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Capítulo 219: Ele Não É Bom
Avery desabou ao ouvir a pergunta de Evelyn, lágrimas rolando por seu rosto. Ela se levantou e abraçou Evelyn com força, seu corpo tremendo de soluços. Ela vinha segurando até agora, tentando ser a criança corajosa para sua família, mas não conseguiu mais conter.
Todos ficaram emocionados enquanto as melhores amigas choravam nos braços uma da outra. Gracia se virou e enxugou as lágrimas, segurando a mão de William. Embora ele não demonstrasse expressão, parecia quebrado por dentro. Mesmo depois de saber que Elias não era seu filho, ele ainda tratava o menino como se fosse seu próprio. Talvez ele não tenha sido um bom pai para Evelyn, mas ela podia perceber que Elias era muito querido por ele.
Rosalind, sendo confortada por Jonathan, assistia com o coração pesado. Em apenas alguns meses, Evelyn havia se tornado sua filha favorita. Ela a adorava e amava um pouco mais do que seus próprios filhos, e vê-la quebrada em pedaços novamente fazia seu coração doer profundamente.
Avery desfez o abraço e se sentou ao lado de Evelyn no banco. Zevian envolveu o braço ao redor dela, e Evelyn se encostou nele, agarrando sua mão com força. Seus olhos lacrimejantes estavam fixos novamente na tela do cronômetro, seu coração batendo alto a cada segundo que passava.
Damien pegou uma garrafa de água de Lucius e se aproximou dela. Ele a entregou para Avery, que fungou e olhou para ele. “Você tem algum lenço de papel?” ela perguntou, sua voz trêmula.
Damien tirou um lenço do bolso e passou para ela. Avery o pegou e enxugou as bochechas, tentando se recompor. Quando terminou, Damien abriu a garrafa e a entregou para ela. Avery tomou um gole e segurou a garrafa firmemente junto com o lenço, ainda em sua mão.
Depois do que pareceu uma eternidade de tensão excruciante, a tela da operação finalmente mostrou que o procedimento estava concluído. Evelyn se levantou da cadeira e se aproximou das portas, todos os outros a seguindo.
A cirurgiã principal, Dra. Samantha, saiu. Ela olhou para o grupo e suspirou, o peso de sua expressão pesando em seus corações. Os olhos de Evelyn procuravam por qualquer sinal de boa notícia, mas o rosto da doutora não revelava nada.
“Como ele está?” Damien foi quem fez a pergunta difícil.
“Não está bem,” Dra. Samantha balançou a cabeça. “Elias sofreu múltiplos ferimentos por balas no peito. Embora as balas tenham passado por pouco do coração dele e nós conseguimos removê-las cirurgicamente, elas causaram danos significativos e perda severa de sangue.”
A sala caiu em silêncio enquanto Dra. Samantha continuava, explicando alguns termos médicos e como a falta de fluxo sanguíneo afetou o cérebro de Elias. “Teremos que observá-lo de perto por mais alguns dias.” ela encerrou.
Evelyn sentiu-se tonta, o mundo abaixo dela escapando, mas a mão forte de Zevian a segurou firmemente. Ela se apoiou em seu suporte, segurando sua mão com força enquanto ambos tentavam processar a notícia.
William, com a voz trêmula, perguntou, “Quando ele vai acordar?”
Dra. Samantha suspirou, “É difícil dizer. Com ferimentos dessa gravidade, o processo de recuperação pode ser muito imprevisível. Não há como determinar exatamente se ele vai recuperar a consciência. Pode levar dias, semanas ou até mais tempo. Mas vamos monitorar sua condição de perto e fornecer o melhor cuidado possível.”
William assentiu e questionou, “Podemos vê-lo?”
“Ele estará na UTI, mas vocês podem visitá-lo por alguns minutos. Por favor, não lotem a sala e mantenham apenas duas pessoas por vez,” Samantha respondeu, lançando um olhar para Evelyn. Ela tinha ouvido que Evelyn estava grávida e entendeu que ela poderia precisar de alguém com ela.
Quando todos assentiram em concordância, Samantha sinalizou para suas enfermeiras cuidarem da família e se desculpou com seus médicos juniores.
Zevian olhou para Evelyn e murmurou, “Vamos nos limpar e visitá-lo. Você está coberta de manchas de sangue.” Evelyn assentiu, e ele a ajudou a sair do corredor.
“Eu vou ficar com ela. Você pode ficar aqui,” Rosalind disse a Gracia. Quando a última assentiu em gratidão, ela rapidamente seguiu o casal. Theodore olhou para Damien, e com seu aceno tranquilizador, ele seguiu sua esposa, deixando as coisas sob seus cuidados.
Avery acompanhou Lucius e Damien, que decidiram cuidar dos procedimentos do hospital. Ronan decidiu relatar a seu avô e também partir, já que não havia mais nada que ele pudesse fazer ali. Evelyn tinha pessoas suficientes para cuidar dela, e ele traria seus avós uma vez que Elias acordasse.
———
Quando Evelyn retornou após tomar um banho e comer uma refeição leve que Rosalind a forçou a fazer, Elias já havia sido movido para a ala da UTI. A enfermeira a ajudou a vestir o EPI para evitar contaminação. Embora Zevian tivesse insistido em ir com ela, ela queria ver Elias sozinha.
Ela se aproximou, a enfermeira seguindo atrás dela. Elias estava deitado na cama, seu corpo coberto de instrumentos, tubulações passando por sua boca. Ele estava sendo sustentado pelos sistemas, seu rosto pálido e sem vida.
Lágrimas que Evelyn tentou arduamente conter escorreram de seus olhos. Ela se virou, cobrindo a boca, tentando suprimir os soluços, incapaz de olhar para ele em um estado tão miserável.
A enfermeira rapidamente passou alguns lenços, sentindo-se mal por Evelyn. “Obrigada.” Evelyn os pegou e tentou controlar suas lágrimas. Ela respirou fundo e se virou para encará-lo novamente.
Evelyn se sentou ao lado dele no banquinho, sua mão segurando firmemente o corrimão da cama. “Bem quando eu estava prestes a te elogiar por lidar tão bem com o interrogatório, você teve que fazer isso, não é?” ela repreendeu Elias, sua voz trêmula enquanto tentava conter seus soluços.
Inclinando-se mais perto, Evelyn engoliu em seco e continuou, “Lembra-se da oitava série, quando você caiu da bicicleta e quebrou a perna? Eu fiquei ao seu lado o tempo todo, te repreendendo e te irritando até você poder andar novamente.” Com um biquinho, ela continuou, lágrimas escorrendo por suas bochechas. “Eu vou fazer a mesma coisa, Eli. Então, é melhor você acordar logo.”