A Garota Boa do Diabo - Capítulo 45
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45: Doce e picante 45: Doce e picante Após uma torturante viagem de meia hora até em casa, Fil sentiu alívio quando viu o prédio do seu apartamento. Quem diria que estar com o homem que ela costumava amar tanto poderia ser tão insuportável? Ela teve que ouvir cada mentira dele e fingir que acreditava em todas.
Foi um desânimo.
“Finalmente,” ela sussurrou enquanto desafivelava o cinto de segurança. “Obrigada pela carona.”
Fil não sentiu a necessidade de demorar, pois estava muito cansada para o dia. Tudo o que ela queria era tomar um banho e desabar na sua cama. Foi um dia longo, e passar algum tempo com Vincent não ajudou.
“Espera, Fil.”
Assim que Fil saiu do assento do passageiro da frente, ela revirou os olhos. Ela queria fingir que não o ouviu e continuou. No entanto, Vincent também saiu, o que significava que ela tinha que ficar um pouco mais.
“Deixa eu te acompanhar até a sua unidade,” ele ofereceu, correndo até ela pela frente. Ele alcançou as coisas dela, apenas para Fil afastá-las.
“Tá bom, Vin,” ela disse com um sorriso. “Eu consigo ir sozinha. Quer dizer, meu lugar é logo ali. O que mais pode acontecer, né?”
“Mas —”
“Obrigada por me trazer para casa, mas eu estou realmente cansada.” Fil deu um sorriso desculpador. “Além disso, já está tarde. Você deveria ir para casa. Eu ficaria preocupada se você fosse para casa sozinho. Você não trouxe seu motorista.”
Vincent queria discutir, mas no final só pôde olhar para ela. “Tá bom,” ele disse. “Vou te observar daqui então.”
‘Não precisa,’ era o que ela queria dizer, mas percebeu que só prolongaria essa conversa. Então, ela sorriu e assentiu em compreensão.
Com isso dito, Fil lentamente girou sobre seus calcanhares. Assim que ela virou as costas para ele, o sorriso no seu rosto desapareceu sem deixar rastro.
‘Carregar minhas coisas? Me acompanhar até meu apartamento?’ ela zombou mentalmente. ‘Que mudança rápida da outra noite.’
Normalmente, Vincent não ofereceria ajuda para carregar suas coisas. Mas agora, ele nem estava demonstrando qualquer sinal de que queria deixá-la sozinha. Quanto mais esse homem provaria o quão cega e tola ela foi por não ver o quanto ele era um imbecil e um palhaço?
‘Ele está me dando mais e mais razões para largá-lo, mas ainda mais razões para feri-lo.’
“Ei, Fil!”
“Ah, Deus.” Fil revirou os olhos, parando em seu caminho para olhar para trás. “O que foi agora?”
Vincent sorriu de orelha a orelha, correndo até ela, e parou na frente dela. Vendo sua ação, Fil não pôde deixar de arquear uma sobrancelha. Mas antes que ela pudesse reagir, Vincent de repente a puxou para um abraço.
“Eu sei que eu disse algo estúpido mais cedo,” ele disse, apertando o abraço e descansando o queixo no ombro dela. “Estou realmente arrependido por isso. Foi bobagem. Você nunca faria isso comigo.”
Seu sorriso alcançou as orelhas, apenas para franzir a testa quando ele cheirou. Esse cheiro…
“Tá bom.” Fil cuidadosamente o afastou, criando distância enquanto olhava nos olhos dele. “Você tem trabalhado duro, então eu não posso te culpar. Não se martirize por isso. Foi chato, mas eu entendo.”
“Obrigado.” Seu sorriso voltou, não se detendo no leve aroma que permanecia nela.
“Vou indo,” ela disse e, sem esperar pela resposta dele, virou-se. Seu rosto contraiu quando ele agarrou seu pulso.
“Espera,” ele disse, fazendo-a olhar de volta para ele. Vincent sorriu com carinho, dando um passo à frente e plantando um beijo em sua testa. “Boa noite, Fil. Tenha um sonho doce.”
Fil abaixou o olhar ao sentir os lábios dele em sua testa.
“Um sonho doce, hein?” ela murmurou, lembrando-se que tudo o que tinha toda vez que dormia era um pesadelo. E a causa daquele pesadelo era ele.
Fil sorriu enquanto lentamente erguia o olhar para encontrar os olhos dele. “Boa noite.” E com isso dito, ela retirou a mão dele e se afastou. Desta vez, ela desejava não haver mais interrupções. Fil só pôde suspirar aliviada quando alcançou a unidade do seu apartamento e entrou.
*
*
*
Vincent ficou parado no seu lugar mesmo depois de Fil desaparecer do seu campo de visão. Ele olhou para cima, vendo ela caminhando pelo corredor aberto e entrando na sua unidade. Um sorriso amplo apareceu em seu rosto.
“Ela é realmente linda mesmo de longe,” ele murmurou, ouvindo seu coração dar pulos com as diferentes expressões que ela usou todo esse tempo. Seu sorriso era doce e encantador, mas sua carranca e olhares severos também eram de derreter o coração. Uma mistura de doce e picante.
“O que deu nela que ela começou a se arrumar?” ele se perguntou, batendo os lábios enquanto virava para partir. Mas justo quando ele deu três passos, linhas profundas apareceram entre suas sobrancelhas.
“Ela começou a usar perfumes?” ele murmurou, olhando de volta para a unidade do apartamento de Fil.
Depois de estar com ela por tanto tempo, ele sabia que Fil nunca usava perfume. Se muito, ela só colocava colônia infantil. Embora ele tenha sentido um vislumbre da mesma colônia infantil, havia outro cheiro distinto misturado com ela. O outro cheiro era suave, mas parecia o de um homem.
“Nah… impossível.” Ele balançou a cabeça, dando uma risada. “Ela trabalha com muitos caras no escritório. Provavelmente eles se aproximaram um pouco demais dela.”
Vincent tentou se livrar do pensamento. No entanto, quando ele se sentou no assento do motorista, ele hesitou.
“Muito perto dela,” ele repetiu em voz baixa, lembrando de como Fil se arrumou hoje. “Se ela foi trabalhar assim… haha. Esses canalhas. Eles sabem que ela está noiva?”
Ele rangia os dentes, imaginando os olhares que Fil recebia na empresa dela. Sua beleza e confiança hipnotizavam Vincent, que era o seu noivo. O que mais os outros homens?
“Tch.” Ele clicou a língua, prestes a ir para casa quando uma chamada veio através do console central do carro. Sua sobrancelha arqueou, vendo o nome da chamadora na tela.
Marianne.
“Por que ela está me ligando? Ela sabia que eu estaria com a Fil.” Ele se perguntou, hesitando em responder. Por alguma razão, Vincent olhou para o prédio do apartamento antes de decidir atender.
“Marianne, por que você…”
“Vincent…” Marianne fungou, fazendo ele interromper. “Eu… *soluço* o que eu deveria fazer?”
“Marianne, você está bêbada? Deixa pra lá. Onde você está?” ele entrou em pânico, movendo o câmbio de marcha e acelerando para longe. “Fica onde você está. Eu estarei aí agora.”