A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso - Capítulo 172
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172: Fingindo Viver 172: Fingindo Viver Evelyn abraçou sua mãe com força, lágrimas correndo livremente como se tivessem esperado todos esses anos para explodir. Gracia também chorou, seu corpo frágil tremendo com a liberação das emoções que ela havia suprimido por tanto tempo. A alegria de ver sua filha novamente misturada à agonia dos anos que perderam – foi avassalador.
Ambas não falaram no início, deixando as lágrimas falarem por elas. O coração de Evelyn doía ao ver a fragilidade de sua mãe, e, ainda assim, ela sentia uma alegria indescritível. Ela estava viva.
“Senti tanto a sua falta,” sussurrou Evelyn, sua voz quebrando com emoção.
Gracia assentiu, sua mão gentilmente tocando o rosto banhado em lágrimas de Evelyn. “E eu senti ainda mais saudades de você, minha pequena Eve. Não houve um único dia que eu não pensasse em você.”
Seu momento foi interrompido pelo som suave de passos. Dr. Wismay se aproximou cautelosamente, uma expressão amável e firme em seu rosto. “Senhorita Evelyn”, ele começou, “eu entendo que este é um momento emocional, mas a saúde de sua mãe ainda está frágil. Muito estresse pode ser perigoso para ela.”
Evelyn imediatamente recuou um pouco, sua preocupação superando suas emoções. “Me desculpe”, ela murmurou, seus olhos passando rapidamente para os monitores ao lado da cama.
Gracia sorriu fracamente, enxugando suas lágrimas. “Tudo bem, Eve. Só de ver você… já é suficiente.”
Um sorriso agridoce brincou nos lábios de Gracia enquanto ela examinava sua filha de perto. “Você cresceu e se tornou uma mulher tão linda,” murmurou, sua voz tingida de orgulho e coração partido. “A última vez que eu te segurei, você era apenas uma garotinha, com bochechas fofinhas e tudo.”
Evelyn fungou, um biquinho brincalhão se formando em seus lábios. “E você envelheceu,” ela provocou, enxugando suas próprias lágrimas.
Gracia riu, sua risada fraca mas genuína. “Você não mudou nada,” ela disse, puxando sua filha para outro abraço. Desta vez, Evelyn estava atenta aos dispositivos presos ao peito de sua mãe, cuidadosa para não causar desconforto.
Dr. Wismay pigarreou, dando um passo para trás para lhes dar mais tempo. Evelyn se moveu para a cadeira ao lado da cama, segurando a mão de Gracia firmemente, como se soltá-la pudesse fazer o momento desaparecer.
Enquanto isso, Damien dirigia em alta velocidade para o hospital, seu telefone vibrando incessantemente com atualizações. Ao ouvir a boa notícia de que Gracia estava acordada, ele não pode deixar de sentir uma onda de alívio.
Quando ele chegou, sua alta estatura preencheu a entrada. O olhar de Gracia pousou imediatamente nele, e um lampejo de reconhecimento passou por seus olhos. Ela se lembrava dele – o homem do navio, aquele que a havia resgatado.
Seus lábios se curvaram em um pequeno sorriso de aprovação enquanto ela se voltava para Evelyn. “Ele é seu namorado?” ela perguntou, sua voz cheia de curiosidade e um toque de travessura.
As bochechas de Evelyn coraram enquanto ela balançava a cabeça rapidamente. “Não, ele é apenas um amigo,” ela esclareceu. Então, com um olhar brincalhão para Damien, ela acrescentou, “O melhor amigo do meu marido.”
Os olhos de Gracia se arregalaram de surpresa. “Marido?” ela repetiu, a palavra ecoando no ar.
Evelyn assentiu com um sorriso. “Sim, Mãe. Eu sou casada.”
A expressão de Gracia mudou de choque para alegria, como se ela tentasse juntar quanto tempo havia passado. “Eu suponho que você teria por volta de vinte e sete anos agora,” ela murmurou.
Evelyn assentiu novamente, seu sorriso crescendo. “E aquela,” ela disse, apontando para Rita, “é Rita – minha guarda-costas e também melhor amiga da sua neta.”
Rita deu um passo à frente, sua empolgação mal contida. Ela fez uma reverência profunda e cumprimentou Gracia em seu tom usual animado. “Olá, Senhora Mais Velha! É tão bom vê-la acordada finalmente. Todos nós estivemos esperando por esse dia.”
