A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso - Capítulo 80
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80: Derrubando as Paredes 80: Derrubando as Paredes “Obrigado.”
A voz de William ecoou na mente de Evelyn, e suas emoções começaram a girar em espiral. Ela ansiava por esse momento — ser vista por ele novamente, depois de tantos anos de indiferença gelada. Mas é claro, o destino finalmente lhe entregou isso depois que ela descobriu a verdade devastadora: ela não era sua verdadeira filha.
Evelyn mordeu o interior da bochecha, lutando contra o ardor das lágrimas. Quão cruel era, finalmente saborear o que ela havia desejado por tanto tempo, só para perceber que foi construído sobre uma mentira.
Tomando uma respiração profunda, ela respondeu friamente, “Você precisa parar de confiar cegamente nas pessoas.” Quando William suspirou sem esperar que ela trouxesse este tópico novamente, ela continuou, “Alguém estava tentando arruinar sua saúde completamente e seu médico mais confiável também fazia parte disso.”
“Você não precisa sempre desconfiar da Sophia,” William disse, tendo passado por essa conversa por muitos anos. Ainda assim, seus olhos pareciam estar cegados por um véu espesso que ele simplesmente não podia desconfiar de Sophia. “Ela fez tanto por mim após a morte de Gracia e da mãe. Eu não posso incriminá-la quando há prova suficiente.”
Evelyn suspirou alto, percebendo que este homem estava perdido para ela e ela deveria desistir de salvá-lo daquela serpente. Mas agora que Sophia venceu sua batalha, Evelyn duvidava que ela pudesse fazer algo estúpido novamente, então decidiu deixar seu tolo papai desfrutar estando em suas queridas ilusões de amor.
“O que é isso?” William perguntou, notando a caixa na mão dela.
Evelyn encontrou os olhos dele antes de seu olhar retornar para o mingau que ela havia trazido. “Erm,” ela começou, segurando a caixa firmemente, e continuou, “Eu tentei fazer um mingau como a vovó fazia.”
Os olhos de William se arregalaram surpresos, um ondular atravessou seu coração depois do que parecia uma década. Embora Sophia tivesse tentado preencher o vazio, a solidão que ele sentiu após até perder sua mãe nunca desapareceu, algo que ele sabia que Evelyn poderia ajudar, mas ele nunca ousou sobrecarregá-la com isso.
Um minuto de silêncio encheu o quarto novamente, fazendo Evelyn segurar a caixa firmemente em sua mão. “Eu não acho que está bom, vou simplesmente jogar fora.” Ela rapidamente acrescentou e virou-se para jogá-lo fora, sentindo-se ao mesmo tempo estranha e nervosa para sequer perguntar se ele queria provar.
“Deixe-me tentar um pouco,” a voz de William, embora suave, carregava uma nota de surpresa. Ele se moveu ligeiramente para a frente na cama, seu olhar pousando na caixa nas mãos trêmulas de Evelyn.
Evelyn hesitou, seu coração batendo acelerado enquanto os anos de amargura, discussões e distância emocional permaneciam no espaço entre eles. Era uma parede que ela acreditava ser inquebrável, construída a partir de mal-entendidos e negligência. No entanto, agora, vendo a mão estendida de seu pai, parecia que as rachaduras finalmente começavam a aparecer.
Ela respirou fundo e lentamente se aproximou dele, seus dedos ainda apertando firmemente a caixa. “Pode não ter o mesmo gosto do da vovó, mas eu tentei.”
William aceitou a caixa, seus olhos se suavizando com uma ternura que ele não mostrara a ela em anos. “Tenho certeza de que não tem um gosto tão horrível quanto o da Graça,” ele disse com um sorriso triste, sua voz espessa de emoção.
Evelyn sentiu as lágrimas se formando no canto de seus olhos novamente, já que era a primeira vez que ele falava sobre Gracia na frente dela. Eles sempre brincavam sobre como a comida dela era horrível quando ela tinha cinco anos, ambos a provocando na mesa de jantar enquanto sua avó, Charlotte, rapidamente tomava o lado da nora. Era agridoce, uma memória próxima a ambos os corações.
William mergulhou a colher no mingau e levou aos lábios. Conforme ele provava, sua expressão mudava, não pelo sabor, mas pelo dilúvio de memórias que veio com ele.
Evelyn observou-o atentamente, seu coração doendo. Pela primeira vez em tanto tempo, não houve discussão, nem palavras amargas trocadas. Era apenas eles — pai e filha, compartilhando um momento pequeno e frágil. Uma lágrima escorreu pelo canto do olho antes que ela rapidamente a enxugasse.
“Está bom,” William disse, sua voz mal acima de um sussurro. “Não exatamente como o da sua mãe, mas a pequena quantidade de tempero lembra bem.” Ele acrescentou sinceramente, com um sorriso suave antes de ter outra colherada.
Evelyn soltou um suspiro trêmulo, concordando e sorrindo de volta para ele. Ela ansiava por isso — apenas ser vista por ele, não como uma estranha, mas como sua filha. Mas ela não era, para começar, e precisava parar de ficar emocional!
“Tem algo mais que eu preciso te contar,” Evelyn começou, sua voz vacilante enquanto ela entrava em terreno delicado. “Sobre a empresa, sobre o último desejo de Gracia…”
William olhou para ela, confuso. “Evelyn, não agora. Eu não quero falar sobre isso.” Ele disse com um pequeno grunhido, sua tonalidade voltando para o frio usual. Justamente quando ele estava tentando consertar, aqui estava ela novamente tentando falar apenas o seu direito de ser a herdeira.
