A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso - Capítulo 58
- Home
- A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso
- Capítulo 58 - 58 Humano Mesquinho 58 Humano Mesquinho Vincent e os
58: Humano Mesquinho 58: Humano Mesquinho Vincent e os funcionários observaram curiosos enquanto a tensão fervia entre as duas mulheres. Evelyn estava composta, mas seus olhos brilhavam com uma determinação silenciosa. Annabelle, por outro lado, tentava manter um sorriso gracioso, mas o brilho nervoso em seus olhos traía seu desconforto.
“Por que você sempre tem que pegar no pé dela?” A voz de Vincent cortou o silêncio, seu olhar de desaprovação dirigido a Evelyn. Seu papel como protetor auto-nomeado de Annabelle nunca havia vacilado. Para ele, Annabelle era a vítima inocente, e Evelyn—sua ex-noiva—era a fonte de todos os seus problemas.
Evelyn não se deu ao trabalho de reconhecê-lo. Ela lentamente colocou seu copo na mesa e se levantou, um indício de despreocupação em seus movimentos. “Tudo bem. Estou indo embora,” disse ela, alcançando sua bolsa. “Já que os paparazzi que você, sem dúvida, contratou já tiraram minha foto aqui, não vejo motivo para ficar.”
Ela lançou um olhar direto para Annabelle, seus lábios curvando-se em um sorriso sabido. O rosto de Annabelle empalideceu, pânico piscando em seus olhos.
“E-Eu vou beber!” Annabelle gaguejou, sua voz trêmula. Antes que Evelyn pudesse se afastar, ela mordeu o lábio e implorou, “Por favor, não vá embora, Evy.”
Vincent virou-se para ela, franzindo a testa em preocupação. “Anna, você não precisa—”
“É só uma bebida, Vin,” Annabelle interrompeu suavemente, colocando uma mão gentil sobre a dele na mesa. Ela forçou um pequeno sorriso como se tentasse aliviar a tensão crescente. “Vamos não fazer um escândalo sobre isso.”
Vincent exalou afiadamente, olhando para Evelyn com desprezo mal disfarçado. Desde que ela havia se casado com Zevian, sua atitude só tinha se tornado mais imperiosa, e ele mal podia esperar pelo dia em que seu marido finalmente enxergasse sua fachada e a deixasse de lado.
Os funcionários rapidamente trocaram os copos, seus nervos palpáveis enquanto tentavam evitar mais incidentes. Uma delas, claramente abalada, se desculpou e saiu correndo para enviar uma mensagem para Sophia, temendo perder seu emprego por causa disso.
Evelyn observou Annabelle levar o copo aos lábios, seus olhos se estreitando. A tensão entre elas não se dissipou enquanto Annabelle tomava um gole cauteloso, mas Evelyn não sabia que acabara de cair em mais uma das armadilhas astuciosamente disfarçadas de Annabelle.
Annabelle escondeu sua satisfação atrás de um sorriso sereno, seus olhos desviando brevemente para a jarra de água na mesa. Ela tomou outro gole da bebida e então se inclinou casualmente em direção a Vincent, sua voz iluminando-se com alegria fingida. “A comida cheira incrível,” disse ela, seu tom leve e agradável.
O semblante de Vincent suavizou ao som da voz dela, e um pequeno sorriso puxou seus lábios. Evelyn sentiu um escárnio subir em sua garganta enquanto os observava—Vincent, completamente apaixonado por essa artista manipuladora. Era patético como ele caía facilmente pelos encantos de Annabelle, e ainda mais ridículo o quanto ele era alheio à sua verdadeira natureza.
O jantar prosseguiu em um silêncio forçado, o tilintar de utensílios e o murmúrio suave da conversa sendo os únicos sons que preenchiam a sala. O ar estava denso com uma tensão embaraçosa, um contraste gritante com o cenário elegante da sala de jantar privada. A mesa estava repleta de pratos finamente preparados, cada um exalando aromas tentadores, mas Evelyn mal percebia. Ela estava muito ocupada assistindo Vincent fazer papel de bobo, atendendo a cada capricho de Annabelle como se ela fosse uma flor delicada que precisava de constante proteção.
