A Herdeira Divorciada Está Se Casando Novamente! - Capítulo 172
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172: A Criança 172: A Criança “Não acredito que fui obrigada a comparecer a um evento como este… A ironia está rindo na minha cara agora,” Samantha murmurou baixinho, franzindo a testa enquanto olhava ao redor do agitado local do evento no Hotel Sunrise.
O evento de caridade anual para pais solteiros estava a todo vapor, e o grande salão de recepção estava cheio de pais e seus filhos.
Balões coloridos e serpentinas decoravam o salão, e uma música alegre tocava ao fundo. O evento havia sido estabelecido anos antes por Amelie Ashford para apoiar pais solteiros que lutavam para sobreviver.
Aqui, os pais podiam solicitar assistência financeira de um fundo social, caso não conseguissem encontrar trabalho por algum motivo. Era um evento de um dia inteiro onde famílias também podiam socializar, encontrar amigos e receber ajuda profissional, se necessário—tudo de graça.
Samantha estava sentada em seu assento designado na borda do salão, forçada ao papel de anfitriã ao lado de seu marido, Richard.
Como uma mulher grávida, esperava-se que ela fosse acolhedora e solidária, um farol de bondade e esperança para os outros pais. Mas, em vez disso, sentia uma tempestade fria se formando dentro de si. Sua expressão era tensa, seus olhos percorrendo o ambiente com uma mistura de raiva e irritação.
Ela observou os pais solteiros recebendo roupas, brinquedos e outras necessidades para seus filhos, seus pensamentos escurecendo a cada sorriso que via.
‘Centenas de milhares de dólares estão sendo gastos com essas… essas pessoas, e eu? Não consigo nem um centavo sem a aprovação pessoal do meu marido! Mesmo que seja para o nosso filho! Seu filho!’
Samantha apertou os dentes, forçando um sorriso contido enquanto outra mãe solteira se aproximava dela para expressar gratidão.
“Muito obrigada por este evento maravilhoso, Sra. Clark. Significa o mundo para nós,” a mulher disse, os olhos transbordando com lágrimas de alegria.
“De nada,” respondeu Samantha rígida, mal conseguindo manter o desprezo fora de sua voz. Ela assentiu bruscamente e rapidamente desviou o rosto, sua paciência claramente se esgotando.
Do outro lado do salão, Richard observava sua esposa atentamente, notando cada reação dela.
Ele percebeu os sorrisos forçados, o modo como seus olhos pareciam brilhar com ressentimento toda vez que alguém a agradecia. Mas, de alguma forma, ele não se surpreendeu.
‘Ela não parece nada feliz,’ ele pensou, uma carranca profunda se formando em seu rosto. ‘Achei que estar perto de crianças traria de volta aquele lado alegre dela, mas acho que estava enganado. Deveria ter esperado isso da mulher que abandonou seu primeiro filho.’
Foi então que Richard viu o rosto de Samantha ficar completamente branco.
Os olhos dela se arregalaram em choque, e por um momento, ele ficou preocupado que ela pudesse estar doente. Mas então ele seguiu seu olhar intenso e notou um jovem carregando uma criança pequena em seus braços.
O homem estava vestido de forma simples—um moletom preto solto, jeans azul reto e tênis velhos e desgastados. Ele próprio parecia bastante pálido, a palidez de seu tom sublinhada pelo corte de cabelo curto e escuro que coroava sua cabeça.
Mas o que mais se destacava em sua aparência era o jeito estranho, quase ameaçador, como um sorriso se espalhava pelo seu rosto enquanto ele se aproximava de Samantha, abraçando a criança contra o peito.
Richard observou enquanto Samantha recuava em seu assento, sua voz tremendo enquanto sussurrava, “Tyler… O que… O que diabos você está fazendo aqui?”
Samantha não conseguia acreditar em seus olhos. Seu ex-namorado Tyler estava bem na sua frente, segurando seu primogênito nos braços. Ela olhou para a criança dormindo, seu coração batendo forte no peito. Como isso poderia estar acontecendo?
Tyler se aproximou mais, seu sorriso se alargando. “É assim mesmo que se saúda um ex-amante, Sam? E, claro, seu filho?”
Os olhos de Samantha quase saltaram das órbitas. Ela se forçou a se recompor e sussurrou sob a respiração, “Cala a boca, seu idiota! Saia daqui agora mesmo antes que eu chame a segurança!”
“Está tudo bem?” Naquele momento, a voz de Richard cortou a tensão, e Samantha se virou para ver ele ao seu lado, o rosto marcado pela preocupação.
Imediatamente, Samantha colocou um sorriso falso e assentiu. “Está tudo bem, querido. Este homem só veio me agradecer pela oportunidade que nossa caridade proporcionou a ele,” disse ela docemente, esperando desesperadamente que Richard não insistisse mais.
Aproveitando o desconforto da mulher, Tyler se virou para Richard, seu sorriso amigavelmente desarmador quando disse,
“Sim, sou muito grato, Sr. Clark. Veja bem, eu não sou realmente o pai dessa criança. Uma amiga minha deu à luz esse pequeno aqui e depois o abandonou na minha casa, então estou fazendo tudo que posso para apoiá-lo. Esse garotinho nem mesmo foi segurado pelos pais uma única vez, mas com essa ajuda, é como se vocês dois fossem os pais que ele nunca teve.”
A expressão de Richard suavizou uma vez que ele olhou para a criança dormindo nos braços de Tyler. Ele estendeu a mão e gentilmente pegou o garotinho, embalando-o em seus próprios braços fortes.
“Que tipo de mulher abandonaria um garotinho tão adorável?” ele murmurou, franzindo ligeiramente a testa. “Ele parece tão precioso…”
O coração de Samantha torceu dolorosamente em seu peito enquanto ela também olhava para a criança.
Ela sentiu uma sensação aguda, como uma faca torcendo em seu estômago. Ela podia ver a semelhança—os traços da criança eram inconfundivelmente dela. Ela lutou para manter a compostura, mas suas emoções ameaçaram dominá-la.
Richard olhou para Samantha, seus olhos cheios de uma ternura que ela não via há muito tempo. “Você gostaria de segurá-lo também?” ele perguntou gentilmente. “Afinal, você logo será mãe.”
As mãos de Samantha tremiam enquanto ela dava um passo mais perto, seus olhos fixos na criança nos braços de Richard. Ela conseguia sentir as paredes fechando-se ao seu redor, sua respiração ficando rasa e rápida. A realidade da situação caiu sobre ela como uma onda, e ela percebeu que não poderia fazer isso. Ela não podia mais fingir.
“Não, eu…” Ela tentou falar, mas sua voz falhou, suas palavras sufocadas pelo nó em sua garganta. Desespero a dominava, e ela murmurou algo sobre se sentir mal antes de se virar rapidamente e correr para fora do salão.
Richard observou ela sair, seus olhos se estreitando em suspeita.