A Herdeira Divorciada Está Se Casando Novamente! - Capítulo 154
- Home
- A Herdeira Divorciada Está Se Casando Novamente!
- Capítulo 154 - 154 A Costureira 154 A Costureira Certifique-se de ser
154: A Costureira 154: A Costureira “Certifique-se de ser cuidadosa, certo? Este era um terno Chanel de edição limitada, eles não fazem mais destes, sabia? Apenas dez foram feitos e eu tenho um!”
Samantha estava em frente ao espelho no antigo quarto de Amélie, examinando seu reflexo enquanto a costureira, uma mulher de aparência jovem chamada Kathy, famosa por ter dedos ágeis e uma visão única de estilo, trabalhava no ajuste da bainha da saia em sua estação de trabalho.
O quarto, outrora preenchido com a presença de Amélie, agora estava sendo repropósito como um ateliê improvisado, e Samantha se deliciava com o simbolismo.
“Além disso, certifique-se de que a bainha esteja exatamente duas polegadas mais comprida,” Samantha instruiu, “A barriga faz tudo parecer mais curto.”
A costureira assentiu, seus olhos focados no tecido enquanto ela prendia a bainha com cuidado meticuloso.
A gravidez de Samantha tinha tornado seu guarda-roupa um desafio, mas ela estava determinada a manter sua imagem. Foi por isso que contratou a segunda melhor costureira da cidade para alterar roupas que costumavam pertencer ao estilo inconfundível de Amélie, sob medida para se ajustar ao seu corpo em transformação.
‘Tantas roupas incríveis para usar, e nenhuma delas me serve por causa deste barrigão que não para de crescer! Eu não posso usar essas roupas de grávida feias, não importa o nome famoso que esteja estampado nelas!’
“Isso vai ficar perfeito quando estiver pronto,” a costureira a assegurou, sorrindo enquanto ajustava o tecido sob a máquina de costura.
Samantha mal a reconheceu, sua mente já vagando para a próxima roupa que queria ajustar. Então, ela suspirou e disse descuidadamente, “Vou usar o banheiro rapidinho. Continue trabalhando.”
Poucos momentos depois dela sair, a porta do quarto rangiu ao abrir, e Richard entrou, seu rosto uma mistura de irritação e confusão conforme olhava ao redor do quarto, claramente surpreso por encontrá-lo ocupado por uma estranha.
“Quem é você? O que está fazendo aqui? Onde está Samantha?”
Kathy, sentindo a tensão em sua voz, apressou-se em responder, quase pulando de pé. “Eu sou Kathy Monsoon, a Sra. Clark me contratou para refazer suas roupas. Ela saiu para usar o banheiro. Estou apenas trabalhando em alguns ajustes para ela aqui.”
Richard assentiu, embora não parecesse interessado em sua resposta. Seus olhos vasculharam o quarto, demorando-se nos remanescentes do guarda-roupa de Amélie espalhados pelo espaço mais uma vez. Ele franziu a testa.
“Que bagunça ela fez aqui…” Ele então se virou para encarar a mulher e arregalou os olhos ao notar seu rosto corado. Por alguns longos segundos, ele a encarou, achando suas feições intrigantes e seu próprio rosto começou a suavizar.
“Parece que minha esposa praticamente te enterrou em trabalho, hein?” Ele perguntou com um sorriso brincalhão nos lábios.
A costureira sorriu também. “Bem, a Sra. Clark é uma cliente generosa, não posso reclamar.”
Do lado de fora da porta, Samantha permaneceu silenciosamente, ouvindo atentamente a conversa. Ela observou através da estreita brecha na porta, seu coração batendo forte no peito.
O jeito como Kathy falava, o jeito como ela sorria para Richard — isso provocou uma onda de ciúmes correndo por suas veias. Ela mordeu o lábio, suas unhas cravando na moldura de madeira da porta enquanto lutava contra a vontade de irromper lá dentro e criar uma cena.