Finalmente, a voz suave de Annabelle rompeu o silêncio tenso. “Evy,” ela começou, seu tom quase doce. “Vin tem algo para conversar com você.” Ela olhou para Vincent, pressionando sua mão gentilmente contra o braço dele como se para encorajá-lo. “Vou me desculpar por um momento e dar a vocês um pouco de privacidade.”
Evelyn limpou a boca com um guardanapo, já se preparando para o que quer que fosse o apelo patético que Vincent estava prestes a fazer. Era divertido, na verdade, como ele passara a noite inteira olhando para ela como se ela fosse uma vilã, e agora estava prestes a se rebaixar pedindo.
Annabelle deixou a sala com um aceno educado, deixando Evelyn e Vincent sozinhos na luz fraca da sala privada. Evelyn não pôde deixar de notar como Vincent se inquietava nervosamente em sua cadeira, sua mão cerrando e relaxando em torno de seu copo como se tentasse se estabilizar. O homem outrora confiante parecia quase ansioso, engolindo um copo inteiro de água como se isso o ajudasse a reunir coragem.
“Não vou rodear,” Vincent começou, sua voz áspera enquanto colocava o copo vazio na mesa. Seus dedos apertaram em torno dele por um momento antes de ele se obrigar a soltá-lo. “Não sei o que você disse ao Sr. Reign sobre nós, mas seja lá o que for, ele está descontando na nossa empresa.”
Evelyn ergueu uma sobrancelha, mas não disse nada, permitindo que ele continuasse.
“Nossas ações estão despencando, o conselho está furioso, e o Vovô Edmund… ele está realmente ansioso,” Vincent acrescentou com um suspiro cansado, esfregando as têmporas como se o peso do mundo estivesse sobre seus ombros.
Evelyn recostou-se na cadeira, sua expressão quase entediada. “Por que o Vovô Edmund estaria ansioso? Ouvi dizer que ele está planejando ir para um retiro budista em breve, pronto para se estabelecer lá permanentemente. Ele mudou de ideia?”
Vincent congelou, seus olhos se estreitando enquanto ele percebia que a tática usual de invocar o nome de seu avô não funcionaria com Evelyn desta vez. Ele sabia que Edmund planejava se afastar de seus assuntos desde o casamento de Evelyn, e se Zevian havia falado diretamente com ele, não havia como ganhar Evelyn apelando para laços familiares mais.
Vincent cerrou os dentes, tentando controlar sua frustração. Ele não podia perder a compostura agora, não quando tudo estava em jogo. “Se isso continuar, vamos à falência,” ele disse através dos dentes cerrados. “Por favor, Evelyn… nos ajude.”
Os lábios de Evelyn se contorceram em um sorriso pequeno e frio. “Por que eu deveria?”
O temperamento de Vincent se inflamou com o tom depreciativo dela. “Você deveria considerar pelos anos em que estivemos noivos. Isso não significa nada para você?”
“Noivos?” A voz de Evelyn estava carregada de sarcasmo. “Ah, você quer dizer o arranjo comercial que nossas famílias nos forçaram? Por favor, Vincent, você nunca agiu como meu noivo mesmo. Se vai usar nosso noivado como uma razão, ao menos tente um argumento melhor.”
A mandíbula de Vincent se apertou, seu rosto ruborizando de raiva. “Pode ser que eu não tenha te amado, Evelyn, mas eu te tratei com respeito. Eu estive ao seu lado, mesmo quando a verdade veio à tona sobre você não ser a verdadeira filha dos Blakes. Eu impedi minha família de romper o noivado, não foi? Eu tomei o seu lado!”
Evelyn sentiu sua paciência se esgotando. A arrogância desse homem, pensando que seus gestos de bondade pela metade de alguma forma o intitulavam à ajuda dela agora. “Deixe-me lembrar você de algumas coisas, Vincent,” ela disse gelidamente. “Primeiro, foi o seu avô que o forçou a ficar noivo de mim, não você. Segundo, você nunca tomou meu lado, especialmente quando mais precisei. Você ficou de lado e assistiu enquanto todos me acusavam de coisas que eu nunca fiz.”
Os punhos de Vincent se cerraram sob a mesa. “Você era quem estava perseguindo Annabelle por razões mesquinhas. Eu tinha que tomar o lado da inocente!”
