A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso - Capítulo 91
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- Capítulo 91 - 91 Você me salvou 91 Você me salvou O que há de errado com ele
91: Você me salvou 91: Você me salvou “O que há de errado com ele?” Zevian perguntou com uma carranca, sem saber que o tumor de Dominic havia reaparecido. Natalie não respondeu e enviou a ele o endereço antes de encerrar a ligação.
“O tumor voltou,” Evelyn murmurou, fazendo Zevian virar-se para ela em choque. “Ela descobriu ontem à noite quando eles se sentaram para assinar os papéis do divórcio,” ela acrescentou, lembrando como Natalie havia confessado a eles esta manhã. Era uma bagunça terrível e parecia ter ficado ainda mais complicada.
“Vamos” Zevian murmurou, pegando seu casaco. Evelyn concordou e, pegando um casaco longo do seu armário, o seguiu para fora.
Eles chegaram à garagem e, pegando uma das chaves, Evelyn declarou, “Eu vou dirigir.” Como John já havia ido para casa depois de deixar Zevian, era melhor ela dirigir o carro ao invés de esperar que ele viesse novamente. Já passava da meia-noite e incomodar outros funcionários só tomaria muito mais tempo.
Zevian concordou e rapidamente pulou para o banco do motorista. Evelyn deu a partida no motor e acelerou pelas ruas da cidade. Eles chegaram ao Hospital Esperança em poucos minutos, um dos melhores hospitais de pesquisa de câncer da cidade.
“Zev!” Natalie correu para o irmão assim que chegaram ao departamento de neurocirurgia, com Avery esperando por eles fora da enfermaria de Dominic. Sabrina já estava ali e chorando lá dentro, então eles decidiram esperar em vez de dar a ela uma chance de fazer uma cena na frente de Dominic inconsciente e seus médicos.
Evelyn se aproximou de Avery que a informou rapidamente com um pequeno suspiro, “Sua assistente ligou para ela e viemos correndo para cá. Informamos o Tio John mas não a Rose que está dormindo com Kia e Lily.”
Evelyn acenou com a cabeça e as melhores amigas seguraram as mãos uma da outra, olhando para Zevian que estava tentando acalmar Natalie. Ele pensou que sua irmã finalmente estaria livre dessa merda, mas o destino decidiu levá-la de volta ao zero. Por mais que ele odiasse Dominic por maltratá-la todos esses anos, uma parte dele se sentia mal pelo estado dele, tendo visto o que ele passou há nove anos. Ele apenas esperava que o passado não se repetisse e colocasse Natalie em um ciclone novamente.
“O que o médico disse?” Zevian perguntou, quebrando o abraço. Sua mão apoiava o ombro tremendo de terror de Natalie, suas lágrimas piorando a cada minuto.
“Nós não conseguimos falar com eles. Sabrina veio assim que entramos e nos mandou embora, então estamos esperando aqui.” Avery respondeu, sua voz levemente tingida de frustração. Aquela mulher ainda agia como se fosse tudo culpa deles e sentia vontade de esbofeteá-la com um pouco de realidade.
Evelyn suspirou suavemente, seus olhos fixos em Natalie. Avery tinha dado um breve relato de como Dominic havia adoecido e eles haviam se mudado secretamente para Aracamia até ele melhorar. Natalie cuidou dele dia e noite e essa situação poderia ter inundado ela com todas aquelas memórias, colocando-a numa situação difícil para desistir dele completamente.
Eles todos esperaram mais alguns minutos, todos perdidos em seus pensamentos destruídos. Os médicos saíram da sala e Natalie foi a primeira a se aproximar. O cirurgião-chefe, Dr. Mathew suspirou e pediu que o acompanhassem ao seu escritório.
“Quão ruim está?” Zevian perguntou assim que eles se acomodaram em seu escritório, com Natalie e ele sentados nas cadeiras enquanto Avery e Evelyn ficaram de pé atrás deles.