‘Ela está flertando com ele?’ Samantha pensou, com a mente acelerada. ‘Como ela ousa?’
Richard, alheio à presença de Samantha do lado de fora da porta, assentiu para a mulher e disse, “Bem, espero que minha esposa não esteja te ocupando demais. Eu sei que dei permissão para ela gastar com roupas de gravidez, mas ela realmente não precisa de muito.”
“Oh, de forma alguma, Sr. Clark,” a costureira respondeu, seu sorriso se alargando e suas bochechas ficando vermelhas. “É um prazer trabalhar com ela.”
O ânimo de Samantha inflamou ao escutar a troca de palavras educadas deles, seu ciúmes transformando-se em uma fúria cegante. Ela queria mais do que qualquer coisa irromper lá dentro e arrancar a mulher de perto de Richard, gritar para ela ir embora e nunca mais voltar. Mas ela se conteve, esperando até Richard se virar para sair.
Escondida de volta no banheiro, quando ela ouviu a porta se fechando atrás dele, ela esperou alguns segundos a mais antes de marchar de volta para o quarto, seu rosto torcido com fúria mal contida.
A costureira olhou para cima quando Samantha entrou, sentindo a mudança na atmosfera do quarto. “Ah, Sra. Clark, a senhora voltou…”
Samantha estreitou os olhos, sua voz gotejando desprezo. “Sim, eu voltei. E agora, o que houve? Por que parou de trabalhar? Vou estar em trabalho de parto até que tudo isso esteja pronto!”
Sobressaltada, Kathy apressou-se em voltar à saia, mas em sua pressa, suas mãos tropeçaram no tecido, e a costura em que ela vinha trabalhando saiu torta. Samantha notou imediatamente, seu temperamento inflamando-se mais uma vez.
“O que diabos é isso?” ela estalou, segurando o tecido e empurrando-o na cara da costureira. “Você está tentando me sabotar? Eu acabei de te dizer que isso é uma peça rara e você foi em frente e a estragou?!”
Kathy olhou para cima, chocada e confusa. “Não, Sra. Clark, eu—eu só cometi um erro, desculpe—”
“Um erro?!” A voz de Samantha subiu para um tom estridente. “Você acha que pode se safar cometendo um erro desses? Ou estava ocupada demais tentando flertar com meu marido? Foi isso que te desconcentrou, hein? Seduzindo os maridos de outras mulheres?!”
Os olhos da costureira se arregalaram de medo conforme as palavras de Samantha afundavam. “Sra. Clark, eu jamais faria—”
“Não minta para mim!” Samantha gritou, sua fúria alcançando o pico. Ela pegou o pulso da mulher com uma força de ferro e o empurrou em direção à máquina de costura. Kathy soltou um grito de terror, mas antes que pudesse reagir, a mão de Samantha alcançou o interruptor de energia.
A máquina de costura começou a rugir silenciosamente, a agulha movendo-se para cima e para baixo com velocidade aterrorizante. A costureira gritou, puxando sua mão a tempo, mas não antes que a agulha roçasse a sua pele, deixando uma linha de sangue em seus dedos trêmulos.
Ela cambaleou para trás, caindo no chão em choque, lágrimas escorrendo por seu rosto. Samantha se sobrepunha a ela, o peito arfando de raiva. “Saia!” ela sibilou, chutando a perna da mulher com uma violência que fez Kathy gritar de dor. “Saia da minha casa e nunca mais volte, sua vadia!”
A costureira correu para levantar-se, segurando sua mão ferida e sangrando enquanto saía correndo do quarto, soluçando incontrolavelmente. Samantha permaneceu ali, respirando com soluços irregulares, o coração batendo no peito. Ela não sentiu remorso, apenas uma fria satisfação por ter colocado a mulher em seu lugar.
Mas ela não estava sozinha. Desconhecido por Samantha, uma das empregadas — uma em que ela havia descontado antes pelo exato mesmo motivo — estava parada logo do lado de fora da porta, o telefone firmemente apertado em sua mão, gravando toda a cena.