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Capítulo 425: Capítulo 425: Eu Quero o Sistema
A atmosfera de festa aqui estava a todo vapor.
Ninguém se importou se Ava Zimmerman saiu cedo.
Ava mesmo não tinha interesse naquelas pessoas.
Ela saiu do clube e chamou um táxi. No entanto, assim que entrou, não conseguiu parar de tossir violentamente—um som de cortar o coração que assustou o motorista no banco da frente.
“Senhorita, você está bem?”
O motorista, que inicialmente estava curioso sobre sua aparência, agora não pôde deixar de expressar sua preocupação.
Ava não respondeu. Ela se curvou, cobrindo a boca, tossindo incontrolavelmente.
O motorista vislumbrou pelo retrovisor: o véu que ela segurava sobre a boca estava manchado com uma faixa vermelha. Alarmado, ele pisou no freio e se virou para olhar para ela.
“Você—você está tossindo sangue?! Espere, eu vou levá-la ao hospital agora mesmo…”
O motorista falou enquanto tentava religar o motor, mas Ava, ao ver a mancha carmesim em sua mão, permaneceu indiferente. Finalmente, suprimindo a tosse, ela murmurou,
“Sem hospital. Me leve para casa.”
Seu tom era firme, não deixando espaço para discussão.
O motorista quis persuadi-la, mas acabou ficando quieto, seguindo relutantemente suas instruções para levá-la a um bairro da cidade cercado por antigos prédios residenciais.
Felizmente, enquanto Ava continuava a tossir esporadicamente ao longo do caminho, ela não tossiu sangue novamente.
O motorista a observou descer do carro.
Enquanto saía, Ava arrancou o véu manchado de sangue e o jogou direto em uma lixeira próxima.
Sem olhar para trás, ela entrou.
Ultimamente, o uso excessivo do Poder do Espírito da Palavra a fazia tossir sangue.
Ava não ignorava o quanto sua condição na garganta estava piorando, mas não se importava.
Se o céu lhe concedera tal poder, ela o usaria como quisesse.
Aproximar-se de Chase Jennings havia sido uma decisão impulsiva, mas pelo menos através dele, ela pôde conhecer a pessoa que queria ver.
Scarlett Jennings.
Alguém como ela.
Indiferente, Ava navegou pelos becos entre os prédios, chegando finalmente a um que estava encravado mais ao fundo.
A maioria dos prédios aqui eram antigas estruturas de muitos anos atrás. O planejamento urbano do ano passado havia designado esta área para demolição e reconstrução, resultando na maioria dos moradores se mudando. Ava não encontrou uma alma viva enquanto caminhava por ali.
Ela chegou a uma unidade de aluguel antiga com uma porta de ferro enferrujada que rangeu ruidosamente ao abrir.
Lá dentro, parecia haver movimentos leves. Ava fechou a porta, acendeu a luz e foi direto para um pequeno quarto.
O quarto apertado continha apenas uma única cama de madeira improvisada.
Na cama, estava deitada uma mulher, amarrada com força por cordas, desgrenhada e imunda, com traços de sangue seco visíveis em sua testa e mechas de cabelo.
A mulher viu Ava e imediatamente ficou agitada, soltando gritos abafados. Mas com a boca coberta por fita, nenhum som escapava.
Ela estava em desespero. Não sabia por que estava amarrada em tal lugar—ela nem mesmo conhecia Ava Zimmerman!
A mulher não era outra senão Azura Loomis, a pessoa desaparecida.
Naquele dia, Ava a nocauteou com um tijolo e a arrastou para esta unidade de aluguel para escondê-la.
Se Ava não tivesse ouvido Nicholas Woods procurando por ela mais cedo naquela noite, não teria se lembrado que já fazia dois dias desde que ela trouxe comida pela última vez.
Aproximando-se, Ava desamarrou as cordas que a prendiam, sem se importar com a sujeira que havia se acumulado sob ela devido à imobilidade. Ela entregou a Azura uma refeição em caixa e uma garrafa de água, ambas compradas às pressas na beira da estrada.
“Azura Loomis, coma.”
No passado, Azura teria torcido o nariz para refeições tão baratas. Mas depois de ficar dois dias sem comida, a fome superou a dignidade. Ela arrancou a fita da boca, pegou a refeição e começou a devorá-la vorazmente.