Evelyn balançou a cabeça suavemente, indicando que ela não estava afirmando o que estava na cabeça dele. “Não, eu não estou tentando exigir ou implorar para você me dar isso. Eu… Eu já nomeei Elias como o CEO ontem à noite.”
Os olhos de William se arregalaram, surpresa cintilando em seu rosto. “O que? Mas… Gracia…”
“Eu sei,” Evelyn interrompeu delicadamente, seu olhar caindo para suas mãos. “Ela queria que eu assumisse, mas eu não sou sua filha e Elias merece isso.”
Quando a expressão de William se endureceu, sentindo-se incapaz de até mesmo manter o último desejo de sua esposa, Evelyn acrescentou, “Mas o desejo dela ainda está sendo cumprido. Você não precisa se culpar por isso.”
“O que você quer dizer?” William perguntou, inclinando-se para frente em confusão.
Com um pequeno suspiro, Evelyn decidiu revelar seu segredo a ele, “O desejo dela de me ver possuindo minha própria empresa, não vivendo sob a sombra de outra pessoa. E eu logo vou surpreender todos vocês com isso.”
William olhou para ela, sem palavras por um momento, como se tentasse processar tudo. Orgulho, misturado com um toque de tristeza, passou por seus olhos. “Você fez isso… sem me contar?”
“Eu tinha que fazer,” sussurrou Evelyn, com a voz mal se sustentando. “Você tem estado… distante. E eu pensei que talvez, se eu conseguisse fazer isso, talvez eu pudesse finalmente reconquistar você.” Ela expressou, não que isso importasse mais.
Uma pesada silêncio caiu entre eles. O rosto de William suavizou, e pela primeira vez, parecia que os anos de amargura e dor estavam desmoronando, pedaço por pedaço. Antes que ele pudesse responder, a porta se abriu abruptamente.
Sophia entrou às pressas, com o rosto marcado por lágrimas, sua voz quebrada enquanto chorava, “William! Eu estava tão preocupada com você.”
Evelyn apertou o maxilar, seu estômago se contorcendo à vista dela. Ela conhecia bem esse teatro.
Sophia correu para o lado de William, as lágrimas fluindo livremente. “Eu deveria ter desconfiado! Eu confiei naquele médico… Eu não queria que isso acontecesse.” Ela caiu de joelhos ao lado da cama, suas mãos tremendo. “Eu estive te dando os remédios errados todo esse tempo. É tudo minha culpa!”
“Pare, Sophia,” disse William suavemente, estendendo a mão para ela. “Você não sabia. Não é sua culpa.”
As mãos de Evelyn se fecharam em punhos, seu coração afundando. Ele estava caindo nisso novamente! Não importa quantas vezes Sophia mentia, manipulava e distorcia a verdade, William sempre caía pelas lágrimas dela.
Elias, que também via seus pais se abraçarem e consolarem-se mutuamente, deu um passo à frente e disse, “Vamos conversar lá fora!”
Evelyn saiu de seus pensamentos e olhou para ele antes de assentir levemente. Ambos saíram do quarto, deixando o casal a sós.
Uma vez num corredor escuro e vazio, Elias se virou para a irmã, sua expressão grave. Sua mãe estava radiante e até comprando ternos e placas de nome para seu escritório, o que estava o deixando completamente assustado.
“Não tivemos a chance de falar sobre isso ontem à noite e eu concordei apenas porque você insistiu.” Elias começou, e dando um passo à frente, perguntou, “Você disse que os resultados do DNA saíram. Annabelle não é filha dele, certo?”
O coração de Evelyn pulou uma batida. Ela temia essa conversa, sabendo que uma vez que começasse, não haveria volta.
“O que você descobriu?” Elias perguntou novamente, sua voz apertada de expectativa.
Evelyn respirou fundo, e assentiu, “Annabelle não é filha dele. Ela não é uma Wright.”
O rosto de Elias se iluminou de excitação. “Perfeito!” Ele exclamou, puxando a irmã para um abraço. Segurando sua mão, ele disse, “Vamos contar para o Papai e a Mãe. Ele vai se arrepender de te tratar tão mal, e ele te nomeará a CEO legítima.”
Evelyn soltou um suspiro trêmulo, insegura se este era o momento certo para contar a verdade. Ela puxou levemente a mão de seu aperto, fazendo com que Elias se virasse em confusão. Respirando fundo, ela começou, “Eli, tem mais. Eu… Eu não posso assumir os Wrights.”
Elias olhou para ela confuso. “Como assim? Por que não? Você é filha dele, Evy! A primogênita e você merece mais do que-”
“Não sou, Eli!” Evelyn o interrompeu, soltando a dor em seu coração. “Annabelle não é filha dele e nem eu.”
O peso de suas palavras permaneceu no ar como um trovão. Elias a encarou, incredulidade inundando seu rosto. “O quê…? O que você está dizendo?”
Evelyn suspirou alto, antes de explicar o passado dolorosamente doloroso para ele. William ainda estava se recuperando e para persegui-lo para assumir sua posição, essa parecia ser a única saída.
Elias ficou paralisado, lutando para digerir a suposta verdade. “Quem fez isso? Quem contratou Annabelle para fazer aquilo?”
Evelyn abriu a boca para responder, mas antes que pudesse, uma voz os interrompeu por trás.
“Sua mãe.”
Eles se viraram para ver Annabelle apoiada em uma parede, parada a uma distância deles, seu rosto petulante mas determinado.
“O quê?” A voz de Elias tremeu de choque. “Minha mãe?”
Annabelle assentiu, seus olhos cheios de travessura. “Sim. Foi a sua mãe, Sophia Wright.”