A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso - Capítulo 72
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72: Esperanças Despedaçadas 72: Esperanças Despedaçadas Um silêncio pesado se instalou na sala, denso e sufocante. O coração de Evelyn pulsava contra suas costelas, cada batida enviando um eco agudo e doloroso através de seu corpo. Sua visão nadava em tontura, o peso da revelação de Damien desabando sobre ela. Ela balançava, mas o aperto forte de Zevian em seu ombro a manteve ancorada, embora suas unhas se cravassem em sua camisa como se precisasse agarrar algo real.
“Isso… isso tem que ser uma piada!” a voz de Avery tremia, sua própria incredulidade espelhada em seus olhos arregalados. Ela agarrou o telefone das mãos de Damien, dando zoom no relatório de DNA. Sua respiração ficou suspensa quando viu a verdade gritante – zero por cento de correspondência. O DNA de William era uma completa incompatibilidade com o de Evelyn, assim como de Annabelle, que era uma completa estranha, ao contrário de Evelyn.
“Pegue um pouco de água”, instruiu Zevian severamente, sua voz cortando o silêncio. Ele aconchegou Evelyn no sofá de couro marrom, apertando um botão para ligar o aquecedor e a lareira. O ar da adega havia ficado frio, mas nada comparado ao frio que apertava os ossos de Evelyn.
As mãos de Avery tremiam enquanto ela seguia Damien até o balcão, sua frustração transbordando. “Isso tem que ser um erro”, ela murmurou, arrebatando uma garrafa de água deixada por Agatha. “Sua equipe deve ter cometido um equívoco!”
“Eu queria que tivessem”, murmurou Damien sombriamente. Seu comportamento calmo habitual estava abalado, a tensão enrijecendo sua mandíbula. Pela primeira vez, ele se viu desejando que seu laboratório tivesse cometido um erro, seus brilhantes cientistas contratados de todo o mundo transformados em incompetentes, mas no fundo, ele sabia melhor.
A verdade ganhou seu próprio fim tortuoso e ele pensou em como mesclá-la em seu plano, em como usá-la para a queda de Sophia.
Evelyn sentou entorpecida, seu aperto em Zevian se fortalecendo. Sua mão moveu-se para esfregar suas costas, o calor de seu toque tentando penetrar o choque gélido que a consumia. Mas o conforto fez pouco para amenizar a tempestade que rugia dentro dela. Não fazer parte da família! As palavras ecoavam em sua mente, implacáveis e impiedosas.
Seu pai, não, William Wright, suas palavras odiosas se repetiam várias vezes como um disco quebrado.
“Estou te mantendo apenas por causa do desejo de Graça. Caso contrário, você estaria nas ruas.”
Ele havia dito isso tantas vezes, que corria em sua mente como um disco quebrado, embaçado, mas assustador. Era por isso que ele a desprezava tanto por ela não ser do seu sangue? E agora fazia sentido. Qualquer homem detestaria um estranho, mesmo que fosse uma criança que tivesse sido a razão da morte de sua amada esposa.
O estômago de Evelyn revirou com náusea. Ela podia entender agora, de um jeito torcido, o desejo de Sophia de fazer Elias o único herdeiro da fortuna dos Wright. Mas o que a deixava atordoada era por que sua avó tinha querido que ela assumisse desde o início. Ela não sabia dessa verdade devastadora?
“Aqui, beba isto.” A voz de Zevian a tirou de seu transe. Ele levantou a garrafa até seus lábios, gentilmente a convencendo a dar um gole. Ela obedeceu, apesar da água fazer pouco para acalmar a tempestade dentro dela. Damien havia se sentado ao lado de Zevian, seu olhar oscilando com preocupação, enquanto Avery se sentava perto de Evelyn, ainda perdida e incapaz de digerir a revelação.
Os olhos de Evelyn voltaram ao telefone na mão de Avery. Ela o pegou e examinou os resultados novamente, esperando – rezando – para que ela os tivesse lido errado. Mas os números, as porcentagens frias e duras, a esbofetearam com uma crueldade final. Zero! Ela não era filha de William. Ela nem sequer era uma Wright.
“Você tem certeza de que as amostras eram dele?” Damien perguntou, desesperado para encontrar algum erro no processo, algum engano que pudesse desfazer essa verdade horrível.
“Nós as coletamos nós mesmos, Damien”, respondeu Avery, sua voz afiada com frustração. “Logo após o ataque cardíaco dele, quando ele estava inconsciente. Darah, a empregada, nos ajudou. Não há como termos cometido um erro.”
O coração de Evelyn se torcia dolorosamente com a conversa deles. Quanto mais falavam, mais a realidade se solidificava. Não havia erro, não havia engano. Ela não era a filha deles. Não era o bebê precioso de sua mãe morta. Não era uma Wright de sangue. Assim como Sophia havia declarado ao mundo, usando Annabelle.
Parecia que um segredo que seria melhor deixado enterrado, agora estava completamente desenterrado. Seu pai – William – o tinha mantido escondido, talvez por algum senso distorcido de obrigação. Mas sua madrasta havia encontrado o caminho perfeito para expô-lo – cruelmente, publicamente e sem misericórdia.
A voz de Damien rompeu o silêncio sufocante. “E agora?” Seu olhar se desviou para Zevian, mas Zevian permaneceu calado, seus olhos pousados em Evelyn, esperando sua resposta.
