A Garota Boa do Diabo - Capítulo 101
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101: O dinheiro não pode consertar a estupidez 101: O dinheiro não pode consertar a estupidez “Cai fora daqui. Preciso falar com ela. É sério e não apenas fofoca que você parece curtir.”
Elise olhou para Valerie com genuína surpresa, atônita por um segundo. Será que essa jovem disse o que eles ouviram ela dizer? Elise debochou, lançando um olhar para Fil e depois de volta para a jovem.
“Haha!” Elise riu, coçando a têmpora, confusa sobre como agir. “Fil, você conhece ela?”
Fil manteve os olhos no olhar arrogante no rosto de Valerie. “A irmãzinha do Vincent.”
“Ah. Isso explica.” Elise riu fracamente mais uma vez, fazendo esforço para se levantar. “Ei, mocinha. Quantos anos você tem?”
“Não tão velha quanto vocês duas, obviamente.” Valerie deu de ombros. “Vão embora. Preciso falar com ela.”
“Você bateu a cabeça quando era criança?” Elise rebateu, erguendo o indicador e fazendo círculos na frente da orelha. “Quero saber, só por precaução antes de virar a malvada com alguém que não devia.”
“Por que você tá tão alterada?” Valerie franziu a testa. “Foi porque eu te chamei de velha? Isso é normal. As pessoas envelhecem, embora haja a opção de ser velha e bonita.”
Elise soltou um escárnio enquanto Fil ficou para trás, sem se preocupar com Elise. Se alguma coisa, ela estava preocupada de que Elise fosse suspensa se fizesse a jovem chorar.
“E você nunca será uma dessas.” Elise sorriu.
“Hã? Você sabe quem eu sou? Eu cuido de mim mesma —”
“Você pode falar de todos os cosméticos que usa e tratamentos que faz na sua idade, mas não foi isso que eu quis dizer,” Elise sorriu de lado, dando um passo em direção a Valerie. “Você talvez nem chegue a envelhecer. Mocinha, você conhece o ditado ‘não mexa com engenheiros’? Nós conhecemos muitos terrenos e temos acesso à construção.”
Elise deu mais um passo, inclinando um pouco o rosto. “Em outras palavras, nós sabemos lugares onde podemos esconder o corpo de uma pessoa. Quem sabe? Embaixo desta cafeteria, pode haver esqueletos escondidos no concreto?”
“O que você está…” Valerie deu um passo para trás, rindo sem graça. “Você sabe que eu posso te processar por me ameaçar?”
“Sei.” Elise assentiu. “Mas aí, não fui eu quem se aproximou desta mesa e começou a falar com essa boca inútil cheia de preenchimento? Vá gastar o dinheiro dos seus pais me processando, mas será legítima defesa da minha parte.”
“Legítima defesa??”
“Isso é assédio! Nossa! Que surpresa!” Elise fez cara de espanto como se aquilo fosse um choque. Ela então riu, repousando a mão na mesa de forma despojada. “A diferença entre jovens como você e velhas como nós não é apenas idade. Não somos idiotas.”
Fil apertou os lábios, erguendo as sobrancelhas brevemente.
“Quer falar com minha amiga? Então, peça educadamente. Se ela não quiser, então cale-se e chore no canto. Mas se ela concordar, você vai falar na minha presença caso alguém precise de uma correção.” Elise clicou a língua, sibilando. “Que jovem arrogante. Se você fosse minha irmã mais nova, eu faria sua boca sangrar até você aprender a falar com as pessoas.”
“Que bárbaro. Sem classe.” Valerie escarnecia, lançando um olhar feroz para Fil por um momento. Depois mudou seu olhar para Elise, de cima a baixo. De fora, Elise parecia fofa — no máximo. Ninguém esperaria que ela fosse tão cruel, mas de novo, o que Valerie esperaria dos amigos da Fil?
No entanto, Valerie não abriu mais a boca, só para garantir. Vai que a Elise realmente a fizesse sangrar.
