A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso - Capítulo 90

90: Ele é sério 90: Ele é sério “Então, ela tem nos mostrado boletins falsos todo esse tempo?” Jonathan murmurou, franzindo a testa enquanto comparava os originais — notas mensais abaixo de D — com os falsificados, exibindo tudo A+.”

“Sim, Sr. Reign,” Evelyn confirmou, acenando com a cabeça. Ela tirou o celular do bolso, mostrando as mensagens de texto de Damien. “Yael chantageou um de seus colegas de equipe para seguir suas ordens. Kiana de alguma forma descobriu e chantageou Yael para falsificar suas notas também. Ambos nos enganaram por quase um ano inteiro.”

Rosalind olhou para os relatórios, depois para sua neta de pé ao lado de Agatha, com as mãos inocentemente cruzadas atrás das costas. “Sério, Kiana?” Ela gemeu, atônita com as artimanhas da menina. “Se ao menos você tivesse usado essa esperteza para os seus estudos, talvez tivesse passado.”

“Como que Zevian não percebeu?” Jonathan resmungou, sentindo que seu filho tinha sido cego. Claro, Zevian estava submerso em trabalho desde que voltou a Vespera, mas isso não justificava perder algo tão óbvio. Embora estivessem todos enganados por sua pequena trapaceira.

“O que é mais divertido é que ela coloca toda a culpa nele,” Evelyn suspirou. Vendo os olhares confusos dos mais velhos da família Reign, ela explicou, “Ela alega estar pressionada a viver à altura do legado de seu pai gênio, então para aliviar decidiu assistir seus contos de fadas e esquecer os estudos.”

Jonathan soltou um escárnio agudo, sentindo-se pessoalmente atacado. “Hah! Uma gênia, assim como eu e seu papai! Muito orgulhoso de você, querida” ele a elogiou, não faz muito tempo, até lhe presenteou com um cinema privado para assistir seus programas favoritos. Agora, ele se arrependeu de ter mimado ela tanto.

“Vou ser seu tutor pessoal a partir de hoje,” Jonathan declarou, suas palavras fazendo Kiana finalmente levantar a cabeça. Seus olhos se arregalaram de choque, mas ninguém estava a ponto de salvá-la.

“Já que Zevian cuida da maior parte do trabalho, eu tenho bastante tempo livre,” Jonathan disse, com um brilho travesso no olhar. “Seria uma honra te orientar, Kiana.”

“Não! Não!” Kiana gritou, correndo para sua avó. “Vou ser boa, Vovó! Vou estudar muito e fazer todo mundo se orgulhar, eu juro!” Ela juntou as mãos, com lágrimas em seus olhos. Se alguém pudesse salvá-la, seria a Rosa bonita de John.

Rosalind balançou a cabeça com um suspiro. “Não, Kiana. Ele está certo.” Embora Kiana ainda estivesse no jardim de infância, era melhor começarem a tutoria da sua princesa mimada agora, ao contrário de Zevian e Natalie, que foram forçados a isso durante o ensino médio por seu sogro.

As esperanças de Kiana minguaram quando ela olhou para sua mãe, mas Evelyn usava a mesma expressão severa que seu avô.

“Vá se trocar. Começamos hoje,” Jonathan disse, selando seu destino.

Kiana fez uma careta, olhando para o chão, amaldiçoando mentalmente Yael. Isso era tudo culpa dele! Ela esperava que Tio Damien desse a ele um castigo muito pior do que o que ela estava enfrentando.

“Agatha,” Evelyn chamou suavemente, gesticulando para que ela levasse Kiana para cima.

Agatha deu um passo à frente prontamente. “Venha, Senhorita Kiana.”

Antes de ceder, Kiana correu até Evelyn e puxou sua mão. “Mas Mamãe! Você prometeu me levar ao Vovô William hoje. Você se esqueceu?”

Evelyn sorriu para sua filha, acariciando sua bochecha. “Visitaremos ele no fim de semana, querida. Não se preocupe, Vovô não vai se importar.”

