A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso - Capítulo 160

160: Uma batalha perdida 160: Uma batalha perdida “””Al… Viva?” Evelyn puxou o ar num suspiro afiado, com o coração batendo selvagemente. Lágrimas se formavam nos cantos de seus olhos, a ideia de vê-la novamente a inundava. E se tivessem confundido outra pessoa com ela? O medo preenchia seu peito, mas Damien nunca poderia estar errado.

“Ronan e Damien já estão lá. Ele perguntou se você queria voar?” Zevian perguntou, entendendo as preocupações de Damien. Parecia haver mais no que ele havia contado para eles, algo que poderia ferir Evelyn ainda mais, e o sutil aviso os assustou. Justo quando ela finalmente sorria em meio à bagunça, aqui estava outra das cruéis reviravoltas do destino, pronta para arrebatá-lo.

“Si-sim!” Evelyn respondeu com uma voz trêmula.

Zevian assentiu e olhou para John, que já havia retornado, alertado pelos homens de Damien sobre esta nova missão. Rita, também, parecia preocupada com Evelyn, insegura de como ela estava lidando com isso.

Kiana olhou para seus pais e então para seus dois guarda-costas. Ela não conseguia entender o que estava acontecendo; tudo o que sabia era que sua verdadeira avó estava morta, e a mãe do Tio Eli estava de alguma forma por trás disso. Ela se lembrava de como ela e Evelyn haviam enganado Sophia fazendo-a acreditar que Gracia estava viva durante aquele jantar. Ah sim! Os olhos da menina se arregalaram com a realização — foi depois que William teve alta do hospital.

“Eu vou com você também,” declarou a menina, animada para ver sua verdadeira avó e contar a ela como seu marido, William, parecia triste sem ela. Ela usaria até seu charme para trazê-la de volta e dar a sua mamãe uma família feliz.

“Não, querida!” Evelyn balançou a cabeça. Eles não sabiam que perigo esperava diante da verdade, e ela não podia colocar a vida de Kiana em risco.

“Damien pediu para trazê-la conosco,” afirmou Zevian com um pequeno suspiro. Evelyn olhou para ele chocada, confusão preenchendo seus olhos, enquanto Kiana começava a dançar alegremente, excitada para ver sua verdadeira avó.

Encontrando o olhar de Evelyn, Zevian continuou, “Ele também mencionou que deveríamos nos preparar para ver o pior. E talvez tenhamos que ficar por mais de uma semana ou duas.”

“P-por quê? Ela… Ela está doente?” Evelyn perguntou, uma lágrima escorrendo pelo seu rosto. Ou pior, em perigo? Seu coração batia forte com o pensamento.

“Sem ideia,” respondeu Zevian com honestidade. Damien os havia avisado para voar apenas depois de preparar Evelyn mentalmente. E pela forma como ele havia se expressado, Zevian sabia que a situação era ruim. Eles precisavam ser fortes e se prepararem para o pior.

“Então vamos rápido!” pressionou Evelyn, limpando suas lágrimas. Enquanto Gracia estava viva, ela daria tudo para mantê-la segura e trazê-la de volta para suas vidas. Sentia como se, após viver através de uma noite escura, finalmente havia encontrado a luz do sol perdida, e não importava o quê, ela não poderia perdê-la novamente.

Zevian assentiu e, pegando Kiana, saíram correndo do parque, seguidos por John e Rita. O gerente do parque estava confuso ao vê-los sair após apenas um passeio. Ele alugou o parque inteiro para apenas um passeio? Pessoas ricas realmente pensavam de forma diferente, ele refletiu antes de virar-se para sua equipe para declarar um feriado.

—
[No aeroporto]
“Me desculpe tanto, não posso ir com você.” Avery abraçou Evelyn fortemente, sentindo-se culpada por não poder acompanhar a amiga numa jornada tão emocional. Zevian estava com ela, e até o ursinho, então ela não precisava se preocupar muito.

“Está tudo bem. Eles podem ficar desconfiados se todos nós sairmos,” Evelyn respondeu, forçando um pequeno sorriso.

“Lembre-se, você tem que voltar até quarta-feira. Temos uma audiência no tribunal,” Theodore, que havia vindo com Avery, os advertiu novamente. Ele havia arriscado todo tipo de perigo—riscos que poderiam efetivamente tirá-lo do seu partido—mas valia a pena contanto que Evelyn pudesse reorganizar sua vida. Sophia estava se divertindo por tempo demais, e era necessário contê-la.

Evelyn assentiu e o abraçou, grata por ele ter ajudado a conseguir permissão para ela sair do país. Damien havia submetido provas de Gracia através de Theodore, enfatizando sua condição, que talvez só melhorasse se Evelyn a encontrasse pessoalmente. Ver Gracia viva já era uma notícia chocante para o governo; eles aprovaram a viagem de Evelyn imediatamente, garantindo que fosse ultra-secreta, com apenas dois oficiais superiores cientes dela.

“Me ligue assim que chegar lá,” disse Lucius a Zevian, aliviando suas preocupações finalmente ao verem uma luz no final dessa tremenda confusão. Se conseguissem trazer Gracia de volta em segurança e com sucesso, seria o fim do jogo para Sophia.

Kiana, nos braços de Zevian, puxou levemente a manga da mãe, urgindo-os a voar logo. “Vamos, Mamãe!” ela disse, com a empolgação clara em sua voz.

TroCando um último adeus com Theodore e Avery, o trio partiu para Xather, um país distante. Rita os seguiu também, já que ela sabia falar espanhol, enquanto John ficava para trás para trabalhar com a equipe de Damien.

