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270: Capítulo 269 270: Capítulo 269 Dois meses não mudaram o fato de que Vetta não sabe nada o que fazer da sua vida.
Esses últimos dois meses não foram fáceis, pois ela sempre se encontra resistindo à constante vontade de voltar ao palácio.
Mas ela havia prometido ao Rei Lucien que iria ‘se curar’, estava determinada a não decepcioná-lo… seja lá o que isso ‘curar’ signifique. As feridas que tem não podem ser curadas.
Mas desde que já fez uma promessa assim, estava determinada a tentar viver como uma mulher livre e se esforçava para manter essa promessa.
Nos últimos dois meses, ela tentou fazer tudo o que as mulheres normais do Reino de Salem fazem. Ela vai ao mercado pegar mantimentos para a comida, vai à feira sempre que ouve que vai ter entretenimento de carnaval, cuida da sua grande casa e até sai para colher frutas que caem no jardim.
Tem sido bom, Vetta admitiu para si mesma enquanto preparava sua mesa para um jantar cedo no silêncio da sua grande casa. Não tem sido fácil, mas tem sido bom. A vida de uma mulher livre era monótona, mas fascinante.
Mais uma das coisas que a motivava a continuar era sua antiga empregada, Kaya, que sempre vem do palácio trazendo frutas e alimentos.
“Do Rei!” Ela sempre anuncia em sua porta. Vetta sempre se vê abandonando qualquer coisa que estivesse fazendo e correndo para abrir a porta. Esses momentos sempre eram os melhores.
O Rei manda muitas coisas através da Kaya, isso a deixa feliz. Esses momentos a incentivam mais, junto com as memórias do último dia que passou no palácio antes da sua partida. Seu coração estava… mais leve.
Ela terminou de arrumar a mesa e se sentou na cadeira. Ao alcançar sua comida, ouviu uma batida na porta.
“Do Rei!” Veio o anúncio familiar.
A excitação encheu Vetta, ela já estava fora da cadeira num relâmpago e no próximo, estava destrancando os cadeados e abrindo a porta.
Kaya entrou como de costume com um sorriso enorme no rosto. As duas bandejas em cada uma de suas mãos continham comida coberta e frutas. “As melhores noites, Senhora.”
“Como está o Rei?” Ela perguntou enquanto Kaya caminhava até a sala de jantar e colocava as bandejas na mesa.
“O Rei está bem, mas muito ocupado.” Ela irradiou.
“Ele está sempre ocupado. O que tem na segunda bandeja?”
“Ah, é um novo prato testado no palácio pela Noma, a cozinheira.” Kaya sorriu para ela, “Você vai adorar, Senhora!”
Vetta inclinou a cabeça para o lado enquanto olhava para a comida estranha que não se parecia com outras que já vira no palácio. “Ok. Espero que seja gostoso.”
Kaya acenou enfaticamente.
Vetta pegou sua colher e provou um pouco. Realmente era uma refeição deliciosa. Ela se concentrou nela e devorou a refeição vorazmente.
Quando foi pegar outras comidas, algo aconteceu.
Ela começou a sentir tontura. Sua visão embaçada.
“Kaya?”
A última coisa que viu antes de perder a consciência foi o sorriso no rosto de Kaya.
***********
O Rei Lucien acabou de voltar do Tribunal Real, muito cansado com uma dor de cabeça latejante incomodando. Ele caminhava com uma leve manquidão que vem de ficar muito tempo em pé. Foi um dia muito atarefado, como tem sido pelos últimos dois meses.
Mais cedo no mesmo dia, ele recebeu a carta da Princesa Kamara e foi forçado a abri-la.
Outras cartas, ele nem se preocupou em abrir porque, francamente, ele não liga para o que poderiam conter. Ele não tem a intenção de se casar com a Princesa.
Mas quando veio por um mensageiro, ele deduziu que deve haver mais nela — tem que haver para que o mensageiro fosse mandado de Navia a Salem.
Então, ele a abriu e leu.
De fato, havia mais na carta. Finalmente fazia sentido, o comportamento da Princesa aqui em Salem. O coração dela já pertence a outro. Como o dele.
Ele andou até sua mesa e se acomodou na cadeira, sua mão pressionando sua cabeça latejante. Ele está só tão cansado.
