A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso - Capítulo 63
- Home
- A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso
- Capítulo 63 - 63 Pedido de Casamento 63 Pedido de Casamento Evelyn ficou
63: Pedido de Casamento 63: Pedido de Casamento Evelyn ficou imóvel, prendendo a respiração na garganta enquanto o peso da revelação de Zevian se estabilizava. A verdade pairava entre eles, densa e sufocante. Ela se viu olhando para Kiana, o coração doendo com a realização de que a menininha que ela tinha aprendido a amar não era filha dele de sangue. Ainda assim, ela o era de todas as outras maneiras. Todas as maneiras que importavam.
“Mas—” A voz de Evelyn falhou, lutando para encontrar as palavras. Sua mente girava em confusão e descrença, tentando processar as camadas de dor que Zevian deve ter carregado por tanto tempo. Então Kiana não era sua filha? Seu olhar voltou para Zevian, que agora estava sentado na beira da cama, com os olhos fixos no chão, perdido em pensamentos. Seu exterior forte e composto parecia rachar levemente, e o coração de Evelyn se apertou ao ver as lágrimas não derramadas que brilhavam em seus olhos.
“O que aconteceu entre você e Katherine, Zevian?” ela perguntou baixinho, incapaz de manter a pergunta enterrada por mais tempo. Ela precisava saber. Ela tinha que entender as peças do passado dele que o haviam levado até este momento, aquelas pelas quais ela outrora o amaldiçoara quando acreditava que ele havia seguido em frente tão facilmente após o término deles.
Os olhos de Zevian piscaram na direção dela antes de suspirar profundamente, erguendo-se e pegando a mão dela. Sem palavras, ele a conduziu pela porta oculta na estante que conectava o quarto deles ao escritório dele. Ela se sentou obedientemente ao gesto dele enquanto ele atravessava para a mesa para se servir de uma bebida. Sua mão tremia levemente enquanto levava o copo aos lábios, o líquido lhe proporcionando apenas coragem suficiente para falar.
“Eu nunca quis contar isso a ninguém,” Zevian começou devagar, sua voz preenchida por exaustão e arrependimento. “Katherine… ela agiu como se casar comigo não fosse apenas sobre as exigências da família dela. Ela fez parecer que tinha sentimentos por mim. Esse foi o meu primeiro erro — acreditar em suas mentiras e sentir culpa por não poder retribuir os sentimentos dela.”
Ele suspirou novamente, girando o vinho no copo antes de tomar outro gole. Seu olhar tornou-se distante enquanto afundava no sofá, memórias ressurgindo. “A verdade era que ela só tinha se casado comigo por poder. Ganância. A mãe dela encheu a cabeça dela com a ideia de que se ela pudesse dar um herdeiro à família Reign, ela seria intocável. Ninguém poderia desafiar a posição dela e impedir que ela conquistasse o nosso negócio.”
Evelyn sentou-se em silêncio, absorvendo cada palavra, o coração doendo por ele. Ela podia sentir o peso da tristeza dele, um fardo que ele havia carregado sozinho por tanto tempo. Ela observou enquanto Zevian fechava os olhos por um momento, lutando para manter a compostura, e seu coração doía. Ela não conseguia parar de se amaldiçoar por pensar que ele estava tendo uma vida esplêndida enquanto ela lutava para superá-lo.
“Uma noite, eu bebi—muito,” Zevian disse, sua voz ficando mais baixa. “Ainda não tenho certeza de como, mas acabei no quarto dela. Estávamos casados há cinco meses naquele ponto e, na semana seguinte, ela me disse que estava grávida.” Ele fez uma pausa, apertando a mão em volta do copo. “No começo, foi… estranho. Difícil de aceitar. Mas com o tempo, comecei a aceitar. A ideia de ser pai era algo que eu nunca imaginei para mim mesmo, mas cresceu em mim. Quando Kiana nasceu… Eu estava o mais feliz que já tinha sido. Ela se tornou o meu mundo.”
Evelyn notou o leve tremor em sua voz, a vulnerabilidade que ele raramente deixava alguém ver. Ela poderia dizer que essa história estava machucando-o, forçando-o a reviver memórias que ele preferiria esquecer.
“Mas então, as coisas começaram a desmoronar,” Zevian continuou, cerrando a mandíbula. “Eu descobri que Katherine estava fingindo o tempo todo. Ela tinha um amante escondido. Eu a peguei quando voltei mais cedo de uma viagem de negócios um dia. Quando confrontei ela, ela usou Kiana para me manter atado a ela. Ela disse que se eu fosse embora, eu nunca mais veria minha filha.”
A respiração de Evelyn se engasgou, incapaz de imaginar a dor que ele deve ter sentido naqueles momentos. Ela viu agora, a dor que havia sido enterrada sob a superfície. A fachada de força que ele havia mantido, mascarando as cicatrizes que ele carregava todo esse tempo.
Zevian respirou fundo, estabilizando-se enquanto continuava. “Eu não aguentava mais. Eu entrei com o pedido de divórcio. Mas antes que pudesse ser finalizado… houve o acidente.”
Evelyn endureceu. Ela tinha ouvido falar do acidente, mas nunca soube em toda a extensão dos eventos que se seguiram. “O que aconteceu depois?” ela perguntou suavemente, seus olhos buscando os dele.
