A Garota Boa do Diabo - Capítulo 124

124: Aprendendo com os erros das pessoas 124: Aprendendo com os erros das pessoas “Eu não sabia que você e o Anton eram tão próximos. Eu não estou colocando maldade nisso, não me entenda mal. Só mostra que eu tenho muitas coisas para saber sobre você.”

Fil caminhava mais devagar, virando a cabeça para Marcus. Os lábios dela se curvaram levemente para cima, dando um pequeno passo charmoso em direção a ele e enlaçando o braço dele com o dela. A ação dela fez as sobrancelhas dele subirem de surpresa. 
“O que você está fazendo?” ele perguntou, parando no caminho. “Você está bêbada?”

“O que você acha?” ela retrucou brincalhona, encostando o corpo mais perto do dele. “Eu estou bêbada?”

Marcus estreitou os olhos. “Filomena, você está tentando me agradar?”

“Não?” Fil deu uma risadinha. “Eu só não quero te machucar.”

“Você não quer me machucar por…?”

“Saber que não vou gostar de você.” Ela sorriu enquanto ele levantava uma sobrancelha, soltando-o casualmente. “Eu só pensei que se eu tentasse muito te afastar, você poderia ver isso como um desafio. Então, me agarrar em você, assim como todas as suas outras namoradas fizeram, poderia fazer você pegar mais leve comigo.”

Marcus deu uma risadinha abafada. “Boa tentativa. Pode funcionar.” Ele comentou, pegando a mão dela com firmeza. “Estamos oficial e secretamente namorando agora. Então, acho que segurar as mãos está ok, né?”

“Eu segurei seu braço, mas não funcionou,” ela murmurou, esfregando o queixo pensativa. “Será que eu não me agarrei o suficiente?”

“Haha.” Marcus virou para ela lentamente, olhando-a com diversão. Ele apertou a mão dela e depois beliscou a bochecha dela levemente. “Se você quer ser como aquelas mulheres no meu passado, então você deveria saber como passamos nossas noites juntos.”

Fil recuou instantaneamente, olhando para ele com nojo. No entanto, sua reação só fez ele rir mais. 
“Essa piada não tem graça,” ela bufou. “Além disso, pode soltar minha mão?”

“Planejando ser a mulher vingativa agora? Isso também pode funcionar.”

“Eu sou vingativa, Marcus.” Ela inclinou o rosto para frente, piscando. “As pessoas me chamam de extrema. Cuidado.”

“Eu vou, mas ainda vou gostar de te abraçar.” Ele sorriu, levantando as mãos deles entre si. “Por algum motivo, parece… bom.”

Ele ergueu os olhos de repente. “Fil, só não faça nada.”

“Hmm?”

“Deixe eu te cortejar, te perseguir,” ele esclareceu. “Me afastar pode ser interpretado como um desafio, mas se agarrar a mim pode ter o mesmo efeito. Eu posso ficar viciado na atenção e no afeto. Então, você não precisa fazer nada.”

Um momento de silêncio se abateu sobre eles, olhos fixos um no outro. Sendo honesta, Fil estava mais pasma com esse desenvolvimento. Ela sabia que Marcus tinha captado cada pequeno sinal que ela deu nas últimas semanas. No entanto, ela não esperava que ele fosse tão… afetuoso. 
Se ao menos ela não soubesse do que esse homem era capaz, ela cairia nessa. Mas, pensando bem, Marcus realmente acreditava que estava apaixonado?

‘Existe apenas uma linha tênue entre amor e obsessão,’ ela pensou, oferecendo a ele um sorriso sutil. ‘Para um homem que nunca amou nem foi obcecado por alguém, isso pode ser fácil.’
“Certo,” ela disse, assentindo. “Eu não vou tentar nada se é isso que você quer.”

“Você disse isso porque concorda ou é porque você pensa que, se concordar comigo, isso vai te fazer cair naquela categoria que você criou?” ele inclinou a cabeça para o lado, observando os lábios dela se curvarem levemente para cima. “Você é engraçada.”

