Ler Romance
  • Todos os romances
  • Em curso
  • Concluídas
Avançado
Entrar Cadastrar-se
  • Todos os romances
  • Em curso
  • Concluídas
  • Romântico
  • Fantaisie
  • Urbano
  • MAIS
    • MISTÉRIO
    • Geral
    • Ação
    • Comédia
    • Magia
    • Histórico
    • Fatia de vida
Entrar Cadastrar-se
  1. Home
  2. A Companheira Amaldiçoada do Alfa Vilão
  3. Capítulo 200 - Capítulo 200: A Garota Misteriosa
Anterior
Próximo

Capítulo 200: A Garota Misteriosa

O beijo começou suave, quase hesitante— como um sonho tomando forma entre eles. Mas, não demorou muito para que se aprofundasse, se tornando mais urgente. Os dedos de Donovan se enroscaram no cabelo dela enquanto ele a puxava para mais perto, seus lábios reivindicando os dela com uma fome que ele já não conseguia mais conter.

O gosto dela, intoxicante como sempre, embotou as bordas afiadas da razão, e Esme estava igualmente perdida nele, fazendo-a esquecer o peso da própria confissão, pelo menos por agora.

O coração dela batia contra o peito dele, seu ritmo um eco perfeito do dele próprio. Ele sabia que deveria parar – não era o lugar nem o momento – mas como ele deveria se afastar quando ela sempre o deixava desejando mais? Ainda assim, ele se forçou a interromper o beijo, apenas para permitir que ela respirasse.

Ao se afastar, seu olhar demorou-se na maneira como os lábios dela permaneciam levemente abertos, as bochechas coradas, os olhos embaçados pela névoa de tudo aquilo. A visão dela assim, completamente desfeita, fez com que ele quisesse mergulhar de volta.

Mas antes que ele pudesse, Esme levantou um dedo delicado aos lábios dele, seu toque um comando silencioso. Seus olhos se encontraram, e algo não dito passou entre eles.

“…Devemos voltar,” ela murmurou, desviando o olhar, como se relutante em se afastar completamente do momento.

Donovan percebeu a hesitação na voz dela, o significado sutil por trás de suas palavras. Seus lábios se curvaram num sorriso lento e ciente, e sem uma palavra, ele pegou a mão dela e a ajudou a se levantar, mas a promessa em seus olhos disse que ele ainda não tinha acabado com ela.

Ele começou a carregar Esme nas costas e, com velocidade inumana, cortou a floresta nevada. O vento assobiava por ele, mas seu foco permanecia aguçado e sempre calculado. No entanto, quando se aproximaram de seu destino, uma presença perturbadora interrompeu seus pensamentos, forçando-o a parar subitamente.

Seu corpo tensionou, seus instintos afiando-se como uma lâmina enquanto seus olhos vasculhavam o ambiente. Algo – não, alguém – estava por perto, provavelmente se escondendo atrás de uma das muitas árvores perenes. Ele não conseguia vê-los, mas podia senti-los.

A sensação não era demoníaca, mas carregava um peso que ele não podia ignorar. Era familiar, arrepiantemente assim, como uma presença que ele já havia encontrado antes, embora a memória de onde o enganou. Um estalo fraco ecoou pelo silêncio, e suas orelhas se aguçaram ao captar o som quebradiço de um galho se partindo atrás dele.

Num instante, ele virou-se, os olhos se estreitaram enquanto ele examinava as florestas escuras. Seus olhos brilhavam neste ponto, mas não havia nada à vista. Apenas o sussurro de galhos se movendo na brisa.

A respiração estável de Esme contra seu ombro traiu o sono dela, e ele cerrava o maxilar. Essa mulher realmente o enganou para ganhar mais tempo para poder dormir? Por mais que quisesse, não havia tempo para pensar nisso, porque sua atenção se voltou para frente, bem a tempo de avistar algo se movendo ao longe.

E então, ele viu.

“Ei!”

A figura desapareceu quase no instante em que a voz de Donovan ecoou, como se o mero ato de ser vista tivesse desencadeado sua fuga. Quem quer que fosse se movia com uma velocidade inumana de tal modo que até Donovan, apesar de seus sentidos aguçados, não conseguiu distinguir suas feições. Seus olhos escureceram, suspeita apertando no peito diante da tentativa de fuga súbita da figura. Um espião, talvez? Poderia ser um infiltrado de uma matilha vizinha?

Não disposto a deixá-lo escapar, Donovan avançou sem hesitação, ágil e focado em sua perseguição. A figura que ele perseguia movia-se pelas árvores com uma facilidade calculada, mas algo em seus movimentos o perturbava. A figura não estava tentando evitá-lo – não verdadeiramente. Não havia tentativa de esconder seu caminho, nenhum sinal de urgência em sua fuga.

Parecia deliberado. Uma isca.

Donovan abruptamente freou, seu instinto o advertindo contra prosseguir mais longe, e como se respondesse à sua hesitação e confirmando sua suspeita, a figura também parou.

Um rio os separava agora, sua corrente cintilando à luz do luar. A testa de Donovan se franziu, e ele se perguntou como a figura até conseguiu cruzar para o outro lado tão rapidamente. O estranho estava de costas para ele, encapuzado dos pés à cabeça, sua presença estranhamente composta. Então, lentamente, o estranho se virou.

