372: Essa Não É Sua Namorada? 372: Essa Não É Sua Namorada? “Talvez não seja só o Steffan que esteja sofrendo de perda de memória. Parece que você se juntou à liga também,” Killian sorriu com desdém e se afastou.

Seus afazeres do dia haviam terminado e ele não via razão alguma para permanecer ali.

“Ei, você não acha que deveria se explicar melhor?” George chamou enquanto corria atrás de Killian.

“Shhh… não é aquela sua namorada do lado do seu carro? Ela provavelmente está esperando você ir consolá-la e, provavelmente, lutar contra todas as pessoas que os Hebreus acusaram injustamente,” Killian provocou, apontando na direção onde o carro de George estava estacionado.

“Por que ela ainda está aqui?” George perguntou sem se dirigir a ninguém em particular, com sua expressão se tornando sombria. Como ela ousava se encostar no carro dele com seu corpo profanado?

Será que ela pensava que ele não sabia o que ela vinha fazendo com aqueles homens só para chegar onde estava?

Para evitar a atenção desnecessária que a mínima interação com Peggy traria para ele, decidiu seguir Steffan para fora do local.

Ele tinha certeza que os repórteres logo terminariam com Lauren e, assim que tivessem a menor ideia de que ele estava lá fora, o cercariam como abelhas, então essa era a sua melhor oportunidade de escapar enquanto eles ainda estavam focados na vencedora.

“Eu vou embora com você no seu carro,” ele cochichou rapidamente para Killian, mas Killian claramente não estava disposto a cooperar, pois recusou diretamente.

A expressão de George se tornou terrível enquanto ele implorava freneticamente. “Você tem que ajudar seu irmão? Não estou no clima para lidar com essa porcaria e, muito menos, com a enxurrada de perguntas daqueles repórteres desocupados.”

Killian parou como se estivesse seriamente considerando o pedido dele, mas o que saiu de sua boca no minuto seguinte foi além das expectativas de George. “Você finalmente concorda que é um covarde?”

“Sim,” George concordou sem perder tempo. Não era só para concordar com ele por enquanto? Contanto que ele conseguisse se livrar do problema imediato, ele não se importava em agradar seu primo problemático.

Isso não significa que ele realmente era um covarde, o que Killian também sabia, embora ele não soubesse por que ele insistia em ouvi-lo dizer isso sempre que precisava de ajuda para alguma coisa.

“Tudo bem, eu vou ajudar você, irmão,” Killian sorriu com arrogância.

“Irmão, com certeza,” George murmurou contrariado enquanto se sentava no carro.

Killian, que estava prestes a se sentar no carro, parou e colocou um braço no capô do carro. “Você disse alguma coisa?”

“Eu disse obrigado,” George proferiu sarcasticamente.

Killian riu contente. “Não há de quê. Para que servem os irmãos? Já que você está livre hoje, quero que você venha comigo a algum lugar,” acrescentou.

“Onde é isso?” George perguntou com ceticismo. Killian sempre estava cheio de coisas estranhas e ele não queria ser pego no meio de uma das suas armações.

“Você descobrirá em breve. Tudo que você tem que saber por agora é que tem a ver com a Lauren e quero que você use seu charme para ajudar a Lauren pela primeira vez.”

“Eu sempre ajudei ela, por que fazer parecer como se fosse algo esporádico?” George reclamou com uma carranca enquanto ajustava o cinto de segurança em torno dele. Contanto que fosse sobre a Lauren, ele estava disposto a fazer qualquer coisa, afinal, ela era sua prima favorita. Como ele próprio não tinha uma irmã,
“Mas eu ainda acho que você está mais acostumado a colocá-la em apuros do que a ajudar,” Killian insistiu, “pegue hoje como exemplo,” ele acrescentou.

“Isso é porque a Peggy é uma psicopata que não sabe o lugar dela e quando não é necessária,” George zombou e rolou o celular para verificar os comentários nas mídias sociais.

