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252: Capítulo 251. NÃO HÁ FÚRIA COMO A DE UMA MULHER DESPREZADA. 252: Capítulo 251. NÃO HÁ FÚRIA COMO A DE UMA MULHER DESPREZADA. ***NO REINO DE NAVIA***
Rei Valendy estava enfurecido. Pura e simples fúria.
Em seus Aposentos, Kamara estava ajoelhada no chão com o coração na garganta. Donna estava ao lado, ofegante e sem conseguir se acalmar depois de todo o transtorno que Callan causou.
Ele dificultou ao extremo que fossem capturados e trazidos de volta ao palácio. A forma como ele lutou contra os guardas era inacreditável.
Rápido e letal. Tão incomum para um CAMPONÊS, pensava Donna.
Rei Valendy estava a alguns passos de sua filha, com os olhos faiscantes. “Como você pôde, Kamara. Você me deu sua palavra!” Ele gritou para a filha.
“Por favor, pai… Sinto muito por ter te decepcionado tanto, não foi minha intenção.” Ela implorou.
“Você está certa. Você me decepcionou profundamente, Kamara. Você é uma princesa, e eu sempre tratei sua palavra como o ouro que pensei que fossem.”
“Você sabe que são, pai. Eu sempre mantive minhas palavras! Eu não vou contra a minha palavra! É só que…” Ela parou, com os olhos implorando para que ele entendesse.
“É só que seu melhor senso de dever e raciocínio foi para o descanso desde que você conheceu esse camponês seu. Que feitiço ele está usando para prender minha filha!” Ele se enfureceu.
Oh, não! “Não, ele não está usando nenhum—”
“Eu pretendo descobrir!” Ele continuou como se ela nunca tivesse falado, “e eu farei tudo em meu poder para libertá-la desse homem, Kamara. Incluindo matá-lo!”
Ela se jogou aos pés dele, agarrando-se firmemente. Lágrimas encheram seus olhos. “Por favor, pai! Não! Foi meu erro, eu deveria ser a punida, não Callan! Ele não fez nada de errado!”
“Ele obviamente é quem está te atraindo. Isso é, por si só, um crime capital! Como ousa ele…!” Olhos ardentes encararam a filha, “Como ousa VOCÊ, Kamara! Como ousa abandonar seus deveres por um CAMPONÊS!”
“Eu não abandonei meus deveres, eu juro! Eu tenho feito tudo que deveria fazer.”
“Exceto casar-se com seu noivo! Exceto o mais importante que é garantir a prosperidade e mais poder para o nosso reino!” Ele latiu.
“O Rei Lucien não veio procurar, pai! Você sabe que ele não veio!”
“Isso é razão suficiente para você se desviar!? Para se entregar e seu corpo a um camponês sujo que não te merece!?”
“Nós não fomos íntimos, pai! Eu juro!” Ela implorou desesperadamente.
Ele recuou, fazendo-a perder a pegada que tinha na perna dele. “Não cometa o erro de pensar que vou acreditar em qualquer palavra que saia da sua boca em breve.”
“Pai, p-por favor… Eu o amo.” Ela abanou a cabeça miseravelmente.
Ele recuou, como se as palavras fossem um tapa em sua bochecha. Então, um silêncio se estabeleceu.
“Estou tão decepcionado com você, Kamara.” Ele gemeu por último.
Ela baixou a cabeça envergonhada. “Por favor, perdoe-me, pai. Não era minha intenção decepcioná-lo…!”
A porta se abriu e um guarda correu para o quarto. Ele inclinou a cabeça, “Meu Rei, sua presença é requerida na corte. O conselheiro do conselho disse que era urgente.”
Ele acenou secamente, “Zaya, eu quero que você leve seus homens ao calabouço geral e extraia o camponês. Traga-o para a masmorra do palácio. Decidirei o que fazer com ele mais tarde.”
“Não! Pai–”
“E quanto a você, Kamara.” A cabeça virou-se para ela, ele declarou, “Você está em prisão domiciliar até que eu diga o contrário. Guardas!”
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***NO REINO DE SALEM***
Danika passou metade do dia preocupada e agitada. Remeta e Corna tentaram distraí-la brincando com ela e ao redor dela no jardim, mas não estava funcionando muito.
Ela não viu o Rei o dia todo, porque ele estava muito ocupado. A carta…
Essa carta continua a preocupá-la, ela não sabe por quê.
“Pare de se preocupar, Minha Rainha! Venha pegar a bola com Corna e eu!” Remeta gritou feliz, interrompendo seus pensamentos.
Danika encarou a garota alegre, não pôde deixar de sorrir de volta. “Estarei aí em um minuto…”
Remeta deixou a bola para Corna e aproximou-se dela. A garota pegou seu pulso e começou a fazer esforços para levantá-la. Danika levantou-se relutantemente, permitindo que Remeta a arrastasse para cima.