“Como devo desejar em espanhol?” Kiana, sentada com Rita, perguntou, aliviando o clima dentro do jato. “Quero fazer a vovó ficar feliz-feliz~”
Rita, com um sorriso, ensinou algumas palavras para a menina. Evelyn sorriu enquanto Kiana tentava imitar fofamente o sotaque de Rita, mas seu coração não conseguia parar de bater acelerado em seu peito.

Zevian a puxou para mais perto em um abraço, acariciando sua cabeça gentilmente. “Ela vai ficar bem, não se preocupe,” ele a tranquilizou, e Evelyn assentiu, respirando fundo.

Não era só Damien, mas Ronan também estava em Xather, monitorando Gracia de perto, e mesmo assim não era suficiente para acalmar seus nervos. Sua mente era um turbilhão de emoções — medo, antecipação, e acima de tudo, uma sensação avassaladora de alegria. Mas Evelyn não seria capaz de acreditar até ver com seus próprios olhos — até ver sua mãe novamente.

Quando desembarcaram em Antimosa, uma cidade usualmente apelidada como o centro da máfia de Xather, Kiana estava profundamente adormecida nos braços de Evelyn. O voo foi de dois dias com uma escala no meio, e Evelyn não havia conseguido dormir nem um piscar de olhos.

Zevian cuidadosamente pegou Kiana dos braços de Evelyn. A menina resmungou antes de abraçar seu papai fortemente, ainda num sono profundo. Enquanto Rita se apressava em descer para encontrar a equipe enviada por Damien, Zevian ofereceu sua outra mão à sua esposa. Evelyn respirou fundo, abriu os olhos e segurou firmemente a mão de Zevian antes de sair do jato.

A noite estava densa de tensão, sugerindo a tempestade que poderia ocorrer nos próximos dias. Era curioso como a atmosfera espelhava perfeitamente suas emoções, o vento forte fazendo Kiana estremecer levemente.

“O chefe e seu amigo estão esperando por vocês na mansão,” disse o chefe dos seguranças para Rita, detalhando as ordens dadas por Damien.

“Certo. Nos leve para lá,” Rita respondeu em espanhol antes de caminhar até o casal. Ela informou a Zevian, e todos partiram para a casa.

Damien e Ronan esperavam pacientemente no salão da grande mansão. Parecia que eles haviam comprado uma, percebendo que sua estadia seria mais longa do que o previsto, e Evelyn ficou aliviada. Kiana estaria segura aqui com alta segurança ao redor o tempo todo, diferente de hotéis ou apartamentos.

“Ela está dormindo?” Damien perguntou ao entrarem na casa. Zevian assentiu e cuidadosamente colocou Kiana no sofá. A menina murmurou algo em seu sono antes de se ajustar no sofá, uma empregada rapidamente cuidando dela.

“Onde ela está?” Evelyn perguntou na antecipação. Ela olhou em volta pela casa, esperando que eles a tivessem trazido para lá, mas suas expressões tensas a preocuparam. “Ela está bem?” ela perguntou, pavor preenchendo seu coração.

Damien soltou um pequeno suspiro e olhou para seu novo assistente aqui em Antimosa. Esteban Gracis, que administrava a base de Damien em Xather, deu um passo à frente a mando de seu mestre. Zevian trocou um olhar com Damien antes de aceitar o tablet de sua mão.

“Ela está em um asilo,” Damien avisou, preparando Evelyn para o pior.

Lentamente Zevian deu play no vídeo, e Evelyn se inclinou mais para perto, lágrimas já se formando nos cantos de seus olhos. A filmagem de CCTV de uma cela de cadeia começou a tocar, e do nada, uma mulher se aproximou da câmera.

“Bu~”
A mulher riu alto como uma maníaca, antes de fazer caretas para a câmera. Seu rosto estava sujo de terra, obscurecendo suas feições e a tornando quase irreconhecível. Seus cabelos, cortados em um bob irregular, pendiam flácidos em torno de seu rosto, aumentando sua aparência desgrenhada. Seus dentes, manchados e sujos, apareciam enquanto ela se aproximava mais da câmera, com olhos selvagens e sem piscar. Ela usava um vestido de paciente esfarrapado, o tecido que antes era branco agora estava cinzento e sujo, grudado a seu corpo frágil.

“Solem siyam sipa soya! Hohohoo!” a mulher começou a murmurar, antes de saltar da cama. Ela começou a dançar por aí, jogando suas mãos e pernas antes de parar na porta para xingar o zelador.

A visão era muito pior do que o casal havia se preparado. O coração de Evelyn se apertou fortemente, lágrimas brotando em seus olhos enquanto ela absorvia a cena. “Mãe…” ela desabou, lágrimas escorrendo por suas bochechas.

A mulher veio perto da câmera novamente, cantando uma música em uma língua que ninguém podia entender. Então ela voltou para a porta, chutou-a, lutou para abri-la antes de mostrar o dedo médio para o zelador.

Não… Não pode ser Gracia! Ela tentou negar, mas cada pequena coisa que ela poderia reconhecer em sua mãe continuava aparecendo em sua cabeça. Aquele rosto antes belo que sua pequena versão adorava segurar e beijar sempre que sentia vontade, aqueles olhos castanhos encantadores que podiam levar embora toda sua tristeza agora haviam perdido seu encanto.

“Nossos médicos a examinaram e nos deram sem esperança.” Ronan começou, movendo-se para o assunto mais urgente. “Será impossível provar Sophia errada mesmo que a levássemos de volta. Ela não lembra de nada nem tem controle sobre si mesma.”