“Eu fiquei em coma por semanas,” Zevian disse calmamente. “Quando eu acordei… tudo tinha mudado. Katherine se foi, e minha família descobriu a verdade. Kiana não era minha—ela era filha do amante de Katherine. Eles tentaram contatá-lo, mas ele não queria nada com ela. Ele rejeitou Kiana completamente.” Ele suspirou pesadamente, a dor ainda fresca em sua voz.
“Mas eu já tinha aceitado Kiana como minha filha,” Zevian sussurrou. “Eu a amava como se fosse minha. O último desejo de Katherine antes de ela morrer era que eu cuidasse de Kiana, e eu prometi a ela que faria isso.”
O coração de Evelyn doeu ao ver os ombros de Zevian cair sob o peso da história que ele acabara de compartilhar. Ela não tinha palavras para aliviar a dor, nenhuma solução para a turbulência que girava em seu coração. Mas ela tinha seus braços, e os usou agora, levantando-se da cadeira e sentando-se ao lado dele.
“Vem aqui,” ela disse gentilmente, puxando-o para seu abraço.
As muralhas de Zevian se desfizeram enquanto ele se derretia em seus braços, seu rosto enterrado em seu pescoço enquanto ele deixava escapar um suspiro trêmulo. Evelyn esfregou as costas dele calmamente, seu coração doendo pelo homem que ela tanto admirava.
“Não importa o que o relatório diz ou o que o tribunal ordena, Kiana sempre será sua filha, Ian,” Evelyn sussurrou. Ela afastou-se um pouco, segurando o rosto dele para que ele a olhasse. “Ela é nossa filha agora, e ninguém vai tirá-la de nós. Vamos lutar juntos por isso.”
Zevian assentiu contra o ombro dela, a tensão em seu corpo começando lentamente a diminuir à medida que as palavras dela ofereciam um pequeno vislumbre de esperança. Após alguns momentos de silêncio, Evelyn sorriu e sugeriu brincalhona, “Que tal darmos um longo passeio? Só nós dois.”
Zevian conseguiu um pequeno sorriso com a sugestão dela, apreciando a oferta de escapismo, e ele assentiu. Eles retornaram rapidamente ao quarto e, chamando Avery para tomar conta da filha que dormia, Evelyn levou Zevian para mais uma noite fora.
—-
Enquanto isso, na Mansão Wright, o clima estava tudo menos calmo.
PAK!
O som da carne encontrando a carne ecoou pelo corredor, o tapa alto o suficiente para sacudir a casa. William ficou de pé, seus olhos escuros ardendo com uma fúria irrestrita enquanto ele se impunha sobre Sofia, que agora cambaleava para trás devido à força do golpe.
Annabelle estremeceu, encolhendo-se instintivamente, pois era a primeira vez que ela via seu querido pai queimando de tanta raiva. Willaim jogou as fotos incriminadoras na mesa com um esgar de desprezo, as imagens de Vincent e Annabelle saindo do hotel juntas encarando-os como um lembrete zombeteiro de seus erros.
“Pague por sua chamada bondade,” William rosnou, sua voz pingando veneno. Seu olhar cortava as duas mulheres como uma lâmina, deixando-as congeladas no lugar. “Você achou que ajudar os Blakes era nobre? Olhe o que sua preciosa ‘ajuda’ fez! A empresa está à beira do colapso, e agora nosso nome está sendo arrastado pela lama junto com o deles. Quero que isso seja resolvido até a manhã, ou vocês duas vão sofrer.”
Sofia engoliu em seco, sua bochecha latejando por causa do tapa, mas seu orgulho recusava-se a deixá-la mostrar qualquer fraqueza. Ela forçou-se a encontrar o olhar dele, mas William apenas se virou, desprezo entalhado em cada linha do rosto. Sem mais uma palavra, ele saiu da sala, a porta batendo atrás dele com um estrondo ensurdecedor.
Os olhos de Sofia brilharam com fúria enquanto ela olhava para Annabelle, que estava sentada à sua frente com uma expressão irritantemente calma. As marcas vermelhas na pele dela de incidentes anteriores estavam mal escondidas sob o camisão branco, mas só serviam para irritar ainda mais Sofia.
“Evelyn foi inteligente o suficiente para ver através do seu plano,” Annabelle cuspiu. “Não tente me culpar.”
“E nem ouse agir como se você tivesse melhorado as coisas!” Sofia retrucou, desabando no sofá.
“Fiz o que pude para limpar sua bagunça, Mãe. Você deveria estar me agradecendo.” Annabelle respondeu, sua voz agora com um toque de arrogância que Sofia falhou em perceber.
Sofia bateu com o punho na mesa, sua frustração transbordando. “O que vamos fazer sobre essas fotos?” Ela jogou as fotos pela mesa, as de Vincent e Annabelle saindo do hotel juntas.
Os olhos de Annabelle cintilaram com inquietação enquanto ela examinava as imagens, mas ela se compôs rapidamente. “Vincent sugeriu uma solução,” ela murmurou, tentando manter um rosto impassível.
“Qual?”
Tomando um gole de seu vinho, Annabelle cruzou as pernas e respondeu, “Ele acha… que deveríamos nos casar.”