Evelyn zombou, totalmente desimpressionada. Como alguém pode ser tão cego? Tão completamente enganado por uma golpista que teceu uma teia de mentiras tão habilmente que Vincent nem conseguia ver a verdade diante dele? “Se você está tão certo da inocência de Annabelle,” Evelyn disse friamente, levantando-se da cadeira e pegando sua bolsa, “então por que você não pede a ela e ao pai dela que te ajudem a sair dessa bagunça? Eu preferiria ver você e toda a sua empresa desmoronarem do que me envolver ainda mais em seus joguinhos patéticos.”
O rosto de Vincent se contorceu de raiva, e sua mão bateu na mesa com um estrondo alto. O quarto ficou mortalmente silencioso, o som ressoando pela atmosfera tensa.
Evelyn virou-se para sair, mas antes de sair, ela olhou por cima do ombro com uma última alfinetada. “E Vincent,” ela acrescentou friamente, “diga à sua mãe que o karma é uma vadia… assim como ela.”
Com isso, ela saiu da sala, deixando um silêncio atônito em sua esteira. Atrás dela, ela pôde ouvir a cadeira de Vincent raspando contra o chão enquanto ele se levantava, mas ela não olhava para trás. Ela não tinha intenção de perder mais um momento com ele.
Annabelle, que havia ficado à espreita no corredor, rapidamente voltou para dentro e correu para o lado de Vincent, oferecendo-lhe outro copo de água. Mas Evelyn não lhes deu atenção. Ela estava acabada com ambos.
Enquanto ela caminhava em direção ao elevador, não pôde deixar de sentir o calor subindo em seu corpo. Ela pausou por um momento, pressionando os dedos contra as têmporas enquanto uma dor latejante começava a surgir atrás dos olhos. Tudo ao seu redor parecia ligeiramente deslocado, o ar mais pesado, sua visão um pouco embaçada.
Ela entrou no elevador e respirou fundo, tentando clarear sua mente. Mas algo não estava certo. Uma suspeita incômoda começou a roer as bordas de seus pensamentos, e seu ritmo cardíaco acelerou. Ela pressionou o botão do lobby e fechou os olhos, forçando-se a focar.
Evelyn pressionou o botão do elevador, ainda atordoada com a discussão com Vincent. Ela precisava clarear a mente. Quando as portas se abriram, ela entrou, mas uma sensação estranha começou a tomar conta dela. Sua pele formigava com o calor, sua visão ligeiramente embaçada. Ela ignorou, pensando ser apenas o estresse. Mas quando o elevador parou, e as portas se abriram, tudo parecia errado.
Antes que ela pudesse sair, ela balançou os pés. Uma mulher de repente apareceu ao lado dela, segurando seu braço gentilmente. “Cuidado,” a mulher disse suavemente, sua voz calmante enquanto ela estabilizava Evelyn. “Você está bem?”
Evelyn piscou, tentando focar no rosto da mulher, mas tudo estava começando a turvar. Ela sentiu os dedos da mulher sutilmente pressionando um botão no elevador, e em vez de sair, as portas se fecharam novamente.
“Quem é você?” Evelyn conseguiu perguntar, sua voz fraca. Ela estava queimando, seus pensamentos confusos. Seus membros pareciam pesados demais para se mover. O pânico roía seu peito.
A mulher sorriu gentilmente, mantendo Evelyn de pé. “O Sr. Reign me enviou. Ele reservou um quarto para você aqui,” ela disse, como se fosse completamente natural. “Ele está esperando por você.”
Evelyn, perdida na névoa do estranho calor se espalhando pelo seu corpo, assentiu fracamente. Zevian… ela pensou. Claro, ele veio por ela. Ele deve ter sentido que algo estava errado!
As portas do elevador se abriram novamente, e a mulher a levou por um corredor mal iluminado. As pernas de Evelyn estavam instáveis, sua mente nadando enquanto ela era guiada para um quarto privado. O calor em seu corpo agora era avassalador, e ela mal conseguia compreender onde estava.
Enquanto a mulher a ajudava a subir na cama, Evelyn afundou no colchão macio, seus pensamentos girando. Ela mal percebeu a mulher se afastando, deixando-a sozinha. Mas fora da porta, Annabelle se encostava na parede, seus lábios se curvando num sorriso triunfante. Ela digitava rapidamente em seu telefone, enviando uma mensagem para a equipe do hotel.
‘Mande Vincent para o quarto de Evelyn agora.’