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- A Esposa Mascada do Duque
- Capítulo 565 - 565 A estimada filha do barão (3) 565 A estimada filha do
565: A estimada filha do barão (3) 565: A estimada filha do barão (3) O ar frio beliscou a pele de Alessandra no momento em que ela saiu. Diferente do interior, aqui era silencioso, já que estava apenas ela.
Alessandra afastou-se da porta para ir a um canto onde não seria vista por alguém que pudesse sair à sua procura. Ela olhou para a porta mais uma vez para ter certeza de que ninguém a havia seguido até a área isolada. A última coisa que precisava era de um escândalo.
Alessandra encostou a cabeça na parede e olhou para os estábulos ao fundo da casa. Se soubesse montar um cavalo sozinha, pegaria um e tentaria partir agora mesmo.
Havia o caminho secreto no depósito que seu pai havia fechado há muito tempo, mas ela temia fazer muito barulho e ser pega antes de sair.
Os guardas nos portões questionariam para onde ela estava indo tão tarde da noite se tentasse sair pelos portões após a festa. Então seu pai seria chamado para dar-lhe permissão para ir embora.
“Preciso escalar os portões onde não há guardas”, disse Alessandra, esfregando os braços para se aquecer. “Quais são as chances de me esconder na parte de trás da carruagem de alguém e sair daqui?”
“Eu sabia que a casa do barão estava ruim, mas não pensei que estivesse em tal estado que sua filha não quisesse estar aqui.”
Os olhos de Alessandra se arregalaram ao perceber que não estava sozinha.
“Duque Collins”, disse ela, incrédula que Edgar estava lá fora com ela. “Meu pai te mandou?”
“Eu pareço um cão? Por que eu faria algo que seu pai diz?” Respondeu Edgar, tirando um charuto de seu casaco.
“Isso não faz bem para você”, comentou Alessandra, desgostando dos charutos, pois criavam um cheiro terrível e ela ouvia seu pai tossir após usar um.
“É isso que me disseram. Vai acelerar minha morte, então não vou ter que lidar com pessoas como seu pai. Foi corajoso da sua parte rir estando tão perto do seu pai”, disse Edgar.
“Não vou ouvir o fim disso, mas foi engraçado ver alguém calá-lo. Meu pai fala demais. Tenho certeza de que ele se arrepende de ter te mandado muitos convites para esta noite. Ele te chamou aqui porque queria que você pedisse minha mão. Não é o que eu quero”, disse Alessandra, não querendo que ele pensasse que havia conspirado com o pai para ficar sozinha com ele.
“Não importa se era o que você queria ou não. Não tenho planos de pedir para me casar com você esta noite ou qualquer outra noite. Desde quando seu pai se tornou um casamenteiro? Ele deveria gastar seu tempo aprendendo a administrar seu dinheiro. O barão está ficando sem dinheiro e, ainda assim, ele dá uma festa”, comentou Edgar, balançando a cabeça com a lógica de Desmond.
Edgar soprou fumaça no ar, observando a pequena nuvem aparecer e desaparecer lentamente.
“Você deve saber agora que meu pai gosta de parecer que tem tudo para a cidade. Ele quer se encaixar entre seus amigos ricos. Às vezes, sinto que ele nos deixaria passar fome para poder comprar as melhores roupas para si mesmo, a fim de não parecer que está lutando. Acho que ele não tem sensatez, porque se não pudéssemos pagar os criados amanhã, todas as pessoas em quem ele gastou esse dinheiro para impressionar não olhariam para ele”, disse Alessandra.
“Não te culpo por querer sair quando você acabou de chegar. Sou filha dele e acho difícil estar perto dele”, disse Alessandra e depois tossiu por causa da fumaça que Edgar soltou. Ela não via como poderia ser tão bom encher seu corpo com algo que cheirava tão mal.
Edgar pressionou o charuto contra a parede para apagá-lo. “É por isso que você estava planejando fugir antes de eu chegar?” Ele perguntou.
Alessandra não sabia se podia confiar no duque para não contar nada disso ao pai, mas ansiava por alguém que ouvisse como era difícil estar aqui com seu pai. “É sufocante andar por uma sala, ter que forçar um sorriso e ser a filha perfeita que ele quer. Prefiro fugir e viver uma vida mais simples. Mesmo que isso signifique que eu teria que viver uma vida de dificuldades. Passar todos os dias tentando ganhar dinheiro.”
“Deve ser bom estar em sua posição, onde ninguém pode te forçar a fazer nada. Eu tenho inveja de você”, disse Alessandra, voltando sua atenção para os estábulos.
“Tenho uma vida perfeita”, concordou Edgar. “Além dos tolos que me incomodam para casar, é bom.”
Alessandra foi repentinamente tomada por uma ideia selvagem. “O rei deseja que você se case e, com certeza, sua família quer o mesmo. E se você me propusesse para mantê-los calados?”
Edgar sorriu, divertido por ela pensar que precisava propor a ela para se livrar de seus problemas. “Seu pai deveria aprender com você. Você é ardilosa e melhor em esconder suas intenções.”
“Não estou fazendo isso por causa do meu pai, Duque Collins. Eu quis dizer um noivado falso para que sua família não te incomode, o rei te deixe em paz, e as mulheres parem de empurrar suas filhas em você. Eu não quero me casar com você. Só preciso de uma saída daqui para poder fugir. Você é um homem que meu pai deseja agradar, então ele não negará nenhum pedido seu. Por favor, me ajude”, implorou Alessandra.
Usar o duque era muito melhor do que tentar passar pelos portões esta noite.
Os ombros de Alessandra caíram ao perder as esperanças quando ele não respondeu. Ela sabia que era tolice fazer uma oferta a ele. “Por favor, esqueça o que eu disse. Vou te deixar em paz”, disse ela com uma reverência. Ela precisava encontrar outro lugar para ficar sozinha.
“Esta é uma proposta que te beneficia mais do que a mim, mas estaria mentindo se dissesse que não estou entretido. Encontre-me em minha residência amanhã, e discutiremos isso com mais detalhes”, respondeu Edgar.