A Esposa Roubada do Rei Oculto - Capítulo 225
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- Capítulo 225 - 225 Sogra Horrível 225 Sogra Horrível Eu Soleia respondeu
225: Sogra Horrível 225: Sogra Horrível “Eu,” Soleia respondeu secamente, olhando para Elisa com a mesma falta de prazer que Elisa demonstrava ao vê-la.
A outrora orgulhosa matriarca da família Elsher havia caído em tempos difíceis ― seu cabelo ruivo, que antes tinha apenas fios grisalhos, agora estava completamente cinza, e linhas duras decoravam seu rosto. Suas bochechas estavam fundas, e as olheiras sob seus olhos eram destacadas por seu vestido cinza escuro. Parecia mais um saco do que uma roupa apropriada, como se ela simplesmente o tivesse pegado do chão e transformado em uma roupa por falta de opções.
Era tão distante do que ela costumava usar que Soleia ficou chocada.
Elisa notou os olhos de Soleia examinando sua roupa, e suas bochechas avermelharam de humilhação e raiva.
“O que você está olhando? Veio aqui para se vangloriar? Estamos nesse estado por sua causa! Você e sua insistência tola em ser a esposa do meu filho resultaram no casamento amaldiçoado que arruinou nossas vidas―”
“Ela não é a culpada por isso,” Orion disse firmemente, interrompendo a diatribe de sua mãe enquanto Soleia apenas deixava as palavras de Elisa entrarem por um ouvido e saírem pelo outro, como se ela fosse apenas uma mosca zumbindo. Ele puxou Lucinda com a mão, e Lucinda soltou um gemido de dor.
“Mãe, essa confusão foi totalmente culpa minha. Fui enganado por Elinora ― quero dizer Elowyn, e acabei magoando Soleia e todos vocês com minha própria incompetência.”
Elisa pisou com força no chão, indignada com o pedido de desculpas de seu filho.
“Orion, você não fez nada errado. É culpa dessa mulher! Se você tivesse se casado com Elowyn desde o início no palácio como estava planejado, nossa família inteira não estaria nessa situação! Morando em uma favela! Estamos pior agora do que quando éramos plebeus!”
“Seu filho seria nada mais do que um tolo sem mente dentro de três anos de casamento, se ele sobrevivesse tanto tempo,” Soleia retrucou facilmente. “A intenção daquela mulher era a coroa de Raxúvia, e a morte de Orion seria nada mais do que um degrau para ela alcançar seus objetivos.”
Elisa se arrepiou com o comentário de Soleia antes de se virar para seu filho com um bufar. “Não me importa. Eu quero que ela saia daqui. Orion, amarre-a e envie-a de volta ao palácio.”
Um brilho ganancioso entrou em seus olhos.
“Eles nos darão uma recompensa, não darão? Eu vi os cartazes pela cidade― são pelo menos mil moedas de ouro por ela! E um título! Orion, podemos ser nobres novamente!”
“Mãe, eu não vou entregar Soleia,” Orion disse cansado, como se tivesse tido essa discussão muitas vezes antes. “E estaremos fora daqui até a noite.”
“Mais importante, você só receberá o título se seu precioso filho morrer também,” Soleia acrescentou prestativamente. “Você não olhou mais de perto os cartazes de procurado? Ou seu filho só vale o estilo de vida extravagante que ele proporciona a você?”
Elisa resmungou, chateada. “Pare de tentar criar uma barreira entre mim e meu filho, sua víbora!” Seus olhos finalmente notaram a bochecha inchada de Lucinda e o sangue em seus lábios, e ela apressadamente verificou sua sobrinha em pânico. “O que aconteceu com você?”
“Ela me bateu!” Lucinda gritou fracamente. Sua pronúncia estava confusa, mas o dedo que ela apontava para Soleia não era difícil de decifrar. Ela abriu a boca para que Elisa visse os buracos em seus dentes, onde suas gengivas ainda estavam sangrando.
Soleia olhou para suas mãos, surpresa. Ela pode ter usado acidentalmente a força de Orion em Lucinda. Mas ela definitivamente não explicaria isso para a família de Orion ― quanto menos eles soubessem sobre suas habilidades, melhor. Na verdade…
Um rápido olhar discreto para Orion provou que ele também não fazia ideia do que realmente havia acontecido.
Enquanto isso, Elisa só conseguia respirar horrorizada ao ver a extensão total do ferimento de Lucinda. “Oh, querida, o que aconteceu com seus dentes? Pobrezinha…” Ela se voltou para Soleia e gritou em seu rosto. “Como você pôde bater nela tão forte?!”
“Eu não bati.” Soleia balançou a cabeça, insistente. “Os dentes devem ter caído quando ela bateu no chão. Estou supondo que a desnutrição deve ter enfraquecido seus corpos a esse ponto.”
Orion assentiu em concordância. Não era como se ele não soubesse que sua família não estava se alimentando bem na favela. A comida já era escassa para começar. Nesta casa em ruínas, ele só conseguia ver uma pequena cesta de ervas daninhas.
“Não é possível que Soleia tenha tanta força; ela é uma mulher como você,” Orion disse pacientemente. “Seus dentes devem ter enfraquecido devido à falta de comida adequada.”
“Você― Você―” Lucinda só conseguia emburrar, ressentida. Ela queria muito contestar as palavras de Soleia, pois sabia muito bem que o sangue começou a encher sua boca antes mesmo de seu corpo atingir o chão.
Mas ela foi pega pelo olhar de advertência de seu primo e relutantemente engoliu seus comentários com o sangue em sua boca. Orion era de alguma forma o defensor firme de Soleia, e ela não podia arriscar irritá-lo. Seu primo era sua única passagem para fora deste lugar!
Enquanto isso, Orion se abaixou para pegar os móveis quebrados, sentindo-se culpado. Se ele soubesse que sua família estava se escondendo ali, teria pedido dinheiro à Princesa Nessa antes de partir. Não podia, em boa consciência, pedir a Soleia para sustentar sua família, especialmente depois dos sacrifícios que ela havia feito anos atrás ao fazer exatamente isso.
Orion teve muito em que pensar quando navegou para Raxúvia. A dívida que ele tinha com Soleia era simplesmente grande demais para ele pagar. Ele só podia dedicar sua vida a garantir que ela permanecesse segura, saudável e feliz. Se Soleia decidisse encontrá-lo em seu coração para perdoá-lo e aceitá-lo como seu marido, ele viveria à altura dessa confiança e a amaria com cada fibra de seu ser.
“Você está defendendo ela?” Enquanto Lucinda se aquietava, Elisa exclamou alto, seu olhar alternando entre os dois. “Orion, não me diga que você tem sentimentos por ela!”
“E se eu tiver?” Orion deu de ombros enquanto tentava consertar uma cadeira, pouco se importando com o modo como suas palavras atordoaram uma casa cheia de mulheres.
Soleia de repente sentiu seu estômago revirar. Orion não podia estar falando sério. Ela mal havia acabado de escapar de Rafael; não precisava se envolver em outro relacionamento.
Como se para lembrá-la de sua presença, o anel em sua mão começou a apertar imperceptivelmente. Soleia franziu a testa, observando-o cuidadosamente. Isso era… estranho. Ele nunca havia se comportado dessa maneira antes. Ela o tocou com os dedos, apenas para se encolher quando o sentiu aquecer. Parecia quase uma coisa viva…
Seus olhos se arregalaram de horror.
“Orion, precisamos sair agora. Rafael está nos rastreando.”