A Garota Boa do Diabo - Capítulo 93
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93: Precisava de um melhor amigo 93: Precisava de um melhor amigo Pessoas diferentes e abordagens diferentes.
Essa era a rota que Fil estava seguindo. Passar tempo com os amigos cruéis de Vincent não foi em vão. Isso lhe deu uma compreensão profunda sobre o tipo de pessoa que eles eram e que tipo de abordagem ela adotaria. Para Marcus, ela era vulnerável. Para Vincent, ela era quase a mesma. Na frente de Anton, tinha que ser firme.
Ainda havia mais alguns que ela não havia abordado no grupo.
E ela não queria perder tempo e perder seu ímpeto.
A rede onde Marianne estava trabalhando não era longe do estúdio do Anton. Assim, depois de deixar o estúdio, Fil dirigiu até perto do prédio da rede. Ela olhou para a entrada do edifício, segurando o telefone na frente da sua orelha.
O telefone tocou algumas vezes antes de ir para a caixa de voz. Não surpreende. Marianne deve estar ocupada a essa hora. Assim, Fil tentou mais uma vez. Na terceira tentativa, Marianne atendeu a ligação.
“Ei, Fil,” Marianne cumprimentou calorosamente assim que a linha conectou. “Como você está?”
“Eu estou bem.” Fil sorriu. “Você está disponível esta noite?”
“Esta noite?” Marianne olhou para a equipe preparando o estúdio para a próxima transmissão. “Eu tenho que fazer um rápido segmento de notícias do entretenimento.”
“Ah…
“Tá tudo bem?” ela perguntou, com a testa franzida.
“Sim, claro!”
“Fil.” Marianne soltou um suspiro profundo, seu tom ficando mais sério. “Você sabe que eu estou sempre ocupada a essa hora do dia. Você não me ligaria se não fosse importante. Tá tudo bem mesmo?”
Fil juntou os lábios em uma linha fina, deixando o silêncio reinar na linha por um momento. “Não, tá tudo bem.”
“Fil.”
“Eu só preciso conversar com alguém,” Fil confessou baixinho com um toque de tristeza. “O Vincent e eu terminamos.”
“Vocês dois, o quê?” Marianne franziu a testa, olhando brevemente para o telefone.
“Eu preciso da minha melhor amiga,” Fil acrescentou. “Estou aqui fora do nosso prédio. Vou esperar por você lá fora.”
“Não, Fil.” Marianne pigarreou. “Vou pedir para a minha assistente te buscar. Me espera no meu camarim, tá bom?”
“Tá bom.
“Ok. Vou terminar isso rápido.”
Depois de cantarolar uma música, Fil encerrou a ligação. Sua expressão aguda e fria permaneceu em contraste marcante com seu tom anterior.
“Essa é a minha amiga,” ela zombou baixinho, sorrindo com desdém. “Agindo como se importasse, quando, de fato, ela só quer escutar por que terminamos.”
*******
Assim como Marianne instruiu, sua assistente escoltou Fil até seu camarim quando esta chegou no saguão do prédio. Fil esperou por Marianne no camarim dela, assistindo ao segmento de notícias do entretenimento que sua melhor amiga assumiu porque a repórter original estava doente.
“E aí.”
Fil desviou os olhos da televisão para a porta, vendo Marianne entrar com um sorriso sutil. Marianne caminhou em direção ao sofá onde Fil estava ociosa.
“O que aconteceu?” Marianne perguntou preocupada. “Sinto muito você ter que esperar.”
“Tá tudo bem.” Fil sorriu compreensivamente, voltando os olhos para a televisão. “Você é melhor do que a responsável pelo segmento de entretenimento.”
Marianne riu. “Não diga isso. Ela é uma boa amiga, então eu aceitei quando me ligaram para cobrir por ela.”
“Quando ela assistir ao segmento, vai fazer de tudo para não ficar doente de novo,” Fil brincou. “Senão, você pode acabar substituindo ela de vez.”
“Isso não é verdade.” Marianne se humilhou com um riso, suspirando enquanto a atmosfera entre elas clareava um pouco. “Você tá bem?”
“Um pouco.”
“O que houve?”
Fil deu de ombros. “Não sei.”
“Você não sabe?” Marianne franziu a testa. “Ele… terminou com você?”
Fil uniu os lábios, observando a reação de Marianne. Por fora, Marianne estava obviamente preocupada e surpresa. Não havia mais nada a perceber porque isso era o que ela realmente sentia: chocada e preocupada.
“Não,” Fil respondeu depois de um minuto inteiro de silêncio. “Eu terminei com ele.”
“Você?”
“Mhm.”
“Por quê?”
“Bem.” Fil suspirou fundo mais uma vez, baixando os olhos, sorrindo amargamente. “Ele quebrou minha confiança.”
Marianne franziu a testa, mordendo o lábio inferior por dentro levemente. ‘O que ela quer dizer com isso?’ ela se perguntou. ‘Ela descobriu sobre o Vincent e eu?’
Miríades de pensamentos surgiram na cabeça de Marianne em um intervalo de tempo de fração de segundo. Fil sempre a procurava sempre que tinha problemas ou quando não aguentava mais carregar o fardo em seus ombros. No entanto, Fil pode ter vindo hoje porque queria confrontá-la. Não que Marianne tivesse medo de Fil, mas ela não queria que o confronto acontecesse dentro do prédio.
Os ouvidos das pessoas na indústria do entretenimento eram afiados. Suas mentes também eram criativas. Não seria difícil para eles juntarem um mais um. No próximo instante, um item cego já estaria circulando na internet e no círculo do entretenimento.
“Ele acha que estou traindo,” Fil confessou depois de um silêncio prolongado. “Ele tinha certeza disso.”
As linhas entre as sobrancelhas de Marianne se aprofundaram, os olhos voltaram para o perfil de Fil. “Ele, o quê?”
“É ridículo.” Fil sorriu amargamente, encarando sua amiga uma vez mais. “Eu? Com outro homem? Se o homem que eu amei por tanto tempo nem sequer podia me beijar até o casamento, o que faz ele pensar que eu deixaria outros me tocarem?”
Uma fina camada de lágrimas cobriu seus olhos, e sua voz estalou. “Vincent sabe que confiança é uma coisa muito importante para mim. Eu não exijo que ele me dê todo o seu tempo; eu nem faço um escândalo se ele passa dias sem entrar em contato comigo. Até quando ele esquece meu aniversário ou nosso aniversário de namoro, tá tudo bem. Eu sempre posso ignorar todas essas coisinhas.”
“Eu confiei nele, e mesmo assim, ele não pôde confiar em mim,” ela acrescentou, e desta vez, uma lágrima escorreu por suas bochechas. “Eu sou quem terminou nosso relacionamento, mas eu também sou quem está sofrendo mais.”
“Anne…” Fil soluçou, suas lágrimas turvando sua visão. “O que eu vou fazer agora?”
Marianne franzia a testa, olhando as lágrimas descendo pelo rosto de sua amiga.
“Oh, Fil,” Marianne a chamou docemente, esticando os braços em direção a Fil enquanto se aproximava. Ela cuidadosamente puxou Fil para seu abraço, acariciando suas costas reconfortantemente. “Sinto muito que isso tenha acontecido.”