A Companheira Híbrida Dele - Capítulo 234

234: Capítulo 234 234: Capítulo 234 　　A árvore-da-china no meio do quintal parecia maior do que ela se lembrava. Mas todo o resto correspondia perfeitamente à lembrança de Annette.

Marcus se aproximou e pegou seu braço. “Venha, eu vou te levar até o terraço. A vista é ainda melhor lá em cima.”

Ela mal havia se recuperado de sua memória quando Marcus a puxou para dentro da villa.

Eles entraram na sala e subiram para o terraço, onde havia uma estufa de vidro.

Annette não sabia nada sobre a estufa, e claro, ela não poderia ter sabido, porque quando ela entrava com Sharon quando criança, elas sempre passavam pela porta dos fundos e nem mesmo tinham permissão para entrar na villa principal.

Naquela época, Sharon tinha a chave da porta dos fundos, e Annette era curiosa sobre isso.

Mais tarde, Sharon contou a Annette que ela tinha trabalhado lá e esquecido de devolver a chave.

“Annette, Bartz era um verdadeiro mágico. A villa que ele projetou há mais de vinte anos ainda está ótima, você não acha? Adoro a casa de vidro e a vista do lago.”

Annette voltou a si e sorriu concordando.

Ele estava certo.

Embora fosse inverno, as flores na estufa ainda estavam florescendo.

Enquanto estavam no terraço, podiam ver o lago não muito longe, que era absolutamente lindo.

“Bartz projetou a villa?”

“Sim. Lucas uma vez disse que Bartz era ainda mais notável que meu pai. Bartz era inteligente, de mente aberta e tinha um espírito livre. Disseram que ele construiu a villa para sua amada. Tudo aqui foi projetado de acordo com as preferências dela.”

Annette sorriu e disse, “É mesmo? Acho que alguém da Matilha Lua Sangrenta era afetuoso afinal.”

“Annette, discordo de você aqui. Todos da Matilha Lua Sangrenta são assim.”

Annette sorriu, mas não disse nada. Ela caminhou até a borda do prédio e olhou para baixo, para o pátio.

A copa da árvore-da-china já estava com a altura de dois andares, e ela podia vê-la quando olhava para baixo.

Marcus caminhou até ela e seguiu seu olhar. “A árvore bloqueia a vista, não é? Quando as flores desabrocham no verão, você pode desfrutar delas simplesmente sentando aqui. É bastante bonito.”

Annette disse, “Imagino como será lindo.”

Ela olhou para Marcus e perguntou, “Você conhece a linguagem das flores da árvore-da-china?”

Marcus balançou a cabeça e disse, “Você conhece?”

Annette sorriu e disse, “Elas representam primeiro amor e fidelidade.”

“De jeito nenhum. Como você soube disso?”

Annette balançou a cabeça e disse, “Não. As flores da árvore-da-china eram as favoritas de Sharon. Ela me contou sobre isso.”

“Que coincidência!” Marcus estalou os dedos. Então ele disse, “A grande paixão da vida de Bartz também amava flores da árvore-da-china. Bartz plantou a árvore no quintal por causa dela.”

“É mesmo?” Annette sorriu.

Ela suspirou e pensou se Sharon tinha vindo trabalhar aqui por causa dessa árvore-da-china.

Marcus se encostou na grade e disse seriamente, “Bartz plantou uma árvore-da-china para sua mulher amada no quintal, e Connor plantou uma árvore de cerejeira para você no seu lugar. Os homens da Matilha Lua Sangrenta são destinados a encontrar mulheres que apreciam flores?”

Annette lançou-lhe um olhar severo e disse, “Como você soube que aquela árvore de cerejeira foi plantada para mim?”

“Foi o que ouvi.”

“O que mais você ouviu?” A atenção de Annette foi imediatamente atraída.

Ela pensou, ‘Será que Connor contou a outros sobre o que eu fiz naquele dia?’
“Por quê? Não é grande coisa.”

“Apenas me diga.”

“Eu deveria ter ouvido mais alguma coisa?” Marcus estava confuso. “Eu vi uma árvore no quintal outro dia, e ela não estava lá antes, então perguntei a Connor sobre isso. Connor me disse que você gostava dela, então ele a comprou.”

Annette então desviou o olhar. Ela estava se sentindo muito envergonhada agora.

“Tem algo suspeito aqui,” Marcus sorriu para ela.

