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A Companheira Amaldiçoada do Alfa Vilão - Capítulo 214

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Capítulo 214: Seja Você Mesmo Novamente

Althea conduziu Donovan até seu próprio escritório, segurando-o com firmeza surpreendente para alguém de sua estatura delicada. Uma vez lá dentro, ela fechou a porta atrás deles com um baque decisivo, a força do impacto enviando um leve tremor pelos painéis de madeira, incluindo Donovan.

Ele sempre achou perplexa a força física dela quando ele agia desse jeito, pois ela mal parecia possuir alguma.

“Me perdoe por arrastar você até aqui, mas você precisa ver isso,” disse Althea rapidamente. Ela caminhou em direção à mesa no centro da sala e gesticulou para que Donovan a seguisse.

Donovan avançou, seu olhar caindo sobre a superfície da mesa, onde uma variedade de esboços meticulosamente desenhados estavam espalhados. Ele franzia a testa enquanto absorvia os detalhes antes de desviar sua atenção para Althea, que simplesmente apontava para eles com um olhar expectante.

“Olhe com atenção. Isso parece familiar para você? O ambiente, as pessoas, qualquer coisa?” perguntou ela, seu tom agora mais insistente.

Os dedos de Donovan roçaram a borda de um esboço enquanto ele o levantava para uma melhor visualização. No momento em que o fez, uma rajada de vento sobrenatural rasgou repentinamente o escritório, levantando os papéis no ar com um sibilo violento.

O fôlego de Althea prendeu-se ao ver. “Não, não, não—” ela ofegou, alcançando freneticamente as folhas voando, mas o ar as levava além de seu alcance. As páginas giravam pela sala como folhas de outono presas em uma tempestade, e elas espiralavam em direção à lareira acesa.

Saindo de seu transe, Donovan também avançou, mas os papéis dançavam além de seu alcance, o alarme em seus olhos se tornando mais evidente à medida que eles caíam na lareira. Em segundos, os papéis foram consumidos pelo fogo, suas bordas enrugando e escurecendo antes de se desintegrarem em brasas incandescentes.

Donovan ficou paralisado, o peito apertado enquanto observava as chamas devorando o que havia sido escrito naquelas páginas. Um arrepio estranho se instalou sobre ele apesar do calor do fogo. E lentamente, ele virou a cabeça em direção às janelas.

As pesadas cortinas permaneciam imóveis, e os vidros das janelas estavam bem fechados.

Então, de onde veio a brisa?

“Meus esboços…!”

A voz trêmula de Althea rompeu o silêncio da sala, e isso trouxe Don de volta à realidade. Ele se virou rapidamente, apenas para encontrá-la de joelhos diante da lareira, com a mão pairando sobre os restos fumegantes de papel carbonizado. A luz vacilante do fogo lançava um brilho quente em seu rosto, mas isso não fazia nada para esconder as lágrimas que inundavam seus olhos. A visão o perturbou, e embora ele soubesse o quanto Althea poderia ser emotiva, algo estava diferente desta vez.

“Aqueles esboços…” ela continuou em um sussurro, sua voz carregada de incredulidade. “…eram a única prova que eu tinha.”

Donovan atravessou a sala em poucos passos, abaixando-se de um joelho ao lado dela. Ele colocou uma mão firme em seu ombro, um gesto destinado a aterrá-la, embora ele também estivesse perturbado. O ar ainda carregava o traço mais leve de algo muito antinatural, e isso fez Donovan se perguntar se havia corrente de ar.

Não. Era mais do que isso. Algo tinha se agitado.

Olhando para Althea, ele perguntou. “Os esboços… o que tinha neles?” Sua voz era suave, pois ele tinha cuidado para não a abalar ainda mais. Ele não entendia porque ela estava tão angustiada, mas sua reação lhe dizia que essa perda não era comum.

“Althea.”

Quando ele pronunciou seu nome, Althea engoliu o nó desconfortável em sua garganta, enquanto tentava encontrar as palavras. “Você se lembra de que houve uma época em que eu tinha pesadelos… sonhos, e todos eles aconteciam?” Ela então hesitou, como se forçasse a si mesma a acreditar no que estava prestes a confessar. “Acho que está acontecendo novamente.”