A correria de seus dias não faz nada para aliviar as dores no seu peito, a agonia na sua cabeça, os tormentos de sua mente e as torturas de sua noite.
Ele pensou que tinha pensado bem. Aquelas duas semanas que levou para decidir deixá-la ir, ele achou que tinha realmente pensado bem.
Aparentemente, ele pensou errado.
Ele nunca contou com a possibilidade de acordar pela manhã depois de uma noite de duas horas sem dormir e ela ser o primeiro pensamento em sua mente. Nunca contou em ficar incapaz de ter um pensamento claro por mais do que algumas horas sem o pensamento dela nublar sua cabeça. Nunca contou com a dor ruim em seu peito pior que uma ferida de uma queda ruim que se recusa a desaparecer.
As noites são as piores.
As memórias dela — deles — assombram seus sonhos. Seus momentos acordados. Seus momentos sem sono pela noite. Seu estado sem sonhos. Suas horas de trabalho. Suas horas solitárias. Tudo.
Ele a ama. Ele não percebeu o quanto a ama até se virar e não poder mais vê-la.
Depois que a deixou ir, conforme os dias se transformaram em semanas, ele percebeu que a ama com uma intensidade que não é normal. Uma intensidade que é aterrorizante. Indescritível. Dominante.
Esse sentimento não o fez dar um passo à frente. Em vez disso, fez ele dar um passo atrás.
Para um homem como ele, controle era tudo. Ter controle salvou sua vida várias e várias vezes quando nada mais fez.
Anos de escravidão ele passou construindo esse controle só para assistir ele tremer quando Danika entrou em sua vida e desabar quando ele a deixou ir. Saber que uma mulher tem esse poder sobre ele era alarmante, aterrorizante.
Ele ficou longe esses últimos dois meses pensando que iria passar. Se tem algo, piora… esses sentimentos por ela. E seu filho? Ele sente tanta falta do seu filho que é uma dor em seu sangue.
“Dargak.” Ele gemeu, sua cabeça latejando enormemente.
A porta se abriu e o guarda entrou. Ele ordenou ao guarda para pegar as porções contra dor de cabeça que Angie fez para ele mais cedo no Tribunal.
Minutos depois, o guarda retornou com a porção que ele tomou de um gole só. A porção não funcionaria, mas ainda é melhor do que nada.
A porta se abriu e Zariel entrou. “O mensageiro do Reino de Navia está prestes a voltar ao seu Reino. Ele pede para saber qual resposta ele levará em relação à carta.”
A carta.
O Rei pegou um novo pergaminho e uma pena tintada e escreveu sua resposta para a princesa.
**********
Visões embaçadas era tudo o que ela via quando seus olhos se abriram. Ela os fechou.
Os abriu novamente.
Os fechou.
Os abriu novamente.
Vetta sacudiu a cabeça para limpar a névoa restante de seus olhos conforme se erguia da incômoda cama dura. Ela está em uma caverna, isso ela pode perceber.
“Olha quem se juntou a nós novamente.” Veio a voz profunda.
Aquela voz…
A névoa se dissipou de seus olhos imediatamente, e seus olhos cinza-escuros encontraram o dono daquela voz que sempre esteve em seus pesadelos pelos últimos cinco anos.
É realmente ele. É realmente ele!
“Eu pensei que você tinha morrido…!” Ela exclamou em choque ao saltar da cama.
Os lábios de Coza se abriram naquele sorriso monstruoso que ela nunca realmente esqueceu. “Você não gostaria disso, pet?”
Vetta não pode acreditar nisso! Raiva feroz, medo, fúria e dor misturados.
Adrenalina bombeou dentro dela quando ela correu em sua direção e o empurrou com todas as suas forças. “Monstro! Seu monstro!! O que você fez comigo!? Monstro!!”
Dois passos para trás sob a força de seu empurrão, ele parou. “Oh, pet. Você não mudou nada, não é? Pensei que ser uma senhora deveria ter feito algumas mudanças.” Ele ainda estava sorrindo, “Acho que não muito. Você ainda é a mesma vixen feroz e irritada de sempre.”
“Eu não sou NADA seu!” ela gritou para ele, “Seu monstro!” Seus olhos ardentes capturaram a figura feminina que estava do outro lado da caverna.
Sua raiva disparou, “Sua vadia!” Ela rosnou.