A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso - Capítulo 46
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46: O Verdadeiro Sucessor 46: O Verdadeiro Sucessor Evelyn não perdeu um segundo antes de ir ver seu pai. Zevian tinha se oferecido para acompanhá-la, mas ela recusou, suspeitando que isso poderia ser mais uma artimanha para manipulá-lo. Ela não podia se dar ao luxo de baixar a guarda, especialmente agora.
“Ele vai ficar bem, não se preocupe,” Avery a tranquilizou, colocando uma mão confortadora sobre a de Evelyn enquanto John os dirigia em direção à Mansão Wright.
Embora William a tivesse desprezado toda a sua vida — rápido em acreditar nas mentiras que a envolveram no escândalo da falsa filha — ele ainda era seu pai biológico, a única família que ela tinha registrado. Não importava o quanto ela tentasse se distanciar, o rosto moribundo de sua mãe sempre a puxava de volta a ele sempre que ele estava em apuros. E por mais que ela odiasse admitir, eles precisavam de suas amostras de DNA para confirmar os resultados de uma vez por todas. Essa era a melhor maneira de colocar o escândalo para descansar.
“O senhor me ordenou que viesse com você,” disse John, enquanto estacionava o carro em frente à grandiosa mansão. Evelyn assentiu, sem ter energia para discutir. O tempo era essencial.
Dentro do suntuoso salão, Elias e Sofia se sentavam com o médico da família e um especialista, cuja discussão cessou no momento em que Evelyn chegou. Avery rapidamente se moveu para ajudar sua melhor amiga, guiando-a com uma mão solidária, enquanto todos os olhares se voltavam para a imponente figura de John seguindo de perto atrás delas.
“Por que você traria um guarda-costas para dentro de sua própria casa, Evy?” A voz de Sofia pingava desprezo, seu tom rapidamente ecoado pelos outros na sala.
Evelyn encontrou o olhar de Sofia com fria desafiança. “Só para você saber, fui atacada ontem à noite,” afirmou ela, sua voz afiada e clara. “Alguém quase me enterrou viva, então não posso confiar em ninguém. Especialmente não na minha família ou em seus novos membros.” Seus olhos desviaram para Annabelle, que se sentava quietamente em uma das cadeiras ornamentadas.
A tensão na sala se intensificou enquanto Evelyn se voltava para o médico. “Como ele está?” ela perguntou, sua voz carregada de preocupação.
O médico ajustou seus óculos antes de responder, “Ele está estável por agora, mas há um risco significativo de outro derrame. É bom que você tenha chegado quando chegou, Senhorita Evelyn.”
“Claro que ela veio,” o advogado da família interveio, seu tom profissional. “Há alguns documentos que precisam da sua atenção, Senhorita Evelyn.” Ele indicou a pilha de papéis que ele tinha preparado. “Precisamos confirmar o testamento de sua avó, já que, no papel, você ainda é uma membro desta família. Apesar dos eventos recentes, William Wright oficialmente te adotou, mesmo após Annabelle aparecer, para manter sua imagem empresarial. Legalmente, você ainda é uma Wright, mesmo que não seja por sangue.”
Os olhos de Avery se estreitaram ao captarem a mensagem subliminar do advogado: todos nesta sala estavam esperando William morrer para poderem seguir em frente com seus planos.
“Vocês podem ao menos deixá-la vê-lo primeiro?” Avery resmungou, sua voz carregada de irritação. A tensão na sala era palpável, as verdadeiras intenções de todos mal escondidas sob uma fachada de preocupação.
O advogado ignorou o pedido de Avery, entregando os documentos para Evelyn. “Este é o testamento de sua avó,” ele explicou enquanto ela folheava os papéis. “Ele afirma que mesmo que seu filho case e tenha outro filho, você permanecerá como a única herdeira da empresa, de acordo com os desejos de Gracia Wright, a falecida esposa do Sr. Wright.”
O coração de Evelyn se apertou ao ler as palavras familiares. Ela sabia dessa cláusula desde seu oitavo aniversário, quando sua avó, acamada e fraca, finalizou o testamento. Gracia tinha sofrido muito após a morte de sua mãe, sacrificando sua vida para salvar Evelyn de sequestradores. O desprezo de William por Evelyn só tinha crescido desde então, mas Gracia tinha garantido que o futuro de sua neta estivesse seguro. Este testamento era a raiz do esquema da falsa herdeira.
“Mas, já que você não é a filha biológica deles,” o advogado continuou, “seria razoável você abrir mão como a próxima herdeira e permitir que o Sr. Elias Wright, o filho do Sr. Wright e sua segunda esposa, assuma seu lugar.”
O rosto de Sofia se iluminou de satisfação com as palavras do advogado, seu sorriso se alargando enquanto os outros na sala concordavam.
