A Esposa Roubada do Rei Oculto - Capítulo 116
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116: Roubado 116: Roubado Rafael olhou atônito para Soleia, com a mente girando sobre as implicações das palavras de Soleia. Seu olhar voltou-se para a cama.
“Não suas próprias…” ele murmurou, incrédulo. Rapidamente, ele lembrou o que Soleia havia lhe dito, e então comparou com o testemunho de Oliver sobre o evento.
“Você quer dizer que… sua tentativa anterior de criomancia era na verdade de Florian? Isso é possível?”
Mesmo enquanto fazia essa pergunta, ele percebeu o quão redundante era. Soleia não era uma mentirosa. De alguma forma, ela havia feito o impossível, e a prova estava bem na sua frente, na forma de anotações secas e na roupa de cama.
Rafael umedecia os lábios, de repente nervoso. Ele sabia que Soleia podia amplificar habilidades mágicas, mas armazená-las era completamente inédito!
Não é de se admirar que ela havia adoecido tanto, ao ponto dos médicos do palácio não compreenderem o motivo. A má saúde de Soleia devido ao mau trato de Orion era uma desculpa conveniente. Se Soleia estivesse abrigando um resíduo mágico estrangeiro dentro de si, isso teria causado estragos em seus sistemas internos.
Ela poderia ter morrido!
Talvez fosse inteiramente possível para anuladores absorverem poderes de outros usuários para usar em uma data posterior ― não era como se houvesse algum anulador restante que Rafael pudesse perguntar sobre isso. Todos eles ou morreram jovens se tiveram sorte, ou foram aprisionados e trabalharam até a morte, se não foram assassinados. Talvez fossem forçados a absorver poderes e implodiram de dentro para fora.
De qualquer forma, ninguém iria se voluntariar para compartilhar uma informação tão revolucionária.
“Você é rápido no entendimento,” Soleia disse, sorrindo constrangida com o olhar impressionado nos olhos de Ralph. Ela não achava que merecia aquele tipo de devoção extasiada que as pessoas geralmente reservam para estátuas sagradas. “Bem, é apenas uma hipótese, e eu não a comprovei completamente além de qualquer dúvida, mas―”
“Mas quando você elimina o impossível, o que resta, por mais improvável que seja, deve ser a verdade,” Rafael disse firmemente.
Arrepios subiram por seus braços. A própria presença de Soleia poderia reescrever o conhecimento mundial de magia como ele conhecia. Ele lutou contra o desejo de pular no ar e gritar ― se ele tivesse o apoio dela, ganhar a coroa seria uma conclusão prévia.
“Você quer testar em mim?” Rafael ofereceu, tentando não parecer muito ansioso. Ele esticou os braços. “Absorva o quanto puder e depois lance em mim.”
Soleia levantou a mão na direção da parede, tentando repetir sua façanha anterior. Mas uma sensação de exaustão logo a dominou, e ela cambaleou. Rafael entrou em pânico e a agarrou rapidamente antes que ela caísse.
“Estou bem… só um pouco tonta,” Soleia disse, tranquilizando-o, “Ainda posso tentar de novo. Me dê um momento.”
Rafael se xingou internamente por não pensar mais no bem-estar de Soleia. Todas as descobertas mágicas do mundo não significariam nada se Soleia morresse no processo. Seus olhos estavam cheios de culpa. “Não, Princesa, fui insensível. Esqueci que você já teve um dia exaustivo. Você deve descansar.”
“Não foi tão ruim. Talvez haja um limite para quanto magia eu posso… absorver. Meu corpo ainda não é forte o bastante,” Soleia refletiu enquanto pressionava a mão sobre o coração.
Era só imaginação dela, ou ela sentiu um frio repentino que não tinha nada a ver com o ambiente?
Pelo menos ela não se sentia febril. Ainda conseguia ficar de pé por conta própria. Soleia considerou isso uma melhora significativa em comparação com o que aconteceu da última vez que liberou os poderes de Florian acidentalmente.
Ou a doença ocorreu porque ela liberou os poderes de Florian?
Havia apenas uma maneira de descobrir.
Sir Ralph ainda a encarava com preocupação. Parecia que estava a um segundo de se ajoelhar e pedir perdão.
“Senhor Ralph, você estava falando sério sobre me deixar testar essa teoria em você?”
Ralph assentiu com a cabeça tão rápido que ela se lembrou de um brinquedo de cabeça balançante para crianças. “Você pode fazer o que quiser comigo. Mesmo que você me esfaqueie no peito, eu não vou reclamar.”
“Se você fosse esfaqueado no peito, duvido muito que teria algum fôlego para reclamar,” Soleia rebateu.
Senhor Ralph respondeu esticando os braços, dando a ela uma visão desobstruída de seu peito vestido. Era… bastante expansivo. Largo.
De repente, ela lembrou como era confortável dormir sobre ele, e seu rosto se corou.
“Vi algo de que você gostou?” Rafael levantou uma sobrancelha. “Não seja tímida.”
O rosto de Soleia se corou e ela limpou a garganta, tentando organizar seus pensamentos. “Não estou tímida. Estou me concentrando. Agora silêncio.”
“Atire seu melhor golpe, Princesa,” Senhor Ralph disse com uma piscadela flertante. “Eu aguento qualquer coisa que você jogar em mim.”
“Silêncio, você não me ouviu mandar você ficar quieto? Por que os homens que conheço hoje estão todos tão tagarelas?” Soleia o repreendeu brincalhona e levantou a mão, decidindo mirar no estômago de Ralph. Se algo desse errado, dor de estômago era mais fácil de tratar.
Enquanto isso, o rosto de Rafael azedou ao lembrar de seu irmão mais velho. Ah. Ele passou a vida inteira tentando não ser como ele.
Rafael esperou e esperou. Soleia se concentrou, e então se concentrou de novo. Ela tentou lembrar como se sentiu ao usar os poderes de Florian contra ele e canalizar esse sentimento.
“Princesa? A qualquer momento agora…”
“Acho que estou sentindo algo… Espere…” Soleia insistiu, mas seus dedos estavam lamentavelmente livres de névoa.
“Agora parece que você está constipada,” Rafael reclamou de propósito. “Você tem certeza que o que está sentindo é indigestão?”
Isso quebrou completamente o foco de Soleia, e ela caiu na risada. “Cale a boca. Você não sabia? Princesas não fazem cocô. A latrina é completamente apenas para mostrar.”
“Eu sei,” Senhor Ralph disse sabiamente. “A realeza jamais seria tão inculta a ponto de ser comandada por funções corporais mais baixas.”
Eles se olharam e uma nova rodada de risadas começou de novo.
De repente, seu corpo inteiro se sentiu mais leve. Soleia sentiu as tensões do dia deixarem-na quanto mais tempo passava com Ralph, mas ela não podia se deixar pensar nos motivos. Orion era seu marido, não Ralph. Talvez com tempo suficiente, ela sentiria essa mesma facilidade com Orion agora que ele estava aberto à ideia de se casar com ela.
“Princesa?” Rafael perguntou roucamente. Os olhos de Soleia se desviaram dele, quase com culpa. “O que foi?”
Uma batida forte na porta respondeu sua pergunta.
“Abram. Eu sei que vocês estão aí!”