Fil deu uma risadinha, segurando a mão dele de volta enquanto retomava os passos. “Eu gosto de namorar,” ela mencionou enquanto eles voltavam a caminhar. “Faz meu coração bater mais forte e me deixa um pouco mais brincalhona.”

“Você era assim antes?”

“Mais ou menos.” Ela assentiu, com os olhos à frente. “Quando as coisas estão ruins entre mim e o Vincent, eu sempre penso no tempo que ainda estávamos namorando. Era divertido. Ele costumava ser tão descomplicado e inocente. Agora, ele é apenas… um pouco demais.”

“Esse namoro vai girar em torno de nós, ou de você e do Vincent?”

“Ele é seu amigo,” ela apontou, lançando-lhe um olhar cúmplice. “Eu aceitei sua proposta, mas ao mesmo tempo, ainda sinto que isso está errado.”

“Você acha que está traindo?”

“Aparentemente.” Ela deu de ombros. “Embora eu esteja solteira agora, ainda parece que estou traindo ele com o melhor amigo dele. É meio bagunçado.”

“Pois é, né?”

Fil olhou lentamente para trás, para ele, com as sobrancelhas arqueadas. “Você sente o mesmo?”

“Você está solteira, mas ainda assim, você é a ex dele,” ele comentou honestamente. “Claro, eu sinto que estou traindo ele.”

“Mesmo assim, você me convidou para sair.”

“Eu sei. É por isso que é bagunçado.” Ele riu amargamente. “Mas eu prefiro trair ele e pedir desculpas caso isso não dê certo do que perder a cabeça agora.”

“Você não tem jeito.” Fil balançou a cabeça, ganhando uma risada curta dele. “Acho que somos dois então.”

Marcus sorriu carinhosamente, lançando-lhe um olhar de soslaio. “Você se sente mal?”

“Hmm?”

“Sobre sair comigo enquanto Vincent ainda está tentando te reconquistar?”

“Claro. E você?”

“Infelizmente, não,” ele confessou, fixando o olhar à frente enquanto segurava firmemente a mão dela. “Diz aí, Fil. Você acha que Vincent foi fiel a você todos esses anos?”

Dessa vez, Fil parou no caminho e se virou para ele. “Não me diga que você vai me contar que ele estava me traindo?”

“Não?” Marcus a enfrentou com um sorriso. “Nós vamos discutir se eu fizer isso, porque você vai pensar que eu estou simplesmente tentando garantir que ele não tenha mais chance de te reconquistar. A ideia é boa, mas como eu disse, eu não quero discutir com você.”

“Vincent pode ter mudado, mas ele não faria isso comigo. Nós conversamos sobre isso,” Fil assegurou. “Ele sabe que se houver uma terceira pessoa envolvida, nosso relacionamento está tão morto quanto. Eu nunca vou perdoá-lo.”

“Eu ouvi.” Marcus sorriu, apenas para levantar as sobrancelhas quando ela estreitou os olhos. “O quê?”

Fil não respondeu, mas deu um passo mais perto dele. “Você,” ela apontou um dedo para ele. “Quando você tiver sua confirmação, me conte. Não me traia. Nós não estamos juntos oficialmente, mas acho que mereço pelo menos isso.”

“Claro.” Ele assentiu, levantando a mão dela até os lábios e depositando um beijo em suas juntas. Mantendo os olhos nela, ele adicionou, “Mas você sabe, Fil? Eu sempre aprendo com os erros dos outros.”

Marcus baixou a mão dela, apenas para arrumar uma parte do cabelo dela atrás da orelha. “É o motivo de eu ter chegado tão longe,” ele enrolou enquanto encontrava os olhos hipnotizantes dela novamente. “Eu não vou cometer o mesmo erro que Vincent cometeu. Se eu cometer, vá embora porque não vai ser saudável para você.”