A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso - Capítulo 71
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71: Acertando Contas 71: Acertando Contas Na manhã seguinte, o tormento de Catherine só se aprofundou quando ela se juntou à família para o café da manhã. Zevian e Evelyn estavam em seu pequeno mundo, perdidos em uma bolha de afeto que espetava Catherine como agulhas. Ela tencionava falar com Zevian na noite passada, mas eles voltaram para casa tarde com Kiana adormecida pacificamente nos braços de Evelyn — a menininha que costumava correr apenas até ela.
“Você está com um pouco de xarope no rosto,” murmurou Evelyn, alcançando o outro lado da mesa. Antes que Zevian pudesse reagir, ela limpou o canto da boca dele com o polegar. Então, para a surpresa de todos, ela lambeu o polegar limpo, com os olhos desviando rapidamente para Catherine com um brilho sutil e consciente.
Avery quase engasgou com a água dela, mal contendo o riso. Catherine, no entanto, empalideceu como se tivesse visto um fantasma. Ela olhou impotentemente enquanto os olhos de Zevian oscilavam entre choque e diversão, o coração dele saltando com a ousadia da esposa.
“Eu tinha que acertar as contas,” sussurrou Evelyn, limpando os lábios de Zevian pela última vez. Os olhares deles se encontraram por um breve momento, ambos relembrando como Zevian tinha feito o mesmo com ela apenas um dia antes. Um sorriso aflorou nos cantos dos lábios dele, antes de voltar ao prato dele.
O estômago de Catherine revirou enquanto ela registrava a troca. A intimidade. A facilidade entre eles. Ela voltou ao seu prato, embora tudo nele de repente parecesse insípido.
“Mamãe! Mamãe! Estou pronta!” A voz alegre de Kiana interrompeu a tensão, e a menininha entrou pulando na sala, totalmente vestida com seu uniforme azul-marinho.
O rosto de Catherine iluminou, e ela levantou-se, bastante certa de que Kiana correria para ela. Mas a criança desviou, correndo direto na direção de Evelyn do outro lado da mesa.
“Estou com fome~” Kiana fez beicinho enquanto Evelyn a ajudava a se sentar em uma cadeira.
“Ahh, eu sabia que estaria. Você não comeu muito na casa da Vovó ontem à noite,” cintilou Evelyn, sinalizando para a equipe trazer comida. “Vamos pegar o seu favorito — rabanada de chocolate quente.”
“Mamãe que fez?” Os olhos de Kiana brilharam de alegria quando Evelyn acenou que sim. Catherine endureceu em seu assento, observando enquanto Kiana abraçava Evelyn em um aperto apertado. “Mamãe é a melhor!” Kiana cantarolou antes de beijar Evelyn na bochecha.
Evelyn riu baixinho e beijou o nariz de Kiana em troca. “Coma devagar, querida. Temos tempo antes da escola.”
Enquanto mãe e filha riam e conversavam, a cena irritava os nervos de Catherine como unhas em um quadro-negro. Deveria ser ela. Não Evelyn. Catherine passou anos construindo uma relação com Kiana, e agora a menina agia como se Evelyn sempre estivesse lá.
Kiana finalmente notou Catherine a encarando do outro lado da mesa. “Oh! Bom dia, Cat!” ela cumprimentou com um sorriso.
Catherine forçou um sorriso tenso e respondeu baixinho, “Bom dia.” Ela então virou-se para Zevian e perguntou, “Zevi, já que você terminou, podemos conversar em particular?” Sua voz cortou o ambiente, aguda com frustração acumulada.
O aperto de Avery em sua faca apertou, os olhos dela se estreitando perigosamente em Catherine. Uma palavra errada, e ela estaria feliz em matar essa mulher.
Mas antes que Avery pudesse falar, Evelyn se antecipou, com a voz doce como mel. “Claro! Ele pode disponibilizar uns minutos antes de sair para o escritório. Não é, querido?” ela perguntou, sorrindo para o marido ao lado dela.
“O que vocês têm para conversar?” Avery ainda questionou, não tão bondosa quanto sua amiga.
Antes que Catherine pudesse responder, Evelyn especulou novamente, “Claro, ela terá muito a conversar, Avy. Afinal, eles passaram seis longos anos juntos e compartilham um vínculo bastante forte.”
As empregadas ao redor da mesa sufocaram risadinhas, seus olhares movendo-se nervosamente entre Evelyn e Catherine. As palavras de Evelyn eram suaves, mas a mordida por baixo era inconfundível — um eco zombeteiro das provocações de Catherine do dia anterior. Elas apenas começaram a amar mais sua madame!
Evelyn voltou seu olhar para Zevian, com um brilho de travessura nos olhos. “Vá em frente, querido. Leve o tempo que precisar.”
Zevian balançou a cabeça com um sorriso, divertido pela veia possessiva de sua esposa. Ele se levantou, olhando para Evelyn como se sinalizasse que voltaria em breve, e seguiu para o seu escritório. Catherine, ardendo com humilhação, seguiu-o.
Uma vez dentro da sala, Catherine bateu a porta com força, a fúria e o ciúme que vinha segurando explodindo como uma represa rompida. “Você disse que nunca mais se casaria!” Sua voz tremia com uma mistura de descrença e desespero. “Você me disse que não faria isso!”
Zevian esfregou as têmporas, sentindo o peso deste debate tão familiar. “Eu nunca quis me casar com ninguém, Catherine,” ele disse calmamente. “Até reencontrar Evelyn novamente.”