“Você acha que a Lauren vai ficar muito feliz com você por mantê-la no escuro sobre ser o novo presidente do Barista Royale?”

“Eu vou encontrar uma maneira de apaziguar ela,” George respondeu, sem tirar os olhos do seu celular.

“É,” Killian disse e se concentrou na estrada. Era inútil tentar entender como George sempre convencia a Lauren e a fazia perdoá-lo tão facilmente. Eles eram dois da mesma espécie. Se eles não fossem primos, ele tinha certeza de que teriam feito um excelente casal.

Mas o coração de Lauren estava voltado para outro lugar e, embora ele sempre provocasse George, ele sabia que o que ele realmente sentia por Lauren era profundo.

George, que havia estado olhando para o seu celular, viu que a competição foi oficialmente declarada encerrada e que um jantar havia sido marcado para hospedar as equipes participantes e seus familiares, conforme ele havia instruído antes de partir.

Ele se perguntava se a Lauren iria procurá-lo ou pedir ao seu namorado idiota para acompanhá-la. Ele podia adivinhar mais ou menos qual seria a escolha dela e riu sem poder fazer nada.

“Qual é a sua? Por que está com essa cara tão patética de repente? Está com medo de não conseguir se explicar para a Lauren desta vez?” Killlian provocou, lançando um olhar rápido para George.

“Não é nisso que estou pensando. Tem uma festa jantar hoje à noite para todos os participantes. Quem você acha que a Lauren escolheria para acompanhá-la?”

“Os membros da equipe dela, é claro,” Killian disse sem nem se dar ao trabalho de pensar.

George viu o sorriso no rosto de Killian, que ele não fez nenhum esforço para esconder. “Cada membro da equipe deve levar pelo menos uma pessoa,” ele disse casualmente. Mas Killian percebeu o que havia por trás da declaração casual e seu sorriso aumentou.

“Eu acho que você já sabe quem a Lauren escolherá como seu acompanhante, não me diga que você está com ciúmes?” ele provocou.

“Por que eu teria ciúmes de um homem sem cérebro que não consegue se lembrar da mulher que ama?”

“Parece que você está feliz com a situação.”

“Não deveria estar? Pelo menos a Lauren tem mais liberdade.”

“E mais tempo para limpar a sua bagunça,” Killian acrescentou para George. “Eu me pergunto como você vai se virar quando ela finalmente se casar.

“Quando chegarmos nessa ponte, a cruzaremos,” George respondeu sem se importar. “Então, para onde estamos indo? Já não chegamos?” ele perguntou impacientemente.

“Logo,” foi a resposta sucinta que ele recebeu de Killian.

Cerca de cinco minutos depois, eles chegaram em frente a uma casa.

“O que estamos fazendo aqui?” George perguntou quando eles estavam lá por mais de um minuto e Killian não fez nenhum esforço para que saíssem do carro.

“Só um momento,” ele advertiu. Mas escute com atenção o que estou prestes a dizer,” Killian disse misteriosamente, causando uma expressão de preocupação no rosto de George.

“Faça o seu melhor para encantá-la com seu charme e estabeleça uma conexão com ela o mais rápido possível. Podemos precisar disso mais tarde.”

“Por que eu preciso fazer isso?” George rebateu. Ele não gostou do jeito que Killian estava prestes a usá-lo como isca para pegar um de seus criminosos. E essa é exatamente a razão pela qual ele não gostava de ficar perto dele e preferia a Lauren, mais simples e que sempre alegrava o seu dia.

“Eu vou te explicar mais tarde. Anda logo,” Killian o instigou impacientemente.

“Qualquer explicação que você tenha para dar, é melhor valer a pena, caso contrário…” George deixou a ameaça no ar enquanto saía do carro.

Ele havia acabado de chegar à varanda do prédio quando a porta do apartamento se abriu e uma jovem extremamente bonita saiu da casa.