A escrava odiada do rei alfa - Capítulo 199

199: Capítulo 198. O CREPÚSCULO ANTES DO AMANHECER. 199: Capítulo 198. O CREPÚSCULO ANTES DO AMANHECER. Sally acordou naquela manhã com uma sensação ruim no estômago. Uma sensação muito ruim de desastre iminente.

Encarando o relógio de parede, ela não se surpreendeu por ter acordado tarde, considerando o quão tarde tinha ido dormir na noite anterior. Um pequeno sorriso se abriu em seus lábios, seguido de um vermelho que se espalhou por suas bochechas.

Chad tinha sido muito exigente, mais do que ele sempre foi com ela. Foi lindo. E falando do marido dela…

Ela olhou em volta do quarto vazio por ele, mas ele não estava no quarto. Então, ouviu o som fraco de um machado batendo repetidamente em uma madeira.

Ela se levantou e entrou na pequena casa de banho, seu rosto brilhando ao sentir as dores em seu corpo que eram um lembrete perfeito de tudo que ele fez a ela na noite anterior.

Ela adora ser casada com o amor da sua vida. Ela nunca pensou que sua vida acabaria assim.

Alguns momentos depois, ela estava vestida com uma combinação amarela simples e um lindo chapéu arredondado na cabeça. Ela caminhou até a cozinha para tentar preparar algo para eles comerem.

Aquela sensação ruim veio novamente em seu estômago. Desta vez, mais forte… mais mortal. Sua princesa, Danika.

Ela parou no meio de cortar os vegetais e saboreou a sensação de saudade de sua princesa. Ela sentia muita falta de ver sua princesa. Muita mesmo, quase uma dor física.

Sally planejava há algum tempo ir ver sua princesa, mas nunca encontrou tempo para isso porque ela e o marido ainda estão tentando se estabelecer.

Eles estão trabalhando na casa e reformando nos tempos livres. Ficando na ponta dos pés, ela olhou pela janela da cozinha, observando Chad enquanto ele cortava as madeiras. Ele disse a ela que queria construir um depósito para eles.

Oh, Princesa Danika, sinto tanto a sua falta, pensou Sally tristemente. Ela se decidiu a separar um tempo hoje — não importa quanto — para ir ver sua Princesa no Palácio.

“Por que você parece tão preocupada? Está tudo bem, querida?”

Ela suspirou quando ouviu a voz do marido bem atrás dela. Sua mão envolveu sua cintura. Ela deve ter ficado tão absorta em seus pensamentos que não o ouviu entrar.

“Estou preocupada com Minha Princesa. Acordei com uma sensação muito ruim no estômago…” Ela explicou suavemente, “Sinto muita falta dela.”

“Eu também penso no Rei de vez em quando. Devemos separar um tempo para fazer uma visita ao Palácio.” Chad brincava com o cabelo macio dela, enquanto ela cozinhava.

Sally concordou. As palavras dele deveriam ter aliviado suas preocupações e acalmado seu coração. Mas não foi o caso.

A sensação doentia em seu estômago só piorou.

Callan estava trabalhando nos fundos de sua casa. Paz e serenidade eram as únicas companhias que ele tinha consigo, exatamente como ele gostava.

O canto dos pássaros pela manhã. O som da água descendo pela colina a alguns quilômetros de distância. O suave sussurro do vento a cada momento. Ele estava absorto em seus pensamentos enquanto separava as roupas de cama que queria usar como novos tecidos para sua casa.

Ele foi rapidamente tirado de seus pensamentos quando ouviu uma batida suave, mas firme, na sua porta da frente. Ele largou a tesoura e o pano de linho, e levantou-se da cadeira de madeira.

Ele caminhou de volta para sua casa pelo quintal e entrou na sala de estar, indo direto para a porta onde a abriu.

Era uma visitante que ele não esperava depois de meses de ausência. Depois que ele soube de seu casamento iminente com um rei.

“Boa tarde, Minha Senhora.” Ele se curvou com a cabeça, abrindo a porta ainda mais para ela entrar.

“Oi” saudou a Princesa Kamara. Ela estava quase nervosa, e ele nunca a conheceu por ser outra coisa senão radiante.

Kamara removeu o capuz que usava para se cobrir enquanto fazia essa jornada proibida. Seu pai ficaria muito bravo com ela se descobrisse sobre isso, mas ela simplesmente não conseguia mais ficar longe.

Ela precisava vê-lo. Não vê-lo nos últimos meses não tinha sido fácil, somado ao seu mês em Salem, ele foi tudo em que ela pensou desde que voltou ontem.

Seus olhos o absorveram, da mesma forma que ele a observou. Ele era um dos homens mais bonitos que ela já conheceu, com aqueles devastadores olhos azuis que eram muito expressivos. Diferente dos de Rei Lucien.

Kamara admitiu que estava uma bagunça de nervos. Suas entranhas formigavam apenas com a visão dele. Seu coração acelerava e suas bochechas estavam levemente vermelhas.

Callan é o único homem que sempre a reduzia a esse estado, ela teria se envergonhado de si mesma se não tivesse descoberto seus profundos sentimentos por ele.

“Sinto muito por aparecer assim sem avisar, eu—” ela pausou, sem saber como dizer, “Eu só precisava te ver.”

“Não é problema nem dificuldade, Minha Senhora. Eu-Eu não esperava te ver de jeito nenhum…” Ele gaguejou, obviamente afetado pela presença dela.

“Oh, devo ir embora…?” Ela deve tê-lo pego em um mau momento. Ela não deveria ter—
“Não, não, não é isso, Minha Senhora.” Ele foi rápido em dissipar suas dúvidas. Ele olhou para trás dela em busca de algo.

Ele deve estar procurando por Henna, Kamara deduziu. Ela nunca o visitou antes sem sua dama de companhia pessoal. Na verdade, ela raramente ia a qualquer lugar sem ela.

Ela afastou para trás, as mechas de cabelo chegando ao rosto e um sorriso quase tímido apareceu em seu rosto. “Hoje estou só, vim sozinha.”

“Oh…” Ele equilibrou seu peso no outro pé. Seus olhos estava em todo lugar, menos nela, ele apontou atrás dele, “Estou trabalhando lá fora…”

“Posso ficar com você enquanto você trabalha? Eu não vou perturbar ou gritar ou distrair você. Eu vou—”
“Sim, por favor.” Ele respondeu, interrompendo-a.

Os olhos dela brilharam e ela olhou mais atentamente para o rosto dele, acalmou a maior parte de seus nervos ver que ele estava tão perturbado quanto ela.

Talvez, apenas talvez, ele sentiu sua ausência quando ela parou de aparecer.

“Posso ficar?” Ela perguntou para esclarecer.

Ele segurou a porta mais aberta para ela e seus olhos finalmente se encontraram, “Sim. Você pode ficar quanto tempo quiser… Não me importo.”

O último dos receios de Kamara de invadir sua privacidade desapareceu como o vento e seus lábios se estenderam em um sorriso amplo enquanto ela caminhava para dentro da casa.