A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso - Capítulo 62
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- Capítulo 62 - 62 Verdade Amarga 62 Verdade Amarga Evelyn permaneceu
62: Verdade Amarga 62: Verdade Amarga Evelyn permaneceu congelada, os olhos arregalados enquanto o anúncio de Dominic reverberava pelo ambiente. Ela não conseguia acreditar — mais uma tempestade se formando no horizonte. Sentia como se cada dia de sua vida tivesse se tornado uma montanha-russa de dramas, um conflito após o outro, cada um mais devastador que o último.
Por que não pode haver um único dia de paz?
Avery, no entanto, não ficou parado. Ele murmurou em voz baixa antes de soltar uma sequência de palavrões. “Esse desgraçado do Dominic! Como ele pôde fazer isso com a Natalie? Depois de tudo que ela fez por ele!” Sua raiva enchia o ar, correspondendo ao caos de emoções que giravam dentro de Evelyn.
Mas nada se comparava à fúria que irradiava de Zevian. Sua expressão escureceu com mais do que apenas raiva. Seus maxilares se apertaram enquanto ele encarava a tela da TV, sua mão apertando o controle remoto até ele tremer. Num movimento rápido e incontrolável, ele lançou o controle contra a grande televisão montada na parede. O aparelho se estilhaçou com um estrondo alto, fragmentos voando pela parede de design antigo enquanto a tela ficava preta.
Evelyn estremeceu com a súbita explosão, seu coração batendo forte contra o peito. Mas o que verdadeiramente a partiu foi o fraco e temeroso sussurro que se seguiu.
“Mamãe…”
Kiana se agarrou com força ao ombro de Evelyn, suas pequenas mãos apertando o vestido da mãe enquanto as lágrimas surgiam em seus olhos. Ela era jovem demais para entender completamente o que estava acontecendo, mas até ela podia perceber que sua avó queria arrancá-la dali. Justamente quando tinha finalmente encontrado a felicidade de ter tanto uma mamãe quanto um papai que a amavam muito, parecia que seu mundo começava a desmoronar. A ideia de deixar sua família feliz, seu lar — isso levava a menina às lágrimas.
Evelyn engoliu em seco, sentindo-se completamente dividida. Ela não sabia quem acalmar primeiro — seu marido enfurecido, que estava praticamente fervendo, ou sua filha angustiada, cujos soluços suaves agora partiam seu coração.
“M-Mamãe,” Kiana choramingou de novo, sua voz quase um sussurro. “Não quero deixar você e o Papai…”
O peito de Evelyn se apertou ao ouvir suas palavras. Ela levantou a mão para acariciar gentilmente a cabeça de Kiana, sua mão alisando os cachos macios. Ela se inclinou para sussurrar com voz trêmula. “Shh, querida… você não vai nos deixar. Eu prometo.” Mas, mesmo enquanto dizia isso, ela sabia que apenas suas palavras não seriam suficientes.
Evelyn cutucou Zevian gentilmente com o ombro, olhando para ele com olhos suplicantes. Mesmo tendo se aproximado incrivelmente de Kiana, ainda havia momentos em que ela se sentia inexperiente no papel de mãe. Zevian, porém, tinha um jeito de aterrar a filha, de fazê-la se sentir segura.
Zevian, ainda mal controlando sua raiva, percebeu o olhar nos olhos de Evelyn. Ele respirou fundo, forçando-se a se acalmar, e virou-se em direção a Kiana, cujo rosto ainda estava escondido no ombro de sua mãe. Lentamente, sua expressão suavizou, a tempestade em seus olhos clareando o suficiente para permitir que o calor se infiltrasse. Ele deu um passo à frente e abraçou Kiana em seus braços, segurando-a perto como se a protegesse do mundo.
“Ei, querida,” ele murmurou suavemente, enxugando uma lágrima de sua bochecha. “Eu nunca deixaria alguém tirar você de nós. Nunca mesmo. Você não precisa se preocupar com nada. O Papai vai garantir que você esteja sempre feliz, está bem?”
Kiana fungou, seus bracinhos envolvendo o pescoço dele enquanto ela se agarrava firmemente. “Promete?” ela perguntou com uma vozinha miúda, seus olhos grandes mostrando vulnerabilidade.
Zevian sorriu, beijando o topo de sua cabeça. “Prometo.”
Avery e Damien suspiraram ao ver a pequena menina sorrir de novo. Depois que a tensão passou, todos rapidamente se dirigiram para a Mansão Reign, exceto Damien.
Quando chegaram na casa da família Reign, a atmosfera lá dentro já estava escura e pesada, uma espessa tensão pairando no ar como uma tempestade prestes a estourar. Os funcionários se moviam silenciosamente, suas expressões sombrias, como se também sentissem a inquietação.
Natalie sentava-se na grande sala de estar, o rosto pálido e os olhos normalmente perspicazes opacos de exaustão. Mas o que mais impressionava Evelyn era o silêncio estranhamente quieto ao redor dela. Natalie nunca era tão silenciosa. Mesmo nos piores momentos, ela se revoltava ou sempre tinha algo a dizer. Mas agora, ela estava sentada com as mãos dobradas no colo, olhando fixamente para o nada, como se o peso do mundo finalmente a tivesse esmagado.
Os pais de Zevian estavam sentados por perto, com rostos cheios de preocupação. Eles trocavam olhares ansiosos, incertos sobre como ajudar a filha. E essa era a primeira vez que Evelyn via o frio Jonathan Reign com uma expressão tensa.
Evelyn hesitou na entrada, ninando Kiana em seus braços. Ela observava enquanto Zevian se aproximava da irmã sem dizer uma palavra. Ele sentou-se ao lado dela, sua expressão se suavizando, e lentamente estendeu os braços para puxá-la para si.
