A Companheira Amaldiçoada do Alfa Vilão - Capítulo 34
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34: Carícias Fantasmas 34: Carícias Fantasmas Uma hora antes…
Dois metamorfos demônios masculinos rondavam do lado de fora do portão, um deles silenciosamente sinalizando para os outros escondidos nos arbustos que permanecessem ocultos. Seus torsos nus exibiam os inconfundíveis sinais de marcas amaldiçoadas, e seus cabelos castanho-escuros estavam aparados num corte baixo. Um deles ostentava uma cicatriz irregular que ia de debaixo da pálpebra até o osso da bochecha, enquanto o rosto do outro estava sem marcas.
Seus olhos carmesim irradiavam pura maldade. O som do caos que vinha de dentro do território da matilha parecia música para seus ouvidos, e o que tinha a cicatriz virou-se para seu companheiro, que esticava seu corpo esguio com uma lentidão deliberada.
“Temos que eliminar todos eles esta noite, não há volta,” a voz do demônio cicatrizado estava carregada de seriedade. “Lembra como o Ultima estava hoje? Ele estava furioso. Se voltarmos sem prova de suas mortes, nossas cabeças é que estarão na guilhotina.” Um calafrio percorreu sua espinha só de pensar em seu líder impiedoso, Ultima.
Seu companheiro lançou um olhar por cima do ombro, onde seus camaradas já haviam se transformado em lobos ferozes, ansiosos para desencadear sua brutalidade sobre os transformadores comuns. Era um prazer distorcido, não movido por fome, mas por um desejo sádico de infligir dor e sofrimento neles.
Seus únicos problemas eram os licanos, porque eram os mais difíceis de vencer.
“Vou me banquetear com a carne deles no momento em que saírem desse portão!” Ele riu, seus olhos brilhando com excitação. “Estou de olho na filha do alfa da matilha Therondia. Ela é minha, e ninguém toca no meu prêmio. Os gritos dela soarão os mais doces! Minha boca não para de salivar, Eugene!”
O metamorfo demônio cicatrizado, cujo nome era Eugene, observava enquanto os olhos de seu parceiro brilhavam com intensidade feral, seu controle por um fio. Com uma explosão de energia, ele disparou em direção ao portão, com a intenção de se juntar aos seus companheiros lá dentro. Mas ao se aproximar do portão, ele parou bruscamente, sua atenção capturada por uma figura sombria empoleirada no topo de uma das altas muralhas que ladeavam o portão.
As pupilas de Eugene se dilataram enquanto a aura do homem o envolvia, enviando um calafrio pela sua espinha. A figura sentava-se serenamente na posição de lótus, seu cabelo prateado e capa escura dançando na brisa suave. Seu cotovelo repousava em sua coxa, sustentando o queixo com os nós dos dedos, e uma venda cobria seus olhos.
Os olhos de Eugene se arregalaram ao perceber quem era a figura, sua mente recuando em descrença. Ele deu um passo para trás, balançando a cabeça em negação mental. Os lobos demônios escondidos nos arbustos pareciam sentir a presença ominosa, seus instintos em alerta máximo.
“Não pode ser,” Eugene sussurrou, sua voz carregada de medo enquanto um suor frio brotava em sua pele. O aviso anterior de Ultima sobre um homem vendado de repente fez sentido, e o coração de Eugene afundou com uma crescente sensação de desconforto. Ele sabia com certeza que o demônio não estava ali para ajudá-los, e ele se lembrava vagamente de ter encontrado alguém assim, as feições eram desencadeantes, mas onde ele o havia encontrado?
“Kangee,” Donovan sussurrou, “esconda-se.” E seu corvo de estimação desapareceu na noite, obedecendo sem hesitação.
O ar estava pesado com o cheiro metálico de morte, e isso fez com que os sentidos de Donovan recuassem em desgosto. Ele desejava escapar do pesadelo e retornar à tranquilidade de sua sombrapico, onde não precisa sentir tanta brutalidade e as intenções repulsivas desses tolos. Mas ele não podia ignorar a situação quando descobriu que planejavam atacar a família Montague, onde residia a mulher que havia capturado sua atenção sem esforço.
Além disso, ele queria saber quem estava manchando ainda mais a reputação dos metamorfos demônio. Seu povo não tinha nada a ver com essa porcaria, mas parecia que essas pessoas tinham um líder que dava as ordens, um líder com o título de Ultima.
Que astúcia.
A cabeça de Donovan inclinou-se para um lado, seu olhar cego fixo no demônio que havia freado abaixo. “Por que hesitar? Eu pensei que você me conhecia pela forma como seu coração acelera, mas não me deixe impedir você de cumprir sua missão. Vá em frente.” Ele instigou com aquela mesma voz tranquila que deixava os demônios confusos se ele realmente queria isso ou não.
O companheiro de Eugene zombou enquanto se voltava para os lobos feras, sentindo como todos recuavam lentamente, tremendo, e ele não conseguia acreditar que Eugene também estava recuando.
