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- Capítulo 146 - 146 Dramático Kangee 146 Dramático Kangee À medida que os
146: Dramático Kangee 146: Dramático Kangee À medida que os outros desapareciam ao longe, Esme sabia que mais problemas estavam a caminho depois disso. Se Donovan e seu povo permanecessem por aqui, certamente o rei faria algo para revidar, mas pelo menos, eles foram sábios o suficiente para partir sem causar problemas por agora.
Soltando um suspiro, a força de Esme cedeu, e seus joelhos afundaram na neve. Mas antes que ela pudesse se apoiar totalmente contra o frio, braços fortes a envolveram de repente, e ela se viu segura contra Donovan.
A súbita do seu toque fez seu coração acelerar enquanto ele a levantava ao estilo princesa, e a proximidade dele a fez prender a respiração.
Sua voz, profunda e estável, quebrou o silêncio entre eles, acompanhada pelo som de suas botas esmagando a neve.
“Por que você continua caindo ao chão quando poderia se apoiar em mim?” Sua pergunta foi direta, e Esme sentiu um calor subir pelas suas bochechas, enquanto ela baixava o olhar, o pulso palpitante.
“Não estava cansada… apenas aliviada,” ela conseguiu dizer docemente, o esboço de um sorriso tocando seus lábios. Porém, por baixo de suas palavras calmas, havia um peso não dito, um fardo persistente que ela não conseguia ignorar.
Donovan sentiu a sutil mudança no humor dela, sentindo cada centelha de suas emoções como se fossem as dele próprio. Sua curiosidade o puxava, e ele queria ver por si mesmo a expressão que se formava no rosto dela, para saber se correspondiam as emoções que ele sentia tão vividamente.
Para ele, havia algo totalmente cativante no mistério de seus pensamentos resguardados, e ele se viu se perguntando que tipo de segredos o olhar dela poderia revelar se ele alguma vez tivesse a chance de olhar naqueles olhos hipnotizantes que ela possuía.
Althea e os guerreiros optaram por dar privacidade ao casal, e Orion soltou um suspiro alto, sentindo-se mais solteiro do que nunca enquanto observava o casal à frente.
“Quando voltarmos para a Terra dos Malditos, eu juro que vou encontrar uma mulher bonita para carregar,” Orion declarou com determinação, recusando-se a deixar que a visão o fizesse se sentir excluído.
Os olhos de Althea brilharam, “as Mulheres do Norte aqui também são bem encantadoras, sabia?” ela adicionou, meio que provocando-os, mas Atticus balançou a cabeça, cruzando os braços teimosamente.
Orion interveio ao levantar um dedo, “Para ser honesto, se eu ficar aqui no Norte, minha lealdade será questionável. Melhor voltar para os Malditos, onde noventa e nove por cento das mulheres me aterrorizam.”
Enquanto isso, enquanto Donovan carregava Esme de volta para a mansão, os dedos dela traçaram uma linha tênue em sua manga antes dela reunir coragem para falar o que pensava.
“Eu… eu sei que eu te impeli a ajudá-los,” ela murmurou, misturando gratidão e arrependimento em sua voz. “Não deve ter sido fácil para você, especialmente sabendo que seu próprio povo poderia ser prejudicado. Você os salvou, e eles mal mostraram qualquer gratidão. Dói em mim saber que alguns dos seus foram feridos tentando protegê-los.”
Ela olhou para cima, seu olhar fixo nele com uma ternura que as palavras não poderiam capturar. “Mesmo assim… Obrigada por fazer isso. Por eles, e por mim.” ela sussurrou, apenas para sentir seus braços se apertarem um pouco mais, uma resposta silenciosa que a aqueceu mais profundamente do que quaisquer palavras que ele poderia ter dito.
“Você não precisa agradecer,” ele disse, seu tom calmante e suavizante. “Você agiu com base no que acreditava ser certo. Salvar não apenas eles, mas os Norteños poderia ter sido nossa única opção no final do dia. Graças a você, pudemos agir mais cedo.”
Ele então hesitou, sua testa se franzindo, “Mas… a batalha toda, isso não faz sentido.”
Esme agarrou-se a ele enquanto continuavam se movendo, “A batalha?” Ela repetiu. “Eu também achei estranho, que o verdadeiro titular tenha enviado seu lote mais fraco. Eles parecem ter algum tipo de hierarquia também. Aquele demônio, Karnath, chamou a si mesmo de o terceiro pilar da Matilha Abissal. Ele até admitiu que não deveria estar lá, ou talvez devesse, mas se há ambição pelo trono, ele não iria parar por nada para tomá-lo?”
A expressão de Donovan suavizou enquanto ele absorvia suas palavras, sua costumeira guarda baixando. Ele suspirou profundamente, o som carregado de contemplação. “Tudo que sabemos por agora é que a verdadeira guerra pode estar começando em breve.”
A mão de Esme alcançou instintivamente, repousando contra o peito dele. “Então… vamos descobrir juntos, certo?” Sua voz era uma promessa terna, esperando suavizar a tensão que ele estava.
