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  3. Capítulo 175 - 175 Minha Maldição 175 Minha Maldição Donovan enrijeceu
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175: Minha Maldição 175: Minha Maldição Donovan enrijeceu levemente ao sentir o peso familiar de seu corvo pousando em seu ombro. A presença de Kangee, embora inesperada, trouxe uma rara sensação de calma ao seu espírito atribulado.

Ele jamais cogitou o fato de que Kangee viesse em seu auxílio.

“Kangee, é realmente você?” ele perguntou, sua voz mal ultrapassando um sussurro.

Kangee, por outro lado, simplesmente inclinou a cabeça, sem responder, seus olhos aguçados examinando a aparência desalinhada de Donovan. Então, com um grasnido indignado, o corvo exclamou, “Mestre, você está horrível! Como ousam tratá-lo assim? Eu espalharei a notícia! Vou chamar por ajuda!”

“Quieto, Kangee,” Donovan disse firmemente, segurando gentilmente o bico do pássaro para silenciá-lo. Sua voz continha uma paciência cansada, mas sua expressão traía o entendimento mútuo. Ambos sabiam que havia pouco a ser feito na situação atual em que ele se encontrava. “Estou bem. Apenas… mantenha sua voz baixa antes que alguém ouça.”

Donovan não podia arriscar levar Kangee para dentro de sua confusão também. O silêncio entre eles se prolongou um pouco, mas logo foi quebrado por uma pergunta que arruinou a frágil paz entre eles. “E quanto ao meu pai?”

Em resposta à sua pergunta, Kangee ficou imóvel, um silêncio anormal caindo entre eles desta vez. Kangee não respondeu, e os lábios de Donovan curvaram-se em um leve sorriso resignado. “Ele sabe, não é? Ele sabe que eu matei a Mãe. É por isso que ele não veio por mim.”

Kangee arrepiou suas penas, visivelmente perturbado antes de perguntar, “Mas… como isso poderia ter acontecido?” Sua voz, geralmente tão audaz, vacilou como se estivesse lutando com a verdade. “Toda Ilíria está em alvoroço. Você pode não acreditar nisso, mas deveria se considerar sortudo por ser cego. Seu pai… ele está furioso. Ele está de luto. Mas se você me contar o que realmente aconteceu, eu posso ir até ele em seu nome. Eu posso explicar. Não há como você teria…” Kangee hesitou, “mesmo que você tenha feito, não poderia ter feito sem um motivo válido, certo?”

“Kangee,” a voz de Donovan falhou, e ele caiu de joelhos. Suas mãos tremiam enquanto ele agarrava o ar vazio, como se tentasse segurar algo que já havia lhe escapado das mãos.

Embora o corvo não pudesse ver as lágrimas percorrendo seu rosto, sentiu o peso do desespero de Donovan, tanto que seus próprios olhos começaram a se encher de água.

“Foi um acidente,” Donovan sussurrou. “Mas o Pai nunca vai acreditar em mim. Eu a matei, Kangee. Minhas próprias mãos terminaram a vida dela. Eu deveria ter percebido, mas fui teimoso. Eu deveria ter sentido. Se ao menos eu tivesse cedido à maldição, me entregado a ela por aquele momento, talvez… talvez a Mãe ainda estivesse viva.”

“Mestre, controle-se!” A voz de Kangee era aguda, pois não conseguia acreditar nas palavras que Donovan havia derramado. Olhou em volta como se até mesmo as sombras estivessem bisbilhotando, e resistiu ao instinto de gritar. “Você nunca deve dizer tais coisas novamente. Abraçar a maldição, teria destruído você e consumido tudo o que você é. Como você pode considerar tal pensamento? Eu odiaria ver você acabar como seu pai. O que aconteceu não foi sua culpa! Você não pode carregar o peso de situações que estão além do seu controle.”

“Você não entende,” Donovan virou a cabeça, sua voz diminuindo para um murmurinho amargo. “Essas pessoas, elas continuam distorcendo toda a verdade. Eu fiz o que fiz em autodefesa, e eu queria vingança pelo que o Rei havia feito. Todos me acusam de matar o rei, mas ninguém se deu ao trabalho de perguntar quem começou tudo. Ele ainda estaria vivo se ele tivesse apenas dito não.”

Donovan inclinou a cabeça para cima, soltando outro suspiro. “Kangee, você deve ir embora. Mas antes de ir, vigie os Malditos. Ninguém deve romper a barreira que foi criada. Meu povo pode carregar a maldição, mas eles são inocentes. O exército do meu pai é um conjunto totalmente diferente de demônios, e o palácio nem consegue diferenciar. Proteja-os, Kangee. Pelo menos até…” ele hesitou, suas palavras presas na garganta. “Até a guerra terminar.”

“Mas e você?” Kangee perguntou com urgência. “Você não vai fazer algo sobre sua situação atual? Não importa se seu pai permanece inabalável pelo seu predicamento. Você precisa sair daqui de alguma forma! E se eles te matarem também?!”

“Eu não posso morrer,” Donovan respondeu, seu tom oco e cheio de resignação. “Essa é a minha maldição.”