Natalie não resistiu. Por um momento, ela permaneceu rígida em seu abraço, mas então se soltou, seu corpo desabando no peito do irmão enquanto ela desmoronava. Soluços sacudiam seu corpo, os anos de sofrimento silencioso escapando dela em ondas. O coração de Evelyn se apertava dolorosamente ao ver. Ela não podia deixar de pensar em seu Elias — o elo que eles compartilhavam. A forma como Zevian segurava Natalie, confortando-a sem dizer nada, fazia-a lembrar tanto daqueles momentos preciosos.
“Tia Nat parece triste também.” Kiana murmurou de seus braços, e o duo olhou preocupado para os irmãos.
Quando as lágrimas de Natalie finalmente cessaram, Zevian a ajudou gentilmente a se sentar direito, afastando os fios de cabelo grudados em seu rosto marcado pelas lágrimas. “O que fazemos agora, Nat?” ele perguntou baixinho, sua voz cheia de preocupação e determinação.
Natalie não respondeu imediatamente. Ela olhou para as mãos, sua expressão distante. “Não sei,” ela sussurrou roucamente. “Venho me fazendo essa mesma pergunta pelos últimos oito anos, Zev. Você sabe muito bem…” Ela engoliu em seco, sua voz trincando. “Dominic e eu… nunca nos demos bem. Mas ficamos juntos pelo bem da Lily. E agora… Não sei se tomei a decisão certa.”
Natalie tinha feito seu pobre irmão passar por tanto só para preservar esse casamento, e agora vendo ele desmoronar mesmo depois de cumprir todas as exigências que os sogros e o marido fizeram, ela se sentia ainda mais culpada.
Zevian suspirou profundamente, passando a mão pelos cabelos desalinhados. “Sei que é difícil,” ele disse gentilmente. “Mas sacrificar sua felicidade não vai ajudar Lily a longo prazo. Você devia pedir a opinião dela primeiro.”
Natalie piscou, seus olhos cintilando de incerteza. “Emily…” ela murmurou, seu olhar se tornando distante de novo. “Ela… Ela não quer que nos separemos, é por isso que você até foi forçado a se casar com Katherine. Talvez ela entenda agora…” Ela parou, a culpa a consumindo.
Seis anos atrás, o motivo dela ter ameaçado Zevian, colocando sua própria vida em risco, foi por causa de sua filha. Sua filha de seis anos tinha chorado alto e com força ao ouvir que seu pai se divorciaria de sua mãe. Ela não queria que sua família se separasse, forçando Natalie a tomar medidas extremas.
Zevian suspirou e apertou a mão dela reconfortantemente. “Sei por que Lily faz essas escolhas. Mas ficar neste casamento miserável não é a solução. Converse com ela, Nat. Veja o que ela quer.”
Natalie assentiu devagar, o peso de sua decisão ainda pesado, mas um pouco mais gerenciável. Conforme a noite se arrastava, o caos que havia envolvido a mansão Reign começou a parecer um pouco menos sufocante.
Mais tarde naquela noite, de volta à sua própria casa, Evelyn cuidadosamente deitou Kiana na cama macia. A pequena tinha adormecido, seus braços pequenos ainda se agarrando a Evelyn até mesmo em seus sonhos. Com cuidado, Evelyn desprendeu os dedos de Kiana de seu vestido e a cobriu com o lençol, sorrindo suavemente ao ver seu rosto sereno.
Mas sua mente não estava tranquila. Seus pensamentos voaram para Zevian, que ainda não havia retornado para casa. A preocupação a roía. Ela queria falar com ele — precisava falar com ele, especialmente depois de tudo que havia acontecido hoje.
Como se invocado por seus pensamentos, ela ouviu a porta se abrir com um clique. Zevian entrou, sua alta estatura se apoiando pesadamente na porta, sua aparência normalmente nítida agora desarrumada. Seus cabelos estavam bagunçados, como se ele tivesse passado suas mãos por eles várias vezes em frustração. Sua gravata estava solta e torta, e sua expressão era de pura exaustão.
Evelyn se levantou da cama e atravessou o quarto em direção a ele. “Estava prestes a ligar para você,” ela disse suavemente, sua voz carregada de preocupação.
Zevian olhou para ela por um momento antes de soltar um longo suspiro. Sem dizer uma palavra, ele a puxou para seus braços, segurando-a firmemente contra si. Evelyn fechou os olhos, sentindo a tensão em seu corpo, o peso de seus fardos. Ela envolveu os braços ao redor dele, dando tapinhas suaves em suas costas enquanto tentava confortá-lo, algo que Zevian tinha desejado desde a manhã.
“Vamos vencer isso juntos,” Evelyn sussurrou com firmeza, sua voz repleta de determinação. “Ninguém vai tirar Kiana de nós. Lutaremos por ela, Zevian. Não vamos deixar Sabrina ou qualquer outro nos separar.”
Por um momento, Zevian não respondeu. Seus braços se apertaram ao redor dela, como se tirasse força de suas palavras. Mas então ele lentamente se afastou, seu olhar mudando para a cama onde Kiana dormia tranquilamente. Sua expressão se suavizou, mas havia um toque de tristeza em seus olhos.
“Mas…” ele começou, sua voz baixa e hesitante.
Evelyn franziu a testa, percebendo a mudança em seu comportamento. “O que foi?” ela perguntou em voz baixa.
Zevian suspirou, passando a mão pelo cabelo bagunçado novamente. Seus olhos permaneceram fixos em Kiana, sua expressão cheia de uma mistura de amor e arrependimento. “Ela não é… ela não é minha filha, Eva.”
O coração de Evelyn pulou. Ela olhou para ele, tentando processar suas palavras. Kiana não era sua filha?!