No momento em que o rosto do estranho se tornou visível, as pupilas de Donovan se contraíram em choque.

“É você,” ele respirou.

A misteriosa menina da capital.

Com uma graça silenciosa, ela recuou o capuz, revelando uma cascata de cabelos branco-prateados que se misturavam perfeitamente com o plano de fundo nevado. Seus olhos prateados se fixaram nos dele, inabaláveis e perturbadores. Frios. Conscientes.

“Quem—” Donovan começou, mas antes que pudesse exigir respostas, a menina se virou e desapareceu na escuridão atrás das árvores.

Donovan exalou bruscamente, tensão pulsando em sua estrutura. “Diabos…”

Sua mente acelerava, e ele estava consciente de Esme ainda profundamente adormecida em suas costas. Se ele não estivesse segurando Esme, teria seguido aquela menina até que ela lhe dissesse a exata razão pela qual estava o seguindo. Mas por agora, ele sabia que era melhor recuar e tratar do assunto amanhã.

Quando ele voltou ao edifício, ele acomodou Esme na cama, cobrindo-a com o cobertor com precisão silenciosa. Sua mente estava ocupada com o que acabara de acontecer, e ele não conseguiu se entregar ao sono depois disso. Ele também não saiu do lado de Esme, apenas para se assegurar de que nenhum mal estava a caminho, para que ela pudesse dormir em paz.

Enquanto isso, Althea estava igualmente acordada e atenta. Ela também admirava a beleza da Aurora de sua janela e pensava em seu próximo curso de ação. No entanto, sua respiração falhou quando ela notou uma figura emergindo à vista da borda da floresta.

Uma estranha sensação rastejou pela espinha dela e, como se estivessem cientes de ser observados, a figura levantou lentamente o queixo, olhos prateados se fixando em Althea através da janela.

O coração de Althea bateu forte enquanto seus olhos se arregalavam em incredulidade, insistindo, ela deu um passo para trás. Ela balançou a cabeça, como se achando difícil acreditar que estava olhando diretamente para a menina que tinha visto em seus sonhos.

“Não… ela… ela não pode ser real,” Althea murmurou para si mesma, incapaz de aceitar o que estava vendo. A menina, por outro lado, balançou a cabeça levemente para Althea, um aviso não dito no gesto. E então, sem uma palavra, ela se virou e deslizou para dentro das árvores, desaparecendo de vista.

“O quê…” Althea tropeçou para trás da janela, seu pulso acelerando. Uma onda fria de medo se estabeleceu sobre ela. “O que foi isso?”

Reunindo coragem, ela avançou novamente, espiando mais uma vez, mas não havia ninguém lá. A menina tinha ido embora.

Engolindo em seco, Althea virou-se em direção ao seu criado-mudo, abrindo com ímpeto a pequena porta abaixo dele.

Cuidadosamente guardados ali, havia vários esboços – fragmentos de um sonho que a atormentavam por noites a fio. Ela os espalhou sobre a mesa com dedos trêmulos, sua respiração ficando entrecortada quando reconheceu um em particular.

No meio do caos estava uma representação grosseira da menina. E ao lado dela…

Donovan.

Mas não como o conheciam. Os traços eram os mesmos, mas algo nele parecia… assustadoramente errado. Assim como tinha sido no sonho. Os dedos de Althea se enrolaram nas bordas do papel. Um arrepio subitamente a invadiu, com dúvida e medo se entrelaçando em seu peito.

“O que isso significa?” ela sussurrou, tentando acalmar a respiração. “É… é um aviso? Meus piores pesadelos estão prestes a se tornar realidade?”

As mãos dela se fecharam. “Preciso contar isso para o Donovan. Ele precisa evitar aquela menina a todo custo.”

-_-_-⁠♡-_-_-

Na manhã seguinte, Irwin sentou-se na soleira de sua casa, metodicamente tomando seu remédio diário. O gosto amargo permanecia em sua língua, mas ele não lhe deu atenção. Neste ponto, ele já podia estimar quanto tempo lhe restava para viver neste mundo, mas não estava abalado por isso. Ele não temia a morte, mas temia deixar para trás as pessoas que se importava, e acima de tudo, o reinado do verdadeiro portador.

Sem aviso, o ar ao seu redor ficou gélido, um arrepio se espalhando pelo espaço como um espectro invisível. Irwin não se encolheu, pois já sabia a fonte da perturbação antes mesmo de olhar para cima.

Uma presença familiar se acomodou à sua frente, sem esforço e não convidada.

“Há quanto tempo não nos vemos, meu querido primo,” a voz carregava um tom de diversão, misturada com algo muito mais calculista. Um sorriso maroto dançava nos lábios do intruso enquanto ele inclinava a cabeça. “Se importa se eu me juntar a você?”

Anterior
Próximo
  • Início
  • Contacto
  • Privacidade e Termos de Uso

© 2025 Ler Romance. Todos os direitos reservados

Entrar

Esqueceu sua senha?

← Voltar paraLer Romance

Cadastrar-se

Cadastre-se neste site.

Entrar | Esqueceu sua senha?

← Voltar paraLer Romance

Esqueceu sua senha?

Por favor, insira seu nome de usuário ou endereço de e-mail. Você receberá um link para criar uma nova senha por e-mail.

← Voltar paraLer Romance

Report Chapter