meio do movimento enquanto levava o copo aos lábios.

Não era essa a mesma colega de Steffan no hospital e companheira outro dia? A mesma mulher que sempre dificulta a vida de Lauren?

‘Nossa!’ Isso estava ficando mais interessante e valendo o sacrifício. Ele não via a hora de contar as boas notícias para Killian, mas ainda precisava coletar mais informações.

Ele sabia que isso já era um avanço, mas por que se contentar com menos se pode conseguir mais, e ele pretende fazer exatamente isso antes que a noite termine.

“Chega de falar dos outros, que tal uma dançinha,” George sugeriu ao ver algumas pessoas na pista de dança.

“Pensei que você nunca iria pedir,” Isabella riu e sem mais delongas, colocou a mão na de George estendida enquanto ele a ajudava a se levantar.

George conduziu Isabella em direção à música, sua mão repousando levemente em suas costas enquanto caminhavam.

Ele manteve sua expressão descontraída, embora por dentro, seus pensamentos estivessem acelerados com as novas informações que havia coletado.

Dolly era alguém com quem eles não haviam ligado o que aconteceu até agora. E se ela estivesse envolvida, isso só poderia significar uma coisa, ela era muito provavelmente a pessoa que havia carregado a bala na arma. Ela é a única dentre todas as pessoas verificadas que tinha algo especial
E tirar a Lauren do caminho.

Eles encontraram um lugar na pista de dança, onde George suavemente puxou Isabella para um gentil valsa, mostrando nada do que estava acontecendo em sua mente.

O movimento era fácil, fluido, com charme suficiente em seus movimentos para mantê-la envolvida.

Enquanto dançavam, George manteve a conversa com lisonjas sutis e conversa fiada, enquanto continuava a colher informações dela.

“Tenho que dizer, você está cheia de surpresas esta noite,” ele disse, girando-a graciosamente. “Quem diria que você tem um olho tão aguçado para detalhes? Você percebeu meu interesse em Lauren imediatamente,” ele disse casualmente enquanto usava uma de suas técnicas de desvio.

Isabella deu-lhe um sorriso provocante. “É difícil não perceber. Mas acho que estou começando a te entender um pouco melhor agora. Você é o tipo de homem que adora deixar as pessoas na dúvida.”

George riu. “Culpado como acusado. Mas você também tem seu próprio ar de mistério, sabe. Estou intrigado.”

Antes que Isabella pudesse responder, um murmúrio percorreu a multidão à medida que mais convidados entravam na sala.

O olhar de George varreu casualmente na direção dos novos chegados, seu foco rapidamente se estreitando ao avistar alguém inesperado.

‘Isso não pode ser,’ ele murmurou sob sua respiração. ‘Fala do diabo em pessoa e ela está aqui. Como ela apareceu de repente justo quando ele acabou de descobrir algumas coisas terríveis sobre ela.’
‘E como ela ficou sabendo de Nathan?’
A visão deles juntos imediatamente disparou alarmes na mente de George. Nathan poderia ter sido aquele ajudando Peggy nos bastidores?

Como esperado, a entrada de Dolly foi marcante, com seus longos cabelos escuros enquadrando uma expressão confiante enquanto ela entrava com o ar de alguém que sabia que seria notada.

Nathan, por outro lado era um playboy renomado e bastante popular entre as garotas, aliado à sua estrutura bem construída e características marcantes, ele poderia facilmente atrair a atenção de qualquer um.

George não pôde deixar de notar que eles combinavam muito bem juntos e seria um erro eles não se casarem… a maneira como se moviam juntos sugeriu um forte rapport.

Sendo um playboy notório, George não se surpreendeu que Nathan, sendo o playboy notório que era, parecia glorificar-se nos olhares curiosos de vários convidados enquanto passavam.

O aperto de George na cintura de Isabella afrouxou um pouco, embora ele mantivesse seu rosto suave e ilegível.

Essa era a oportunidade perfeita. Ele podia sentir as peças do quebra-cabeça se encaixando, mas precisava agir com cautela—muito cedo demais, e ele poderia revelar seu jogo.

“Parece que a lista de convidados acabou de ficar um pouco mais interessante,” George comentou casualmente, acenando em direção a Nathan e sua acompanhante.

Isabella olhou por cima do ombro, parecendo surpresa por um breve momento antes de rapidamente disfarçar. “Ah, essa é Dolly, a amiga de quem eu estava falando” ela disse bastante naturalmente, quase surpreendendo George que estava observando qualquer forma de reação agitada. “Eu não sabia que ela estaria aqui esta noite,” ele ouviu Isabella dizer.

O olhar de George alternava entre Isabella e Dolly, não acreditando que não haveria mudanças sutis em seu comportamento. “Que tal dizermos oi?” ele sugeriu, sabendo que essa era sua chance de observá-las juntas.

Isabella hesitou por um instante, mas então concordou. “Claro, vamos lá.”

Afinal de contas, Dolly não viu a necessidade de entrar em contato com ela todo esse tempo.

Conforme se aproximavam de Dolly, a mente de George corria com as implicações. Se Dolly realmente era colega de Steffan e também estava na casa de Isabella no dia do casamento, então, havia uma grande possibilidade de ela ter desempenhado um papel no que aconteceu no casamento. As peças se encaixavam muito bem para ser coincidência, mas ele ainda precisava investigar mais profundamente.

“Dolly,” Isabella chamou enquanto se aproximavam, seu tom mesclando familiaridade e tensão sutil. “Eu não esperava te ver aqui esta noite.”

Dolly se virou, seus olhos se estreitando levemente enquanto observava Isabella ao lado de George.

Após a identidade de George como presidente da Barista Royale ter sido revelada online, ela sabia que George estaria presente aqui esta noite. Mas o que ela não esperava era que Isabella seria a pessoa com George, e não Lauren.

Ela rapidamente disfarçou qualquer sinal de surpresa, cumprimentando-os com um sorriso educado. “Isabella, poderia dizer o mesmo sobre você. Eu não sabia que você estaria presente neste evento.”

George apenas deu um aceno curto em reconhecimento às saudações de Nathan, enquanto estudava as correntes subjacentes entre as duas mulheres.

Ele notou a leve rigidez na postura de Dolly e como seu sorriso não alcançava completamente os olhos. Qualquer que fosse a conexão delas, não era tão simples quanto parecia.

“E quem é seu acompanhante?” George perguntou, gesticulando suavemente com o queixo na direção de Dolly como se estivesse apenas notando sua presença.

“Ah, esta é Dolly Thompson, uma neurocirurgiã no Hospital Medstar,” Nathan disse fluidamente, completamente alheio, ou melhor, escolhendo ignorar a tensão entre Dolly e George. “A perfeita definição de beleza e inteligência, não acha?” ele adicionou, com um aperto gentil na cintura de Dolly.