Avery se aproximou, sua mão esfregando o braço de Evelyn em silencioso apoio. “O que você quer fazer, Evie?” ela perguntou suavemente.
Evelyn fechou os olhos, puxando uma respiração trêmula. “Me ajudem a encontrar meus verdadeiros pais.” Ela pediu, após um longo e amargo silêncio. A maneira como ela falou, apertou o coração de Zevian, sua voz estava quase como um sussurro, entrelaçada com uma mistura de dor e determinação.
Uma pausa pesada se seguiu, densa com o peso de suas palavras. A mão de Zevian parou em suas costas, e Damien assentiu sombriamente, entendendo o que isso significava para ela.
“Você se lembra de alguém que trabalhou na propriedade na época em que você nasceu?” Damien perguntou, sua voz suave, mas focada.
Evelyn franziu a testa, pensando em sua infância, nos rostos que tinham desbotado com o tempo. “Havia uma mulher velha… Mariam”, ela começou devagar. “Ela trabalhava para minha avó. Ela era muito próxima dela, mas ouvi dizer que pediu demissão logo após eu nascer.”
“Você tem uma foto dela?” Damien pressionou, inclinando-se para frente.
Evelyn acenou vagamente. “Eu acho que sim… Darah me mostrou uma vez. Está no antigo armário da minha avó. Farei Elias procurar por ela.”
“Mande para mim quando encontrar,” disse Damien, levantando-se do assento. Ele lançou um olhar para Zevian, que lhe deu um aceno sutil. Avery seguiu Damien, seu rosto tenso com preocupação, mas ainda procurando por qualquer pista que talvez tivessem perdido.
Enquanto eles a deixavam sozinha, Evelyn soltou um suspiro suave e derrotado. “Só espero que eles ainda estejam vivos,” ela sussurrou, sua voz frágil, como se pudesse se estilhaçar com o peso de sua esperança.
A mão de Zevian se apertou em volta da dela. “Vamos não criar expectativas altas demais”, ele disse gentilmente, seu tom cauteloso mas carinhoso. Ele sabia o quanto ela ansiava pelo amor paterno, ser abraçada e tratada adequadamente por seu pai pelo menos uma vez, e a última coisa que ele queria era ver seu coração se quebrar novamente caso essa busca terminasse em decepção.
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Enquanto isso, na Mansão Wright, uma tensão semelhante fervilhava na sala de estar. A família Blake havia se reunido para discutir sobre as fotos escandalosas de Vincent e Annabelle do hotel que circulavam loucamente, manchando suas reputações.
Edmund Blake apertou sua bengala, a frustração marcada em seu rosto enrugado. “Então, você se recusa a concordar com esse casamento?” ele perguntou, sua voz dura enquanto olhava para William, que parecia pálido e desgastado, os resquícios de seu recente ataque cardíaco ainda visíveis em seu comportamento.
A mão de Sophia apertou o braço de William, suas mãos acariciando seus dedos trêmulos de forma reconfortante. Ela virou seu olhar aguçado para Edmund. “Evelyn ficaria devastada se esse casamento acontecesse, Sr. Blake. Imagine a dor dela, sabendo que sua querida irmã está casando com seu ex-noivo, para a família que tentou matá-la.”
Os dedos de Felicia Blake cravaram-se em sua bolsa, seu rosto torcido em uma fúria mal contida. “Isso não é verdade! Nunca instigamos Monu a atacá-la!” ela sussurrou entre dentes, sua raiva dirigida a Sophia. Ninguém acreditava neles, suas ações apenas despencando ainda mais sob o olhar atento de Zevian.
“Considerando o quanto você estava ansiosa para casá-la com Nicholas,” retorquiu Edmund, sua voz permeada de sarcasmo, “eu teria pensado que você já não se importava com os sentimentos de sua filha, Sra. Wright.”
Sophia sorriu friamente, amaldiçoando o velho silenciosamente. Ela não se importava mais com Evelyn, bastante certa de que a bomba que havia planejado já teria explodido até agora, despedaçando o pobre coração da garota e sua sede de derrubá-la. Mas agora Annabelle, sua peça de xadrez em tempos, havia se transformado em um espinho em seu caminho, e isso a estava deixando louca.
“Nenhum acionista concordaria com isso, Tio Edmund,” finalmente falou William, sua voz tensa mas firme. “Não posso me dar ao luxo de outro escândalo. A empresa já está em chamas.”
Edmund suspirou pesadamente, resignado. Felicia, embora aliviada com a decisão, manteve sua satisfação escondida por trás de um sorriso tenso. Mas Vincent e Annabelle, sentados do lado oposto, estavam bem menos satisfeitos.
A mandíbula de Annabelle se contraiu, seus olhos se estreitando em fúria silenciosa. Ela não deixaria sua doce mãe vencer neste assunto. Mas antes que pudesse falar, uma onda súbita de náusea a atingiu com força. Ela se levantou abruptamente, agarrando seu estômago enquanto cambaleava para a porta, cobrindo a boca com as mãos trêmulas.
“Chame o médico!” gritou William, o pânico inundando sua voz enquanto ele se apressava atrás de sua filha, deixando a sala em um silêncio atônito.
Os olhos de Elias se estreitaram com suspeita, lembrando-se de como Annabelle havia ficado doente nos últimos dias. Um gás escapou de sua boca e ele murmurou em voz alta: “De jeito nenhum… Ela está grávida?”