A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso - Capítulo 88
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88: Sem Saída 88: Sem Saída Natalie paralisou no lugar, seus olhos arregalados, lágrimas brotando nos cantos enquanto o peso das palavras de Avery atingia-a. Ela tentou piscá-las, mas a turbulência marcada em seu rosto fez Avery se arrepender de trazer o passado à tona. Ela não deveria ter dito nada. Não agora. Não quando Natalie já estava passando por um inferno.
“Ele… Ele está doente, Mãe?” a voz de Emily quebrou o silêncio no quarto. A garota que momentos antes estava enfurecida agora parecia pequena, sua bravata substituída por incerteza. Seus olhos moviam-se nervosos entre sua mãe e Avery, buscando respostas onde não havia nenhuma.
A cabeça de Natalie levantou rapidamente, seus olhos arregalados com uma mistura de pânico e desespero. “Não!” ela respondeu depressa demais, sua negação afiada e frágil. A palavra permaneceu no ar, falsa e vazia. Ela tentou se recompor, seus dedos tremiam enquanto ela envolvia seus braços ao redor do corpo, como se quisesse se proteger da verdade.
“Ele está… ele está bem,” ela continuou, sua voz mais suave, mas não mais convincente. “Eles só —” Ela fez uma pausa, sua respiração ofegante. “Eles simplesmente não querem mais morar aqui,” ela terminou, sua voz quebrada sob o peso da mentira.
Avery estreitou os olhos, a suspeita crescendo. “Mas e a empresa?” ela questionou. “E a propriedade? Dominic deixaria tudo isso para trás?” Não fazia sentido. Dominic nunca foi alguém que abandona responsabilidades, especialmente não o legado da família de Sabrina. Talvez ele quisesse ficar com o pai, Fredrick Rigory, um juiz renomado em Aracamia, que havia se divorciado de Sabrina há décadas. Mas algo nisso estava errado.
Os lábios de Natalie tremeram, a culpa pesando em cada um de seus movimentos. Ela balançou a cabeça, como se a negação por si só pudesse de alguma forma apagar a verdade. Mas estava escrito em todo o seu rosto, na maneira como seu corpo tremia como se ela carregasse um fardo muito pesado para suportar. Sua voz estava fina, frágil. “Ele só quer ficar com o pai dele,” ela mentiu, tentando se convencer mais do que qualquer outra pessoa.
Emily, cuja desobediência havia preenchido o quarto até momentos atrás, agora parecia perdida, seu mundo inclinando-se em seu eixo. Pânico passou por suas feições, e sua voz subiu em desespero. “Ele não pode nos deixar! Simplesmente não pode!” Ela estendeu a mão, agarrando a mão de sua mãe, puxando-a com uma força nascida do medo. “Mãe, vamos! Podemos fazer ele ficar. Só temos que falar com ele. Ele não nos deixaria assim!”
Natalie fechou os olhos, seu corpo tremendo enquanto a primeira lágrima deslizava por sua bochecha. Ela entendia o desespero de Emily. Ela sentia o mesmo medo esmagador, o mesmo pavor sufocante de perdê-lo. Mas desta vez, não havia solução. Nenhuma quantidade de súplicas ou conversas poderia impedir o que estava por vir. Dominic parecia ter feito sua escolha, pelo jeito que se sentia na noite passada.
Evelyn deu um passo à frente, sua voz calma, mas firme. “Mesmo se você o convencer a ficar, Emily… você será capaz de fazê-lo feliz?”
Emily parou, seus olhos arregalados fixos em Evelyn, sua confusão era evidente. A pergunta parecia perfurar a frágil parede que ela havia construído ao seu redor. Seu lábio tremeu, mas ela não recuou, “Não se intrometa em nossos problemas familiares. Nós podemos lidar com isso sozinhos.”
“Essa pirralha!” Avery apertou os dentes e avançou para ensinar uma lição a Emily, mas Evelyn a segurou.
O olhar de Evelyn suavizou, seu tom agora mais gentil, “Pense nisso,” ela continuou. “Seus pais se sentem sufocados só de estarem perto um do outro. Eles têm andado sobre cascas de ovo, tentando fazer as coisas funcionarem, mas no fundo, você sabe que não está funcionando. Se você os forçar a permanecerem nesse casamento, eles voltarão a ser felizes algum dia? Eles encontrarão paz?”
Emily balançou a cabeça levemente, sua garganta se contraindo enquanto ela lutava para segurar as lágrimas. Ela não queria ouvir isso. Ela não queria acreditar que sua família, a única coisa que ela pensava ser inquebrável, estava desmoronando.
“Emily,” Evelyn continuou suavemente, sua voz gentil, mas séria. “Se você está fazendo isso porque está com medo do que seus amigos podem dizer, ou o que o mundo vai pensar de você… você precisa se perguntar algo.” Ela fez uma pausa, seus olhos firmes na garota. “Você está disposta a fazer seus pais ficarem juntos só para evitar que as pessoas falem de você? Porque se você fizer isso… eles vão acabar te odiando, Emily.”
As palavras caíram como um golpe, e o rosto de Emily empalideceu. Sua respiração ficou presa na garganta, seu peito subindo e descendo em respirações rápidas e superficiais.