Após deixar escapar um suspiro lento e cansado, ele gestou em direção às algemas apertadas ao redor de seu tornozelo. O ferro brilhava fracamente sob a luz fraca, e era um cruel lembrete de sua cativeiro. “Quanto a escapar deste lugar, eu não posso. Estes,” ele bateu nas correntes com um clink abafado, “garantem que. Enquanto elas estiverem em mim, eu não posso usar meus poderes como desejo. Estou preso aqui.”

Sua expressão suavizou, e ele deu a Kangee um gentil afago na cabeça. “Não perca tempo se preocupando comigo. Faça como eu disse e vigie tudo. Ninguém deve saber sobre nós dois mantendo contato, especialmente meu pai.”

Os olhos aguçados de Kangee se estreitaram em desafio quando Donovan terminou sua sentença. Ver seu próprio mestre num estado tão deplorável fez as penas de Kangee se eriçarem de agitação. Ele queria ficar, para confortá-lo de alguma forma, mas sabia que Donovan jamais concordaria com isso. Se ele pudesse encontrar o pai de Donovan e descrever as brutais condições em que seu filho havia sido deixado, talvez—apenas talvez— isso pudesse provocar alguns fragmentos de compaixão em seu coração gelado.

“Eu voltarei,” foram as últimas palavras de Kangee a ele antes de disparar em direção ao pequeno buraco irregular na parede, desaparecendo na noite.

Donovan permaneceu imóvel depois que Kangee partiu. Sua garganta apertou, e uma picada desconhecida surgiu em seus olhos. Lágrimas ameaçaram escorrer, embora ele não conseguisse entender o porquê.

Então, ele sentiu.

As marcas amaldiçoadas em seu pescoço começaram a se contorcer à medida que suas emoções giravam. Eram como tentáculos escuros, torcendo e se esticando como coisas vivas sob sua pele. Uma pontada aguda o atingiu, e as mãos de Donovan voaram para as marcas, pressionando-as como se isso pudesse mantê-las à distância. Sua respiração veio em rajadas superficiais enquanto sua mente acelerava.

Ele sabia muito bem no que a maldição se alimentava—medo, dúvida, raiva e desespero. Cada farrapo de negatividade que ele sentia apenas a tornava mais forte. Seus caninos começaram a aparecer novamente, e ele cerrou os dentes, balançando a cabeça.

Kangee estava certo. Ceder à maldição só traria mais problemas.

‘Por que lutar contra isso?’ Uma voz sussurrou no fundo de sua mente. ‘Tantas coisas que você poderia ter mudado. Deixe ir, e me deixe entrar.’
Os dias passaram, e como sempre, Esme se viu atraída pela companhia de Donovan. Depois que ele terminou seu trabalho diário, os dois se acomodaram sob a sombra retorcida de uma árvore morta. Os galhos esqueléticos e torcidos da árvore a deixavam inquieta, e eles lançavam formas sinistras contra o chão. Quando ela olhou para Donovan, que estava esticado de costas, com as mãos entrelaçadas atrás da cabeça, um raro momento de tranquilidade amaciava suas feições, e seu próprio desconforto se desfez à vista.

“Por que você gosta tanto de descansar aqui?” Esme finalmente perguntou, incapaz de conter sua curiosidade. “A árvore aqui parece assustadora e torcida. Você não percebe como—”
“Não,” Donovan interrompeu suavemente, seu tom impregnado de humor seco.

As palavras restantes de Esme ficaram por dizer. Ela havia esquecido tola e desavisadamente que ele não podia ver. Um silêncio constrangedor se estendeu entre os dois, e Esme martelava seu cérebro. Quando olhou para Donovan novamente, ela notou o leve sorriso em seus lábios, e sua voz rompeu o silêncio.

“Por que tão silenciosa? Você não tem nada para me entreter hoje?”

Ouvido a leve provocação em sua voz, Esme sentiu alívio pelo fato de ele não ter se ofendido. Um pensamento a atingiu, e sua expressão se iluminou.

“Eu tenho algo para compartilhar,” ela começou com entusiasmo. “Minha futura madrasta e seu filho me visitaram recentemente. No início, eu estava aterrorizada com o encontro, mas ela é surpreendentemente gentil. E seu filho, meu meio-irmão, apresentou-se como Dahmer.”

“Ahhh…” Donovan se sentou, um sorriso lento surgindo em seus lábios. “Então não apenas uma mãe, mas um irmão também? Que sorte a sua.”

Esme assentiu, um pequeno sorriso iluminando sua expressão. “Ele me trouxe doces, sabe. Eu sempre quis saber como seria ter um irmão mais velho, e agora posso experimentar tudo isso.”

“Isso é bom,” Donovan respondeu, seu tom leve e sincero. ” Parece que você tem uma família encantadora agora.” Após proferir essas palavras, seu sorriso vacilou, e sombras invadiram sua expressão enquanto a saúde dela pesava fortemente em sua mente.

“Eu não quero morrer ainda,” Esme soltou, sua voz quieta e quase inaudível.

Essas palavras imobilizaram Donovan, porque ela havia falado com uma seriedade que ele não tinha ouvido antes.

“Quem lhe disse que você vai morrer?” ele perguntou, sua voz contendo algo além de mero aborrecimento.

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