“Tudo vai ficar bem, Minha Rainha. Tudo vai ficar bem.” Remeta instruiu.
Ela precisava conversar com alguém e Baski estava muito ocupado com as empregadas. “Há uma mensagem que o Rei escreveu na noite anterior… Nunca o vi mais triste do que nos momentos que levou para rabiscar naquele pergaminho. Isso me preocupa, o conteúdo dessa carta pode ser o quê.
Ele está tendo um problema na corte? É um problema com as petições… sobre os escravos? Ou…” Ela não conseguiu se forçar a falar sobre os sentimentos de inquietação que tem tido nas últimas semanas. “Estou apenas inquieta…” Ela terminou num sussurro baixo.
Remeta não sabia nada sobre esta mensagem. Ela apenas sorriu para sua Rainha, “Não se preocupe desnecessariamente, Minha Rainha. Você faz tão bem ao Rei, mas ele também pode tomar conta de si mesmo.”
“Você está certa.”
“Sim. Então, largue a preocupação e deixe-nos brincar com o Príncipe! Ele está muito infeliz que você não está deixando ele brincar!” Ela gargalhou.
Como que por sinal, um chute acertou sua costela. Ela ofegou e palmeou sua barriga. Remeta apenas riu mais alto.
Corna se aproximou, rindo também. Ele pegou o outro pulso de Danika, e eles começaram a levá-la para o local que chamavam de campo de brincar.
“Certo. Certo.” Danika concedeu derrota, a preocupação desaparecendo e substituída pela felicidade.
Tudo vai ficar bem. Ela se confortou com as palavras de Remeta.
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Kamara arregalou os olhos em horror. Ele não a colocava em prisão domiciliar há tempos porque sabe o quanto ela detesta isso. “Por favor, pai, eu peço desculpas!” Ela chorou.
“Essa loucura sua TEM que parar!” Ele latiu enquanto a porta se abria, três guardas entraram e se curvaram para o seu rei.
“Levem a princesa para o quarto dela. Ela não deve pisar fora dele até que eu ordene o contrário.”
“Sim, Sua Majestade.”
Rei Valendy saiu da sala com passos irados.
Mestra Donna assistiu à cena que se desenrolava à sua frente com um sorriso no rosto. Esta é uma cena muito interessante, ver a orgulhosa e poderosa Kamara chorando e implorando de joelhos.
Ver o pai extremamente indulgente e o poderoso Rei que se importa com cada palavra da filha desacreditar e ficar zangado com ela. E agora, ela recebeu prisão domiciliar.
Suas bochechas esticaram em um sorriso. Isso significa que ela ficará fora do seu caminho nos próximos dias. Ela conseguirá convencer o Rei a torná-la a Concubina Chefe.
Kamara sempre foi o obstáculo em seu caminho. Não mais. Ela está—
Um tapa ardente soou em sua bochecha, tirando-a abruptamente de seus pensamentos vitoriosos.
“Sua vadia maligna!” Kamara sussurrou com ódio puro.
A mão de Donna cobriu sua bochecha, ela ofegou em choque ao perceber que Kamara acabara de dar-lhe um tapa.
“Como VOCÊ OUSA! COMO SE ATREVE A ME BATER!?” Ela ferveu de raiva.
E antes que ela pudesse assimilar o primeiro tapa, Kamara deu-lhe um segundo. Este, mais quente e barulhento do que o primeiro.
Ela emitiu um som de fúria e atacou Kamara.
Nos sessenta segundos que levou antes dos guardas as separarem à força e segurarem-nas, Donna só conseguiu puxar os longos cabelos de Kamara, arrancando alguns fios da raiz.
Mas Kamara não apenas arrancou os fios do cabelo dela também, ela a atacou diretamente e deu-lhe três surras furiosas antes da intervenção dos guardas.
“Como se atreve a colocar suas mãos em mim! Sua merda pequena!” Donna cuspiu, lutando para se libertar da contenção do guarda, mas foi em vão. Seu rosto e parte superior do corpo doíam terrivelmente, como se tivesse sido atacada por um tigre.
“Você só reza para que meu pai não torture Callan, Mestra.” Ela cuspiu a última palavra, “Você só espera que ele não o faça, porque eu vou me certificar de que você se arrependa. Eu vou fazer deste lugar um inferno vivo para você. Grave. Minhas. Palavras.” Ela enunciou cada palavra com uma calma enganadora.
O medo tomou conta de Donna. Era a primeira vez que ela via Kamara dessa maneira. A princesa a atacou fisicamente, e se não fossem os guardas… Donna estremeceu.