Gracia assentiu, seu sorriso caloroso mas fraco. Seu gaze retornou para Evelyn. “Neta?” ela perguntou suavemente, como se a palavra em si fosse um presente.
“Sim,” Evelyn respondeu, sua voz cheia de orgulho. “Ela fará cinco anos daqui a alguns meses.”
Uma mistura de alegria e tristeza piscou no rosto de Gracia. “Perdi tanta coisa,” ela sussurrou, sua voz pesada com arrependimento.
Dr. Wismay interrompeu gentilmente a conversa deles. “Não vamos cansá-la demais,” ele disse. “Eu preciso verificar seus sinais vitais.”
Evelyn e Rita se afastaram enquanto a equipe de Wismay começou o exame. O médico notou que a pressão arterial de Gracia estava um pouco elevada, provavelmente devido ao estresse emocional, mas no geral, sua condição era estável.
Assim que o exame foi concluído, Wismay olhou para Gracia e perguntou, “Se você estiver se sentindo bem, eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas. Por favor, me avise se sentir algum desconforto.”
Gracia assentiu, seu aperto na mão de Evelyn apertando em busca de apoio.
Wismay ajustou seus óculos e começou. “Quando você foi trazida para cá, os relatórios indicaram que você foi diagnosticada com psicose severa…” Ele hesitou, escolhendo suas palavras com cuidado. “Mas parece que você estava fingindo. Pode nos explicar isso?”
A expressão de Gracia escureceu, e ela soltou um suspiro pesado. “Sim,” ela admitiu, sua voz mal acima de um sussurro. “Eu fingi estar mentalmente instável.”
A sala caiu em silêncio. Até mesmo Damien, que havia dado um passo mais perto, parecia prender a respiração. Rita, sempre diligente, ligou o gravador para documentar tudo.
Gracia respirou fundo e começou sua história. “Quando eu fui sequestrada pela primeira vez, eles tentaram me quebrar. Por anos, eles me torturaram, tentando me enlouquecer. Um dia, eu ouvi eles dizerem que se eu não enlouquecesse, eles tinham ordens para me matar. Então, eu dei a eles o que queriam. Eu me comportei como parte, me tornei a ‘mulher louca’ que eles precisavam que eu fosse, apenas para sobreviver.”
As mãos de Evelyn tremiam com raiva, e sua mandíbula estava cerrada. A dor na voz de sua mãe era quase insuportável.
Rita murmurou em espanhol sob sua respiração, “Qué monstruos. Como alguém pode ser tão cruel?”
Wismay assentiu pensativamente, sua expressão grave. Damien trocou um olhar com Evelyn, reconhecendo silenciosamente a força que Gracia deve ter tido para suportar tudo isso.
Após um momento, Wismay falou. “Já que ela estava fingindo, eu não acredito que precisamos proceder com qualquer tratamento psiquiátrico,” ele disse.
As sobrancelhas de Damien se franziram. “Isso significa que podemos levá-la para casa?”
Wismay sorriu, passando tranquilidade. “Sim. Nós lhe daremos alta amanhã. Os tratamentos restantes de saúde física podem ser feitos em sua casa. Eu enviarei uma equipe e visitarei regularmente.”
Os olhos de Evelyn brilharam com gratidão. “Obrigada,” ela disse baixinho.
Enquanto Wismay e sua equipe saíam do quarto, ele fez uma pausa para olhar para trás, em direção a Gracia. “Você tem sorte de ter uma filha tão notável. Ela moveu céu e terra para encontrá-la.”
Os olhos de Gracia encheram de lágrimas mais uma vez enquanto ela olhava para Evelyn. “Realmente, sou abençoada.”
Evelyn balançou a cabeça, sua voz firme. “Não, Mãe. Eu sou a sortuda. Se você não tivesse me tirado do orfanato, eu não teria tido esta vida.”
Gracia ofegou, sua mão voando para seu peito. “Você… você sabe que eu não sou sua mãe de verdade?”
Evelyn assentiu, seu sorriso caloroso e inabalável. “Você é minha mãe, sempre foi e sempre será.”
Gracia rompeu em soluços, puxando Evelyn para um apertado abraço. Até mesmo Rita enxugou uma lágrima solitária, incapaz de conter suas emoções.
Wismay observou a cena silenciosamente, um sorriso suave em seu rosto. Ele esperava que as forças malignas que haviam separado essa família enfrentassem a justiça. E Evelyn? Ela já havia prometido garantir isso.