Mathew suspirou e fez um gesto para seu assistente colocar os relatórios do exame de ressonância magnética no quadro. Ele ligou a luz e Natalie franziu os olhos, tentando lê-los já que ela conseguia entender um pouco deles de suas experiências passadas.
“Embora seja benigno, dessa vez está maior.” Dr. Mathew limpou a garganta e se inclinou para frente, apontando para o exame de ressonância magnética exibido no quadro luminoso. A imagem mostrava uma grande massa sombria pressionando uma parte crítica do cérebro. Sua voz estava baixa, mas o peso de suas palavras atingiu como um martelo.
“O tumor está localizado perto do hipocampo,” ele disse, pausando para deixar isso afundar. “Essa parte do cérebro é essencial para a memória e navegação espacial. Uma cirurgia tão próxima ao centro de memória do cérebro é sempre arriscada nesse sentido. Dominic, se tiver sorte, pode sobreviver, mas perder algumas, ou todas, suas memórias.”
O fôlego de Natalie engasgou, sua mente girando com a gravidade do que o médico estava dizendo. As memórias—os anos que eles passaram juntos, a dor, o cuidado—poderiam todos desaparecer?
Dr. Mathew continuou, sua voz firme mas solene. “Dominic estava contra a cirurgia quando a descobrimos há alguns meses. Ele escolheu a quimioterapia, mas não está funcionando para ele.”
Mathew olhou para sua equipe, que estava atrás dele, expressões sombrias gravadas em seus rostos. “Se realizarmos a cirurgia, talvez não consigamos remover o tumor completamente. Mas remover o máximo que pudermos deve dar a ele uma chance melhor… pode prolongar sua vida por alguns anos a mais.”
As mãos de Natalie tremiam enquanto ela apertava os braços da sua cadeira. “Então temos que fazer isso. Temos que seguir com a cirurgia,” ela implorou, sua voz espessa de desespero. “Você não pode simplesmente deixá-lo sofrer assim.”
Dr. Mathew suspirou, recostando-se em sua cadeira. “Não é tão simples, Natalie. Dominic recusou explicitamente a cirurgia em sua diretiva médica. Seus desejos foram claros e não podemos ir contra isso.”
Antes de Natalie poder argumentar mais, a porta se abriu abruptamente, e Sabrina entrou na sala. Seus olhos estavam vermelhos e inchados de chorar, mas sua voz estava afiada enquanto falava. “Faça a cirurgia, Dr. Mathew. Eu sou a mãe dele, e estou dizendo—salve-o.”
A tensão na sala engrossou. A mandíbula de Mathew apertou, mas ele permaneceu calmo. “Eu entendo, Sra. Grey. Mas-”
“Você quer que ele morra? Depois de tudo, você ainda vai só ficar sentado aí?” Natalie o interrompeu, sua voz desesperada. “Por favor, Dr. Mathew. Por favor, salve-o de novo!”
Dr. Mathew olhou para elas, sentindo o acordo silencioso entre as duas mulheres. Ele acenou para seu médico assistente. “Vamos preparar o centro cirúrgico. Começaremos o mais rápido possível.”
Enquanto a equipe se movia rapidamente para preparar, Mathew olhou para o grupo uma última vez. “Por favor, chamem também o Fredrick. Ele merece saber.” Ele disse, falando sobre o pai de Dominic e também seu amigo próximo no passado.
Sabrina abriu a boca, talvez para argumentar ou gritar, mas Evelyn acenou, rapidamente pegou a mão de Natalie e a guiou para fora da sala, deixando Zevian lidar com os detalhes.
Lá fora, o corredor estava assustadoramente silencioso. A tensão que pairava no ar de volta ao escritório agora mudou para um medo surdo e doloroso. Natalie encostou na parede, seus ombros tremendo enquanto tentava conter os soluços que se formavam em sua garganta.
