A Esposa Roubada do Rei Oculto - Capítulo 134
- Home
- A Esposa Roubada do Rei Oculto
- Capítulo 134 - 134 Feito o Suficiente 134 Feito o Suficiente Princesa Soleia
134: Feito o Suficiente 134: Feito o Suficiente “Princesa Soleia, por que você está dormindo aqui?” Ralph perguntou preocupado enquanto balançava o ombro de Soleia suavemente.
Soleia gemeu com as mãos sobre o rosto ao ser acordada de forma brusca, antes de perceber que tinha uma dor incômoda no pescoço por ter dormido de maneira estranha no sofá. “Ai, meu pescoço…” Ela reclamou, esfregando cuidadosamente.
“Princesa?” Senhor Ralph insistiu, e Soleia percebeu que, além da preocupação, podia detectar uma leve contrariedade em seus olhos. Ela só pôde piscar surpresa.
“Aconteceu alguma coisa?”
“Você que deveria responder essa pergunta,” Senhor Ralph disse, cruzando os braços. “Por que não está dormindo na sua cama? Por que sua porta estava aberta?”
“Devo ter adormecido. Eu ia ao hospital, mas aí fiquei cansada. Não fique tão preocupado – eu me senti muito melhor depois da soneca!” Soleia disse, apressadamente tranquilizando o Senhor Ralph, cuja testa apenas se franziu mais com suas palavras.
Rafael ficou nada satisfeito ao perceber que Soleia estava tirando uma soneca num sofá qualquer, desprotegida. Ele entrou direto no quarto dela, já que nada o impedia.
“Princesa, isso é extremamente inseguro. E se alguém tropeçasse em você e decidisse se aproveitar?” Principalmente seus dois irmãos mais velhos e desonestos – mas ele não colocaria fora de questão nenhum membro da realeza estrangeira se aproveitando de Soleia enquanto ela estava indefesa.
“Isso é extremamente improvável…” Soleia disse fracamente, mas viu a sabedoria nas palavras do Senhor Ralph. O castelo agora está cheio de visitantes estrangeiros, e o Senhor Ralph provavelmente estava à beira de um ataque de nervos tentando mantê-la a salvo. “Você tem razão, foi descuido meu. Não acontecerá novamente.”
“Por favor, tenha um pouco de cuidado com o seu próprio bem-estar.” Rafael não queria ser um chato, mas o comportamento de Soleia fez sua língua se soltar. Ruim o suficiente que ela havia entrado na floresta, depois se meteu em confusão com Raziel, e agora estava dormindo em móveis aleatórios com a porta de seus aposentos escancarada?!
Era como se ela quisesse causar-lhe um infarto!
Soleia assentiu obedientemente como uma criança repreendida. “Sim, sim, vou te ouvir a partir de agora.”
Rafael assentiu. “Bom. Agora vamos ao hospital.”
“Por quê? Reitan está lá?” Soleia perguntou preocupada. “O ferimento dele não cicatrizou direito? O Príncipe Raziel disse que não havia problemas, mas eu não confio nele. Você viu como está Reitan?”
Rafael suspirou. Essa princesa precisava aprender a cuidar melhor de si mesma. “Soleia, a visita ao hospital é para você. Você também está ferida, lembra-se?”
“Oh,” Soleia disse. “Bem, eu estou bem. Nada que uma boa comida e descanso não curem. Realmente não há necessidade.”
Senhor Ralph continuou a encará-la impassivelmente. Seu olhar lentamente percorreu o corpo dela, como se ele pudesse ver todos os hematomas que Soleia sofreu no embate com os uivadores.
As bochechas de Soleia coraram com o olhar intenso dele. “Você provou seu ponto. Eu vou.”
“Eu a acompanharei,” Senhor Ralph disse, e ela detectou o leve ar de triunfo em seu tom educado enquanto ele conseguia persuadi-la. Ela revirou os olhos, mesmo agradecida por seu cuidado.
Eles chegaram ao hospital, apenas para ver Elowyn deitada em uma das camas. Soleia não pode evitar lançar um olhar desaprovador ao Senhor Ralph pelo canto de seus olhos. Ela teria se oposto com mais firmeza a ir ao hospital se soubesse que Elowyn estaria presente.
Para o crédito do Senhor Ralph, ele também não sabia que ela estaria lá. Seu rosto se contorceu em aversão.
“Princesa Soleia,” Elowyn exclamou teatralmente e fez uma pantomima segurando sua barriga. “Por favor, não me machuque ou ao meu bebê!”
“Pare com o teatro, não há ninguém olhando,” Soleia disse, revirando os olhos. “A Princesa Nessa não está aqui para ser o seu cavaleiro em armadura brilhante.”
Rafael estava igualmente cansado das bobagens dela. Elowyn sorriu, mas continuou a fingir tremer de medo com a mera presença de Soleia.
Um médico apressou-se em vir assim que viu a Princesa Soleia entrar. “Princesa Soleia! Como posso ajudá-la?”
“Apenas uma consulta de rotina está ótimo,” Soleia disse, e o médico a levou para um canto mais isolado e puxou as cortinas, deixando Rafael sozinho com Elowyn – mais precisamente Elinora, aquela herdeira presunçosa com quem ele já estava noivo.
“O que você está planejando?” Rafael exigiu fervorosamente, com a voz um sussurro incendiado. “Você está perseguindo Soleia―”
“Meu Deus, como você é um cãozinho de guarda protetor,” Elowyn resmungou desinteressada enquanto se ajeitava confortavelmente. “E o que te faz pensar que estou planejando alguma coisa?”
“O fato de eu ser mais infeliz por saber quem você realmente é,” Rafael apontou, estreitando os olhos. Ele não tinha dúvida de que Elinora teve um papel em instigar o interesse de seus irmãos por Soleia.
“Que tom ferido,” Elinora disse, soando nada machucada. “Você deveria me tratar com mais gentileza, já que estamos do mesmo lado.”
“Não estamos,” Rafael retrucou, horrorizado com a insinuação dela. Ele se sentiria menos insultado se ela o comparasse a uma lesma e o considerasse insuficiente. “Eu já fiz o suficiente por você.”
Elinora sorriu indulgentemente para ele, chamando-o para mais perto com um dedo torto. Contra sua vontade, Rafael se inclinou, perto o suficiente para que ela sussurrasse em seu ouvido.
“Oh, mas como isso pode ser o suficiente? Eu conheço você, Rafael Biroumand.” Sua voz era um murmúrio suave, mas Rafael ainda se tensou ao ouvir seu nome saindo dos lábios dela. Seus olhos desviaram de volta para a cortina, onde Soleia ainda falava com o médico.
“Você é um homem egoísta e possessivo, apesar de seu ato como cavalheiro. Se tivesse que escolher entre deixar Soleia feliz ou fazê-la ficar com você, você escolheria o último,” Elinora disse definitivamente, sua voz uma profecia em seus ouvidos. Ecoou e permaneceu, condenando-o zombeteiramente.
“Você está errada,” Rafael insistiu, mas soou fraco para ele mesmo. De repente, ele se sentiu como se Elinora o tivesse despojado. “Eu gostaria que Soleia fosse feliz.”
“Você gostaria que Soleia fosse feliz com você,” Elinora o corrigiu sabiamente. Ela estendeu a mão para o braço dele. “E eu posso te ajudar com isso.”
Soleia saiu do abrigo da cortina naquele exato momento. Seus olhos se arregalaram ao ver quão próximo o Senhor Ralph parecia estar da cama de Elowyn.
“Com licença?” A voz incrédula de Soleia ecoou pelo hospital. “O que diabos está acontecendo aqui?”