A Esposa Roubada do Rei Oculto - Capítulo 219
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219: Roubado Dele 219: Roubado Dele “Você está mentindo,” Rafael cuspiu, balançando a cabeça furiosamente, ignorando o modo como ela latejava ainda mais com a ação. “Soleia nunca me deixaria.”
Elinora deu um sorriso de deboche e fez questão de olhar ao redor da enfermaria vazia.
“Eu não vejo nem sinal dela. Se ela te ama, deveria estar ao lado do seu leito agora, segurando sua mão e consolando sua dor. Em vez disso, ela não está em lugar algum.”
“Orion a levou embora. Ela nunca teria me deixado de outra forma,” Rafael rosnou.
Ele tinha absoluta certeza de que Soleia devia ter sido chantageada para deixá-lo― Orion veio de Nedour, o mesmo lugar onde Reitan estava residindo no momento. A Princesa Nessa de Nedour deve ter enviado Orion para arrastar Soleia de volta porque eles sabiam sobre seus poderes, e sabiam que ela jamais deixaria o irmão para trás.
Isso era tudo uma trama de Nedour para separá-los! Eles simplesmente queriam usar Soleia para alcançar seus próprios objetivos. Só de pensar nisso, Rafael rangia os dentes, quase mordendo a própria língua. Quase espumava de pura raiva.
Elinora deu um passo cauteloso para trás, mas limpou a garganta e ainda lançou um olhar de pena para ele.
“Quanto antes você admitir, mais rápido vai seguir em frente. O coração de Soleia há muito tempo não está ao seu lado. Ela tem te manipulado como um fantoche desde que chegou ao palácio, mas você está tão apaixonado que não consegue enxergar isso.”
“E suponho que eu deva acreditar em você em vez dela?” Rafael retrucou. “Não, não vou perder meu tempo discutindo com você.”
Ele seguiu diretamente para a porta, com a intenção de mandar seus homens procurarem cada canto da cidade até Soleia ser encontrada. Ele não podia estar inconsciente há muito tempo― o sol ainda brilhava no céu. Enquanto os portos estivessem fechados, não havia como Orion levar Soleia para fora do país.
“Aonde você vai?” Elinora chamou, agarrando seu braço antes que ele pudesse sair.
“Não é da sua conta!” Rafael rebateu, soltando sua mão. Mas Elinora deu um leve suspiro em resposta.
“Como sua noiva, você verá que seus assuntos são meus assuntos,” ela disse. “Além disso, antes de sair correndo como uma galinha sem cabeça, você precisa visitar seu pai. Ele não está muito contente com você neste momento.”
Rafael bufou. “Isso não é novidade. Ele pode esperar mais um pouco.” Soleia era sua prioridade. Ele precisava informar a todos para ficarem atentos a uma mulher de cabelos longos e loiros viajando com um homem ruivo.
“Não, ele não pode,” Elinora disse firme. “Se você não aparecer, Raziel pode receber o título de Príncipe Herdeiro.”
Os passos de Rafael pararam. “O quê?”
“Eu disse o que eu disse.” Elinora deu de ombros delicadamente. “Se você não acredita em mim, vá e perca seu tempo procurando Soleia. Tenho certeza de que seu pai ficará encantado em saber que tem menos importância do que uma mulher estrangeira.”
Rafael seguiu direto para a sala do trono.
O momento em que ele entrou, a atmosfera ficou mais fria. O Rei Recaldo lançou-lhe um olhar de pedra, mas Rafael não se intimidou. Em vez disso, seus olhos foram atraídos para seus irmãos, que já estavam presentes e ajoelhados, esperando pela diretriz do pai.
Ele estreitou os olhos especialmente para Raziel enquanto se lembrava das palavras de Soleia, antes de sua abdução. Os prisioneiros haviam sido libertados e atacaram Soleia. Raziel estava encarregado desses prisioneiros― seu irmão era tão meticuloso com perfeccionismo que era quase impossível alguém invadir ou escapar sem sua ciência.
Ele deve ter soltado os prisioneiros de propósito, sabendo que Rafael deveria estar fora em sua missão. Se Soleia não estivesse usando seu anel de sangue, ele teria saído sem saber de nada e retornado para encontrar seu corpo em decomposição.
Esse pensamento fez seu sangue ferver, e ele avançou para Raziel e o ergueu pelo colarinho, completamente ignorando seu pai no trono.
“Por que você soltou os prisioneiros?” Rafael rosnou, sacudindo-o furiosamente.
“Eu não fiz nada disso. Não tenho razão, nem motivo,” Raziel respondeu placidamente. “Irmão, você está deixando as emoções nublarem suas habilidades de raciocínio.”
“Esse não é um comportamento que um príncipe herdeiro deveria demonstrar,” Ricard disse ao lado dele.
“Cale a boca. Vou lidar com você mais tarde,” Rafael disse sombriamente, sem tirar os olhos de Raziel. Ele queria despedaçar seu irmão.
Os olhos verdes de Raziel cintilavam com diversão irônica, como se a raiva de Rafael fosse para ele apenas uma brincadeira divertida.
Um estrondo reverberou pela sala do trono, atraindo a atenção deles. O Rei Recaldo havia se levantado e jogado seu cajado no chão, seu rosto quase roxo de raiva.
“Você tem algum respeito por mim como rei?!” O Rei Recaldo bradou pesadamente. “Seu ingrato de filho, você é um fracasso como príncipe. Você perdeu para Raxúvia nosso maior ativo militar!”
Rafael encarou seu pai com firmeza. “Eu não a perdi. Ela foi roubada de mim. Orion Elsher infiltrou-se em nosso palácio e levou a Princesa Soleia embora logo quando eu estava saindo dos limites. Não acredito que ele teria conseguido tal façanha sozinho, sem ajuda externa. Minha missão não era de conhecimento comum, e nem é o layout do nosso palácio.”
Ele voltou os olhos para seus irmãos, com veneno na voz. “Afinal, há muitas pessoas que não querem que eu mantenha minha posição de Príncipe Herdeiro.”
O Príncipe Ricard limpou a garganta. “Com todo respeito, você é a pessoa mais suspeita aqui. Com suas habilidades, deveria ter lidado com Orion Elsher facilmente. Ou você simplesmente baixou a guarda por conta de sua antiga amizade, permitindo que ele roubasse a Princesa Soleia de você?”
“Distribuir culpa é inútil,” Rei Recaldo declarou friamente, interrompendo o argumento.
É claro que ele sabia que seus dois outros filhos deviam ter tido uma mão em puxar as cordas, mas esse tipo de sabotagem deveria ser esperado. Era a própria falta de sabedoria e astúcia de Rafael que havia levado aos eventos de hoje.
Perder a Princesa Soleia não era uma opção com a qual podiam viver. Se ela não estivesse ao lado de Raxúvia, era melhor que estivesse morta.
“Reúnam as tropas para procurar pela Princesa Soleia e por Orion Elsher na cidade. Tragam-na de volta a qualquer custo,” ordenou o Rei Recaldo.
Rafael assentiu e se ajoelhou, finalmente esperançoso de que poderia procurar por Soleia. “Sim, Sua Majestade. Eu farei isso imediatamente―”
“Não você,” o Rei Recaldo ironizou. “Estou enviando Ricard. Você deve estar na fronteira norte, acalmando uma rebelião. Você deixará o palácio de imediato.”