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Capítulo 204: Um Anel de Safira

À medida que o trio avançava, o olhar de Donovan vagueava pela paisagem, absorvendo a grandiosidade das pedras imponentes que se erguiam ao redor deles. Suas fachadas antigas estavam cobertas de geada, enquanto os telhados íngremes e pontiagudos brilhavam sob o pálido sol de inverno. A luz dançava sobre os pingentes de gelo pendurados das beiradas, dando a ilusão de uma cidade coroada de prata.

“Depois do que aconteceu na última vez, os danos já foram consertados,” murmurou Leo. “Eu me pergunto como Esme conseguiu fazer isso. Os Norteños são bastante teimosos, e pensar que Esme conseguiu trabalhar com eles assim…”

“Você não viu o que aconteceu na última vez que eles tentaram agir de maneira esperta?” Aqueronte zombou. “Ela lida com eles muito bem. Parece inacreditável, mas a maioria deles está realmente com medo dela a essa altura. Acho que é uma combinação de medo e respeito, considerando que ela é a nova Luna deles agora.”

Enquanto Leonardo e Aqueronte conversavam atrás, Donovan cavalgava à frente deles. O ar ao redor da capital era agudo e cortante, e estava impregnado com o aroma defumado da madeira queimando, que se enrolava das chaminés acima.

Sob o frio, o aroma fraco e tentador de cidra apimentada se espalhava das barracas de mercado movimentadas. As estradas principais haviam sido meticulosamente limpas de neve agora, revelando pedras de calçamento desgastadas por incontáveis viajantes. Ainda assim, ao longo das bordas, teimosas camadas de neve permaneciam, compactadas em gelo liso pela marcha incessante das botas e o clatter rítmico dos cascos.

No meio da avenida movimentada, a mente de Donovan estava longe de estar ocupada. No entanto, seus pensamentos sombrios vacilavam quando algo do canto de seu olho chamou sua atenção, puxando-o de volta para o presente abruptamente. Seu cavalo diminuiu a marcha, e o dos seus companheiros também, à medida que a curiosidade foi despertada por sua pausa inesperada.

Aninhada entre uma barraca de comerciante de peles, empilhada com peles de branco ártico e cinza escuro, e o dossel vibrante da tenda de um comerciante de especiarias, havia uma modesta loja de joias. Seu letreiro de madeira envelhecida ostentava entalhes intrincados de filigrana delicada, retratando masterfulmente uma pedra preciosa envolta em hera nortenha. A arte era sutil, ainda que exquisita, feita por mãos habilidosas e manufatura paciente.

As lanternas penduradas das beiradas acima derramavam uma luz suavemente quente sobre a vitrine, as joias e vidros capturando a luz com um brilho hipnotizante. Cada trinquete parecia cuidadosamente arranjado, exibido não meramente como adornos, mas como tesouros.

Enquanto isso, Aqueronte e Leonardo trocavam olhares confusos enquanto observavam Donovan, percebendo a repentina mudança em seu comportamento. Eles se perguntavam o que realmente havia capturado sua atenção tão abruptamente, e se tinha algo a ver com a menina que ele parecia determinado a encontrar.

“Você viu algo?” Leonardo perguntou assim que Donovan desceu de seu cavalo escuro.

“Espere aqui,” ele instruiu, sua voz não deixando espaço para discussão. Sem mais palavras, ele caminhou em direção à loja de joias. Aqueronte e Leonardo o observavam ir, uma expressão de desconcerto marcada em seus rostos, mas eles permaneciam ao lado de seus cavalos, cumprindo silenciosamente sua ordem.

O sino acima tocou suavemente quando Donovan entrou na loja, o leve aroma de madeira polida e veludo pairando no ar. Ele inclinou ligeiramente a cabeça, como se estivesse ouvindo algo além do alcance da audição normal, e não viu ninguém na loja. Dando um passo mais próximo, seus olhos se fixaram inabalavelmente em uma vitrine no fundo.

Repousando sobre uma almofada de veludo macio estava um delicado anel de ouro branco, sua superfície brilhando com um brilho suave e prateado. Um pequeno, mas marcante, safira estava incrustada no centro, enquanto a pedra azul era profunda e intensa, lembrando o oceano antes de uma tempestade.

Assim como os olhos de Esme.

Seu polegar acariciava o metal frio enquanto ele o imaginava em sua mão. A maneira como contrastaria com sua pele, a maneira como capturaria a luz quando ela se movesse. Não era a peça mais extravagante da loja, nem a mais rara, mas possuía uma simplicidade que a fazia parecer encantadora, elegante, discreta e perfeita para ela.

“Ela vai gostar disso?” ele murmurou, a pergunta mal escapando de seus lábios enquanto ele continuava a olhar para a safira. Um lampejo de incerteza passou por ele enquanto debatia se comprava para ela ou não.

“Uma ótima escolha, Alfa,” disse o comerciante, cujos olhos brilhavam enquanto ele se aproximava. O homem era mais velho, com barbas brancas, e seus ombros caídos estavam envoltos em peles grossas para afastar o frio do dia usual.