Lágrimas escorriam por suas bochechas incontrolavelmente enquanto comia.
Ela não conseguia entender como havia acabado em tal situação de pesadelo.
A mulher diante dela não era nada menos que um demônio.
“Azura Loomis, você sabia que ainda há pessoas lá fora procurando por você?”
Ava assistia-a devorar a comida enquanto falava casualmente. “Não o Bureau de Segurança, porém—é alguém chamado Nicholas Woods.”
Ao mencionar Nicholas Woods, Azura interrompeu a refeição brevemente. Sua cabeça se ergueu assim que Ava continuou.
“Mas ele não vai encontrá-la. Logo, ele sofrerá um acidente e acabará no hospital.”
Azura congelou, incapaz de permanecer calma. Ela abriu a boca, sua voz tão rouca quanto a de Ava, quase um sussurro entrecortado enquanto perguntava,
“O que você fez com ele?”
Naquele dia, a mulher diante dela havia dito algo aterrorizante: “Sua garganta irá apodrecer.”
Pouco depois, sua garganta realmente se deteriorou.
Agora, ela só conseguia emitir sons fracos, quase inaudíveis, como estes.
Ava a olhou friamente, seu olhar negro e ameaçador. “Ele não vai morrer—ainda.”
Seus poderes não haviam alcançado o ponto onde ela poderia decidir arbitrariamente sobre a vida ou morte dos outros. Aquela garota na cidade vizinha que cometeu suicídio—Ava apenas deu um empurrão.
Ela só direcionou de volta ao destino que já estava destinado para ela.
“Por que… por que você está fazendo isso comigo?”
Desde que Azura despertou neste quarto, estava desesperada para fazer esta pergunta, embora Ava nunca tenha se incomodado em responder.
Mas talvez Ava estivesse de bom humor por ter visto sua “Ídolo” mais cedo naquela noite. Ela respondeu desta vez.
“Porque todos vocês continuavam a maltratar Scarlett.”
“O-o quê?”
A expressão de Azura se contorceu em descrença. Ela nunca esperou que o tormento infernal que estava sofrendo fosse tudo por causa de Scarlett Jennings!
Foi Scarlett quem encontrou uma pessoa tão horrível para sequestrá-la e torturá-la?
Ava não prestou atenção à raiva deformando seu rosto, falando como se estivesse para si mesma.
“Forasteiros como você, cobiçando o que não lhes pertence, estão intrinsecamente errados. Até mesmo sonhar em nos substituir—vocês todos merecem morrer…”
Enquanto Ava proferia as últimas palavras, havia um tom venenoso em sua voz, enviando um calafrio pela espinha de Azura e fazendo-a tremer instintivamente.
Felizmente, Ava não usou o Poder do Espírito da Palavra há pouco.
Ela precisava que Azura permanecesse viva.
“Sua louca!”
Azura gritou em desespero com sua voz enfraquecida. “O que será preciso para você me deixar ir?!”
Se ela soubesse que acabaria presa assim, preferiria ter ficado na cadeia do Bureau de Segurança!
O item que ela havia recebido para contatar aquele chamado “mentor” dela—também caiu nas mãos de Ava no mesmo dia em que foi capturada.
Azura se sentia realmente sem esperança agora.
Ava estudava o desespero no olhar de Azura com satisfação silenciosa. Seu rosto permanecia impassível enquanto ela se acomodava em uma cadeira oposta a ela, olhando por um longo tempo antes de falar novamente, lentamente.
“Eu quero o sistema…”
Azura congelou, momentaneamente atordoada, e então apresentou uma expressão de total confusão.
“Que… que sistema? Eu não sei.”
Azura tentou fingir ignorância. Ela não sabia como Ava tinha descoberto a existência do sistema, mas seus instintos gritavam que o perigo pairava se esta mulher o obtivesse.
Ava parecia soltar um riso desdenhoso, ignorando completamente sua pretensão.
“As palavras que você disse a Chase Jennings naquele dia—eu as ouvi todas. Você disse que o sistema não havia desaparecido; ele havia escapado.”
Ava fixou seu olhar opressivo sobre Azura, seus olhos perpetuamente sombrios agora carregando um brilho ambicioso.
Ela disse,
“Me ajude a encontrar esse sistema, e eu te deixarei ir.”