“Vocês são um bando de bebês crescidos!” Ele repreendeu o grupo, incluindo Eugene. “Ele é apenas um metamorfo demônio! Como nós! Ele não pode fazer nada para nos impedir, e se ele tentar, nós o superaremos!” Ele lançou um olhar desafiador na direção de Donovan. “Viu isso? Ele é apenas um tolo cego que pensa que pode nos intimidar! Como sabemos até mesmo se ele pode mirar direito! Cresçam um pouco e vamos!” ele instigou o grupo hesitante, mas eles não ouviam.
Quando ele tentou tomar as coisas em suas próprias mãos invadindo o portão com sua audácia inabalável, um fio vermelho, semelhante a um cabo, disparou do nada, envolvendo seu pescoço e levantando-o do chão. Ele ofegava desesperadamente por ar, seu rosto ficando azul, e isso fez os olhos de Eugene se arregalarem em choque. O homem de venda controlava as cordas semelhantes à teia com uma velocidade sinistra, disparando-as de sua palma sem aviso.
“Que decepção total.” A voz de Donovan estava gélida, “Vejo porque eles queriam nos eliminar. E estou tentado a fazer o mesmo com você.”
As cordas se apertaram, e o demônio se debatia, lutando desesperadamente para se libertar. Ele não ia morrer, mas a tortura era tão agonizante que ele desejava a morte no local.
“Só latidos e nada para mostrar.” Donovan clicou a língua, visivelmente descontente. “O que você tem a dizer para justificar sua incompetência?” Com uma liberação súbita, o demônio caiu no chão, ofegando por ar como um homem se afogando.
Eugene continuou recuando depois de testemunhar isso, e os lobos feras e transformadores restantes tentavam recuar por medo até ouvirem ele dizer.
“Vocês já brincaram de estátua?” Sua voz era assustadoramente gentil. “Estou com vontade de jogos agora. Preciso que vocês ouçam as regras; o reino congelará em cinco segundos, e vocês têm três segundos para correr antes disso acontecer.”
Um sorriso torto torceu seus lábios enquanto ele sentia a confusão deles, e o pânico aumentava enquanto ele começava a contar, “Um…”
“CORRAM!” Os demônios irromperam em um grito aterrorizado, voltando a fugir para a floresta.
“…três.” Donovan bateu palmas uma vez, e todo o reino congelou. Ele desceu da muralha com uma graça descomplicada, passando por seus corpos imóveis. O terror em seus olhos era palpável enquanto eles não conseguiam se mover, nem mesmo um membro.
“Hmm… eu sinto o medo,” Donovan pausou. “Quando eu disser ‘ajoelhem’, eu quero todos vocês de joelhos, me reverenciando. O mundo voltará ao movimento em cinco segundos, e vocês devem se ajoelhar. Fui claro?” as veias no dorso de sua mão pulsavam, e Donovan cerrava o punho, forçando-os a obedecer.
Ele começou a contagem, sua voz baixa e ameaçadora, “um… dois… três… quatro… e ajoelhem,” com uma única palma, o mundo ganhou vida, e foi então que o inesperado aconteceu. Os demônios começaram a explodir em nada antes mesmo que pudessem se ajoelhar, seus gritos silenciados enquanto o sangue espirrava por toda parte, até mesmo em Donovan.
Apenas um metamorfo demônio havia sobrevivido à sua ira, e era Eugene. O demônio havia conseguido se ajoelhar e inclinar a cabeça a tempo. Suor se acumulava em sua testa, e ele não conseguia acreditar que estava suando enquanto observava as gotas atingirem o chão.
Eugene prendeu a respiração com medo enquanto Donovan pairava sobre ele, sua sombra engolindo o demônio trêmulo. “Vá embora,” Donovan ordenou, sua voz desprovida de qualquer vestígio de emoção.
“H-hã?” As pupilas de Eugene se dilataram em descrença. “Você… quer—
Donovan inclinou a cabeça, “não se sinta aliviado ainda, não tenho certeza por que estou poupando você também. Seu coração é complexo, e acho que você será de grande utilidade para mim. Corra de volta para o seu Ultima antes que eu mude de ideia. Mandarei chamar sua presença quando precisar de você.”
Eugene ergueu-se e se inclinou antes de desaparecer na floresta, deixando Donovan sozinho entre os corpos sem vida. A mão de Donovan se fechou, e ele lutou para conter seus poderes.
“Vai levar um tempo para me acostumar com eles novamente.” Ele observou, mas então um pensamento agudo atravessou sua mente. “Alguém resistiu ao meu controle.”
Ele se lembrou do leve tremor que havia detectado na terra durante o breve congelamento do tempo. Parecia que alguém foi capaz de desafiar o comando de seu poder.
“Interessante…” ele se afastou.
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A consciência de Esme voltava lentamente, e ela sentiu uma mão gentil acariciar sua bochecha. O toque calmante a atraía, e instintivamente ela se inclinava para ele, buscando conforto. O mesmo dedo tateava seu lábio inferior, separando-os com um toque suave, e em questão de segundos, restava apenas a sensação fantasma daquelas mãos.
Ao abrir os olhos, o toque tentador sumiu, deixando-a desorientada. Seu olhar caiu sobre um quarto opulento desconhecido adornado em ouro, sem sinais da figura misteriosa que a acariciou.