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Capítulo 218: Eu Não o Matei
Os olhos de Evelyn se arregalaram enquanto Elias desabava sobre ela. Sua respiração travou em sua garganta, e um medo gélido a invadiu. Ela bateu nas bochechas de Elias, cujo corpo estava ficando frio e sem vida em seus braços.
“Eli, acorde!” ela gritou, com a voz trêmula de medo. “Você… Você precisa estar consciente.” Quando ele não respondeu, ela gritou, “Alguém chame a ambulância!”
“Senhora, deixe-nos olhar para ele,” uma voz ordenou. Damien concordou, e sua equipe correu para o lado de Evelyn. Eles enfrentavam situações assim com frequência e eram treinados para lidar com elas com cautela.
Evelyn se afastou, mas não soltou a mão do irmão. A equipe rapidamente avaliou a condição de Elias. Um checou seu pulso enquanto os outros pegaram algodões e aplicaram pressão sobre as feridas. Elias estava sangrando muito, e cada segundo contava. Eles não podiam esperar pelos médicos e precisavam movê-lo rapidamente.
“Preparem o carro e afastem a multidão!” ordenou o líder antes de cuidadosamente levantarem Elias em uma maca trazida pelo pessoal de segurança do tribunal. Eles o moveram rapidamente para fora, deixando a multidão processar o choque.
Evelyn correu atrás deles, seu coração batendo forte no peito. Zevian e Damien seguiram de perto, suas faces marcadas pela preocupação. Avery foi até Gracia, que estava paralisada em seu lugar. Ela segurou gentilmente o ombro dela e murmurou, “Vamos, tia.”
Os olhos de Gracia se voltaram para Sofia, que estava sentada no chão, encarando fixamente a poça de sangue. Segurando suas lágrimas, Gracia a questionou, “Você está feliz agora?”
Sofia olhou lentamente para cima, seu rosto desprovido de emoções. Seus olhos estavam distantes, e ela parecia perdida em seu mundo. Ela parecia estar em estado de choque, sua mente lutando para processar o que acabara de acontecer.
“Você realmente a levou consigo, Sofia,” Gracia continuou, sua voz tremendo de dor. “Evelyn vai se culpar todos os dias, se afogar em culpa, e nunca será capaz de se perdoar se Elias…” Ela engoliu em seco, incapaz de terminar a frase, com medo de que se tornasse realidade.
“Eli está bem. Ele logo estará aqui para me levar de volta,” Sofia murmurou para si mesma, sua voz suave.
Todo mundo ficou chocado com seu comportamento. Os policiais que estavam levando a arma para análise se olharam, inseguros sobre o que pensar do estado dela. Avery se perguntava se Sofia estava encenando novamente, mas sua expressão a confundia. O rosto de Sofia tinha uma expressão gentil, seus olhos cheios de uma estranha esperança.
“Você acabou de atirar nele, Sofia!” Avery latiu para ela, incapaz de conter sua frustração. “Se algo acontecer com ele, é por sua causa! É totalmente sua culpa!”
“Não!” Sofia gritou alto, assustando todos na sala. Ela balançou a cabeça vigorosamente e murmurou, “Eu não atirei nele. Ele está bem. Ele logo estará aqui.”
O oficial superior que acabara de entrar repreendeu seus subordinados. “O que vocês estão esperando?” Olhando para Sofia, ele ordenou, “Levem-na embora.”
As duas policiais concordaram e rapidamente pegaram Sofia. Elas a arrastaram para fora da sala enquanto ela continuava murmurando algo para si mesma.
No corredor, todos olhavam para Sofia e começavam a cochichar entre si. “Olha! É ela!” uma delas apontou. “Ela matou o filho dela!”
Sofia encarou a mulher e correu em sua direção. “Eu não matei meu filho! Sua desgraçada! Pare de espalhar mentiras!”
“Eu não matei meu filho!” ela gritou novamente, fazendo todos recuarem. As policiais a agarraram firmemente e a moveram em direção ao veículo. Avery e Gracia a observaram partir antes de serem escoltados para o hospital por Ronan e Lucius.
———
[Hospital Grayson]
Elias foi rapidamente movido da ambulância para uma maca, a urgência clara em cada movimento. Os médicos rapidamente colocaram uma máscara de oxigênio sobre seu rosto, suas mãos trabalhando em conjunto para administrar fluidos intravenosos e aplicar pressão sobre as feridas. Os monitores apitavam constantemente enquanto eles o levavam para o centro cirúrgico.