“Eles vão ressentir você,” Evelyn acrescentou, sua voz inabalável enquanto ela se lembrava de como o pai tinha odiado todos esses anos. “Cada discussão, cada dia doloroso que eles suportarem, eles vão culpar você. Mas esses amigos? O mundo? Eles não importam, Emily. Eles não vão se importar com você quando isso passar. Então, você precisa decidir… quem você quer que te odeie? Seus pais, que te amam apesar de tudo o que você faz? Ou pessoas que nem mesmo te conhecem?”
Por um momento, pareceu que o tempo tinha parado. O quarto estava envolto em silêncio, a tensão pendendo como uma neblina densa, pressionando-os a todos. Emily ficou lá, congelada, seu olhar oscilando entre Evelyn e sua mãe. O peso das palavras de Evelyn se assentou sobre ela, pesado e implacável.
Seus ombros caíram enquanto a luta saía dela, mas então, como se se agarrasse aos últimos fios de esperança, ela endireitou as costas. “Eu preciso vê-lo,” ela disse baixinho, mas seu tom era firme, resoluto. “Eu não posso desistir sem tentar.”
Evelyn suspirou suavemente, entendendo a determinação na voz de Emily. Ela já esteve lá, tantos anos atrás, quando se recusou a desistir de algo que já estava perdido. “Está bem,” ela cedeu, seus olhos se suavizando. “Vou providenciar um carro. Você pode ir vê-lo sozinha.”
Natalie, que havia permanecido em silêncio durante a troca, observou sua filha com os olhos cheios de lágrimas. Ela não havia dito uma palavra, demasiadamente quebrada por sua tristeza e culpa para intervir. Mas estava feliz que Evelyn tentasse transmitir o que elas não conseguiram todos esses anos.
“Obrigada,” Emily murmurou suavemente, surpreendendo todos no quarto. Ela se virou e correu para fora do quarto, desesperada para se preparar para o que poderia ser a última chance de salvar sua família.
Os olhos de Evelyn seguiram-na até ela desaparecer de vista, seu coração pesado com o conhecimento de que este confronto talvez não trouxesse a resolução que Emily esperava. Ela olhou para trás para Natalie, cujo rosto banhado em lágrimas era uma máscara de angústia, a dor era profunda demais para se esconder.
Com cuidado, Evelyn aproximou-se, sua voz suave enquanto ela estendia a mão. “Natalie… o que está acontecendo? O que realmente está acontecendo?”
Foi como se as palavras de Evelyn desbloqueassem algo dentro de Natalie, uma represa se rompendo. Soluços irromperam de sua garganta, e ela desabou nos braços de Evelyn, agarrando-se a ela como se fosse a única coisa que a impedisse de se afogar em seu próprio desespero.
“Voltou,” Natalie engasgou entre soluços, seus dedos agarrando a camisa de Evelyn firmemente. “O tumor… voltou. Dominic… ele está doente novamente.”
A confissão enviou uma onda de choque pelo quarto. Avery inspirou suavemente, sua mão voando até a boca enquanto a gravidade das palavras de Natalie afundava. Ela não esperava por isso. A doença de Dominic tinha sido um segredo por tanto tempo, uma sombra que pairava sobre suas vidas, mas nunca era reconhecida.
“Sinto muito, Nat!” Avery murmurou, entrando em prantos. Ela havia visto a vida de sua prima de perto e sentia que Deus realmente era cruel com ela.
Logo após Natalie ter ajudado Dominic a derrotar o tumor e a voltar, Sabrina a forçou a adotar Emily, pois todos estavam falando dela, de como mesmo após três longos anos de casamento ela ainda não havia concebido. E logo após alguns meses, justo quando eles pensaram que Natalie finalmente teria uma vida feliz, Sabrina pressionou-a a convencer Zevian a casar Katherine, usando não apenas Dominic, mas também Emily para chantagear e jogar Nat num poço de depressão.
“Quanto tempo?” Evelyn perguntou, sua voz tremendo levemente.
“Talvez um ano,” Natalie respondeu, lágrimas escorrendo por suas bochechas.
Lágrimas brotaram nos olhos de Evelyn enquanto ela segurava Natalie de perto. Ela não sabia como confortá-la, nem tinha solução para essa confusão. Antes que elas pudessem refletir mais, o telefone de Evelyn vibrou em seu bolso. Ela franziu a testa, puxando-o para fora. O nome do assistente de Zevian piscou na tela.
“Alô?”
“Sra. Evelyn,” a voz do outro lado estava tensa. “A senhora poderia ir à escola de Kiana?”
O coração de Evelyn disparou. “Por quê? O que aconteceu?”
O assistente hesitou. “Eu acho que é uma emergência. O chefe está ocupado e eles precisam dele lá!” E a linha caiu depois disso.
Evelyn levantou-se em horror, o telefone ainda pressionado ao ouvido enquanto o peso ameaçador dessas palavras se assentava sobre ela. Natalie e Avery a observaram, suas preocupações anteriores substituídas por um novo senso de medo.
“O que houve?” Avery perguntou, sua voz quase um sussurro.
Evelyn abaixou o telefone, seu rosto pálido. “Algo está errado com Kiana.”