Ela disse enquanto se afastava da grade, “Besteira. Já vimos o suficiente da vista daqui, então vamos voltar para a escola.”

“Não! Eu finalmente saí, e você quer me levar de volta para lá?”

“E daí?” Annette o encarou. “Eu nunca ouvi falar de um instrutor estudantil matando aula com alunos antes.”

“Você não pode ser a primeira?”

“O que você acha?”

Ela estava de bom humor depois de brincar com Marcus.

Ela se virou e estava prestes a descer as escadas.

Marcus a seguiu. “Annette, você ainda não comentou sobre minha nova villa.”

“É bonita,” ela disse. “Você vai reformá-la?”

“Por que deveria? Eu vou apenas limpar e me mudar. Eu vou convidar você e Connor aqui depois que tudo estiver pronto.”

“Você vai se livrar da árvore-da-china?”

“Não. Bartz a plantou, então eu vou mantê-la. Além disso, estou me mudando para cá logo. Talvez faça isso depois da formatura.”

“Posso vir aqui de vez em quando?”

“Claro. Eu vou pedir ao Dwayne para te dar uma chave reserva depois.”

Annette deu um tapinha no ombro dele e disse, “Obrigada.”

Marcus saiu pelo portão primeiro.

Annette ficou em frente à árvore-da-china e olhou para cima.

Ela pensou, ‘Sharon, costumava ser um lugar onde só podíamos entrar escondidas, mas hoje, eu posso entrar pelo portão. Quando sua amada árvore-da-china florescer, tirarei muitas fotos. E elas são para você.’
“Annette?”

Annette virou-se para seguir pela porta, mas, pelo canto do olho, viu os cavalinhos de madeira abandonados empilhados no canto do quintal.

Conforme ela caminhava em direção a eles, mais imagens surgiam em sua mente. Ela estava confusa.

Ela pensou, ‘É tão estranho.

Minha memória está confusa?’
“Annette?”

Annette voltou a si e olhou para trás, para Marcus.

“Ouvi Connor dizer que Bartz nunca se casou e não teve filhos, certo?”

Marcus olhou para os itens abandonados no canto e disse com um sorriso, “Sim. Eu mandei alguém limpar essas coisas do porão no outro dia quando peguei as chaves pela primeira vez. Acho que não pertencem a Bartz. Suponho que foram deixados por alguém que trabalhou aqui.”

Marcus então perguntou, “Por que você está tão distraída hoje?”

“Nada. Vamos,” ela balançou a cabeça, sorriu para ele e deixou a villa com ele.

Depois de terminar o trabalho à tarde, ela deixou a escola e viu o carro de Connor.

Ela caminhou até lá. Leonard saiu do carro, abriu a porta para ela e disse, “Luna Annette, por favor, entre.”

Annette acenou para Leonard e disse, “Obrigada.”

Depois de entrar no carro, ela olhou para Connor e disse, “Por que você veio?”

“Por que não?” Connor soou hostil.

“Eu só fiquei surpresa porque você não me avisou.”

“Você acha apropriado sair ao meio-dia com Marcus? Eu mandei Marcus aqui para estudar ou para sair com você?”

Só então Annette percebeu por que ele estava agindo assim.

“Eu não levei ele para sair. Ele me levou para mostrar sua nova villa,” Annette disse inocentemente.

Connor a encarou.

“Connor, não me diga que você está com ciúmes. Como eu vou interagir com Marcus com você sendo assim? Você precisa vê-lo como um rival no amor? Quem dos dois você não confia? Eu ou ele?”

“Não importa se é Marcus ou qualquer outro cara. Eu não gosto de ver você saindo com outros homens. Se um dia você sair o tempo todo com seu filho, também ficarei com ciúmes.”

Annette não se deu ao trabalho de argumentar.

Connor continuou falando, “Ouvi dizer que vocês dois ficaram sozinhos lá por mais de dez minutos. Por quê? Você gostou tanto daquela villa?”

“E daí?” Annette disse. Ela tentou provocá-lo. “Há algo que eu gosto naquele quintal. Não posso passar mais tempo lá?”

Connor se endireitou, intrigado. Ele perguntou, “O que é? Eu vou pegar para você.”

Annette o encarou e disse, “Eu gosto da árvore-da-china, mas não mexa nela. É apenas bonita onde está.”