“Eu vou contar para o seu pai sobre isso! Você já está com problemas com ele, e ainda tem a coragem de me bater!? De me atacar fisicamente!? Eu vou lidar com você, Kamara!”
“Meu pai é a única força que você tem, você não é nada além de uma fracote. A prostituta do meu pai.” Ela sibilou, libertando-se da contenção dos guardas. Ela deu um passo em direção à Donna, “Não importa o que você faça, ele continuará sendo meu pai e você continuará sendo a prostituta dele, Donna. Ele sempre me amará muito mais do que se importa em colocar a parte masculina dele dentro de você.”
A Mestra empalideceu. Vergonha e raiva tornaram-se uma só. Ela nunca havia sido tão insultada em toda a sua vida. Kamara nunca foi tão insultuosa.
Donna balançou a cabeça para os guardas. “Vocês todos ouviram, não foi!? Vocês ouviram os insultos e as surras que a princesa me deu!? Vocês serão minhas testemunhas! Eu não vou deixar isto passar!”
Os olhos ferozes de Kamara encontraram os guardas. “Vocês ouviram alguma coisa!?” Olhando para todos eles um por um, mãos na cintura, ela gritou, “Vocês ouviram alguma coisa!?”
“Não, Minha Princesa!” Eles não hesitaram em gritar a resposta. “Nós não ouvimos nada!”
Ela sorriu com arrogância para a Mestra, sem dizer nada. Os guardas foram treinados para não ‘ouvir’ ou ‘ver’ nada que não devem ouvir ou ver. Além disso, eles não têm simpatia pela Mestra Chefe.
Então, o sorriso desapareceu. A raiva o substituiu, “Você só reza para que meu pai não o torture, Donna. O inferno terá mais furor sobre a sua cabeça!”
Com isso, Kamara permitiu que os guardas a conduzissem para fora dos Aposentos do Rei. Ela segurou a cabeça alta, seus passos trovejaram como fúria no chão enquanto ela saía marchando.
Donna ficou ali com a boca escancarada.
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Vetta gritou repetidamente. Ela fechou os olhos e conseguia ver Coza.
Ele estava cobiçando seu corpo novamente. Ele vai machucá-la…! Ele vai machucá-la…!
Ela gritou novamente, tapando a cabeça para conter as vozes em sua mente. Eram demais…! Demais…!
Uma hora depois, ela estava um pouco mais controlada. Sua barriga roncava repetidamente de fome. Vetta gemeu miseravelmente, agarrando o estômago.
Seus olhos olhavam famintos para as tortas embrulhadas na outra extremidade da sala.
Ela não iria comê-las. Não, ela não iria.
Mas, ela estava tão fraca… A fome roía suas entranhas como vários vermes comendo-a por dentro.
Talvez, ela devesse comer apenas uma pequena mordida…
E se ela a envenenou!? Você a odeia tanto e ela te odeia na mesma medida! Você não pode comer algo que ela trouxe, ela é filha do Cone! Sua mente gritou com ela.
“Não! Nunca!! Eu não vou tocar nisso!” Ela sibilou, com o hálito quente saindo do nariz.
Lentamente, o tempo escorria. Sua fome só piorava. Baski não veio…
Ela se viu rastejando em direção à torta. Apenas uma pequena mordida…
Não toque nessa torta! Lembra de quem a trouxe! Sua mente gritou com ela.
Apenas um pouquinho…
Vetta alcançou a torta, pegou-a e desembrulhou…
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*********
Baski se repreendia por ter estado tão ocupada durante todo o dia enquanto caminhava em direção à Sala de Consulta. Havia uma contratação de novos trabalhadores do palácio, então, ela tinha muito a fazer.
Já é tarde da noite. Apenas uma hora atrás ela conseguiu tempo para ir à cozinha e pegar uma refeição enorme para Vetta. Ela a levou para ela na masmorra antes de voltar para a cozinha e cozinhar um caldo de galinha ela mesma para Danika.
Como de costume, a mulher grávida fez muita confusão porque não tem interesse em comer caldo, mas no final, ela comeu novamente enquanto xingava e fazia tanto barulho.
Depois, ela preparou sua cama para ela e elas disseram boa noite. Ela acabou de voltar para seu quarto quando os guardas lhe disseram que ela fora convocada pelo Rei na Sala de Consulta.
Por que a Sala de Consulta? Já é tarde da noite, ele não deveria estar nos seus Aposentos?
Por que ele está convocando-a a esta hora da noite? O que poderia ser tão importante?… Tão urgente?
Parada em frente à Sala de Consulta, ela bateu na porta. “Estou aqui, Meu Rei.” Sua voz acompanhou o som.
Uma pausa.
“Entre.” Sua voz veio de dentro.
Ela entrou pela porta e fechou-a. “O senhor me chamou, Sua Alteza.”