Sua voz suavizou ao mencionar Evelyn, mas seus olhos carregavam uma tempestade silenciosa de emoções — emoções que Catherine nunca conseguiu despertar nele. Ele pensou naquela primeira vez quando tinha visto Evelyn novamente, após seis longos anos, uma arma apontada para ela. Todos os meios de comunicação e relatórios afirmavam que ela estava feliz com Vincent, o que o fez desistir, mas quando ele soube que tudo era uma fachada, ele não pôde suportar vê-la naquele estado. Casamento de contrato parecia a única maneira conveniente de mantê-la perto dele e tirá-la da família disfuncional dela.
“Mas ela é ruim para você!” Catherine exclamou, com a voz aumentando. “Ela tem escândalos—”
“Isso não importa.” Zevian a interrompeu bruscamente, seu olhar intransigente. “Eu não dou a mínima para o que alguém diz sobre ela. E, falar mal dela só fará você perder o pouco de respeito que ainda tenho por você.”
A frieza em sua voz perfurou o peito de Catherine como uma faca. Suas mãos tremiam enquanto ela tentava agarrar-se a qualquer aparência de controle. “Eu—Mas, Zevian—”
“Eu já falei com Dominic,” disse Zevian firmemente. “Você ficará com ele pelo resto da sua viagem. E uma última coisa,” ele acrescentou, com o tom escurecendo, “Eu aprecio tudo o que você fez por Kiana em Qubarc. Mas não pense nunca em prejudicar Evelyn.”
“E se eu fizer?” Catherine perguntou, a confiança tolamente aumentando a expressão dele.
“Você nunca mais tocará piano.” A voz de Zevian baixou para quase um sussurro, mas a ameaça estava tão clara quanto uma lâmina no pescoço.
Catherine recuou, um calafrio descendo pela espinha dela. Lágrimas brotaram em seus olhos ao perceber o quanto Zevian tinha se afastado dela. O homem que ela uma vez achou que seria dela tinha se tornado um estranho — frio, implacável e absolutamente devoto a outra mulher.
“O carro está esperando,” Zevian disse secamente enquanto passava por ela a caminho da saída.
Quando a porta fechou-se com um clique atrás dele, os ombros de Catherine se curvaram. Suas lágrimas fluíram livremente agora, os dedos dela tremendo incontrolavelmente, um sinal de seu colapso. Ela não tinha visto isso chegar — quão rapidamente ela tinha sido descartada por Evelyn. “Aquela bruxa malvada,” ela sussurrou amargamente. “Eu vou recuperar tudo. Marquem minhas palavras, Evelyn. Vou recuperar tudo o que é meu!”
Saindo da sala, Catherine não se importou nem em cumprimentar Kiana; ela saiu tempestuosamente da casa. Avery sorriu ao ver as costas dela desaparecendo, percebendo que seu primo tinha sido muito severo com sua admiradora obcecada.
“Você poderia levar Kiana para a escola? Tenho uma reunião com Avery.” Evelyn disse, trazendo a atenção de todos de volta.
Zevian sorriu e levantou Kiana em seus braços. “Claro. Pronta para ir, minha pequena diaba?”
“Tchau, mamãe!” Kiana acenou, seu sorriso brilhante aquecendo o coração de Evelyn quem acenou de volta para ela.
Mas justo quando Zevian estava prestes a sair, Tio Damien irrompeu na casa, sua expressão tensa e assombrada. Sua súbita aparição fez todos pausarem.
“Uh-oh. Mais drama chegando,” Avery murmurou em voz baixa, revirando os olhos. Mas Damien não a reconheceu, o que apenas a fez franzir a testa.
“Zevian, precisamos conversar. Agora,” disse Damien urgentemente. “Na sua adega.”
As sobrancelhas de Zevian se juntaram diante do tom da voz do amigo. Sua adega era destinada apenas para conversas extremamente privadas, longe de todo tipo de ouvidos.
“Você pode ir com Agatha hoje, Kiana? Tio Damien tem algo importante para discutir,” ele disse, tentando convencer sua filha a aceitar. Ela fez beicinho por um momento, mas acenou com a cabeça, descendo de seus braços.
“Tchau! Tchau,” Kiana acenou para eles enquanto Agatha a levava para fora de casa.
Rapidamente, todos fizeram o caminho pelo corredor estreito. No final dele, Zevian pressionou seu polegar contra um scanner escondido ao lado de um retrato antigo. A porta deslizou abrindo para revelar uma escada estreita que levava a uma adega iluminada de maneira tênue.
“Cuidado,” Zevian murmurou, oferecendo a mão a Evelyn enquanto desciam. Ela sorriu agradecida e pegou. Avery e Damien seguiram de perto.
Uma vez lá dentro, Zevian não perdeu tempo e perguntou a seu amigo, enquanto todos se acomodavam na área de estar. “Sobre o que é?”
Damien tirou o celular dele, sua expressão grave. “Os resultados do DNA chegaram.”
Avery sorriu satisfeita. “Perfeito! Isso vai provar que Sophia falsificou os resultados, tirou Anna de cena para assumir o controle—”
“Ela não falsificou nada,” Damien interrompeu, sua voz carregada de tensão. Ele passou o telefone para Zevian, que imediatamente escaneou os resultados.
“Como assim?” Evelyn perguntou, o estômago dela se revirando de desconforto enquanto olhava para a tela.
Damien hesitou por um momento. Suspirando alto, ele encarou ela, “Evelyn… seu DNA não combina com o de William Wright. Você não é filha dele.”
“Você não faz parte da Família Wright.”