A Esposa Mascada do Duque - Capítulo 40

40: Guardas na porta (3) 40: Guardas na porta (3) “Jovem mestre, deu algum desvio?” Alfred perguntou enquanto se aproximava da carruagem de Edgar, que estacionou bem em frente às escadas que levavam à porta principal. “É essa Alessandra Barrett? Por que ela está aqui?”

Alfred não tinha sido informado sobre Alessandra vir passar a noite. Eles deveriam partir de manhã cedo com uma carruagem extra para buscar as coisas dela, mas Edgar estava aqui carregando Alessandra em seus braços.

“Ela quase não está vestindo nada para se proteger do ar da noite”, Alfred preocupado de que ela pudesse pegar um resfriado. “E onde está o seu casaco, Edgar?”

“Ela agora é Alessandra Collins. Eu espero que nosso quarto tenha sido preparado para ela usar esta noite”, disse Edgar enquanto passava por um atônito Alfred.

“Você acabou de dizer que ela é Alessandra Collins? Não me diga que vocês dois fugiram e se casaram na igreja. Eu te criei para ser melhor do que isso, Edgar. Diga-me que estou errado.” Alfred sabia que Edgar era impulsivo, mas até mesmo Edgar deveria saber que uma cerimônia adequada era necessária.

“Nós nos casamos na igreja um momento atrás, pois o momento exigia que acontecesse. Alfred, você se importa de fechar a porta atrás de nós e manter sua voz baixa para não acordá-la? Prepare algo para ela comer e peça às empregadas que preparem um banho quente. Ela não pode ir dormir com o estômago vazio.”

“Vocês ouviram. Preparem um banho quente e comida para a senhora”, Alfred mandou uma empregada que estava parada na porta fazer o que Edgar pediu. Enquanto isso, ele queria saber a causa do casamento relâmpago de Edgar. “Que situação exigiu que você se casasse com tão pouco tempo? Ela não está grávida, está?”

Alfred aconselhou Edgar inúmeras vezes a ter cuidado quando dormia com alguém. Uma noite de felicidade poderia levar a um desastre em algumas semanas.

“Não seja tão dramático Alfred. Como ela poderia estar grávida já? Nós nos casamos porque eu matei o pai dela-”
“Você fez o quê?!” Alfred não pôde se conter e gritou. Ele rapidamente cobriu a boca com as mãos para evitar acordar Alessandra.

Edgar parou de caminhar quando Alessandra se mexeu em seus braços por causa do barulho. Ela aninhou a cabeça no peito dele, tentando ficar mais confortável. Se ela acordasse agora, provavelmente morreria de vergonha. Edgar queria ver isso acontecer.

“Alessandra?” Ele chamou-a, mas depois que não houve resposta, ele continuou caminhando em direção ao quarto deles. “Abaixe a voz, Alfred. Explicarei a você quando nossos convidados chegarem.”

Edgar sabia que não demoraria muito até que os guardas da cidade viessem bater em sua porta, a menos que a baronesa escondesse a verdade e tentasse conseguir dinheiro com ele.

“Que convidado? Está bem”, Alfred desistiu. Ele só podia esperar para saber por que houve um casamento e uma morte na mesma noite. Alfred voltou à porta para esperar o convidado a que Edgar se referia. Talvez Edgar esperasse a visita da família de Alessandra quando percebessem o que aconteceu ou o fato de que desejariam vingar o falecido Barão.

Alfred sabia melhor do que ninguém que Edgar nunca derramaria sangue sem um motivo válido e ele não estava triste por ver o barão partir. Pelo que testemunhou no dia em que Edgar propôs-se a Alessandra, Desmond não era um bom homem.

“Eu vivi para ver o dia em que Edgar se casou”, Alfred sorriu, feliz que Edgar tinha alguém ao seu lado mesmo que um contrato os unisse. Um pedaço de papel não seria suficiente para impedir os sentimentos de se envolverem. “Terei que me intrometer se quiser que seja de verdade”, começou a planejar.

Enquanto isso, Edgar levava Alessandra no andar de cima em direção ao quarto que logo compartilhariam.

“Alessandra, você realmente vai me fazer carregá-la todo o caminho quando está acordada? Que cruel da sua parte”, Edgar parou de andar assim que chegou ao segundo andar. Ele sabia que ela estava acordada pouco depois que Alfred gritou, mas agiu como se não estivesse.

“Você pode me colocar no chão agora”, Alessandra abriu os olhos agora que foi flagrada. Ela foi acordada por alguém gritando e quando percebeu que estava sendo carregada, ela sabia que tinha que ser Edgar. O plano era fingir dormir até ele deitá-la na cama.

“Não”, Edgar continuou caminhando com ela em seus braços.

“Então por que fez questão de mostrar que eu estava acordada? Você podia ter silenciosamente me levado para o quarto.”

