A Garota Boa do Diabo - Capítulo 90
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90: Para fins de segurança 90: Para fins de segurança Óculos grandes que podiam cobrir seu rosto esculpido, cabelos bagunçados e cacheados que se estendiam sob suas sobrancelhas, um casaco comprido para esconder seu corpo da temperatura que caía e um carro esporte chamativo. Não é de se admirar que as pessoas na empresa do Fil estivessem se aglomerando na entrada — mulheres rindo e cochichando curiosas.
Além do carro esportivo que valia milhões onde Anton estava apoiado despreocupadamente, a aparência, físico e aura dele se destacavam. Ele era uma celebridade por um motivo; embora preferisse ser chamado de cantor em vez de celebridade.
“Nossa. Quem é ele?”
“Ele é tão bonito~!”
“É um cliente?”
“Como seria bom ser buscada por um carro tão luxuoso?”
“Ele é tão gato.”
Fil olhou ao redor para as pessoas na entrada. A maioria das mulheres parou de andar, admirando o modelo ao vivo bem ali na entrada da frente. Ela balançou a cabeça, ouvindo alguns funcionários homens admirarem o carro enquanto ignoravam a pessoa.
‘Acho que não há motivos para eu entrar em contato com ele,’ ela disse a si mesma, suspirando aliviada. ‘Ele obviamente não mudou de ideia. Mas o que ele está fazendo aqui? Achou que estava gravando um drama posando assim?’
Ela apertou os olhos, observando Anton, que estava assobiando enquanto esperava à vontade. Seus lábios se curvaram num sorriso malicioso enquanto olhava para a multidão. Fil se aproximou de dois funcionários homens ao lado.
“Ei,” ela chamou suavemente, sorrindo.
No segundo em que os dois homens ouviram sua voz calma, eles seguiram a voz. Assim que seus olhos pousaram na Fil, seus lábios se abriram.
“Obrigada pelos docinhos mais cedo,” ela expressou, olhando para o outro homem com um sorriso doce. “Você só colocou na mesa mais cedo, e eu não tive chance de agradecer.”
“Ah.” O homem massageou a nuca, corando. “Tem muita gente querendo te dar algo, então eu estava preocupado que pudesse te incomodar. Então eu não disse nada.”
Ele deu uma espiada nela, sorrindo. “Mas fico feliz que você gostou.”
‘Elise que gostou’ foi o que ela quis dizer.
“Enfim, você está indo pra casa agora?” o homem rapidamente prosseguiu, não querendo perder o momento e a conversa. “Precisa de ajuda?”
“Uh… bem,” ela hesitou. “Estou bem.”
“Tem certeza?”
“Sim.”
“Fil!”
Os homens à sua frente viraram as cabeças assim que ouviram o chamado. Fil, por outro lado, ergueu as sobrancelhas brevemente. Um sorriso satisfeito surgiu em seu rosto por um instante. Quando ela virou a cabeça, ela viu Anton correndo em sua direção.
“Quem —” Os dois homens, que estavam conversando com a Fil, franziram a testa.
“Saiam,” Anton falou rudemente, lançando um olhar aos dois rapazes. Parando na frente da Fil, ele apontou para os dois homens com os olhos nela. “Eles estão te incomodando, Fil?”
“Não?”
“Tss. Eu sabia!” Anton sibilou, encarando os dois funcionários que nem estavam fazendo nada. “Caiam fora, seus idiotas. Incomodem minha garota de novo, e vocês estão mortos.”
“Ele não é meu namorado.” Fil revirou os olhos, lançando um olhar aos homens. “Ele é um amigo, e eu peço desculpas por ele. Não liguem para ele e eu não preciso de ajuda para ir para casa. Obrigada por oferecerem, de qualquer forma.”
“Ah…” o homem que lhe deu os docinhos deu uma risada constrangida. “Tudo bem. Ha ha.”
Fil sorriu pedindo desculpas, observando os homens se afastarem constrangidos. Ela bufou e depois olhou para Anton diretamente nos olhos. Mas antes que ela pudesse dizer alguma coisa, ela notou que todos que estavam se aglomerando na entrada agora estavam olhando para ela, cochichando entre si.