Evelyn ficou ao lado dela, silenciosa mas firme. Depois de um momento, Natalie falou, sua voz mal acima de um sussurro. “Por que isso está acontecendo de novo? Ele estava suposto a estar melhorando…”
Evelyn não sabia o que dizer. Palavras de conforto pareciam vazias em momentos como esse. Em vez disso, ela pegou a mão de Natalie, apertando-a gentilmente, deixando-a saber que ela não estava sozinha. Eles esperaram o que pareceu horas, as luzes estéreis do hospital piscando acima deles. Zevian andava inquieto, enquanto Sabrina murmurava baixinho enquanto os minutos se estendiam.
Finalmente, Dr. Mathew emergiu do centro cirúrgico, seu rosto ilegível. Ele se aproximou deles com passos medidos, suas mãos dobradas à frente.
“A cirurgia foi um sucesso,” ele começou, e um suspiro coletivo de alívio escapou do grupo. “Mas…” Ele pausou, seus olhos demorando em cada um deles. “Vamos esperar que ele acorde”
As palavras ficaram pesadas no ar, deixando-os em um limbo. Tudo o que podiam fazer agora era esperar. Evelyn e Avery apoiaram Natalie enquanto Zevian suspirava alto. Parecia que eles estavam de volta ao passado e sua irmã estava ficando presa nessa merda novamente.
———
Por dois dias, o hospital se tornou a casa para a Família Reign. O cheiro estéril de desinfetante impregnava o ar, e o bipe ritmado das máquinas era um lembrete constante do estado frágil de Dominic. Sabrina também raramente saía, recusando-se a descansar até que ele abrisse os olhos. Finalmente, na terceira manhã, Dominic mexeu-se.
A enfermeira rapidamente chamou o médico e todos se aproximaram da UTI. Mathew examinou e conversou com Dominic antes de sinalizar sua equipe para chamar Sabrina.
Sabrina entrou na área restrita, seu gásper agudo ecoando na sala enquanto seus olhos piscavam abertos. Ela correu para o lado dele, segurando sua mão firmemente. “Dominic! Você acordou…”
Dominic piscou lentamente, seu olhar desfocado. Suas sobrancelhas se franziram enquanto olhava para ela, confusão nublando seus traços. “Quem… quem é você?”
As palavras atingiram Sabrina como um golpe, deixando-a sem fala. Sua mão escorregou da dele, seu corpo ficando rígido enquanto as lágrimas se formavam em seus olhos.
Mathew, que estava observando-o, rapidamente se adiantou. “Sr. Grey, você pode me dizer o que se lembra?”
O olhar de Dominic oscilou em direção a ele, ainda atordoado. Ele abriu a boca para falar, mas tudo o que conseguia lembrar era de uma mulher que havia prometido estar ao seu lado assim que acordasse da cirurgia. “Onde está minha esposa?” ele perguntou com a voz rouca.
O quarto ficou mortalmente silencioso com sua pergunta. As lágrimas de Sabrina transbordaram, seu peito subindo e descendo em respirações irregulares. “Eu sou sua mãe, Dominic,” ela sussurrou, sua voz quebrando. “Sou eu, Sabrina. Você não se lembra de mim?”
Mas Dominic não parecia ouvi-la. Seus olhos vasculhavam o quarto, procurando por sua esposa e mais ninguém. Mathew rapidamente instruiu sua equipe para chamar Natalie. Assim que foram informados, Natalie correu para a UTI, seu coração batendo forte no peito.
Dr. Mathew puxou Sabrina para trás, dando espaço para Natalie se sentar ao lado de Dominic. No segundo em que ela se aproximou, o rosto de Dominic se suavizou, seus olhos se fixando nos dela. Ele sorriu fracamente e levantou a mão, alcançando a dela.
“Você me salvou, Nat,” ele sussurrou, sua voz mal audível. “Nós conseguimos…”
O fôlego de Natalie prendeu na garganta, lágrimas inundando seus olhos, eram as mesmas palavras que ele havia dito após sua primeira cirurgia em Aracamia.