A Companheira Rejeitada de Alfa Retorna como Rainha - Capítulo 780

780: Prata 780: Prata POV do Yarin:
As chamas arderam cada vez mais intensas até que o último corvo foi consumido, após o qual gradualmente se dissiparam.

Um objeto prateado cintilante caiu, produzindo um som nítido quando atingiu os degraus de pedra.

Andei até ele para pegá-lo e descobri que era um enfeite de prata redondo cintilante com um brilho metálico.

Olhando para a harpa em meus braços, notei uma depressão circular no corpo de madeira.

… Deveria colocá-lo lá?

Tive a sensação de que o enfeite de prata deveria fazer parte da harpa, mas por que estava com os corvos? A harpa estava intocada e segura dentro do palácio, certo?

Ou os corvos transformaram-se em enfeites de prata?

Por precaução, não coloquei o enfeite de prata de volta. Com ambos os ‘despojos’ em mãos, vaguei pelo pátio decadente por um tempo, mas não encontrei mais nada. Parecia que não havia outras criaturas vivas aqui, exceto os corvos. A maioria do palácio tinha caído, deixando apenas ruínas e decadência.

Este pátio do palácio lunar parecia incrivelmente estranho.

Seria esse o destino original do pátio do palácio lunar? Perdido nas correntes turbulentas do tempo e espaço, erodido, caído, tornando-se um local de descanso para criaturas desconhecidas, sua antiga serenidade e glória se foram para sempre?

Pensando em tal final, um arrepio correu pela minha espinha.

Graças a Deus, era apenas um sonho.

Estava na hora de acordar deste pesadelo. O símbolo em minha palma emitiu uma luz, dissipando o sonho sombrio.

A luz era um pouco ofuscante e instintivamente tentei proteger meus olhos, mas … hein? Cadê minhas mãos?

Mudei meu foco para a minha mão direita, pois a minha esquerda não se movia, mas também estava vazia.

Onde meus braços foram parar?

Estava absolutamente aterrorizado. Numa situação assim, uma pessoa deveria gritar ou pedir ajuda, mas nem mesmo isso eu consegui fazer. Minha garganta, minha língua, tudo tinha desaparecido!

Meu corpo sumiu!

… Espere um minuto.

Meu corpo sumiu. Eu poderia ter feito isso desde o início?

Depois que a confusão inicial ao acordar se dissipou, finalmente recuperei meus sentidos e percebi que estava em um estado de metamorfose, derretendo em uma poça de material elástico.

Reformei minha parte superior do corpo e finalmente consegui ver claramente a sala. Mas onde estavam Mestra Hayley e Tia Dorothy? Por que não havia ninguém por perto?

De repente, uma batida veio da porta, e era Tia Dorothy.

Ela abriu a porta levemente e sussurrou, “Como você se sente? Consegue controlar seu corpo agora?”

O comportamento estranhamente sorrateiro dela me confundiu ainda mais. Então, reformei também a metade inferior do meu corpo e disse: “Sim, acho que estou bem.”

Tia Dorothy respirou aliviada, abriu a porta e entrou.

“O que aconteceu enquanto eu dormia?” Sua postura me fez sentir que algo sério havia acontecido.

“De fato, algo aconteceu. Urgh, como devo explicar? Por algum motivo desconhecido, quando você caiu em sono profundo, seu corpo de repente começou a se dissolver e se espalhar pela sala. Depois que Hayley e eu não conseguimos te acordar, tivemos que sair do seu mundo mental.” Tia Dorothy disse, “Sua mãe está aqui, vou buscá-la para checar você.”

Sem dúvida, minha situação aumentou a ansiedade das pessoas. Outra rodada de exames se seguiu, e quando descobriram que eu estava perfeitamente bem, ficaram surpreendentemente espantados.

“As fissuras no selo foram reparadas, e sua existência não pode mais ser detectada.” Mestra Hayley disse. “Você se lembra do que aconteceu em seu sonho?”

“Sim, você e Tia Dorothy não viram?” eu perguntei.

“Tenho certeza de que estávamos lá o tempo todo, mas quando você começou a se dissolver, tivemos que nos retirar do seu mundo mental. Estranhamente, não nos lembramos de nada do conteúdo do sonho, como se fosse apagado como marcas de lápis esfregadas por uma borracha”, disse Tia Dorothy.

Então eu relatei meu sonho, enfatizando os corvos em chamas.

“Não posso deixar de sentir que não era apenas uma intenção. Eles me deram uma sensação de … existência real,” disse Tia Dorothy. “Os corvos são associados aos deuses em muitas mitologias. Eles muitas vezes aparecem em histórias sobre a Deusa da Lua e Azazel. Mas corvos em chamas soam mais como uma torção sádica dos demônios no inferno.”

“Mas eles não me atacaram de verdade. Olhando para trás, seu comportamento aparentemente agressivo parecia mais como se estivessem me guiando intencionalmente ao palácio onde os instrumentos estavam armazenados.”

Nesse momento, a Mãe se aproximou de repente, com a testa franzida enquanto enfiava a mão na minha gola e puxava algo para fora.

“Você disse que esses corvos se queimaram e eventualmente se transformaram em um enfeite de harpa prateado, certo?”

Ela abriu a mão, revelando um enfeite circular de prata cintilante à luz da lâmpada.

“De onde veio isso? Não me lembro de você ter um pingente assim.”

Peguei o enfeite de prata com a corrente de seda amarelo-pálida, examinei várias vezes e murmurei em choque: “Esta é a coisa que obtive no sonho.”

Ainda que parecesse prata, não queimou a mão da mãe nem a minha. Eu ainda poderia estar no sonho?