“Ele não é meu namorado!” Fil elevou sua voz para esclarecer, voltando sua atenção para Anton. “Ele é um amigo.”
“Por que você está sendo tão dura, Fil?” Anton fez bico.
“Porque você veio ao meu trabalho sem me avisar.” Fil apontou para a situação perto deles. “Você não está vendo?”
Anton olhou para a situação e depois deu de ombros indiferente. “Não vejo nenhum problema nisso.”
“Claro. Você está acostumado com isso.”
“Imagina eles se aglomerarem lá fora sem nem saber quem eu sou.” Anton se inclinou para frente brincalhão, sussurrando para ela. “Isso é o que chamam de estrelato.”
A face de Fil retorceu. “Vamos sair daqui primeiro,” ela resmungou, puxando o braço dele para longe.
“Espera! Onde você está me levando?” Anton a impediu de arrastá-lo, observando ela olhar para trás antes de ele apontar para o carro esporte dele. “Meu carro está lá.”
“Você quer que eu ande nele?”
“Por que não? Toda mulher que conheci gosta desse bebê.”
“Eu prefiro meu caminhão,” ela argumentou. “A menos que você não me queira mais no seu MV, então vamos nos despedir por aqui.”
“O quê?”
Fil ergueu as sobrancelhas, dando-lhe pouco tempo para tomar uma decisão.
“Tá bom, tá bom! Ai!” Anton puxou seu braço para fora da pegada dela, olhando para as pessoas que ainda estavam olhando para eles. “Isso é constrangedor.”
“Não tem nada de constrangedor no meu caminhão,” ela observou, virando-se e se afastando. “Antigamente, esses tipos de caminhão é que faziam os caras terem as mulheres aos montes atrás deles. Me siga. Meu carro está estacionado ali.”
Anton seguiu-a relutantemente, fazendo uma ligação para seu assistente pegar o carro dele. Quando chegaram no caminhão dela, o rosto dele se contorceu.
“Fil, você quer um carro novo?” ele perguntou, observando ela entrar no assento do motorista. “Eu posso te dar um.”
“Que gentileza a sua, mas estou muito feliz com meu caminhão,” foi o que ela disse antes de entrar.
“Shh…” Anton sibilou, mexendo no cabelo antes de se forçar a entrar no assento do passageiro da frente. Assim que se sentou, ele a encarou de frente. “Fil, me promete que chegaremos ao nosso destino sem arranhões!”
“Eu prometo.” Fil assentiu. “Mas se não chegarmos, eu vou garantir que o seu rosto fique intacto.”
Anton ofegou, mãos no peito.
“Haha. Estou brincando,” ela riu enquanto colocava o cinto de segurança. “Eu só quero ir para onde estamos indo com o meu caminhão, para poder ir para casa dirigindo.”
“Eu posso te levar para casa.”
“Não, obrigada.” Fil sorriu. “Acho que não seria adequado, considerando que eu sou a ex-namorada do seu amigo.”
“Não é como se estivéssemos fazendo alguma coisa errada,” Anton resmungou, mas acabou afivelando seu cinto. “Aliás, vim aqui hoje porque o diretor do videoclipe quer ver se você consegue fazer as cenas ou tem química comigo.”
Fil olhou para ele e perguntou, “Hoje à noite?”
“É um teste rápido na câmera,” ele respondeu. “Não vai demorar. Isso está bom para você, certo?”
“Você já está aqui,” ela respondeu com sarcasmo. “Posso desistir?”
“Por favor, lindinha?” Anton fez biquinho com as mãos juntas. “Eu sei que é meio de última hora, mas você pode fazer isso pelo pobre coitado de mim?”
Fil estudou seu rosto com cara de cachorro pidão, sorrindo. “Tá bom,” ela assentiu. “Afivele bem o cinto. Sabe… por questões de segurança.”
Anton franziu a testa, com um pressentimento desagradável subindo por sua espinha. Ele ouviu de Vincent que as habilidades de direção da Fil o assustavam. E esse caminhão era velho. Juntando esses dois fatos, ele sentiu que a viagem não seria tão tranquila quanto deveria.
Anton estava certo.
Havia uma razão para as pessoas terem medo da ideia de andar de carro com Fil ao volante. Anton aprendeu isso da maneira mais difícil.