Ele veio ficar ao lado de Donovan, abaixando a cabeça em uma reverência educada. “Essa safira foi extraída das cavernas congeladas do Norte, polida à perfeição pelas melhores mãos. Dizem que possui a clareza da primeira geada do inverno, intocada e pura.” Seu olhar se desviou para o rosto de Donovan, demorando-se apenas o suficiente para captar a reação mais sutil antes de voltar a enfrentar a joia. Nenhum lampejo de julgamento ou curiosidade quebrou seu comportamento profissional.

Embora Donovan estivesse intrigado pela informação, seu suspiro escapou suave, não impressionado. “Comerciantes como você diriam qualquer coisa para fazer uma venda.”

Um sorriso astuto curvou os lábios do velho homem – era astuto, mas gentil. “Talvez,” ele admitiu. “Mas a verdade ainda possui poder no nosso comércio. Eu não ousaria oferecer algo indigno a um Alfa como você. Esta peça foi criada com ouro branco, garantindo seu brilho suporta com mancha ou defeito.”

Os olhos de Donovan se estreitaram. “Ouro branco?”

O comerciante acenou com a cabeça, sua expressão ficando séria. “Sim. É puro e seguro, até mesmo para aqueles cuja pele rejeita o toque da prata. Um achado raro, devo dizer.”

O olhar de Donovan voltou para o anel. “É uma peça modesta,” ele murmurou, quase para si mesmo.

“Uma beleza modesta,” respondeu suavemente o comerciante, sua voz treinada e persuasiva, “para alguém que não precisa de uma joia grandiosa para brilhar. Este anel ficaria exquisito em sua mão. Ainda mais perfeito se fosse destinado a uma proposta.” Seus olhos brilhavam como se ele pudesse ver através do exterior guardado de Donovan.

Em resposta a isso, os ombros de Donovan automaticamente se tensionaram, sua postura endurecendo. Uma proposta? Ela o acharia presunçoso se ele fizesse isso? A última coisa que ele queria era sobrecarregar Esme ou apressá-la para algo que ela não estava pronta. No entanto, apesar de sua hesitação, ele não podia negar a si mesmo a vontade de imaginar. O olhar de surpresa em seus olhos se ele lhe desse, a menor cor de rubor colorindo suas bochechas. Ele quase podia ouvir sua voz.

A visão era tentadora demais, perigosa demais, e com um suspiro cortante, ele afastou o pensamento. “Embale.”

O sorriso do comerciante apenas se alargou, um lampejo triunfante brilhando em seus olhos. Ele se movia com eficiência praticada, envolvendo o anel em uma caixa forrada com veludo macio. “Claro, Alfa. Um presente digno do mais estimado do Norte. Serão trinta moedas de ouro.”

Donovan simplesmente pegou a caixa, sentindo seu peso leve repousando em sua palma, enganosamente insignificante comparado à pesada promessa que carregaria. Sem uma palavra, ele jogou um saquinho de couro no balcão, o tilintar de moedas ecoando na loja silenciosa. Então, sem outro olhar, virou-se e saiu pela porta.

Enquanto isso, os dedos do comerciante dançavam ansiosamente pelo cordão do saquinho, a curiosidade o dominando enquanto ele queria confirmar a quantidade. Enquanto ele contava as moedas, seus olhos se arregalaram em descrença quando ele percebeu que as moedas de ouro eram trinta e cinco em número. Cinco a mais que o preço.

“Perdão, Alfa–” ele chamou, sua voz aumentando, mas a porta já estava se fechando, e Donovan havia partido.

Donovan caminhou de volta ao seu cavalo. Ele guardou a caixa com segurança em seu casaco, seus dedos permanecendo ali por apenas um momento a mais do que o necessário. Ele parou abruptamente quando viu Leonardo e Aqueronte observando-o com expressões divertidas, seus olhos se estreitando com curiosidade mal escondida.

Seu olhar endureceu diante do escrutínio desconfortável deles. “O quê?”

Os lábios de Aqueronte se curvaram em um sorriso astuto enquanto ele recuperava sua postura. “O que tem na caixa?”

O olhar de Donovan brilhou perigosamente. “Quer descobrir?”

Um murmúrio conhecedor escapou dos lábios de Leonardo, e ele cruzou os braços. “Então, você finalmente está fazendo sua jogada, hein? Já não era sem tempo. Posso estar lá para testemunhar a grande confissão?”

“Cuide da sua vida,” Donovan rosnou levemente enquanto montava seu cavalo. Ele se acomodou na sela, seu aperto nas rédeas firme. “Vamos.”

Ele então instigou seu cavalo para frente, e Aqueronte inclinou seu próprio monte mais perto de Leonardo para sussurrar, “Ele definitivamente vai propor.”

“Então é melhor garantirmos que não perdemos isso,” Leonardo respondeu, cutucando seu cavalo para a frente.

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