A Garota Boa do Diabo - Capítulo 58
58: Raiva 58: Raiva Enquanto isso…
O silêncio preenchia o carro, já que nem Fil nem Vincent falavam. Elise, que estava no banco de trás, franziu os lábios. Elise desviava o olhar entre o banco do motorista e o assento do passageiro da frente.
‘Eles brigaram?’ ela se perguntava, sem saber o que aconteceu lá na estação do bar. Ela estava muito ocupada conversando com Shanaiah antes de Fil se aproximar dela. Apesar de Fil ter dito que ela poderia ficar mais tempo se quisesse, Elise não queria ficar sem Fil na festa.
“É ali.” A voz de Fil cortou o ar pesado no carro, apontando para a casa residencial no próximo quarteirão.
Vincent não disse nada, dirigindo devagar e parando em frente à pequena casa de dois andares e com portão. Quando o carro parou, Fil olhou para trás e sorriu para Elise.
“Você se divertiu hoje à noite?” perguntou Fil, e ganhou um aceno entusiasmado da Elise.
“Mhm! Obrigada por me levar à festa!” Elise sorriu. “Obrigada por me levar para casa, Sr. Hale.”
Vincent apenas assentiu em resposta, fazendo com que Elise voltasse sua atenção para Fil.
“Se cuida no caminho,” ela comentou e murmurou em seguida, ‘Boa sorte!’
Com isso dito, Elise apressadamente saiu do carro. Quando fechou a porta, ela acenou para se despedir e observou o carro se afastar lentamente. O sorriso em seu rosto desapareceu lentamente, olhando para as luzes na traseira do carro.
“Hoje foi divertido,” ela murmurou. “E também decepcionante. Ela me levou à festa para que eu visse o que há por trás do glamour e que tipo de elite são aquelas pessoas? Não é à toa que Kenzo não é amigo deles mesmo tendo ido à mesma universidade.”
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De volta ao carro, o silêncio novamente tomou conta enquanto Vincent dirigia para o lugar dela. Fil não tinha energia para falar com ele, já acostumada ao tratamento silencioso que ele lhe dava. Não que ela estivesse interessada em animar o clima.
“Mantenha distância do Marcus.” Após vários minutos, Vincent decidiu falar.
Fil olhou para trás e perguntou, “Por quê?”
“Apenas faça isso.”
“Eu não posso.”
“Fil.”
“Você tem que me dar um motivo, Vin,” ela argumentou firmemente. “Eu não acho que Marcus fez algo para que eu me afaste dele. Eu quase caí e se não fosse por ele, eu poderia ter me machucado.”
A pegada de Vincent no volante se apertou, parando o carro ao lado antes de entrarem na rodovia principal. Ele a encarou diretamente.
“Você realmente quase caiu, ou deliberadamente se jogou?”
“O quê?”
“Fil, você gosta do Marcus?”
Fil riu em escárnio, observando a expressão fixada em seu rosto. Ela balançou a cabeça, secretamente divertida com aquele olhar em seus olhos. Uma parte dela queria explodir com sua audácia, mas de novo, ela tinha que controlar suas emoções. Perder a compostura agora seria jogar seus esforços pelo ralo.
“Pfft —” Fil riu, fazendo-o franzir a testa. “Você está com ciúmes?”
“Por que eu estaria com ciúmes?” Ele franzia a testa, deixando-a segurar sua mão. “Eu só estou perguntando, já que ele te segurou tão perto.”
“Ainda não estou acostumada a usar saltos altos. Foi por isso que perdi o equilíbrio. Se não fosse pelo Marcus, eu poderia ter me machucado. Você prefere que eu me machuque? ” ela fez bico, piscando seus cílios coquete. “Isso machucaria meu coração mais do que um arranhão nos meus joelhos.”
Vincent avaliou seu rosto bonito e logo se acalmou. Ele segurou a mão dela de volta, guiando-a até seus lábios para plantar um beijo no dorso da mão dela. Enquanto ele desviava o olhar por um momento, ele perdeu o nojo que brilhou nos olhos dela.
“Me desculpe,” ele murmurou. “Eu devo ter perdido a cabeça.”
