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- A Companheira Amaldiçoada do Alfa Vilão
- Capítulo 179 - 179 Podem Não Conseguir 179 Podem Não Conseguir Sacudindo a
179: Podem Não Conseguir 179: Podem Não Conseguir Sacudindo a onda de horror que a havia engolido, Esme tomou uma decisão em silêncio. Levantando sua pequena mão, ela hesitou por um momento antes de pressionar gentilmente sua palma contra a pele devastada dele.
Donovan, que estava desconfiado de seu silêncio inesperado, estremeceu ao sentir a palma dela contra a ferida salpicada em suas costas. Quando Esme fechou os olhos, ela convocou sua energia, permitindo que fluísse de seu corpo. Seu cabelo brilhava com uma luz azulada suave, iluminando parcialmente a área enquanto a energia curativa passava por Donovan.
Seus músculos se tensionaram alarmados quando ele sentiu essa mesma conexão, e ele tentou se afastar do toque dela.
“Esme, pare!” ele protestou agudamente, sua voz carregada de pânico após sentir sua saúde se deteriorando. Quanto mais energia ela lhe passava, mais ela enfraquecia. “Espere — só um momento.”
Mesmo com o protesto dele, Esme não hesitou, “Você está assim por minha causa,” ela disse, seus olhos permanecendo fechados enquanto a energia fluía para ele. “O mínimo que posso fazer é aliviar sua dor em troca.”
“Mas você está mal! Se continuar assim — POR FAVOR PARE!” Sua voz estava cheia de preocupação, mas foi seu tom que a atingiu como um golpe. Ela estremeceu, retirando a mão do ombro dele, como se tivesse sido queimada.
As feridas nas costas de Donovan haviam cicatrizado, não estavam mais cruas, mas ainda longe de completamente curadas. No entanto, a dor gravada em seu rosto tinha pouco a ver com seus ferimentos. Suas emoções giravam como uma tempestade que ele falhou em conter, e ela havia se tornado o alvo mais fácil.
“EU DISSE PARA PARAR, NÃO DISSE?” sua voz trovejou, cortando o silêncio tenso. “Pare de ficar rondando por mim o tempo todo! Eu não sou seu amigo, Esme. Eu sou um prisioneiro aqui! Você entende? Um prisioneiro! E eu não quero mais nada com você depois de hoje!”
Suas palavras saíram como uma barragem, incessantes. “Você acha que estou nesta condição por acaso? Não! É por sua causa! Então não volte. Nunca. Apenas me deixe em paz!”
Esme abriu a boca, sua voz trêmula mal audível. “Eu… eu só estava tentando—”
“Vá embora!” ele rugiu, a finalidade em seu tom como uma porta se fechando. “Agora! Eu não quero estar no mesmo espaço que você, falar com você, ou ter você me procurando. Pessoas como eu não deveriam ser vistas com alguém como você!”
Quando sua raiva finalmente diminuiu, o silêncio voltou a se infiltrar no pátio, quebrado por sua respiração irregular.
Esme ficou paralisada, seu coração doendo enquanto as palavras dele ecoavam em sua mente. Será que ele realmente quis dizer isso? Ela não podia dizer. Mas, intencional ou não, sua rejeição a cortou profundamente.
“Okay,” ela sussurrou, sua voz mal mais que um sopro. Baixando o olhar para o chão, ela deu um passo para trás. “Não vou incomodar você novamente. Me desculpe… por tudo.”
A rachadura em sua voz deixou claro que ela estava perto de chorar, e antes que Donovan pudesse dizer qualquer coisa, o som de seus passos apressados desaparecendo na distância o silenciou. Um rastro passageiro de arrependimento cintilou em seu rosto, e sua cabeça se inclinou a cada vez que a quebra de sua voz se repetia em sua cabeça.
‘Era para ser o melhor’ ele tentou se convencer. Por mais que doesse nele ter reagido da maneira que fez com ela, ele sabia que cortá-la de sua vida antes que fosse tarde demais era a única maneira de protegê-la de si mesmo… das sombras de seu próprio tormento. Ela não era a má amiga neste caso, ele era.
“Eu também estou arrependido,” ele murmurou, sua voz carregando o peso do que ele não conseguia dizer enquanto ela ainda estava ao alcance. “Profundamente arrependido.”
Daquele dia em diante, Esme manteve sua palavra e nunca mais voltou para ele.
Um dia se estendeu em semanas, e embora Donovan tentasse manter seus pensamentos longe dela, era uma batalha que ele frequentemente perdia. Ele gostava de imaginar ela feliz, vivendo uma vida pacífica com sua nova família, longe de sua própria miséria. Talvez ela já tivesse seguido em frente, suas memórias dele se dissolvendo no passado. Mas a mera ideia de ser esquecido o roía, não importa quanto ele se dissesse que era para o melhor.
Durante uma rara pausa de seu trabalho, Donovan se apoiou em uma coluna perto do arco. Esse sempre foi o caminho favorito dela. Ele ainda podia imaginar o som dela pulando levemente sozinha, o som de sua risada ecoando sob a mesma árvore morta que a deixava nervosa, mas ela nunca partiu, ou disse que ele estava sendo estranho. Após sua ausência, havia apenas silêncio, um vazio que parecia se estender pelo palácio.
Quase um mês se passou, e não houve sinal dela. O vazio pesava mais do que ele jamais imaginou que pesaria. Se ao menos ele pudesse encontrar alguém que confirmasse como ela estava para ele. Se ele soubesse que ela estava bem, ele não estaria tão incomodado ou preocupado.
Enquanto Donovan se preparava para retomar o trabalho, as vozes abafadas de duas donzelas passando com suas cestas o fizeram permanecer oculto em seu lugar.
“Você ouviu falar sobre a tragédia envolvendo a única filha do Alfa Damon? Esse incidente escolheu acontecer quando está apenas a poucos dias da guerra se aproximando.”
A outra donzela franziu a testa, claramente confusa. “Tragédia? Mas o Alfa Damon acabou de casar com a Lady Percy há cerca de um mês atrás, e ouvi dizer que foi uma celebração pacífica. Que infortúnio você quer dizer agora?”
Abaixando ainda mais a voz, a primeira donzela se inclinou, sua expressão sombria. “Sua filha está inconsciente há uma semana agora… e ninguém sabe se ela algum dia acordará. Eu servi Sua Majestade e ouvi a conversa.”
O rosto de Donovan empalideceu rapidamente com a informação que acabara de receber. Sua pele ficou fria como se o calor dentro dele tivesse sido completamente drenado.
“Sua Majestade está muito preocupado,” a donzela continuou. “Ele pede que o Alfa Damon traga sua filha para cá para que ela possa receber um tratamento especial no palácio. Mas, neste ritmo, ela pode não resistir.”