A HERDEIRA ESQUECIDA - Capítulo 193
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193: Caveira Demônio 193: Caveira Demônio Steffan, que acabara de receber uma ligação de Shawn, olhou com um pedido de desculpas para o médico que estava sentado à sua frente em seu escritório.
“Receio que tenhamos de remarcar esta reunião. Surgiu algo urgente que requer minha atenção imediata.”
“Tudo bem, doutor, quando o senhor estiver livre é só me ligar e eu voltarei,” sorriu o médico júnior que tinha vindo discutir com Steffan alguns assuntos cirúrgicos desafiadores.
“Eu com certeza vou te ligar, e obrigado pela compreensão,” disse Steffan, estendendo a mão para um aperto de mão enquanto o médico se levantava para sair.
Depois de deixar o jardim de infância, ele dirigiu direto para o hospital para passar sua escala a um colega, pois não estava com o estado de espírito adequado para trabalhar.
Devido à natureza delicada de sua profissão, ele não podia se dar ao luxo de cometer erros, pois o mínimo erro poderia ser fatal, o que ele nunca iria querer que acontecesse.
Ele sabia muito bem o motivo da ligação de Shawn e também sabia que seu encontro hoje determinaria o destino de anos de amizade.
Depois de pedir licença ao Dr. Sullivan, o cirurgião-chefe, ele deixou o hospital.
Enquanto isso, Shawn já estava a caminho da Caveira Demônio.
Sentado atrás do volante, sua mente estava aturdida com uma mistura tumultuada de emoções. Ele navegava pelas ruas, cada curva o levando mais perto do ponto de encontro naquele clube com nome ameaçador, Caveira Demônio.
O ar no carro parecia denso de tensão, refletindo o peso da situação. Seus pensamentos giravam, divididos entre a incredulidade e a compreensão afundante do que estava em jogo, anos de amizade estavam na balança.
O zumbido rítmico do motor parecia ecoar as batidas de seu coração enquanto ele lutava com as emoções conflitantes que ferviam dentro dele.
Memórias dos anos passados ao lado de Steffan, rindo, confidenciando, confiando… agora ofuscadas por uma revelação angustiante.
A raiva tremulava dentro do peito de Shawn, mas era moderada por uma tristeza profunda.
Como seu melhor amigo poderia traí-lo, se envolvendo com Kathleen às suas costas? A própria ideia deixava um gosto amargo em sua boca, um sentimento de traição que roía sua alma.
Ele apertou o volante, a tensão em seu aperto reflexo da tempestade que rugia dentro dele. Perguntas giravam; perguntas sobre lealdade, honestidade e a fragilidade da confiança.
Seus pensamentos pulavam entre a incredulidade e um desejo ardente de confrontar Steffan, de exigir uma explicação, de entender por que seu amigo havia cruzado tal linha.
Mas, em meio ao tumulto das emoções, uma parte do coração de Shawn ainda se apegava à esperança de que pudesse haver um mal-entendido. Talvez houvesse um motivo, uma explicação que pudesse de alguma forma salvar os laços de sua amizade.
À medida que a estrutura enigmática da Caveira Demônio se aproximava, Shawn respirou fundo, preparando-se para o confronto que o aguardava.
Qualquer que fosse o resultado, ele sabia que esse encontro mudaria irrevogavelmente o curso de seu relacionamento de uma maneira ou de outra.
Com o coração pesado e a mente tumultuada com uma mistura de raiva, mágoa e apreensão, ele estacionou o carro e saiu, pronto para confrontar a verdade.
Ele sabia muito bem por que havia escolhido um lugar como Caveira Demônio para o encontro.
Caveira Demônio não era apenas um clube; era uma arena de resoluções, um lugar onde conflitos eram enfrentados frente a frente em um ringue de boxe. Era um espaço para a liberação terapêutica de emoções reprimidas.
Embora sua fachada não ostentasse uma sinalização vistosa, um brilho sinistro emanando das janelas insinuava o mundo enigmático do interior.
Ao entrar, Shawn foi imediatamente envolvido em uma atmosfera impregnada de obscuridade.
O interior, que exalava uma aura de crepúsculo eterno, independentemente da hora lá fora, era iluminado de forma tênue por uma série de luzes piscantes em tons de carmesim e violeta.
Murais retratando caveiras ameaçadoras entrelaçadas com padrões misteriosos criavam sombras inquietantes nas paredes.
Shawn se aproximou da principal atração do clube, o ringue de boxe, um ponto focal envolto em uma aura etérea. Suas cordas estavam banhadas em um brilho suave.
A ambiência era definida por uma mistura eclética de música, uma fusão de melodias assombrosas e batidas pulsantes que ressoavam pelo clube, realçando a aura de mistério que envolvia o espaço.
Depois de trocar por um traje de boxe que estava à venda, ele se acomodou em um dos bancos.
Um dos barmans, vestido em trajes escuros como os demais e movendo-se com um charme misterioso, ofereceu-lhe um copo de coquetéis misturados que pareciam ter uma qualidade etérea, acalmando o espírito e fortalecendo a determinação enquanto Shawn os afogava de uma vez só enquanto encarava seu relógio.
Não muito tempo depois, Steffan também chegou ao estacionamento do clube.
O batimento pulsante de um baixo potente preenchia o ar enquanto ele entrava no clube mal iluminado.
Ele avistou Shawn já trocado e aguardando sua chegada em um banco no balcão do bar.
Não precisava que lhe dissessem o que fazer, pois foi diretamente para o vestiário trocar de roupa.
Alguns minutos depois, ele saiu vestindo um traje de boxe completo.
Depois de tomar um copo da mesma bebida que foi oferecida pelo barman, Steffan se moveu em direção ao ringue, onde Shawn já o aguardava.
A tensão entre eles era palpável, seus rostos marcados por uma determinação sombria.
Enquanto subiam os degraus que levavam ao ringue de boxe, seus olhares se fixavam um no outro, suas emoções um turbilhão de raiva, mágoa e conflito não resolvido.
Ambos entraram no ringue por direções diferentes.
De um lado estava Steffan, com a postura tensa, mas conflitante, seus olhos um espelho de arrependimento e determinação enquanto se concentravam em Shawn.
A dura realidade do momento pesava sobre ele enquanto ele se preparava para enfrentar as consequências de suas ações.
Em outro canto estava Shawn, seus músculos tensos, mandíbula cerrada com determinação. Ele exalava uma energia feroz, alimentada por uma mistura de raiva e mágoa.