“Minha nossa.” Elise encarou de volta a jovem, com os olhos percorrendo de cima a baixo. “Você não aprendeu boas maneiras e conduta correta quando era pequena? De que adianta ter o dinheiro do papai e da mamãe se tudo o que você faz é visitar todas as clínicas do país para se embelezar?”
Fil riu, apoiando a mão na mesa. “Tá bom. Já chega, Elise. Acho que ela já entendeu que você não é um alvo tão fácil quanto eu.” Ela se levantou, piscando os cílios para Valerie. “Quer falar? Então, vamos conversar. Me segue.”
“Fil,” Elise chamou preocupada quando Fil deu um passo.
Fil olhou para trás e sorriu tranquilizadora. “Não se preocupe comigo. Valerie pode ter um jeito único de expressar o que pensa, mas ela é bastante inofensiva.”
“Viu? Inofensiva.” Valerie revirou os olhos e sorriu triunfantemente para Elise, fazendo com que a última cerrasse os dentes.
“Aquela pirralha…” Elise resmungou, se segurando para não agarrar o cabelo daquela mocinha. Mas no final das contas, Elise teve que ficar para trás assistindo Fil e Valerie se dirigirem ao banheiro.
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“Então, o que é?” Fil acariciou a bancada da pia do banheiro da cafeteria, girando sobre os calcanhares para encarar Valerie. “Que assunto tão importante você tem comigo que chegaria ao ponto de humilhar minha colega e amiga desse jeito?”
“Humilhar?” Valerie cruzou os braços. “Você é surda? Ela que me ameaçou.”
“Depois de você se aproximar de forma condescendente.”
“Hah!” Valerie debochou, dando um passo à frente. Ela avaliou Fil de cima a baixo. “Se arrumar e passar um pouco de maquiagem não te dá o direito de ser uma cadela.”
“E nascer rica não te faz superior,” Fil argumentou. “Dinheiro nem conserta a estupidez.”
“O que você disse?”
Fil voltou a caminhar deliberadamente, parando a três passos da jovem. “Estou dizendo que você não é tão especial quanto pensa que é.”
“Como você se atreve!” Valerie levantou a mão em fúria, balançando o braço para acertar o rosto dela. Mas, antes que sua palma pudesse tocar a bochecha de Fil, a última agarrou seu braço para detê-la. Ela prendeu a respiração, os olhos dilatados e trêmulos, tentando tirar o braço da pegada de Fil sem sucesso.
“Viu? Isso prova o ponto da Elise e o meu. Você não pensa, apenas age.” Fil diminuiu a distância entre elas, apertando o grip no braço de Valerie. “O único ponto positivo em você é a sua beleza e a riqueza da sua família. Nada mais além disso.”
“Você tá maluca?!” Valerie gritou na cara dela. “Me solta!”
“Valerie, o que estava passando na sua cabeça quando veio comigo sozinha nesse banheiro?” Fil inclinou a cabeça para o lado, olhando para a estrutura do banheiro. “Você achou que eu ia me ajoelhar, chorando, pedindo perdão? Ou que eu deixaria você me humilhar só porque acredita que estou dificultando a vida do seu irmão?”
“Eu disse para me soltar!”
“Por quê? Porque você mandou?”
“Socorro!” Valerie gritou, em pânico com o que Fil poderia fazer com ela. “Socorro! Ela vai me machucar! Socorro! Alguém!”
Fil arqueou uma sobrancelha, seu olhar frio como gelo. “Esse banheiro é à prova de som. Confia em mim. Eu sou engenheira. Eu posso dizer só de olhar e pela falta de barulho lá fora.”
“O que você pensa que está fazendo? Para com isso e me solta!” A voz de Valerie tremia entre os dentes cerrados. “Você perdeu o juízo?”
“Surpreendentemente, estou bastante lúcida.” Fil balançou a cabeça enquanto um sorriso lento surgia em seu rosto. “Você tentou me dar um tapa agora há pouco? Tudo bem. Vamos fazer isso.”
Fil manteve o braço de Valerie em seu grip, levantando o outro, e sem mais nem menos, deu um tapa em sua própria cara. Valerie conteve a respiração mais uma vez, olhos arregalados, incrédula com o que acabara de testemunhar.