“E deixar você escapar de ficar envergonhada? Nunca”, Edgar sorriu. Ele não podia deixar passar essa oportunidade de provocá-la.

Da posição em que estava nos braços dele, Alessandra manteve o que ela disse sobre Edgar ser um gato. Ele não perdia a oportunidade de brincar com alguém. “Você é cruel, Edgar”, ela disse.

“Essa não é uma boa maneira de começar nossa noite de núpcias, Alessandra. Seu marido foi tão gentil em levá-la da carruagem direto para o quarto. Você deveria ser grata por eu treinar tanto.”

Alessandra se perguntava se algum dia se acostumaria com Edgar brincando com ela. Ele colocou a condição do contrato para que eles ficassem juntos para sempre, já que queria se casar apenas uma vez. Para sempre era muito tempo. Como ela ia aguentá-lo?

“Alfred disse que o quarto foi preparado. Não há roupas para você, considerando que seus pertences não estão aqui e eu não sabia qual era o seu tamanho para encomendar qualquer roupa. Você pode vestir uma das minhas camisas para dormir e peço a uma empregada que cuide do seu vestido pela manhã”, Edgar colocou-a no chão bem na frente da porta do quarto.

“Você não vai entrar? Este era seu quarto, certo?” Alessandra não via por que ele parou ali em vez de entrar com ela. Ela não se sentia desconfortável em dividir um quarto com Edgar. Ela estava bem ciente do que concordaram.

“Logo terei uma visita a respeito da morte do seu pai. Hoje à noite, vou deixar você se ambientar e se acostumar com o novo ambiente. No entanto, se você acha que sentirá falta da minha maravilhosa presença-”
“Boa noite”, disse Alessandra, e abriu a porta. Ela não ia inflar mais o ego de Edgar. “Espere. Eu não deveria estar lá quando você tiver que falar sobre o que aconteceu com meu pai?”

“Você será necessária de manhã. Durma bem”, ele respondeu.

Edgar esperou que ela entrasse e fechasse a porta. Ela não era necessária na manhã seguinte, pois ele cuidaria desse problema inteiramente esta noite, já que não queria mais ouvir falar de Desmond Barrett.

“Jovem mestre, o capitão da guarda da cidade está aqui para falar com você!” Alfred gritou das escadas.

Edgar colocou as mãos nos bolsos e voltou para baixo para lidar com seus convidados indesejados. A única vez em que os guardas da cidade pareciam estar a tempo era quando tinham de vir até a casa dele para interrogá-lo.

“A que devo essa visita desagradável?” Edgar perguntou assim que chegou ao térreo. “Oliver”, ele cumprimentou o capitão.

“Edgar”, Oliver fez uma careta ao ver o homem que tornava seu trabalho mais difícil. “Duque Collins, por que estou ouvindo dizer que você matou o Barão, Desmond Barrett? Você não pode matar um barão e ficar impune.”

“O rei me confiou a tarefa de eliminar todos os parasitas do reino. Eu estava apenas fazendo meu trabalho e não ajudou que o barão estivesse maltratando minha esposa. Como um homem recém-noivo, tenho certeza de que você entende a raiva que eu teria sentido. Isso é a menos que você não goste da jovem com quem está prestes a se casar”, disse Edgar.

“Esposa?” Oliver apertou a mão na espada, irritado com a notícia. “Todo mundo sabe que você não é casado, Edgar. A baronesa não falou nada sobre ser a mãe da noiva e sei que você nunca se casaria com Kate”, Oliver conhecia Edgar o suficiente, pois costumavam ser amigos, mas se afastaram à medida que envelheceram.

“Eu sou casado com a outra filha do barão, Alessandra”, Edgar mostrou o dedo com o anel de arame.

“A filha mascarada do barão?” Oliver ficou chocado ao ouvir isso. Ninguém em seu perfeito juízo se casaria com uma garota com tantos boatos a seu respeito. Por outro lado, nunca considerou Edgar uma pessoa sensata. “Você se casou com ela apenas para justificar matar o pai dela? Ainda posso colocá-lo numa cela por matar um barão e anular o casamento.”

“Alfred, traga-me os papéis em minha mesa com o nome Desmond Barrett. Eles conterão provas suficientes para você sair do meu terreno. Como um velho amigo, é uma pena você não ter dito parabéns”, Edgar fingiu tristeza.

“Só vou parabenizar meus amigos e não um duque tirano.”

Oliver estava desconfiado de Edgar ter se casado repentinamente com Alessandra sem a barão estar morto. Edgar nunca foi do tipo que se preocupa com relacionamentos para, um dia, se casar do nada. Edgar não nasceu para ficar com ninguém.

“Quanto tempo você vai ficar com raiva de mim quando foi você que se afastou lentamente de mim?” Edgar perguntou, pois não suportava mais Oliver se intrometendo em seus assuntos.