“Bem, eu não tenho problema com isso,” disse Evelyn, sua voz estável, mas surpreendendo a todos com sua aceitação calma. Eles esperavam uma briga, um escândalo, mas ela se manteve composta.
“Mas,” ela adicionou, seu tom se aguçando enquanto seu olhar varria a sala, “como a verdadeira filha do Sr. Wright e da Sra. Gracia Wright está aqui, acredito que a posição deve ir para ela, ao invés de Elias, que ainda é jovem.” Seus olhos se fixaram em Annabelle, que visivelmente se tensionou sob seu escrutínio.
“Minha falecida mãe sempre quis que sua filha assumisse esta empresa, e já que Annabelle é a verdadeira herdeira por sangue, ela deve assumir essa responsabilidade.” Evelyn insistiu, suas palavras cortando a sala como uma faca, enquanto ela notava a expressão escurecendo no rosto de Sofia.
“Certo, Anna?” A voz de Evelyn se suavizou enquanto ela se dirigia diretamente a Annabelle. “Você não quer cumprir o último desejo de nossa mãe e assumir esta empresa?”
Avery teve que morder o lábio para não rir ao perceber o que Evelyn estava fazendo. Ela estava acendendo o fusível de um barril de pólvora, colocando as duas potenciais herdeiras uma contra a outra. Os olhos de Annabelle brilharam com interesse por um breve momento, mas ela rapidamente abaixou-os, sentindo o intenso olhar de Sofia sobre ela.
“Anna é bastante nova nisso tudo de riqueza e negócios, Evy,” Sofia interveio suavemente, tentando retomar o controle. “Ela prefere deixar Elias cuidar disso, ao invés de arriscar cometer erros que poderiam prejudicar a empresa, como você fez recentemente.” Sofia sorriu docemente, mas o veneno em suas palavras era inconfundível.
Evelyn não recuou. “Não a pressione, Sra. Wright,” ela respondeu friamente. “Dê a ela tempo para pensar sobre isso. Não é isso mesmo, Diretor Niah?” ela adicionou, virando-se para um dos diretores da empresa que também havia sido convocado à mansão.
O maxilar de Sofia se contraiu ao perceber que Evelyn estava ganhando tempo, se preparando para uma confrontação. Ela observou o diretor, que concordou com a cabeça, então olhou para Annabelle, que permanecia silenciosa, seus olhos baixos.
“Se terminamos com a conversa de negócios, podemos por favor focar na saúde dele?” Elias falou, sua voz a única na sala tingida com verdadeira preocupação. Ao contrário dos outros, ele não tinha interesse nos negócios da família; suas ambições estavam em outros lugares. Ele detestava ver até sua mãe envolver-se nessas tramas, sabendo muito bem sobre seus sonhos.
O médico explicou claramente a situação, mencionando como o estresse recente havia levado ao derrame de William, seu tom sutilmente insinuando que Evelyn era a culpada, embora ele nunca o dissesse explicitamente. Evelyn o reconheceu como mais um peão no jogo de sua madrasta, mas ela não estava focada nele agora. Sua atenção continuava derivando para Annabelle, que a intrigava muito mais do que a velha bruxa poderia.
Enquanto o especialista explicava as instruções de cuidado para seu pai, Evelyn assentiu, mas seus olhos continuavam a desviar para Annabelle. Então, aproveitando uma oportunidade perfeita, ela começou a tossir alto, chamando a atenção do médico.
“Desculpe,” ela murmurou, cobrindo a boca.
Virando-se para Annabelle, ela perguntou, “Você pode me passar um copo de água, Laila?”
“Claro,” Annabelle respondeu sem hesitar, pegando o copo e entregando rapidamente a Evelyn, demasiadamente distraída com seus próprios pensamentos para perceber a armadilha em que acabara de cair. Sua mente estava consumida com as possibilidades que Evelyn havia pendurado diante dela — como ela poderia herdar toda essa riqueza sem mover um dedo.
Evelyn tomou um gole lento, um sorriso satisfeito brincando em seus lábios enquanto ela observava o sangue drenar do rosto de Sofia. A sala ficou silenciosa, todos franzindo a testa enquanto processavam o que acabara de acontecer. Annabelle tinha respondido a um nome diferente, um nome que apenas Evelyn parecia conhecer.
“Obrigada, Laila. Desculpe, quero dizer Annabelle,” Evelyn adicionou, sua voz carregada com um toque de zombaria enquanto ela colocava o copo de volta na mesa.
O rosto de Annabelle empalideceu quando a realização a atingiu como um monte de tijolos. Como diabos Evelyn sabia sobre seu passado sombrio? E por que diabos ela reagiu a isso? O pânico a dominou, e ela já podia sentir o olhar penetrante de Sofia perfurando-a. Ah, ela estava condenada esta noite, com certeza!