Os ombros de Kiana caíram, e ela soltou a mão de sua mãe, sabendo que estava derrotada e condenada. Agatha com um sorriso a guiou escada acima.

Uma vez que o quarto se acalmou, Rosalind suspirou. “Nós deveríamos ter prestado mais atenção à Kiana.”

“Por que você não fica para o almoço?” Ela sugeriu, virando-se para Evelyn com um sorriso. Ela tinha notado como as coisas melhoraram desde que Evelyn voltou para a vida de seu filho, e ela não poderia estar mais grata.

Evelyn balançou a cabeça, pedindo desculpas. “Já tenho planos com Avy e Nat. Precisamos terminar algumas… conversas.”

“Bom, Nat podia usar um pouco de companhia,” Rosalind respondeu, entendendo suas intenções. Embora elas não fossem próximas, Natalie precisava de alguém forte como Evelyn como amiga e ela esperava que elas se unissem rapidamente.

Evelyn se levantou e compartilhou um abraço rápido com Rosalind. Virando-se para Jonathan, ela fez uma reverência leve. “Obrigada, Sr. Reign. Eu vou buscar Kiana mais tarde.”

Jonathan grunhiu em reconhecimento, mas antes que elas pudessem partir, ele acrescentou, “Pare de me chamar de Sr. Reign.”

Evelyn piscou, surpresa, enquanto se virava para enfrentá-lo. Rosalind parecia igualmente surpresa com as palavras de seu marido.

“Somos uma família agora,” Jonathan disse, sua voz mais suave, mas firme. “Você deve me tratar como tal.”

Evelyn ficou surpresa e balançou a cabeça, pensando que ele tinha novamente a mal interpretado e estava com raiva. “É só que… você me disse quando nos casamos…” ela murmurou, relembrando como Jonathan a tinha alertado severamente sobre seu casamento de contrato.

O coração de Rosalind se encheu de felicidade, vendo Jonathan finalmente aceitar Evelyn como família. Embora fosse tarde, ela sabia que era por causa do apoio inabalável de Evelyn a Zevian, coisas que eles não puderam fazer como pais por ele e o libertar de uma maldição.

Sentindo o silêncio constrangedor, ela perguntou com um sorriso, “Então, como ela deve te chamar, querido?”

“O que mais? Sogro.” Jonathan resmungou baixinho.

Rosalind clicou a língua, balançando a cabeça. “Muito antiquado.”

Jonathan murmurou por um momento antes de dar de ombros. “Papai está bom.”

Evelyn teve dificuldade em encontrar sua voz. Sua relação com o próprio pai sempre foi complicada e Jonathan podia ver a hesitação em seus olhos. Ele tinha ouvido falar de como William Wright tinha maltratado sua filha durante todos esses anos por causa da morte da esposa.

“John está bom,” ele declarou, sentindo o desconforto dela. Ele olhou para Rosalind, que acenou aprovando.

Evelyn sorriu de leve, um calor brotando em seu peito. Ela respirou fundo. “Então vejo você mais tarde… John.”

Por um breve momento, um pequeno sorriso cruzou o rosto de Jonathan antes de sua expressão fechada voltar. Rosalind riu, pegando sua breve demonstração de emoção antes de caminhar com Evelyn até a porta.

“Faça o Zevian buscar a Kiana. Você precisa descansar,” Rosalind sugeriu, de olho no ferimento de Evelyn.

Evelyn concordou e deixou a mansão. Enquanto se sentava no carro, as palavras de Jonathan ecoavam em seu pensamento, e um sorriso afetuoso puxou seus lábios. Ela mal podia esperar para compartilhar isso com Zevian!

———
O dia passou rapidamente, deixando Evelyn sozinha na casa. Avery tinha ido com Natalie de volta para a mansão, entendendo que a pobre alma precisava de alguém ao seu lado. Evelyn esperava que Emily não incomodasse demais, sentindo que Natalie estava lutando internamente, dividida entre suas escolhas.