Por um momento, Donovan permaneceu em silêncio, sua expressão fechada se derretendo em algo quente, até mesmo terno. Seus lábios curvaram em um pequeno sorriso não característico. “Sim… juntos.”
Ao retornar ao prédio, Esme verificou como estavam os garotos que estavam ocupados com Lothar no pátio aberto. Aproximando-se deles e garantindo que ambos estavam bem, ela fez suas rondas, checando Aqueronte e Revana, que estavam ocupados garantindo a segurança da mansão, apesar de precisarem descansar.
Sua última parada foi Kangee.
Pousado à janela na câmara de Donovan, as penas escuras de Kangee estavam eriçadas em irritação inegável, seus olhos miúdos estreitados com acusação. Uma bandagem nova estava enrolada cuidadosamente ao redor de sua asa machucada, mas o brilho feroz disse a Esme que a bandagem não havia atenuado seu humor nem um pouco.
Esme não pôde evitar oferecer um sorriso constrangido ao se aproximar. “Você está realmente bravo comigo?” ela perguntou, uma pitada de riso nervoso escapando enquanto ela mostrava um pequeno embrulho de petiscos para Kangee ver, igualmente sentada ao lado da janela.
“Olha,” ela disse, “eu trouxe seus preferidos, assim como prometi.”
Kangee fixou a atenção nela com um olhar divertido, soltando um grasnar baixo. Inclinou sua cabeça para trás, olhos brilhando com uma faísca afiada de inteligência. “Que amável,” ele grasnou, sua voz tingida de sarcasmo. “Como se isso apagasse o fato de que você me fez passar por isso!”
“Eu não fiz nada. A culpa foi daquele demônio,” Esme se defendeu. “E não é como se eu tivesse pedido para você entrar em cena e arriscar sua asa. Eu estava lidando com isso muito bem…”
“Se você chama quase ter sua linda cabeça cortada por um demônio de ‘lidar com isso,’ então eu não poderia concordar mais.”
“Tudo bem,” Esme se rendeu de bom grado, aceitando a derrota, sabendo que o pássaro teimoso não descansaria até provar que estava certo. “Você vence, pássaro teimoso. Mas eu agradeço o que você fez. Então, como agradecimento, eu trouxe seus preferidos; Bagas, nozes… até uns pedaços de carne seca. Donovan mencionou que eram seus preferidos, então eu juntei-os para você.”
As penas de Kangee se eriçaram levemente, seus olhos estreitando-se um pouco — embora houvesse um leve amolecimento ao redor dos olhos. Com um caw cortante, ele virou a cabeça para o lado, mas não antes de olhar o embrulho com interesse óbvio.
“Hmph! Não estou impressionado,” resmungou Kangee, virando o bico para longe em fingida indiferença. Contudo, apesar de sua tentativa de parecer desinteressado perante Esme, seu olhar aguçado não resistiu a voltar para os petiscos, um brilho de interesse traindo seu comportamento distante. “Mas se você insiste, suponho que seria rude da minha parte rejeitar tal oferta pouco impressionante.”
Esme revirou os olhos, claramente divertida com a reação desafiadora do pássaro. “Você é o pássaro mais dramático que eu já conheci.”
“Melhor dramático que descuidado!” ele soprou indignado, inflando suas penas e estendendo sua asa boa para enfatizar, “Eu não estarei aqui para salvar você na próxima vez! Mas você está perdoada. Afinal, eu sou uma criatura de dignidade e—”
Kangee interrompeu quando Esme estendeu um dedo para acariciar suavemente sua cabeça, um gesto que fez Kangee se contorcer como se estivesse prestes a bicar ela, mas seus olhos aguçados se suavizaram ao permitir que ela o tocasse.
Esme riu do olhar resignado nos olhos dele, lendo sua aceitação relutante, mas então a voz de Donovan ecoou da porta.
“Vocês dois parecem se dar muito bem,” Donovan havia saído do quarto conectado à câmara, e ele estava sem sua venda, seus olhos violeta capturando a luz.
Por algum motivo, ela se lembrou da desculpa que Lennox tinha dito mais cedo. Mas ela sabia que Donovan não faria nada com ela. Entretanto, ela realmente queria saber quais poderes seus olhos realmente tinham.
“Kangee, onde eu coloquei minha venda?” a voz de Donovan a tirou do devaneio enquanto ele tateava a mesa à sua frente pela venda.
“Eu pego para você,” Esme se ofereceu para ajudar, e Kangee não estava com energia para ficar irritado com ela por falar em seu lugar. Ela se moveu até a cômoda onde sua venda escura estava, pegando-a e então fez com que ele sentasse.
“Eu consigo colocar sozinho, sabia.”
“Eu sei,” respondeu Esme, alcançando sua venda escura. Ela pegou um vislumbre dos seus olhos violeta preguiçosos antes de ajudá-lo a colocar a venda. Mas então, um pensamento travesso surgiu em sua cabeça, e com um sorriso brincalhão, ela prosseguiu para amarrar a venda em um laço arrumado na parte de trás.
Donovan ouviu o riso dela de repente e levantou uma sobrancelha desconfiada.
“Você fez alguma coisa comigo?”