A escrava odiada do rei alfa - Capítulo 212

212: Capítulo 211. VIDENTES. 212: Capítulo 211. VIDENTES. 　　Remeta chegou aos portões do Palácio e hesitou. Seu coração na garganta. Tanta culpa em seu coração.

Cuidado com os Três W.

Se sua Rainha soubesse que isso significa cuidado com as Três Testemunhas que presenciaram sua posição comprometedora com o ex-Treinador de Escravos, teria mudado alguma coisa?

A mãe de Remeta, o Rei e sua amante haviam testemunhado aquele dia no depósito. O dia que mudou tudo. Teria mudado alguma coisa?

Corna havia lhe dito naquela vozinha dele que não era culpa dela e que nada teria mudado.

Ela reuniu forças suficientes e entrou pelos portões do Palácio. Ela foi direto para o quarto de sua mãe.

Baski e Sally acabaram de voltar da floresta; eles passaram horas colhendo diferentes tipos de folhas e sementes.

Sally estava ajudando a moer as sementes, e Baski estava mexendo as folhas misturadas quando a porta se abriu e Remeta ficou parada atrás dela, parecendo muito perdida.

“Remeta!” Baski exclamou, soltando o pau de mexer como se queimasse e saiu correndo da cadeira.

Ela correu até ela e a abraçou forte. “Oh, Remeta, como você pode fazer isso!? Como você pode fugir por três dias!? Você me deixou toda preocupada e doente!”

“Sinto muito, Mamãe… Remeta está muito arrependida.” Ela chorou, segurando nas costas de sua mãe e se agarrando ao abraço.

Sally se aproximou e também a abraçou por trás, “Estamos felizes por você ter voltado, Remeta. A minha Princesa sentiu tanto a sua falta.”

Culpa brilhou em seus olhos. “Eu senti tanta falta dela também.”

Baski recuou, olhando toda triste. “Muita coisa aconteceu na sua ausência, minha filha. Danika está prestes a ser executada amanhã de manhã.”

“Eu s-ssei. Isso também machuca a Remeta.” Ela admitiu num sussurro.

Sally segurou suas mãos. “Oh, Remeta, você consegue fazer algo a respeito? Por favor nos ajude… Por favor, ajude minha Princesa… ela sofreu tanto!”

Lágrimas encheram os olhos de Sally só de pensar no que Danika está passando. “O Rei não nos ouvirá. Ele nem mesmo nos dará uma chance de vê-lo e implorar em seu nome…”

“Remeta também não sabe o que fazer…” Ela se remexeu desconfortavelmente, “Remeta não deveria interferir, mas ela quer. Remeta não pode encarar o Rei, ela sente tanto medo, ela não conseguirá falar!”

Baski pegou sua mão das mãos de Sally e segurou a outra mão dela. Ela se ajoelhou na frente de sua filha, forçando toda a atenção de Remeta para ela.

“Eu conheço minha filha. Eu conheço a criança que eu dei à luz… ela é tão corajosa. Quando o Rei Cone te fez a Escrava do Rei anos atrás, ainda tão jovem, você não pode imaginar o quanto isso me devastou. Vendo você fazer todos aqueles trabalhos que nunca foram destinados a uma criança da sua idade… Ouvindo seus gritos todas aquelas noites…”

“Eles faziam Remeta deitar na cama e ele a machucaria tanto.” Lágrimas e terror tomaram conta dos olhos de Remeta, “Minha Rainha prometeu-me que não haveria mais cama para Remeta, e ela manteve sua promessa por tanto tempo. Quem protegerá Remeta se sua Rainha morrer…?”

“Ninguém. Eu nunca faria um bom trabalho nisso, Remeta. Eu sou sua mãe, mas não consegui salvá-la quando você se afastou de mim por loucura.”

“Você tentou tanto. Pare de se sentir tão triste, você fez o seu melhor para alcançar Remeta, mas não conseguiu. Remeta estava se sentindo tão perdida… assim como o Rei está agora. O Rei me salvou repetidamente das mãos do Rei Monstro e minha Rainha me ajudou também. Quem ajudará eles? Quem ajudará o Rei?”

Baski enxugou as lágrimas dos seus olhos. “Ninguém. Ele está sozinho. Então, por que você não vai lá e fica com ele?”

“Se eu falar sobre Minha Rainha, ele ficará com raiva de Remeta.”

Sally e Baski se olharam. Elas voltaram a olhar para ela, “Então, não fale sobre ela. Apenas esteja lá por ele. Quem sabe, você pode acalmá-lo o suficiente para que eu consiga preparar estas ervas.”

“Que ervas são essas?”

“Uma poderosa. Eu quero extrair os restos das pílulas usadas para drogar Danika e mostrá-las ao Rei. Isso fará um caso forte.”

Ela hesitou, então assentiu com a cabeça. “Tá bom, Mamãe.”

Baski também assentiu antes de se levantar. “Onde está sua raposa?” Ela perguntou curiosamente.

“Daain?” Ela olhou ao redor, mas de fato sua companheira não estava à vista. “Mas, ela estava comigo no portão do Palácio…”

A porta se abriu e ali estava a Raposa, seus olhos esfericais olhando ao redor. Ao lado da raposa estava um menino pequeno que Baski nunca tinha visto antes.

“Corna!” Remeta correu para o menino, “O que você está fazendo aqui!? Como você chegou aqui?”

“É Daain. Ela me trouxe até aqui.” Ele respondeu, olhando incerto para as duas mulheres dentro do quarto.

Remeta levantou sua raposa e esfregou as bochechas delas juntas, “Oh, Daain, quando você fugiu para buscar Corna? Você fez um bom trabalho!”

Então, ela pegou a mão do menino tímido e o apresentou para sua mãe, Baski, e depois para Sally. Ela disse a elas que Corna é seu novo amigo e que ela esteve hospedada com ele pelos últimos três dias.

Baski agradeceu ao pequeno Corna por cuidar de sua filha, e também pediu para ele estender suas saudações à família dele.

Remeta disse a Corna como ela está indo para os Aposentos do Rei, e como ela está assustada. Corna também estava assustado, mas concordou em acompanhá-la.

“Muito obrigada, Corna, por ajudar Remeta.” Remeta apertou a mão do menino em gratidão.

Corna sorriu, suas pequenas bochechas se formando em covinhas. “Que os céus e os espíritos nos guiem.”