Evelyn olhou o relógio que marcava passada a meia-noite e resmungou, “O que está demorando tanto?” Com Zevian preso no trabalho, Rosalind sugeriu que Kiana ficasse com eles para passar a noite, deixando Evelyn sozinha em seu quarto. O espaço vazio ao redor dela se tornava mais pesado a cada minuto que passava.

Justamente quando ela suspirou e afundou no sofá, a porta se abriu com um clique. Zevian entrou, com o cansaço evidente em seu rosto. No momento em que seus olhares se encontraram, o rosto de Evelyn se iluminou com um sorriso brilhante, seu alívio era palpável.

A expressão cansada de Zevian amoleceu instantaneamente, o peso do seu dia se dissipando só de vê-la. Ele sorriu levemente, embora a exaustão ainda se agarrasse a ele como uma sombra.

“Você parece exausto,” murmurou Evelyn com um beicinho gentil enquanto ele caminhava em sua direção. “Vá se refrescar! Vou preparar um chá para você dormir melhor.”

Ela virou-se para ir para a cozinha, mas antes que pudesse dar um passo, Zevian agarrou seu pulso. Com um movimento rápido, ele a puxou para seu colo, acomodando-se no sofá. Seus braços envolveram a cintura dela, seu rosto se aninhando na curva de seu pescoço.

A surpresa de Evelyn se suavizou ao sentir os músculos tensos dele e ela envolveu seus braços ao redor dele, dando tapinhas leves em suas costas. Seu suspiro silencioso roçou em sua pele, enviando um arrepio agradável por sua espinha. Era bom para ambos. Voltar para casa e finalmente vê-lo depois de um longo dia era tudo o que precisavam.

Por um momento, eles permaneceram assim—envoltos no calor um do outro, o mundo lá fora esquecido. Mas lentamente, Zevian afrouxou o abraço, embora suas mãos ainda repousassem firmemente na cintura dela. “Como foi o seu dia?” ele perguntou, afastando uma mecha de cabelo dela para trás da orelha.

Um sorriso bobo dançou nos lábios de Evelyn. “Adivinha só?” Seus olhos brilhavam com excitação. “Seu pai—o Sr. Reign, não, quero dizer John—pediu para eu chamá-lo pelo primeiro nome.”

Zevian levantou uma sobrancelha, divertido. “Sério? Demorou demais,” ele murmurou com um sorriso. Ele deveria ter feito isso há tempos, depois de tudo o que ela fez pela família deles.

O entusiasmo de Evelyn transbordou. “Eu nunca imaginei que o Jonathan Reign me pediria para tratá-lo de maneira casual! Foi… surreal.”

Zevian murmurou em resposta, sua felicidade levantando o ânimo dele. Embora o cansaço pesasse sobre ele, ouvi-la falar assim era um bálsamo e ele poderia fazer isso a noite toda.

“E sabe de uma coisa?” O tom de Evelyn se tornou brincalhão enquanto ela beliscava de leve sua testa. “Você é tão estúpido, Zevian! Sua filha tem mostrado boletins falsificados, e você os assinou sem nem verificar!”

Zevian suspirou, tendo já discutido brevemente o assunto com Damien mais cedo. Ambos haviam caído nos truques de Yael, e agora Evelyn certamente estava inflamada com isso.

“Tudo bem, senhora Reign, você pode me repreender amanhã. Estou cansado demais para lições esta noite.” Ele esfregou a testa, franzindo levemente a testa.

Mas Evelyn não estava pronta para deixar o assunto de lado. “Não, espera, tem mais uma coisa.”

Zevian franziu a testa em confusão diante da expressão dela. Antes que Evelyn pudesse continuar, o telefone dele zuniu alto na mesa, cortando o ar como uma lâmina. Zevian o pegou, franzindo os lábios. “É a Natalie.”

“Coloque no viva-voz,” Evelyn pediu, sua preocupação evidente em sua voz.

Ele o fez, e a voz trêmula de Natalie ecoou pela sala, aguda de pânico. “Zev… Venha para o hospital! É o Dom… Ele—ele está grave.”