A Esposa de Aluguel do Bilionário é um Arraso - Capítulo 124
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124: Você Nos Escolheu 124: Você Nos Escolheu Lágrimas escorreram dos olhos de William, sua expressão mais sincera do que as palavras que ele acabara de lançar a Evelyn. Embora estivesse escuro, ela podia ver a umidade em seus raros olhos castanhos, seus cílios tremeluzindo levemente enquanto ele tentava controlar o surto.
“O-que você quer dizer?” Evelyn perguntou confusa, sua voz mal superando um sussurro. Ela estava aterrorizada com o rumo que essa conversa poderia tomar. Seu pior medo estava se tornando realidade, ou havia algo ainda mais devastador que pudesse esmagar ainda mais seu coração? Ser trocada ao nascer era suportável, mas ser trazida para substituir uma criança morta, para salvar o status de uma família — esse pensamento era insuportável.
William fechou os olhos e respirou fundo. Esta verdade deveria ter sido enterrada com ele, que nunca deveria ter visto a luz do dia. Mas Gracia estava certa, a verdade é como carvão quente enfiado na boca de alguém. Você não pode segurá-la, não importa o quanto tente. Seu silêncio apenas tornou Evelyn mais ansiosa, sua mente turbilhão com um redemoinho de pensamentos.
“É verdade, mas há mais nisso,” William finalmente disse, seus olhos encontrando o olhar aterrorizado de Evelyn. Suas palavras a congelaram no lugar, uma única lágrima deslizando lentamente de seu olho. “Eu não sei que tipo de história você ouviu, mas você nunca foi trazida para substituí-la.”
“Então por que vocês me adotaram e me deram o nome dela?” Evelyn explodiu, suas lágrimas fluindo livremente. Se eles nunca a tivessem adotado, nunca a tivessem trazido para sua casa, sua vida não teria sido mais pacífica? Essas duas décadas de sofrimento, a indiferença de William, o bullying constante de Sophia, o ódio em seus olhos por supostamente ter tirado Gracia dele — nada disso teria acontecido.
“Eu não merecia nada disso, nem o seu amor ou o seu ódio,” acrescentou lentamente, cada palavra perfurando diretamente o coração de William.
Era verdade. Ele tinha a compreendido mal todos esses anos. Após a morte de Gracia, Evelyn havia se tornado rebelde, sua arrogância e brigas constantes com Sophia fazendo-o se arrepender de tê-la trazido para a família. Esses pensamentos vis apenas o atormentaram, especialmente depois que Charlotte partiu quando Evelyn tinha apenas doze anos. Ele acreditava que Evelyn não se importava com sua mãe morta ou com a família, afastando-se dela até que se tornaram estranhos.
Mas esta noite esclareceu todos os seus mal-entendidos. Ele percebeu que havia sido um idiota todos esses anos. O fato de Evelyn ter iniciado uma empresa em homenagem a Gracia, para realizar seus sonhos, mostrava o quanto ela a valorizava e ainda a amava. Isso despedaçou todas as suas suposições negativas sobre ela. Ele pensou que poderiam ter uma chance de melhorar se ele se desculpasse e fizesse as coisas direito. Mas parecia que estavam indo em círculos novamente.
William suspirou, sentindo-se oprimido por seus pensamentos. Ele nunca foi bom com as palavras; Gracia sempre lidou com isso. Mas esta noite, ele tinha que abrir seu coração. Evelyn merecia saber tudo, e ele estava determinado a não perder sua filha — seu coelhinho — mesmo que ela quisesse cortar laços depois de ouvir a verdade.
“Nós não fomos os que escolhemos você como nossa filha, Evelyn,” William começou, confundindo-a ainda mais. Quando os olhos dela o encontraram, ele continuou, “Foi você quem nos escolheu. Você queria que fôssemos seus pais, e você queria que Gracia fosse sua Mamãe.”
As lágrimas de Evelyn escorriam por seu rosto, suas emoções mal controladas. Suas palavras encheram seu coração de dor, mas também acenderam uma faísca de esperança de que talvez algo bom pudesse sair dessa bagunça.