O aperto de Donovan em seu ombro se intensificou ligeiramente.

“Os esboços…” sua voz vacilou. “Eram meus sonhos. Tudo o que vi neles— eu desenhei tudo. Eu estava esperando mostrá-los para você, esperando que você pudesse esclarecer se as coisas que vi são como afirmam ser. Mas agora…” sua respiração ficou presa enquanto ela encarava a lareira. “Está tudo perdido.”

Suas mãos se apertaram em punhos até seus nós dos dedos ficarem brancos, seus olhos ficando mais lacrimejantes. “Me desculpe.”

Donovan exalou, um suspiro rápido de frustração— embora não com ela. Ele gentilmente bagunçou o cabelo dela, seu toque leve, quase paternal. “Por que você está se desculpando? Eu também tenho culpa. Se eu não tivesse hesitado antes, ainda os teríamos. Eu pensei que tinha dito a alguém para impedir isso mais cedo hoje. Espere aqui, deixe-me…”

“Don.” A voz de Althea o deteve justo quando ele estava prestes a se endireitar. Seu tom era suave e urgente, entrelaçado com algo frágil sob sua superfície.

“No meu sonho… você estava diferente… terrivelmente assim,” ela sussurrou, pausando por um momento antes de acrescentar. “Por favor, não… não se afaste de nós, está bem? Não ouça ninguém se tentarem lhe dizer o contrário. Você não vai se desviar de nós, vai?”

A testa de Donovan franzida. “Se desviar?” Seus lábios se torceram levemente, como se a ideia o divertisse, mas ele se conteve antes que o sorriso se formasse. Althea não estava brincando, e ele podia perceber isso.

“Por que eu faria isso?” Ele perguntou, em vez disso.

Althea simplesmente vacilou diante da pergunta dele, e o pensamento a atingiu. Por que ele faria isso?

Se houvesse algum motivo, Donovan tinha suportado mais da maldição do que qualquer um deles suportaria. Ele havia resistido quando tantos haviam sucumbido ao seu domínio. Ele era capaz de desafiá-la também, de agir de acordo com sua vontade. Então por que ele se voltaria contra seu próprio povo? Mas então novamente… sua mente vacilou para aquela garota… a mesma que ela tinha visto nos arbustos enquanto observava a Aurora. Qual era a conexão dela com tudo isso?

O verdadeiro portador não é a única coisa com que devemos nos preocupar?

“Estou apenas com medo,” ela admitiu, exalando suavemente. “Não tenho certeza se consigo recriar os esboços da mesma maneira exata. Mas vou tentar novamente. Eu apenas…” sua voz diminuiu agora. “Apenas não nos abandone. Qualquer um de nós. Você pode me prometer isso?”

Donovan abriu os lábios para responder, mas antes que pudesse, a porta de repente se abriu, e Aqueronte entrou. Havia um olhar de alívio em seus olhos quando ele viu Althea com Donovan, e ele caminhou em direção a eles.

“Estive procurando vocês,” ele disse, seu olhar mudando de Donovan e se fixando em Althea. “É hora de tomar seus medicamentos. Venha comigo.”

Mas Althea virou a cabeça para o outro lado em desafio. “Eu não quero.”

Aqueronte não disse nada e olhou para Donovan, como se dissesse ‘é isso que eu estou aguentando’ para ele, buscando reforço. Donovan simplesmente ofereceu um breve aceno, seu olhar voltando para Althea que se recusava a se mover um centímetro.

“Você não vai tomar seu remédio?” ele perguntou, e Althea balançou a cabeça.

“Eu prefiro quando Esme me dá, mas ela não está aqui.”

Diante disso, Donovan e Aqueronte trocaram outro olhar, algo não dito, mas entendido entre eles. Sem mais nenhuma palavra, Aqueronte deu um passo à frente e levantou Althea em seus braços. Ela soltou um grito assustado ao perceber que estava sendo levantada, sem esperar que ele a carregasse.