Quando ele olhou para cima, Fil já estava sorrindo compreensivamente. “É só que… eu não estou acostumada.”
“Caramba.” Fil estreitou os olhos e fez bico. “Isso me leva de volta àquela época na faculdade. Você se lembra daquela vez que eu tinha um admirador secreto? Você sempre dava chilique sempre que ele deixava presentes.”
“Aquele bastardo esperto,” ele sibilou. “Até hoje, me martirizo por não ter pego esse desgraçado.”
Fil riu enquanto Vincent engatava a marcha, voltando para a estrada. Ele continuava resmungando sobre o admirador secreto de Fil na faculdade. Mesmo no ensino médio, Fil não era a mais popular. No entanto, ela tinha admiradores o suficiente.
Não que ela se arrependesse de ter recusado todas aquelas confissões. Entretanto, ela nunca deu chance a ninguém por causa do Vincent.
“Não se preocupe.” Fil segurou sua mão, assentindo para ele tranquilizadoramente. “Você confia em mim, Vin?”
Vincent olhou para ela de soslaio, apertando levemente sua mão. “Claro.”
“Então você não tem que se preocupar,” ela tranquilizou, mantendo seus olhos no perfil dele. “Tudo o que eu preciso é da sua confiança inabalável, assim como eu te dou. Eu não vou quebrá-la… assim como você não vai.”
Vincent ficou completamente calado, forçando um sorriso ao olhar de volta para ela. Ele não disse mais nada depois disso, levando-a de volta ao lugar dela.
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“Tchau~!” Fil se inclinou quando descansou sua mão na janela aberta do assento do passageiro dianteiro, olhando para Vincent através dela. “Se cuida no caminho de volta para casa.”
“Mhm.” Vincent sorriu de volta. “Vai lá.”
“Ok.” Ela se afastou e virou-se, apenas para parar quando ele chamou. “Sim?”
Vincent esticou a parte superior do corpo para o banco do passageiro da frente, olhando para fora. “Eu te amo.”
“Eu sei,” ela sorriu de volta, assentindo. “Boa noite.”
O sorriso dela desapareceu assim que ela virou as costas para ele, andando de volta para a escada de seu apartamento. Quando ela chegou ao seu andar, ela viu o carro já se afastando em vez de esperar por ela para entrar em seu lugar.
“Que idiota,” ela sussurrou, pegando seu celular para fazer uma ligação no caminho para sua unidade. A ligação foi atendida quase imediatamente, fazendo-a sorrir.
“Eu já cheguei em casa,” ela disse.
“É mesmo?” Jackson murmurou.
“Você não acredita em mim?”
“Bem, eu não acho que você está em casa, mas talvez perto.”
Fil parou e olhou ao redor. “Você não está me seguindo, está?”
“Não. Se eu fizesse isso, seria abertamente,” ele brincou. “Então, como foi a festa?”
“Bem…” Fil retomou seus passos e parou em frente à sua porta. “Parece que eu pisei em um monte de bosta.”
Jackson riu enquanto ela colocava as chaves. Assim que ela abriu a porta, linhas profundas apareceram entre suas sobrancelhas com o aroma de carne invadindo suas narinas. Seu coração disparou, sabendo que alguém havia invadido seu lugar.
“Jack,” ela sussurrou, mantendo o pé dentro de seu apartamento enquanto o outro estava do lado de fora. “Eu acho que tem alguém no meu apartamento.”
Assim que essas palavras saíram de sua boca, ela viu uma sombra se estender até a entrada vinda da cozinha. Fil prendeu a respiração, paralisada no local, pronta para fugir assim que visse o rosto do intruso. Para sua surpresa, quando a pessoa se revelou, a primeira coisa que ela viu foi seu corpo sem camisa e um celular na mão.
Sua mandíbula caiu. “Jack!?”
“Quem mais você acha que poderia ser, querida?” Jackson sorriu maliciosamente, balançando as sobrancelhas enquanto sacudia o celular para o lado. Suas pálpebras caíram enquanto ele a examinava de cima a baixo. “Eu não sei se devo ficar bravo, mas com certeza, meu amigo aqui embaixo está furioso.”