“Depois daquele acidente, Gracia estava devastada, então eu a levei para fora da cidade para mudar. Fomos à cidade natal de sua avó e ficamos lá por alguns meses,” William continuou, um pequeno sorriso surgindo em seus lábios como se recordasse dias melhores. Evelyn esperou que ele terminasse. “Havia um orfanato, e Gracia passava a maior parte do tempo com as crianças. Ela cozinhava para eles, brincava com eles e tentava curar a dor.”
“E então…” William hesitou, incerto se Evelyn poderia lidar com a próxima parte, mas quando ela olhou para ele esperançosa, ele continuou. “Numa noite, estava chovendo forte, e Gracia quis levar cobertores quentes para o orfanato. Quando chegamos aos portões de entrada, encontramos você — chorando e encharcada em uma cesta. Nós rapidamente te trouxemos para dentro, e mais tarde, a equipe descobriu que sua mãe biológica havia deixado você lá.”
A mente de Evelyn congelou, seu coração doendo enquanto imaginava a cena. Mas isso ainda não explicava por que ela foi usada para substituir a filha morta deles.
“Você tinha pouco mais de sete meses,” William disse, sua voz tremendo levemente de emoção. “Gracia tentou se distanciar de você porque você a fazia lembrar de nossa filha, mas você só parava de chorar nos braços dela. Você só tomaria leite se ela te alimentasse e só dormiria se ela te segurasse perto. Em uma semana, vocês duas se tornaram inseparáveis, e a diretora do orfanato sugeriu que te adotássemos.”
‘Você me escolheu como sua Mamãe, querida. Eu sempre serei grata por isso.’ Evelyn lembrou-se das vezes em que Gracia lhe havia confessado isso. Agora tudo fazia sentido. Mas, suas perguntas ainda não haviam sido respondidas.
“Nós te trouxemos para a mansão, mas minha mãe insistiu que te nomeássemos Evelyn. Ela achava que era o melhor, mesmo que nós tivéssemos objeções, pois planejávamos te contar a verdade desde o início. Mas ela não te aceitaria a menos que concordássemos, então fomos forçados a aceitar isso.”
Evelyn franziu a testa, lembrando-se de uma versão diferente da história que ela tinha ouvido de Reema. Enxugando as lágrimas, ela disse, “Mas me disseram que foi a Vovó quem me trouxe para cá e que vocês não me queriam. Vocês só concordaram porque a condição da Mamãe estava piorando, e ela precisava desesperadamente de uma criança.”
Os olhos de William se arregalaram em choque, a raiva invadindo-o. “Quem te disse tal besteira?” ele rosnou. Ele não podia tolerar mentiras sobre Gracia — especialmente sobre sua saúde mental.
Evelyn não respondeu, sua mente girando enquanto tentava dar sentido a tudo. Ela nunca havia duvidado do amor de Gracia, mas seus sentimentos em relação a William sempre foram conflitantes. Ela sentia que ele havia traído tanto ela quanto Gracia ao usá-la como substituta, mas agora a verdade parecia diferente. Reema havia distorcido a história para fazê-la ressentir-se mais de William, para impedi-la de derrubar as barreiras entre eles. Estava tudo fazendo sentido agora, inclusive quem poderia estar por trás disso.
O coração de William acelerou com seu silêncio, temendo que ela pudesse odiá-los por ter mentido para ela todos esses anos. “Sim, fomos egoístas por concordar tão facilmente com o plano da minha mãe,” ele admitiu. “Mas você trouxe felicidade de volta às nossas vidas, Evelyn. Você foi a razão para Gracia começar a sorrir novamente, e eu sou além de grato por isso.”
Quando Evelyn olhou para ele novamente, William confessou, “Sim, foi errado da minha parte te odiar pela perda dela. Eu nunca deveria ter julgado você pela perspectiva de outra pessoa. Eu errei com você, e você pode me odiar o quanto quiser. Mas lembre-se — Gracia sempre te amou. Ela ainda ama.”
Virando-se em direção ao túmulo, William adicionou suavemente, “Você foi suficiente para ela. Ela não queria mais filhos. E ela… tentou te proteger até o seu último suspiro.”