“Você pode brigar comigo depois,” Aqueronte interrompeu, cortando qualquer protesto que se formava em seus lábios. “Agora, sua saúde é mais importante do que suas reclamações. Esme já me deu todos os remédios antes de partir, junto com as instruções necessárias e detalhadas sobre seus cuidados. Você pode me bater se quiser, mas vai tomar seus medicamentos, goste ou não.”

O olhar sério em seus olhos não deixava espaço para argumentos, mas sua preocupação por ela era clara como o dia. Ele se virou para Donovan e deu um aceno respeitoso antes de carregar Althea para fora da sala, a porta se fechando suavemente atrás deles.

Sozinho, Donovan finalmente se levantou, sentindo um alívio inesperado sabendo que Aqueronte cuidaria dela. Mas as palavras anteriores de Althea permaneceram em sua mente. O que exatamente ela quis dizer quando disse que ele iria se afastar deles?

Seu olhar se voltou para o fogo crepitante na lareira, suspeita cintilando em seus olhos violeta.

Enquanto isso, Aqueronte levou Althea à sala de medicamentos, garantindo que ela estivesse confortavelmente sentada antes de pegar os ingredientes das prateleiras. Ela observava enquanto ele preparava seu remédio, e seus movimentos eram cuidadosos, metódicos, mas havia um silêncio entre eles que nenhum dos dois tentou quebrar, independentemente de quão pesado fosse.

Althea percebeu que ele nunca mais mencionou o laço de companheiros. Uma parte dela estava aliviada, de certa forma, mas a ausência da conversa ainda deixava uma dor aguda em seu coração. Se algo acontecesse com ela após aceitar o laço, Aqueronte nunca se recuperaria disso. Era um risco que ela não estava disposta a correr, já que ela queria nothing mais do que o melhor para ele.

Observando-o fazer seu remédio, Althea não pôde deixar de se perguntar como ele aprendeu a fazer isso. Aqueronte não era um curandeiro habilidoso, ele fazia o pior remédio entre os Malditos quando eram crianças, e ela ficaria terrivelmente doente ao tomar qualquer coisa que ele fizesse.

“Aqui,” Sua voz estava quieta enquanto ele colocava uma pequena tigela na frente dela. “Você precisa terminar tudo. São ordens da Luna.”

Althea encarou intensamente o conteúdo da tigela, suas mãos apertando as bordas. Ela tinha que admitir – ela estava dormindo melhor, mas o peso de sua ansiedade ainda persistia, pesado e implacável sobre seus ombros.

“Você não precisa se preocupar com isso,” Aqueronte disse rapidamente após perceber sua hesitação. “Esme teve paciência suficiente para me ensinar os procedimentos, então é seguro beber.”

Althea não disse nada e deixou a colher de lado. Levando a tigela aos lábios, ela tomou um pequeno gole. O gosto era insípido, ligeiramente melhor do que ela se lembrava, mas ainda desagradável. Suprimindo seu desgosto por qualquer remédio herbal, ela engoliu o resto de uma vez e colocou a tigela de volta na mesa. Era difícil acreditar que Aqueronte havia aprendido a fazer seu remédio, e isso trouxe um sentimento que ela não estava pronta para acolher.

“Vou indo agora,” ela murmurou, empurrando sua cadeira para trás.

No entanto, a voz de Aqueronte a deteve quando ela se virou para sair. “Você também odeia minha presença agora?”

Diante de sua pergunta, Althea congelou. Não havia raiva em sua voz, apenas uma dor silenciosa, e isso foi suficiente para apertar seu peito. Seus dedos coçavam para pressionar contra seu coração, como se isso pudesse fazer algo para amenizar a dor, mas ela fechou as mãos em punhos apertados ao seu lado.

“Aceitarei como você desejar me tratar, Althea,” ele continuou. “Mas por favor… se não for por mim, então pelo bem de todos, melhore logo. Eu te perguntei tantas vezes qual é o problema, mas você não diz nada para mim. Sinto falta do seu sorriso, Althea. Sinto falta do calor que você traz para todos nós. Eu apenas… preciso que você seja você mesma novamente. Todos nós precisamos.”

Althea não disse nada em resposta, com medo de que suas muralhas desmoronassem se ela o fizesse. Hesitando por um momento, ela não ousou olhar para ele e saiu apressadamente.

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