A HERDEIRA ESQUECIDA - Capítulo 176

176: Caligrafia de Kathleen 176: Caligrafia de Kathleen De volta às corporações Hudson, Shawn estava sentado em sua cadeira de couro, vestido todo de preto, exalando uma aura misteriosa.

Até Johnson, que estava diante dele, sentiu que não era diferente do dia do julgamento.

Ele acabara de receber uma mensagem das Corporações Wyatt e estava a reportando ao seu chefe.

“Foi dado o local para a reunião?” Shawn perguntou, sem desviar os olhos do documento em que estava trabalhando.

“Diz aqui que você tem que se encontrar no Hotel Rivers às 18h para discutir mais sobre o projeto.”

“O que há para deliberar?” Ele sorriu ironicamente, “Tudo foi concluído com o Diretor Wyatt e a única coisa que restava era a assinatura do contrato.”

“Quem enviou o convite?” Ele perguntou a Johnson, que observava-o em silêncio.

Era de conhecimento geral que o Diretor Hudson havia deixado o país. Ele sabia que de modo algum seria Kathleen, além dela, quem mais iria querer encontrá-lo?

Então ele se lembrou de que um de seus subalternos havia relatado que Jason havia retornado ao país há quatro dias.

Eles até foram a um parque brincar com algumas crianças.

Tudo isso apontava para o fato de que ela estava perfeitamente bem.

Estariam eles planejando dar-lhe uma rasteira novamente? Ele lembrava claramente como haviam virado as costas e entregado o contrato que ele havia trabalhado por meses a uma empresa insignificante.

Apesar de tudo, ele podia detectar as digitais de uma única pessoa que havia prometido lidar com ele alguns dias atrás. Será que ela estava falando sério e queria cumprir suas palavras?

Antes que Jason pudesse responder, a porta de seu escritório se abriu bruscamente e alguém que ele não esperava ver tão cedo entrou dramaticamente.

“Mamãe?” Ele se surpreendeu com sua aparição repentina e seu rosto já sombrio ficou ainda mais sombrio.

“Vejo que você não está feliz em me ver,” ela fez uma careta. “No entanto, estou feliz em te ver. Eu senti muito a sua falta.”

Ela foi diretamente para a cadeira de Shawn e o abraçou com força, ignorando o semblante carrancudo no rosto de Shawn.

“Por que você voltou tão cedo?” A última coisa que ele precisava agora era alguém interferindo entre ele e Kathleen, agora que as coisas haviam se deteriorado entre eles.

Agora que ela estava de volta, ele tinha certeza de que seria mais difícil mantê-la afastada de Kathleen.

Por sorte, a sessão de terapia de sua avó havia sido completada, e tudo o que ela precisava fazer era tomar os medicamentos que Kathleen estava enviando semanalmente.

“Você pretendia me manter lá para sempre? Claro que voltei porque eu queria,” ela declarou descaradamente.

Com um gesto de mão em direção a Johnson, ele entendeu que a reunião estava encerrada e pediu licença do escritório, deixando a mãe e o filho a sós.

“O que está acontecendo? Como está sua Nana?”

Joanne acomodou-se gentilmente no sofá, sentindo-se muito à vontade e satisfeita consigo mesma.

“Você não a viu quando chegou em casa? Por que vir aqui me incomodar com tantas perguntas?”

“Humph,” ela resmungou, “Eu vim direto do aeroporto e minha bagagem ainda está no carro. Eu nem comecei e você já está reclamando.”

Shawn levantou uma sobrancelha e instantaneamente pressentiu problemas vindo.

Ele lançou um olhar suspeito para ela. “Por que você está aqui?”

“Como assim? Não posso vir ver meu filho que não vejo há tanto tempo?”

Shawn debochou, desde quando ela se importou tanto comigo a ponto de vir primeiro ao meu escritório.

“Você sabe que não pode me enganar com sua falsa declaração de afeto. Como você pode ver, eu estava ocupado quando você entrou sem cerimônia. Desembuche ou vá para casa.”

Joanne Hudson ficou sem palavras. Como ela deu à luz um filho tão difícil? Outras mães usariam coquetelaria e até mesmo chantagem para fazer seus filhos ouvirem-nas, mas não o seu próprio filho.

Se ela não fosse uma mulher forte, já teria sido assustada pelo seu aura opressivo.

Ela suspirou ao se resignar ao seu destino.

“Eu soube que você se recusou a ajudar minha amiga e ela foi mandada para a prisão. Não só isso, mas você ainda defendeu aquela vadia que a fez ser presa. Isso é verdade?”

A cabeça de Shawn ergueu-se em descrença. “Você realmente veio todo esse caminho para me perguntar isso?”

“O que há de errado em mostrar preocupação por minha querida amiga?”

“Como você disse, ela é sua amiga, não minha,” Shawn apontou. Então não estou obrigado a ajudá-la. Além disso, ela foi considerada culpada do crime pelo qual foi condenada.”

“Que absurdo,” resmungou Joanne. “Como nossa amiga e uma família com a qual temos sido próximos ao longo dos anos, você lhes deve isso.”

“Como você pode simplesmente se sentar e deixá-los condená-la. Não foi apenas uma tentativa de assassinato? Ela nem sequer morreu, então por que você está tão tenso?”

“Eu já te avisei várias vezes para acabar com quaisquer sentimentos que você tenha por ela. Caçadoras de fortunas como ela só irão te arrastar para baixo.”

Os punhos de Shawn se cerraram enquanto ele tentava suprimir a raiva que fervilhava dentro de si.

“Não vou ouvir isso. Acho que você já excedeu sua estadia bem-vinda.”

Joanne não conseguia acreditar que Shawn estava realmente a expulsando de seu escritório. “Só estou tentando proteger você, Shawn.”

“Proteger-me do quê? De encontrar minha própria felicidade? Você não acha que já interferiu o suficiente? Por sua causa, Kathleen me deixou e quase morreu em um acidente de avião. Vendo-a viva novamente, você ainda está em conluio com outros para acabar com a vida dela. Você realmente se importa com o que eu posso estar sentindo em tudo isso?”

Cada palavra que ele falou estava carregada de decepção e tristeza. Decepcionado por ter uma mãe assim e tristeza pelo que ele e Kathleen passaram por causa dos esquemas de sua mãe com suas chamadas amigas próximas.