“Tentamos estancar o sangramento o máximo possível. Há três balas, duas no peito e uma abaixo do diafragma,” o líder da equipe informou ao médico, que ouvia atentamente enquanto mantinha o passo.
Evelyn acompanhou-os, segurando firmemente a mão de Elias. Ao chegarem ao centro cirúrgico, os médicos gentilmente a impediram, e ela sentiu a mão de Elias escorregar da sua enquanto as portas se fechavam. Ela ficou ali, olhando para a tela de operação onde o tempo começava a passar. Lágrimas continuavam a cair dos seus olhos, suas mãos e vestido manchados com o sangue de Elias. Seu corpo todo tremia de medo e impotência.
Zevian rapidamente a pegou e a ajudou a se sentar em um banco próximo. Ela olhou para ele, seus olhos suplicando. “Ele vai ficar bem, certo?” ela perguntou, sua voz mal acima de um sussurro.
Zevian a puxou para mais perto e a abraçou apertado. Ele murmurou em resposta, oferecendo uma esperança falsa, embora não tivesse certeza se Elias sobreviveria.
Damien observou o casal e suspirou de frustração. Sua equipe, posicionada ao redor do hospital, não conseguia encará-lo. Apesar do número deles, não puderam evitar o que aconteceu. Se apenas eles tivessem sido autorizados dentro do tribunal, talvez pudessem ter impedido. O pensamento de falhar em proteger esse jovem pesava sobre eles.
Avery e Gracia chegaram correndo, seguidos por Lucius e Ronan. Eles pararam na frente do centro cirúrgico, seus olhos fixos em Evelyn, que se agarrava a Zevian.
“Está grave?” Lucius perguntou a Damien, que assentiu solenemente. Ronan se aproximou, seu rosto marcado pela preocupação.
“Uma pode ter atingido seu coração,” Damien murmurou com um suspiro. Ele tinha visto as feridas; elas estavam perigosamente perto do coração. Todos estavam rezando para estarem errados.
Ronan suspirou profundamente. Ele estava feliz que Annabelle tinha recebido justiça, mas não pelo preço da vida de Elias. Naquele momento, seu telefone tocou, e ele se afastou para atender a ligação do seu avô.
Todo mundo esperava ansiosamente por qualquer notícia do centro cirúrgico. Os olhos de Evelyn estavam fixos na tela de operação, o tempo passando fazendo seu coração bater mais forte a cada segundo que passava.
Justamente então, Rosalind e Theodore chegaram, seguidos por William e seu mordomo. William parecia fraco, usando uma bengala para apoio. Ele tinha evitado ir ao tribunal, com medo que Evelyn não gostasse, mas não pôde ficar longe quando soube que Elias havia sido baleado.
Gracia viu a chegada de William e caminhou até ele. “Como ele está?” William perguntou, sua voz tremendo de preocupação.
“Os médicos ainda não nos disseram nada,” Gracia respondeu, olhando para Evelyn. Ela ajudou William a sentar no banco em frente a Evelyn, enquanto Rosalind e Theodore falavam com Damien.
Minutos se transformaram em horas, cada uma aumentando o temor em todos os corações. Enfermeiras entravam e saíam do centro cirúrgico, levando pacotes de sangue arranjados pelos homens de Damien. A atmosfera estava tensa, preenchida pelo peso da preocupação coletiva.
Avery olhou para o relógio; já passava das três da tarde. Evelyn não tinha comido nada desde que saíra para o tribunal pela manhã. Suspirando, Avery caminhou até Evelyn e se agachou na frente dela, segurando sua mão. “Vamos para casa, Evy. Você precisa se limpar e comer algo.”
“Não, eu não vou a lugar nenhum,” Evelyn murmurou, seus olhos fixos na tela de operação.
Avery suspirou e tentou consolá-la. “Você não comeu nada desde esta manhã. Você precisa de forças para esperar por ele. Você não está sozinha agora. Você precisa pensar no bebê também, Evy.”
Evelyn olhou para sua amiga, lágrimas escorrendo pelo seu rosto. “Ele é meu bebê também, Avy. Como posso deixá-lo nesse estado? Quando eu nem sei se ele está vivo ou não?”